Ontem regressaram os almoços de antigos colegas de trabalho.
Após dois anos de ausência eis que nos encontrámos, mais uma vez, decorrido que foi este longuíssimo tempo. Mais velhos, obviamente, mas ainda assim com bom aspecto tendo em consideração a idade da maioria (quase todos são mais velhor que eu!). Senhoras incluídas!
Retirando dois casos está tudo reformado, vivendo os dias naquela aposentada calma que se deseja e merece. Pois... mas eu nada referi sobre os meus preenchidos dias. Para quê? Provavelmente nem acreditariam.
Mas o que melhor me soube deste repasto foi ter almoçado nas calmas sem aquele stress de quem tem horários a cumprir, algo impensável enquanto elemento activo.
Combinou-se entre todos novos almoços, falta agora marcar o dia e o local!
Termino dizendo que todos tinham máscaras. Não vá o Diabo tecê-las!
Soube esta manhã que o caldense João Almeida não partiu com o pelotão para a etapa de hoje por estar infectado com Covid.
Durante as últimas semanas tenho ficado pregado ao canal da Eurosport para seguir em directo o sobe e desce do Giro transalpino que curiosamente começou... na Hungria!
Obviamente que continuarei a seguir a corrida até porque gosto muito de ciclismo, mas esta prova, agora sem o chefe de fila da equipa Emirates, deixou naturalmente de ser gira. Aquela postura quase sombria de João Almeida mas que o colocara na quarta posição da Geral individual foi um exemplo que não é usual ver.
Sei que há mais dois portugueses e da mesma equipa do homem de A-dos-Francos em prova, mas nunca será a mesma coisa.
Após uns meses de (quase) total liberdade é tempo de se tomar consciência que o covid não desapareceu e que continua a infectar muita gente. Muito mais do que se esperava e desejava.
Por aquilo que tenho observado as pessoas rapidamente aderiram ao não uso da máscara. Bem ao invés do início quando o governo obrigou ao seu uso, mas a multidão preferia não cumprir a ordem, fazendo ouvidos de mercador.
Eu que fui, no dealbar desta pandemia, contra o uso daquele acessório reconheço que com a máscara estarei mais protegido ou, estando eventualmente infectado sem que o saiba, não contaminarei as pessoas ao meu redor.
Prevejo assim algum retrocesso nesta política de (não) uso das máscaras e acrescento que quanto mais tarde pior!
Os passeios por terras transmontanas do passado fim de semana deram-me tempo para pensar em muitas decisões na minha vida. Uma delas tem a ver com o meu património actual, já que andei tanto tempo a angariar coisas que decidi alienar algumas delas.
No fundo, no fundo daqui a uns tempos nenhum dos meus filhos quererá saber e depois acabarão por espetar tudo no lixo.
Decidi então alienar grande parte do meu património e que havia junto durante os últimos anos. Deste modo comunico que tenho cerca de 1500 caixas de máscaras cirúrgicas para venda, 599 daquelas ffp2, assim como 700 frascos de gel desinfectante.
Não há base de licitação nem um valor fixo nos lances. No final entregar-se-á o produto a quem oferecer mais.
(Já recebi uma proposta de três cêntimos!!! Estou muito tentado em aceitar esta oferta!)
Não venho falar do filme que celebrizou Jim Carrey, mas unicamente da máscara profilática contra o Covid e que usamos todos os dias e sempre que nos ausentamos de casa.
Pela minha parte confesso que custou a habituar-me ao seu uso. Diria mesmo que nos primórdios desta pandemia considerei até exagerado aqueles que a usavam.
Mais de dois anos decorreram e a máscara passou a fazer parte da minha indumentária. É óbvio que não uso daquelas coloridas a fazer pandã com a roupa que visto, como vejo normalmente no eterno feminino, mas utilizo-a sempre que tenho de sair de casa.
Não sei o que nos reserva o futuro no que respeita a esta pandemia, mas mesmo que seja aprovado a liberização do uso da máscara continuarei a usá-la até que me sinta completamente confortável com os casos desta gripe.
Desde 2020 que vivo uma vida de perfeitom desassossego. Começou logo no dealbar daquele ano com o nascimento da neta.
A experiência de ser avô foi naturalmente uma novidade. Se ser pai é cuidar, ser avô é amar profundamente e sem limites.
Depois veio o Covid e a estória de uma pandemia que nos limitou e ainda limita as nossas vidas com enfâse para o distanciamento de quem mais gostamos. A meio de 2020 reformei-me!
Entretanto em 2021 fui também infectado e todos cá em casa, algo que não deixou saudades. Quase no final do ano passado a minha mulher fracturou o calcanhar o que limitou ainda mais a nossa vida. Já para não falar de 4 meses de obras em casa... Um horror!
Entra 2022. Quando pensava que poderia ter um ano mais pacato, eis que surge esta guerra entre a Rússia e a Ucrânia, que me entristece e arrepia. Com a devastação que conseguimos infelizmente perceber. E já nem falo das eleições legislativas com uma maioria absoluta que irá (quase) perpetuar António Costa em S. Bento.
Finalmente cai sobre nós uma poeira africana agora numa segunda onda laranja que tudo cobre e suja.
Parece que foi ontem que o Covid passou para terceiro plano porque a invasão da Ucrânia ganhou a titularidade dos boletins noticiosos.
Trinta dias de guerra que nasceu na cabeça de um ser vivente, mas que não é um ser humano. Cidades destruídas, famílias afastadas, lares abandonados, civis mortos sem dó nem piedade, onde as crianças acabam por ser as maiores vítimas, milhões de pessoas a fugirem para outros países.
Um mês já decorrido! Um mês de lágrimas, de penúria, de ataques sobre ataques sem fim à vista.
Quanto tempo mais será necessário para que este flagelo termine? Quantas pessoas terão de pagar com a vida as imbecilidades de governantes sem escrúpulos nem alma?
O mundo não precisa desta guerra. Nem desta nem de nenhuma outra.
O jornalismo é uma profissão tramada. Anda um jornalista dias e dias a trabalhar tendo como pano de fundo determinado assunto, por exemplo a pandemia com Covid19, para de um momento para o outro nada disse ter importãncia e ser transferido para o outro lado da Europa todo o interesse e atenção.
Obviamente o que escrevi é uma mera brancadeira, todavia com a invasão da Ucrânia pelas tropas Russas todos os outros assuntos passaram para segundo ou terceiro plano.
Desde o Coronavirus à inevitável subida das taxas de juro com a consequente subida da inflação ou a crescente subida dos combustíveis, nada agora interessa. Não é que os problemas tenha desaparecido, apenas as atenções desviadas.
Provavelmente alguns teóricos da conspiração dirão que tudo isto fará parte de um acordo prévio com contornos mais ou menos recambolescos.
No entanto os mortos em terras ucranianas continua a crescer. Infelizmente aqueles não fazem parte de nenhuma conspiração.
Se há alguém no Mundo que realmente respeito é Sua Majestade Isabel II de Inglaterra.
A sua provecta idade já fez bater todos os records de monarcas anteriores como por exemplo da Rainha Vitória que reinou 63 anos e que era trisavó de Isabel II.
Soube que a Monarca Britânica também foi infectada com Covid. Diria que sendo Isabel II outrossim um ser humano, não é por ser Rainha que não lhe podem acontecer estas coisas.
Porém e tendo em conta a sua já longa idade, reconheço que segue os passos de sua mãe que viveu 101 anos.
Não serei seu súbdito todavia desejo-me sinceramente as melhoras com um rápido restabelecimento.
Esta pandemia e de modo muito particular esta variante Omicrón tem vindo a infectar muito mais gente que as versões anteriores. Valeram aos portugueses as vacinas que ao longo de um ano foram administradas. Ainda assim o número de infectados é alto tal como o de mortos por Covid.
Por isso hoje lembrei-me de ir ligando a diversos amigos para saber em que situação se encontravam. Tirando um caso ou outro que já sabia que estavam infectados, mas sem grandes problemas, os restantes responderam negativamente, o que é bom!
Um desses amigos foi um antigo colega de trabalho. Não obstante a separação física ficou entre nós uma boa e cimentada amizade. Liguei-lhe!
Falámos durante alguns minutos, rimos muito e ao fim de uns minutos acabámos por desligar.
Passado um pedaço tinha esta mensagem no whatsapp:
Meu caro e tão estimado amigo. Obrigado por te lembrares de mim. Gostei tanto de te ouvir. E estava mesmo a precisar de ouvir uma voz amiga. Grande abraço!
Uma mensagem pequena. Mas é nestas ocasiões que o pouco se torna tanto!