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Espaço de reflexões, opiniões e demais sensações!

Espaço de reflexões, opiniões e demais sensações!

Sempre presente!

Regresso a um tema que de quando em vez aqui vou lançando.  Venho falar de fé, de como esta é importante para mim no meu dia a dia, de como ela foi relevante em toda a minha vida mesmo que durante alguns anos... enfim!

A minha fé não se resume à forma como a religião católica vê Deus... é obviamente muito mais que isso.

Quando jovem afastei-me quase naturalmente da fé! Porque não era moda, porque os meus amigos também não a sentiam (e eu não podia ser diferente, não é?), porque não tinha provas evidentes, porque acima de tudo... eu era um idiota.

Deus deixou-me assim andar numa espécie de roda livre, gozando os dias, vivendo as noites, saboreando as iguarias, carpindo paixões jamais correspondidas.

Até que um dia o Senhor, lá na sua magnificência divina achou que era altura de eu acordar.

Não vale a pena desfiar aqui um rol de casos e acasos que fizeram com que um dia eu saísse de um certo marasmo. Percebi que não eram só meras coincidências... havia certamente algo que eu não entendia nem dominava.

Fui entretanto palmilhando os caminhos que a vida me foi deixando desbravar, alguns deles bem duros por sinal, certo de que algo me segurava na mão.

Se foi Deus ou a fé Nele que me fez aqui chegar jamais o saberei. Só sei que todos os dias tenho sinais de que Ele é muito mais do que eu consigo imaginar.

O milagre da vida...

... Completou hoje mais um dos seus designíos.

Há quatro dias avisei que estava quase, quase a família aumentada.

E pronto foi esta noite, ainda em Junho, que nasceu o benjamim da família. Agora é tempo de o criar. Uma responsabilidade acrescida para os pais.

Após uma gravidez em quase tudo de mau aconteceu, acabou bem mais este milagre da vida que Deus ajuda a manter.

É quase certo que a nova mãe nunca lerá estas palavras. Nem me importo!

Só lhe desejo, no entanto, que viva o futuro com a alegria permanente de quem foi abençoada por Deus com o dom da Maternidade.

Deuscidências de peregrino!

Para peregrinar não basta caminhar. É acima de tudo necessário acreditar.

 

O caminho faz-se à luz de uma vontade e de um desejo. Vontade de estar mais perto de Deus e o desejo de sermos cada dia, cada instante, testemunhos vivos da fé de Cristo.

 

Por isso aceito a ideia de que nos trilhos que já percorri até Fátima não há coincidências. Mas Deuscidências (obrigado Sara pela dica!!!).

Parece ser esta uma palavra estranha, inusual, quiçá mesmo perturbadora. Mas incrivelmente real!

 

Recordo bem a minha primeira peregrinação. E das que se seguiram. O que eu sofri fisicamente, como me senti à noite, completamente extenuado.

 

Mas regresso sempre olvidando antigos sofrimentos, e ciente que vou sofrer uma vez mais. Não importa! Não sei porque peregrino, mas Deus sabe.

Este ano mais uma vez no penúltimo dia Deus entrou no meu coração e limpou-me as manchas que lá se encontravam, vai para demasiado tempo. A chegar ao Covão do Feto a rezar a Via-Sacra, uma passagem num texto na 5ª estação fez-me sentir tão pequeno, tão insignificante. Aquelas palavras agitaram o meu espírito que a partir daí jamais fui o mesmo. Não fora apenas uma coincidência mas uma Deuscidência.

 

Tal como em 2011 quando em Ribafria o café caiu no chão e deixou a imagem que a foto abaixo apresenta. Mais uma das muitas Deuscidências destes caminhos.

 

Mas apesar do sofrimento passado sei que regresso, uma vez mais, ao regaço de Virgem Maria para nela depositar as minhas tristezas e as minhas amarguras.

 

Reflexões breves de um peregrino!

Há coisas na vida que não se explicam! De forma racional como de uma soma matemática se tratasse.

Numa Peregrinação, como aquela em que participei nesta semana pascal, encontramos em cada peregrino uma vida sofrida, uma dor permanente, um desejo perseguido, uma paz imaginada. Logo no inicio da caminhada olhamos os outros que connosco viajavam e achámos que devem ter uma vida tão “normal” que jamais imaginamos tanta dor, tanta tristeza e angústia que vai perpassando por aquelas almas.

Alguém a quem Deus chamou talvez cedo demais, uma doença que surgiu quando menos se esperava, um desalento nunca imaginado, uma família desfeita. De seguida a postura… Defensiva, em primeiro lugar. Serenamente com os quilómetros palmilhados vão deixando que o Espírito Santo os invada devagarinho e acabam por soltar-se.

E no momento único e feliz, de reencontro com a Virgem Mãe, tudo termina numa catarata de lágrimas, todas elas representando cada dia, cada quilómetro, cada passo percorrido. E é geralmente naquele peregrino que aparentemente, sempre pareceu ser mais forte, mais distante, mais corajoso perante a odisseia de um dia de caminhada, que a torrente é maior e mais profunda.

Num instante de pura magia as almas negras repletas de tanto infortúnio, acabam limpas e lavadas. A palavra de Deus e o olhar terno de Maria Santíssima surgem como um desincrustante de mágoas dos corações.

Tem sido sempre assim!

De volta…

Retirado da “circulação” durante 5 longuíssimos dias e 4 noites atípicas, eis-me aqui de novo!

Uma Peregrinação a Fátima.

“A Fé é a Porta” como anunciou Bento XVI. E foi sob este signo que, incluído num conjunto de uma centena de peregrinos, caminhei nestes últimos dias até ao regaço de Mãe Santíssima.

Foram dias duros, muito duros… Pela intempérie que sempre me acompanhou, pelo estado dos terrenos que fui palmilhando, pelas forças que a determinada altura foram faltando, pela coragem que ia esmorecendo mas sem nunca acabar. Também pelas propostas que o caminho e as leituras me foram trazendo, pelos receios, pelas inquietações, pelas incertezas e algumas certezas.

Por esses trilhos que me conduziram à Cova da Iria, fui deixando um ano de amarguras, tristezas, revoltas e dúvidas. Mas Deus esteve sempre connosco, nunca me abandonou! Especialmente nos momentos mais difíceis. E foram tantos…

Pude também descobrir, como às portas de Lisboa, se pode viver numa paz profunda, em comunhão com Deus e a Natureza. É o exemplo de um Mosteiro Ortodoxo que encontrei pelo caminho, onde o Bispo daquela comunidade catequizou os peregrinos sobre o valor da verdadeira penitência.

Depois os longos caminhos ao lado do Tejo, enlameados e monótonos, debaixo de chuva intensa onde a fé era colocada em questão, com a pergunta tantas vezes pensada e jamais proferida: “O que faço aqui?”

A resposta à pergunta surgia logo ali no caminho, no outro peregrino que sofria como eu e ainda mostrava capacidade para rir e brincar. E acabava por avançar mais uns quilómetros até ao destino daquele dia!

Na Palavra de Deus encontrei refúgio e força. No Evangelho descobri a paz. Nas homilias do Padre Jorge percebia a minha fragilidade.

Uma Peregrinação muito sofrida em semana Pascal, a evocar que Cristo, na sua longa caminhada para o Calvário, também sofreu.

Por nós todos!

 

 

 

De volta ao caminho!

Quantas vezes passamos pela vida e nem paramos para… simplesmente olhar.

 

Olhar à nossa volta e perceber a obra que Deus nos disponibilizou.

Olhar para os outros e entender que eles são também parte de nós, mesmo que não os conheçamos.

Olhar a natureza e compreender que tudo existe com um sentido.

Olhar, enfim, para dentro de nós e descobrir um mundo diferente.

 

Durante a nossa vida vamos enchendo o nosso espírito de tanta coisa supérflua que depois não há espaço para o que é realmente importante. Arrumamos dentro de nós tanta amargura, tanta tristeza, tanta ansiedade que depois não sobra espaço para o carinho, para a ternura, para o amor, para a fé.

Nesta nova ordem, que ora vivemos, quase obriga a que assim procedamos.

 

Porque tenho consciência desta realidade.

Porque reconheço que bastas vezes não consigo inverter o rumo dos acontecimentos que me rodeiam.

Porque necessito de me despojar daquilo que não é essencial.

Porque sei que só em Deus encontro uma cura.

 

Por tudo isso, parto!

Parto a pé até Fátima, numa peregrinação, durante cinco dias.

Na procura de paz, de harmonia com o mundo e comigo mesmo, e acima de tudo em busca de fé!

Aquela fé que é a porta… 

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