A (i)lógica dos sentimentos
A questão “para que serve o casamento a não ser para ter filhos?” colocada assim de supetão, sem qualquer contexto associado parece quase uma fórmula matemática de “dois mais dois é igual a quatro”.
Na verdade só o ser humano casa. Na natureza pelo contrário tudo se faz pela sua própria lei, sobreviver!
Falta, no entanto, àquela pergunta uma variável e que se chama sentimento. Só o ser humano sabe dizer o que sente. E é esta variável que faz alguém gostar ou detestar outrem.
O que afinal pretendo dizer é que a junção de duas pessoas acarreta consigo obvias sensações, desejos, vontades e alegrias e claramente o inverso. Pode-se gostar ou detestar de uma pessoa só porque sim, sem haver uma razão lógica ou racional para essa atitude.
Dentro da panóplia de sentimentos que envergamos para gostarmos ou não de outra pessoa um deles é naturalmente o amor.
Amar alguém é algo pouco racional já todos nós sabemos. Mas como podemos explicar aquele suor frio nas mãos quando saímos a primeira vez? Como se explica o pulsar acelerado do coração, as pernas pouco firmes, as ideias toldadas?
Pois é, o amor não se explica, apenas se sente… Tal como o ódio ou a raiva.
No fim de contas tudo sentimentos que usados como variáveis alteram, e de que maneira, a nossa forma de ver a vida a dois.