Porquê?
O filósofo grego Sócrates disse um dia: Não sou atenienese nem grego, sou um cidadão do Mundo.
Mas após as notícias da barbárie da noite passada em Paris acredito que o mesmo filósofo helénico, se fosse vivo, jamais proferiria aquela frase. Ninguém quer pertencer a este mundo de constantes ataques terroristas, de incapacidades de se viver com a diferença seja ela religiosa ou política, de tamanha intolerância.
Realmente não percebo, não entendo, nem ouso sequer arranjar uma explicação para o que se passou.
Nestes infelizes acontecimentos surge sempre no final a mesma questão: porquê?
Uma questão apresentada numa só palavra e que esconde tantas e tantas outras perguntas. E todas elas sem qualquer resposta.
Em Janeiro fomos todos "Charlie", hoje somos todos Parisienses. E amanhã seremos o quê? Jamais saberemos...
Há cada vez mais um medo latente em cada europeu. Olhamos na rua, no autocarro, no metro para os que nos rodeiam e ficamos a pensar e a dizer:
- E se...
O mundo está doente, muito doente! E não há ninguém com vontade real de o curar!