Os “ses” deste Governo
Quando entrei no mercado de trabalho fui obrigado a descontar do meu rendimento determinado valor, que seria para a minha futura reforma. E todos os meses, durante trinta e tal anos, assim tem sido feito.
Isto tem-se passado comigo e com todos os trabalhadores deste triste País. E a única certeza é que quando chegarmos à hora da reforma o Estado tem esse dinheiro guardado para mensalmente me ir entregando até… morrer!
Puro engano!
O que era verdade há uns anos hoje não passa de uma utopia. O Estado abarbatou-se com parte do meu vencimento e quando pretendo o retorno eis que o mesmo Estado se nega a dar o que eu “não voluntariamente” descontei, alterando assim as regras do jogo.
Mas o que atrás descrevo não é nada que não se saiba ou se sinta já. Todos temos sofrido na carteira esta form(ul)a sui generis de nos roubarem o dinheiro… Porque é de um roubo descarado que se trata, digam o que disserem!
Ora então dei por mim a pensar…
1 - Se o Estado não paga as reformas conforme foram previamente acordadas e ninguém o leva preso (havia de ser giro!), porque não rasga o Estado os acordos com as tão conhecidas e sorvedoras de dinheiros PPP’s?
2 - Se o Governo tem coragem de deixar crianças irem para a escola com fome por os pais se encontrarem desempregados, ou outrossim olvidar os idosos que durante tantos anos trabalharam e descontaram, para agora cortarem nas suas míseras reformas, como não tem a mesma coragem para perante as PPP’s fazer o mesmo?
3 - Se o Estado tem intenção de cortar subsídios de férias e Natal a públicos e privados, porque não corta nos dinheiros para TODAS as Fundações, sejam elas de carácter for?
São provavelmente muitos “ses”. Demasiadas condições para um país à beira de um colapso colectivo e com um Governo incapaz de optar por atitudes realmente corajosas e radicais a bem do seu povo, que foi quem o elegeu. Não a MerkelTroika!