Soube esta manhã que o caldense João Almeida não partiu com o pelotão para a etapa de hoje por estar infectado com Covid.
Durante as últimas semanas tenho ficado pregado ao canal da Eurosport para seguir em directo o sobe e desce do Giro transalpino que curiosamente começou... na Hungria!
Obviamente que continuarei a seguir a corrida até porque gosto muito de ciclismo, mas esta prova, agora sem o chefe de fila da equipa Emirates, deixou naturalmente de ser gira. Aquela postura quase sombria de João Almeida mas que o colocara na quarta posição da Geral individual foi um exemplo que não é usual ver.
Sei que há mais dois portugueses e da mesma equipa do homem de A-dos-Francos em prova, mas nunca será a mesma coisa.
De vez em quando vou lendo notícias de atletas envolvidos em casos de "doping". Voluntaria ou involuntariamente a verdade é aqueles que caem nessas malhas apertadas estragando as suas vidas, carreiras e deixando que os sonhos se transformem em... pó.
Lembro-me dos casos recentes de Lance Amstrong ou de Maria Sharapova que de bestiais passaram a bestas num brevíssimo segundo. Tudo por causa do tal malfadado "doping".
Quando oiço ou leio este tipo de notícias pergunto-me de quem será verdadeiramente a culpa: do atleta que sente que é impotente para alcançar melhores marcas e arrisca tudo ou dos médicos e dirigentes que percebendo a fraqueza do atleta e às escondidas tentam "compensá-lo" de alguma forma?
Um atleta de alta competição deveria ser uma máquina quase perfeita. E alguns roçam mesmo essa perfeição. Mas há sempre um momento de fraqueza, algo menos bom que pode originar uma opção por ajuda extra.
Por isso caberá ao atleta e à respectiva equipa médica o esclarecimento em conjunto dos riscos de uma tomada de posição perante alguma insuficiência física ou mesmo psicológica. O poblema é que muitas vezes os desportistas não têm essa consciência e depositam cegamente nos seus médicos ou fisioterapeutas a responsabilidade das suas decisões.
Daí correr muitas vezes mal. Com elevadíssimos prejuízos para todos, mas essencialmente para o desporto.
Esta noite enquanto labutava com umas gamboas para dentro da panela de pressão fui deitando o olho para o futebol que passava na televisão lusa. Assumo que é a única razão que me leva a ver o pequeno ecran: desporto.
Decorre o jogo quando percebo algumas substituições portuguesas. Entra este, sai aquele. Entra mais um, sai outro.
O que reparo é que a maioria deles persignam-se antes de entrarem em campo. Outros levantam as mãos e soletram algumas, suponho eu, orações. Todavia estes gestos não são exclusivos do futebol pois são vistos amiúde em qualquer modalidade.
Sendo eu então um homem de fé e professando esta segundo os Mandamentos de Deus, fico por vezes a olhar para aqueles gestos dos atletas e pergunto a mim mesmo se tudo aquilo é verdadeira e sentida fé ou somente um exercício de mera superstição?
Ou quiçá um mero gesto mecânico e quase sem sentido!
Que tamanho têm os nossos sonhos? Até onde gostaríamos que nos levassem os sonhos que vamos sonhando?
Foi o que fez Neemias Queta, que a partir de Outubro irá entrar nos grandes palcos da NBA nos Estados Unidos. Um português de origem guineense, nascido em Lisboa mas vivendo grande parte da sua vida num bairro do Barreiro donde, em 2018, partiu para a terra do "tio Sam" de modo a poder participar nos campeonatos universitários.
Quatro anos passados o jogador de 2,13 metros de altura irá cumprir o seu sonho ao participar no melhor campeonato de basquetebol do Mundo, fazendo parte da equipa dos Sacramento Kings, onde vestirá o número 88.
Finalmente sempre ouvi dizer que em qualquer lugar do Mundo há um português. Não sei se é verdade, mas reconheço que estamos devidamente espalhados.
Iniciou no passado Sábado mais uma volta à Itália em bicicleta, mais conhecido como Giro d'Italia. Com a presença da estrela lusa no ano passado, João Almeida, o vencedor do prémio da Montanha, Ruben Guerreiro e o Nelson Oliveira outro campeão português no selim.
Veremos como corre este ano para as cores portuguesas não obstante cada atleta pertencer a equipas diferentes.
Ao fim de quatro etapas o corredor da Movistar, Nelson Oliveira, já se encontra em 4º lugar. Veremos até onde pode chegar.
No final da etapa de ontem do Tour de France pouco se especulava sobre o vencedor da Volta à França. Entre primeiro e segundo havia uma diferença de perto de um minuto que muitos acharam assaz suficiente para Roglic continuar de amarelo até Paris.
Todavia faltava ainda uma etapa, para além da etapa de consagração reservada para amanhã. Um contra-relógio de pouco mais de 36 quilómetros, mas com uma chegada em subida.
Os atletas foram saindo, um a um, até que partiu o esloveno Tadej Pogacar da UAE Teams Emirates, segundo classificado da geral individual, a 57 segundos do compatriota de amarelo vestido, sendo este o último a partir dois minutos depois.
Foi um final épico. A cada pedalada de Pogacar a distância entre ambos diminuia a olhos vistos e depois cresceu quando já tinha eliminado a diferença temporal. Um exemplo de tenacidade, esforço e espirito de sacrifício.
O atleta esloveno ainda de amarelo bem que tentou diminuir a vantagem do seu compatriota, mas tal foi impossível. E quando chegou à meta tinha perto de dois minutos de atraso em relação ao melhor tempo feito por Pogacar.
Mais uma vez fica provado que as vitórias só são efectivas quando tudo acaba e não há nunca vencedores antecipados.
Uma etapa que ficará na história deste Tour e na história do ciclismo mundial.
Desde que o Tour de France 2020 iniciou que sou um atento seguidor desta prova rainha do ciclismo mundial. Não que entenda muito dos jogos do arranca ou fica como referem alguns comentadores sabedores ou dos jogos de equipa, mas gosto de ver aquele esforço dos atletas seja a subir íngremes montanhas ou a descê-las em velocidade vertiginosa ou aquela centena de metros onde um conjunto de ciclistas quase de desfazem em sprints loucos para ser o primeiro a chegar.
Depois a reportagem que acompanha este Tour, nomeadamente o helicóptero é fantástica dando-nos uma imagem de uma França que não temos quando viajamos por estrada.
Não há castelo, lago, igreja, rio ou barragem que não seja referenciada pela reportagem aérea. Todavia as imagens de terra especialmente dos atletas e das suas bravatas feitas motos-reportagem são momentos, outrossim, inesquecíveis.
Vamos então às curiosidades:
- a primeira prende-se com o público que sempre de máscara vão aplaudindo e incentivando os atletas corredores. Não obstante a pandemia o povo gaulês não quis deixar em mãos alheias aqueles propósitos;
- a segunda curiosidade está inteiramente ligada a Portugal, pois durante cada etapa vejo sempre uma ou mais bandeiras portuguesas. E seja lá onde for... elas estão lá;
- a curiosidade terceira tem a ver com os terrenos agrícolas que nos é dado observar de forma aérea e que se apresentam todos cultivados, ou dito de outra forma, raros são os campos que estão abandonados.
Vamos entrar na última semana do Tour. Independentemente de quem ganhar seria bom que ninguém, especialmente em Portugal, esquecesse Joaquim Agostinho que foi alguns anos um dos heróis desta prova velocipédica!
Um dos maiores e melhores jogadores de futebol de todos os tempos (sim, sim eu sei que houve Péle e Maradona!!!!) ainda está no activo. É português, joga na Juventus de Turim, chama-se Cristiano Ronaldo e faz hoje 35 anos.
Nada disto teria importância se CR7 não fosse o que é neste momento perante todo o Mundo: uma marca.
A postura que o atleta colocou e coloca sempre em campo, a forma como se disponibiliza perante os seus fãns, a vontade férrea de bater sempre mais um record e, acima de tudo, a influência que é nos atletas mais jovens, fazem de Ronaldo uma verdadeira marca comercial. Que vende!
Não obstante nos derradeiros anos algumas tentativas semi-frustadas para denegrirem a imagem do capitão da selecção Nacional através de impostos não pagos e eventuais violações, a verdade é que CR7 saiu destas polémicas por cima, deixando os seus inimigos à beira de um ataque de nervos. Quem nasce para ser vencedor, nada o derrota!
Finalmente gostaria de oferecer uma bonita prenda a Cristiano Ronaldo, mas calculo que ele não necessite de nada. Ainda assim, e o melhor que posso fazer, é escrever este postal, desejando que continue a ser um bom exemplo para todos os portugueses, que se mantenha em actividade por muitos anos e principalmente que exiba a boa saúde física e mental com que tem brindado o Mundo.
Nunca joguei ténis. Mas sempre gostei de ver um bom jogo.
A minha maior referência é a de um "jovem" da minha idade e que dá pelo nome de John McEnroe. Sempre assaz polémico e irascível dentro e fora das quadras de jogo, o norte-americano foi por estes motivos e muitos outros uma figura quase única no ténis. Para mim uma referência.
Mas apareceram outros atletas que por quem sempre nutri uma simpatia. Porquê? Perguntar-me-ão. Somente porque sim ou porque sempre apreciei atletas que jamais se dão por vencidos. Relembro a este propósito uma célebre final de André Agassi em que o atleta esteve a dois pontos de sofrer "matchpoint", tendo conseguido libertar-se desse espartilho e acabou por ganhar o torneio. Mais... o ponto que ele ganhou para dar inicio à reviravolta, fê-lo de costas para a quadra e a fazer um "passing shot" por entre as pernas. Impensável.
Entretanto surgiram outros campeões. Federer, Nadal, Djokovic, Wawrinka, Sampras. Já para não falar dos idosos Connors, Borg, Lendl e muuuuuuuuuuuitos outros.
Também no sector feminino tive e ainda tenho umas quedas muito pessoais. Desde a Anna Kournikova, à Martina Higins, passando por Steffi Graf, não esquecendo a argentina Gabriela Sabatini ou a gaulesa Mary Pierce... todas elas campeãs e grandes batalhadoras em campo.
Porém e desde que este desporto passou a ser transmitido em canal pago deixei de ver e só vou sabendo as notícias por aquilo que vou lendo.
Ainda assim relembro os tristes acontecimentos na final feminina do USOpen do ano passado, onde Serenna Williams baixou o nível do ténis, não na competição, mas nas palavras com que brindou o árbitro luso Carlos Ramos.
Eis aqui um resumo:
Uma vergonha para a família Williams que não merecia este vexame público feita pela número 1 mundial.
Só que este ano Carlos Ramos não esteve presente na final nem em nenhuma partida da Serena. E esta perdeu na mesma a final do USOpen de 2019.
Afinal a culpa parece não ter sido do árbitro português.
Não há coincidências. No mínimo não acredito nelas.
Já não me lembro porquê andei hoje à procura de mensagens antigas no meu arquivo de correio electrónico. Revisitei umas, recordei outras e acabei por descobrir que faz hoje precisamente dois que este espaço teve uma visita importante, que até comentou. Falo-vos da antiga atleta do Sporting Naide Gomes, que naquela altura havia abandonado a competição para se dedicar à maternidade.
Em finais de Março de 2015 escrevi um breve texto em jeito de homenagem à ex-atleta, convicto que esta jamais a leria.Todavia e por interposta pessoa a Naide veio aqui e leu e como já referi acima eescreveu um pequeno comentário.
Quiça o momento mais alto deste blogue. Pode recordar aqui...