Hoje foi dia de almoço com antigos colegas de trabalho! Desta vez fomos apenas dez contra a vintena que por vezes costuma ser.
Agora podemos falar de trabalho, colegas e antigos chefes! Rir dos outros e de nós. Recontar aquela estória tantas vezes repoetuda em cada repasto, mas que todos adoram escutar pela enésima vez!
Trazer à memória personagens com quem trabalhámos, a maioria pelas parvoíces com que nos brindaram.
Portanto um almoço convívio bem divertido, entre risoto e diferentes massas italianas. um restaurante que não conhecia, mas com... pinta (a lasanha de lavagante ficou-me no goto, talvez para a próxima!).
Todavia houve uma altura em que me senti triste... especialmente quando alguém se lembrou de perguntar:
- Vocês lembram-se do Manel Cachopo? Morreu a semana passada!
Um balde de água fria! Depois outros:
- E o engenheiro Jacinto
- A sério? Ainda há meses que me encontrei com ele na Baixa.
Ai tantos e tantas que já foram embora. Gente boa e menos boa. Competente e incompetente, mas todos a fazerem parte daqueles nossos dias!
Lancei a ideia para a mesa antes de acabarmos!
- No próximo almoço ninguém fala de mortos! Só aqui vimos para comemorar a amizade e a vida!
Quem me conhece sabe que para mim "The Beatles" são... aquela banda. Todos os que lhes seguiram serão apenas isso: seguidores!
Claramente que estou a exagerar, todavia não o faço de forma inocente, mas no sentido de percebam como aprecio a música dos "Fab four".
Não me considero um melómano, mas sei que os jovens de Liverpool deram à música do século XX um sentido verdadeiramente universal.
Agora, mais de sessenta anos passados desde o lançamento de "Love me do" ,é entregue ao Mundo da música a derradeira canção dos "The Beatles", composta por John Lennon algum tempo antes de ser assassinado em Nova Iorque.
"Now and than" surgiu recentemente após diversas intervenções de Paul McCartney, Ringo Starr e George Harrisson nos anos 90 para ser incluída num disco, projecto que acabaria por ser abandonado, e mais recentemente por Peter Jackson (o galardoado realizador da trilogia "Senhor dos Anéis") que com a sua equipa conseguiu o milagre de recuperar a voz de John Lennon e depois misturá-la com os restantes elementos do grupo.
Esta música é uma balada serena e suave, bem ao estilo de John Lennon no final da sua vida! Depois o video... que está simplesmente fantástico com a referência ao melhor disco da vida "beatliana" e que foi o "Sargent Peppers Lonely Hearts Club Band".
Este tema merece então ser bem escutado e as suas palavras melhor interpretadas! (Li que terá sido composta por Lennon numa vã tentativa de reconciliação com os restantes elementos da banda, ideia que jamais conseguiremos confirmar!)
Portantom oiçam e vejam o video! Vale mesmo a pena!
Há mais de 40 anos assisti em directo a alguém a atirar-se para a linha do Metropolitano de Lisboa, na estação do Campo Pequeno!
Durante muitos dias mal dormi, não pela tragédia da morte e de como ela acontece, mas por aquela pessoa ter estado de pé a meu lado enquanto aguardava a chegada do comboio e eu não ter conseguido travá-la a tempo. Era como a culpa do que havia acontecido fosse exclusivamente minha.
Mas nada como o tempo para diluir os acontecimentos em muitos outros que foram a minha vida e tudo hoje fazer parte de um passado longínquo!
Renovo então a minha ideia de que as doenças do foro psíquico serão das piores do ser humano, até porque muitas delas são quase irreconhecíveis.
Esta semana fui a Lisboa a um magusto com antigos colegas deixando o carro bem estacionado e a pagar! No caminho passei por uma mulher bem mais nova que eu que caminhava no passeio quase de forma automática. Um passo lento e uma postura corporal que denunciava que carregava um enormíssimo peso (dentro de si mesma!). Passei por ela e tentanto fazer de conta que estava a fechar a minha viatura virei-me e dei de caras com a face de alguém... sofrida.
Fiquei a pensar se deveria perguntar alguma coisa ou deixá-la ir simplesmente, até porque há muita gente que não gosta de assumir o seu estado depressivo, tornando-se um perigo para eles e demais pessoas que os possam eventualmente tentar ajudar.
E se julgam que esta doença se resume às grandes cidade onde há muita gente, desenganem-se porque as aldeias começam já a ter os seus casos. A maioria deles são afagados em copos de vinho na tasca ou em cálices de aguardente em casa!
Com tanta falta de médicos nos hospitais e Serviços de Urgência para tratar de doenças mais físicas é natural que ninguém olhe para a cara desta gente... tão doente.
Gente a requerer cuidados prementes, mas que nenhum paciente quer reconhecer!
O actual Presidente da Assembleia da República, Doutor Augusto Santos Silva, falou numa entrevista o que não deveria ter falado, mesmo que o pensasse!
Como diz aquela imperial máxima "à mulher de César não basta ser séria, tem de parecer!" também Augusto Santos Silva deveria cuidar-se muito com o que diz, já que não é a primeira vez que fala coisas a despropósito, olvidando o seu lugar no Estado!
Sinceramente nunca gostei desta figura, que sempre me pareceu ser o braço armado de José Sócrates. Talvez por isso me tenha admirado que Augusto Santos Silva assumisse a Presidência da Assembleia da República.
Se juntarmos as estas declarações tudo o que se tem passado recentemente no (ainda) governo do PS diria que esta mistura poderá ser demasiado explosiva para um partido desnorteado.
Mais... aquele artigo de opinião do antigo PM do PS num jornal diário, não creio que terá caído bem no Largo do Rato!
Portanto ao Senhor Predidente da Assembleia da República só apetece perguntar como o Rei Juan Carlos de Espanha fez a Hugo Chevez:
Ontem estive ausente da escrita como aqui justifiquei.
Tudo por causa da morte de uma tia, na Beira Baixa, com 90 anos, demente e doente. Assim sabida a notícia, tive de arrancar para a aldeia beirã donde havia regressado há 15 dias. É a vida e as pessoas merecem uma derradeira homenagem no momento da sua partida.
No velório encontrei muita família, como é apanágio destes acontecimentos. Conversa para aqui, conversa para ali acabei a noite a falar da campanha deste ano da azeitona com um primo. Falámos dos preços astronómicos a que se encontra actualmente o azeite, mas concluímos que bem vistas as coisas, aquele está demasiado caro para quem o compra, mas quase no preço justo para quem o vende.
A ideia ocorreu-me já de regresso: tentar apurar os custos tidos com as oliveiras. Certo de que a campanha deste ano iniciou quando acabou a anterior...
Assim comecei a apontar as despesas desde o ano passado. Logo que encerrou a campanha de 2022 pedi ao podador que limpasse as oliveiras mais necesssitadas. Trabalho feito eis a primeira despesa: 400 euros!
Depois entrou um tractor de estrume na terra que eu não contabilizo pois faz parte da renda a pagar por um dos rendeiros (se tivesse de pagar seriam no mínimo 150 euros). A seguir falei com um homem para espalhar o dito estrume ao troço das oliveiras. Fê-lo e levou-me 80 euros.
Veio o Inverno seco, a Primavera sem água, mas ainda assim algumas oliveiras cuidaram em ter azeitona. No fim do Verão contratei um homem para ir a cada oliveira e cortar os "ladrões" e algum mato que houvesse. Mais 60 euros!
Finalmente a apanha! Aqui gastei 450 euros em mantimentos para o pessoal presente, 100 em gasóleo para ir e vir e mais 60 para portagens. Finalmente 457 euros para me fazerem o azeite no lagar!
Somemos então:
400 mais 80 mais 60 mais 450, 100, 60 e 457. Dá aproximadamente 1600 euros gastos. Agora vamos dividir por 224 litros de azeite que foi a colheita de 2030 quilos de azeitona. Dará 7,1 euros por litro.
Todavia é bom não esquecer que a azeitona não se apanha sozinha e foi necessário mão de obra. Durante três dias fomos cinco pessoas e dois dias... quatro. Que não receberam um tostão como pagamento.
Tal como não falo dos custos das máquinas de colher, nem a electricidade que se gasta para carregar as baterias, nem os sacos ou os panos. Finalmente a ajuda ao homem que levou a azeitona no tractor até ao lagar!
Na verdade tudo isto são custos... E grandes!
Portanto o azeite fica muito caro... Mas para mim ainda valerá a pena pois fica o gosto e o prazer de estar a comer algo que ajudei a fazer chegar ao meu prato. E esse prazer ninguém mo tira e é impagável!
Devido ao Web Summit que iniciou hoje lembrei-me que a tecnologia é cada vez mais importante, mas acredito que jamais conseguirá substituir o ser humano.
As milhentas plataformas que hoje existem para tudo e mais um par de botas ainda não conseguem fazer a totalidade do que o homem precisa.
E por mais inovadores que sejam os equipamentos e plataformas ainda estarão muuuuuuuuuuuuuito longe da enormíssima capacidade intectual do ser humano. Até porque se a base de toda a inovação é um sistema binário (entre 0 e 1) dificilmente uma máquina terá, por exemplo, sentimentos... que são tudos menos binários!
E quem diz sentimentos diz emoções, sensações e demais funções (a rima é propositada)! Não estou a ver uma máquina a operacionalizar coisas que só o homem tem consciência do que é para fazer.
Sei que com acesso a um pequeno telemóvel posso, hoje, movimentar milhões, comprar e vender uma casa, um barco ou simplesmente encomendar uma pizza! Tão simples!
No entant,o por muito que se queira entregar nas mãos de equipamentos electrónicos a responsabilidade de actividades que cabe apenas ao homem, tenho a certeza que um destes dias alguém irá parar e simplesmente dizer:
- Chegámos à fronteira... a partir daqui a máquina não é necessária!
Diz a sabedoria popular que a necessidade aguça o engenho! Tenho realmente que concordar com esta ideia. Vejamos então!
Este miúdo quando andava na escola sempre demonstrou uma enorme incapacidade para as disciplinas de desenho e trabalhos manuais. Aquilo era uma enormíssima chatice e no desenho o que me valia era sempre o desenho geométrico... porque bastava praticar em casa! E praticava muito!
Ora esta falta de jeito acabou por se plasmar em más notas e obviamente num ano escolar perdido.
Porém a vida acabou por ir limando esta minha falta de valência para os trabalhos manuais resultando que hoje consigo fazer muita coisa que antigamente jamais faria. No entanto para muitos dos trabalhos há que ter... ferramentas apropriadas!
Actualmente tenho uma séria de pequenas máquinas que me ajudam: lixadoras, berbequins, serras electricas, pistolas de soldar e de colar. Depois muitas chaves de fendas, martelos, serrotes ou alicates. Um conjunto de chaves inglesas e de grifo, chaves de bocas e mais não sei quantas peças.
Parece fantástico, mas este mundo de bricolage ocupa muito espaço. Se bem que tenha uma casa de arrumos, ainda assim há que ter algo mais à mão.
Foi por isso que há tempos transformei uma pequena mala que ia para o lixo num local para guardar meia dúzia de utensílios importantes. E como é pequena cabe em qualquer lugar. Deste modo de um momento para o outro e se tiver necessidade tenho esta pequena companheira de infortúnio!
Estive a escutar com atenção a comunicação desta noite ao país, do nosso Primeiro Ministro demissionário, Doutor António Costa.
De tudo o que disse, das desculpas que apresentou, dos apelos que fez fiquei com a sensação que o mais importante ficou por dizer!
Sinceramente não percebi a razão deste comunicado, até porque o mal está feito, a demissão aceite, as eleições marcadas e o resto... logo se verá!
Agora aquela ideia que tentou passar de que os investidores não devem ter receio de investir em Portugal parece uma desculpa meio esfarrapada ou só "para inglês ver"!
Até porque qualquer estramgeiro que queira investir neste rectângulo tonto e desorganizado sabe de antemão com o que conta em termos de legislação, morosidade de processos e demais burocracias.
Porque considero isto tão estranho é que eu peço, encarecidamente, que me expliquem, devagar de preferência, o porquê deste discurso.
O meu avô que era sábio é que tinha razão quando dizia: mais vale o que fica por dizer que aquilo que se diz!