Um caso de famílias...
Sexta Feira.
9 horas da noite.
TVI.
A reportagem sugeria novidades sobre os elementos da família Esperança. Quem os conheciam, como se comportavam, como conviviam, numa tentativa de antever nalguns actos corriqueiros a tragédia que assolou a pacata cidade de Beja.
Todavia as respostas apresentadas na reportagem tendiam sempre no mesmo sentido: era uma família normal.
Ora durante este fim de semana fiquei a matutar naquelas declarações e acabei por me perguntar o que seria uma família normal?
Senão vejamos:
O Francisco Esperança já cumprira alguns anos de prisão por desfalque numa instituição bancária onde fora empregado. A filha estivera detida por desviar cerca de seis mil euros para além de duas tentatativas frustadas de suicídio.
Haverá suspeitas de que a neta, não seria neta mas sim filha de Francisco Esperança indiciando um acto de horrível incesto.
E a mãe defendia todos eles, sendo assim conivente com os actos.
Esta era então uma família normal aos olhos dos Bejenses?
Concluo assim que em Beja quem rouba, desvia, incesta e/ou se tenta suicidar está perfeitamente dentro dos parâmetros aceitáveis para a sociedade daquela capital Alentejana.
Então ainda bem que a minha família é anormal...