Trinta e quatro anos
Faz hoje precisamente 34 anos que surgiu pela primeira vez, num jornal regional, o meu nome a assinar uma crónica.
Desde esse dia até hoje publiquei dezenas de textos para diversas publicações, todas elas de cariz regional. E escrevi de tudo um pouco: crónicas, ficção, crítica, comentários políticos ou reflexões quase filosóficas… e até poesia (pasmem-se!).
Conheci muita gente, fiz amigos, mudei a minha atitude perante o mundo e a vida. O miúdo que mal se continha de alegria nesse longínquo Outono de 1977 deu lugar a alguém maduro, mais sereno e preparado para as surpresas (boas e más!) que a vida ainda me tem reservadas.
A minha escrita mantêm-se ainda como forma de “terapia”, neste mundo frenético. Escrever já não é um acto de revolta, de inconformismo mas um gesto de pacificação interior.
Agora é tudo muito mais fácil. Os blogues são um desafio e ao mesmo tempo um repositório de pensamentos que naquele tempo apenas viviam na minha mente. Hoje posso livremente dizer (leia-se escrever) o que penso, como me sinto ou qual a minha ideia sobre… o que me aprouver.
Trinta e quatro anos de má escrita, confesso! Mas jamais fui capaz de fazer melhor. Sou o que sou sem pruridos e sem vaidades e ciente das minhas naturais limitações,
Mas também já não tenho idade nem paciência para mudar!
Quero finalmente deixar aqui o meu mais profundo agradecimento a todos os que tiveram a paciência para ler o que escrevi durante estes anos.
Bem-hajam.