Um mau exemplo!
O futebol português jogado entre as nossas fronteiras é claramente diferente daquele que se joga lá fora. Senão vejamos:
- em Portugal um jogador só é castigado ao fim do 5º amarelo. Assim os árbitros não se coíbem de mostrar amarelos por tudo e por nada (muitas vezes a pedido!!!);
- em Portugal todos os comentadores falam das arbitragens, sem conhecerem a maioria das vezes as regras essenciais do futebol.
- em Portugal os dirigentes desportivos tendem a defenderem o indefensável criando um ambiente quase explosivo
Posto isto, olhemos para o que aconteceu um destes dias com uma equipa portuguesa e com um seu jogador e percebemos como o futebol português intramuros vive uma crise de identidade (ou será seriedade?).
Pior que o empurrão de um capitão de equipa ao árbitro é a defesa impensável daquele clube ao jogador. Não se pode exigir seriedade somente aos outros. Temos de ser os primeiros a dar o exemplo. Custe o que custar, doa a quem doer!
Muitos dos meus amigos do clube de Carnide fazem gala em lembrar aos Portistas uma célebre corrida que José Pratas exibiu à frente de diversos jogadores do F.C.Porto, creio que numa final da supertaça em Coimbra. E com razão… Aliás para além deste caso muitos outros têm acontecido com aquele clube pelo tempo fora.
Os actuais dirigentes do nosso futebol não podem deixar passar em claro (leia-se sem punição) o que se passou na Alemanha. Na certeza de que se o fizerem, jamais um árbitro em Portugal será respeitado por todos os intervenientes.
Ao clube de Carnide tudo é permitido. E então àquele jogador que é grande (mas não é grande coisa!) ainda pior: marcar golos em cima do guarda-redes, cotoveladas nos adversários, empurrar os árbitros. E de tudo tem sido absolvido…
Até quando, senhores da liga? Até quando?