Creio nunca ter vindo aqui escrever um agradecimento por um destaque deste blogue nos recortes ou na página Principal da plataforma SAPO.
Mas hoje não posso deixar de agradecer à SAPO por ter trazido para a página principal o meu outro espaço onde vou escrevendo umas estorietas. Umas mais simpáticas outras nem tanto!
Desta vez foi o Jeremias o alvo, um bonito canário com uma estória para contar.
Este tem sido um exercício engraçado composto por duas partes. A primeira é uma estória contada normalmente e que envolve um animal e envolvendo uma ou mais pessoas e com um determinado desfecho. A segunda parte "A versão de..." exibe a mesma estória, mas vista pelo animal. Assim à laia de fábula.
O primeiro foi um gato (o Xavier), depois um cão (o Léo) e agora um canário (o Jeremias). Provavelmente outros virão!
Posto isto repito o agradecimento por este invulgar destaque para um blogue normalmente mais intimista.
Principiou a plantação de algumas culturas de tempos mais quentes.
Este ano cuidei de plantar menos coisas até porque depois acabam por se estragar ainda na terra. Basta um dia daqueles de calor tórrido e vai tudo embora.
Este ano apostei numa inovação. Para os feijoeiros costumava montar uma estrutura feita de canas. Só que estas estavam já secas e muito usadas e assim fui a uma dessas lojas que vendem coisas para jardinagem e gastei perto de 80 euros e adquiri umas peças que fui montando de forma a criar uma estrutura s3melhante.
Esteticamente parece mais engraçado, porém só espero que aguente com a escalada dos feijoeiros.
Quanto aos tomateiros, curgetes e pepinos ainda está tudo muito pequeno. Provavelmente só daqui a umas semanss estarão em condições de serem presos a outra estrutura que irei também montar se bem que não seja igual à dos feijoeiros (será bem mais forte) porque os tomateiros são bem mais pesados e criam sempre muita rama.
Agora venha de lá essa chuva para evitar eu regar!
Para mim pelo menos e arrisco mesmo dizer para ninguém!
Eu que ainda me recordo de viver sem luz na aldeia, pergunto-me como tal era possível?
A questão não se prende com a falta de luz para a televisão ou internet, mas acima de tudo para aquelas pequenas e tão corriqueiras acções diárias.
O passar da sopa, o picar da carne para o pequeno, ou o simples aquecer de leite. No fundo a quantidade de acções que diariamente fazemos usando a electricidade, mas sem (quase) percebermos.
O país ontem parou completamente. Se alguns edifícios se socorreram dos geradores, a maioria das empresas e equipamentos não os têm. Porque nunca foi necessário... até ontem!
O estranho é que tendo eu placas solares e estando um dia de Sol, não consegui obter energia para a minha casa. Disseram-me que a legislação portuguesa não o permite, apenas autoriza o carregamento de baterias.
Finalmente não escrevi ontem o meu postal da ordem e por isso hoje terei de escrever dois.
Hoje andei a arrumar uns papéis guardados há algum tempo. Facturas e mais facturas: do telefone, da água (estas agora já vêem por mail!), da farmácia, das consultas, de combustível, compras e restaurantes.
Um ror de documentação à qual dediquei alguma atenção e cuidado.
Foi neste trabalho chato e moroso que encontrei uma carta registada enviada por um tribunal. Recordava-me de ser uma multa por excesso de velocidade em Lisboa. Nesse dia levava comigo a minha neta mais velha para ir visitar a Quinta Pedagógica dos Olivais. Portanto dia para fazer uma condução super defensiva. Mas ainda assim não o suficiente...
Pois bem... a sentença passada por um juiz parecia retirada de um processo de um crime horroroso, daqueles cometidos por alguém com cadastro notável.
Todo o texto da sentença é de um verbo difícil de entender porque o excesso de velocidade é bem diferente de velocidade excessiva.
Mas os termos com que aquilo foi escrito (imagino que seja uma carta tipo/matriz para este género de criminosos!) pareceram-me pouco simpáticos e até, arrisco dizer, ofensivos. Obviamente que com esta missiva veio uma referência multibanco para pagar os 125 euros da infracção mais dois pontos retirados à minha carta, para além de uma suspensão de conduzir por 30 dias (que eu sinceramente nunca cumpri).
Até tremo só de pensar que um destes dias posso ser apanhado a andar a 50 quilómetros à hora num local onde se deveria andar a 40... Provavelmente terei a PSP ou a GNR a bater-me à porta e a levar-me para o xilindró!
Portanto e para terminar... eu criminoso me confesso!
Em nota de rodapé posso dizer que há uns anos fui a um casamento em Alcains que fica a 241 quilómetros de casa, tendo saido de Lisboa pelas nove da manhã e cheguei ao destino dez minutos antes do evento. Neste trajecto o carro chegou aos 200 quilõmetros hora, mas até agora não recebi nenhuma infracção.
Sinceramente não gostaria de estar no lugar de nenhum dos Cardeiais elegíveis para Papa.
A fasquia do Papa Francisco foi tão elevada que mui dificilmente o que lhe suceder, por muito bom que seja, terá óbvias dificuldades em alcançar a matriz deste pontificado... franciscano.
Por isso já li que alguns Cardeais assumiram terem algum receio ao serem escolhidos. Bem vistas as coisas percebe-se porquê, já que Francisco esteve muito mais próximo da ideia de Cristo que algum dos seus antecessores.
Foi hoje a sepultar o Papa dos pobres, dos indefesos, daqueles de quem ninguém escutava a voz. E sim Francisco fez-se ouvir por eles, por muitos outros, enfim por todos, todos, todos.
Partiu um Papa para a Eternidade, outro chegará!
Diferente do seu antecessor, mas com a mesma responsabilidade: a de divulgar a Palavra de Deus pelo Mundo.
Hoje 25 de Abril do ano da Graça de 2025 andam nove homens a trabalhar para mim (cinco a cortar mato na aldeia e quatro a pintar a casa e os gradeamentos).
Ainda os avisei deste dia de comemoração da Liberdade, mas a resposta que recebi foi de que, para eles, seria um dia normal de trabalho.
Passaram 51 anos desde essa quinta-feira de 1974. Hoje a maioria das pessoas vêem este dia apenas com mais um feriado, ainda por cima este ano à sexta-feira...
Da mesma forma que olho para o 5 de Outubro sem ponta de euforia, muitos portugueses olham para o 25 de Abril sem qualquer reacção.
Será o peso da história sobre os anos ou o povo está cada vez mais distante dos verdadeiros factos?
De vez em quando vou olhando para as notícias escritas e leio que no debate entre o x e o y ganhou este ou aquele. Como se isso fosse mesmo importante.
Será bom relembrar a muitos que o povo (que só é sábio quando vota à esquerda, estranhamente!) sabe muito bem quem são os nossos políticos. De um lado ao outro, isto é, da esquerda à direita. Portanto as eventuais vitórias em debates não valem rigorosamente nada, nada mesmo! É só publicidade e daquela enganosa!
Entretanto hoje decidi ver o debate entre o lider do PSD e o do Chega. Se eu não percebesse nada de política ficaria na mesma, pois não entendi nada do que falaram. O senhor Primeiro Ministro tentou construir desculpas para algumas acções menos conseguidas na sua governação, o líder do Chega apresentou diversas propostas perfeitamente irrealistas.
Posto isto diria que ninguém ganhou o debate até porque não são os debates que fazem abrir urgências hospitalares nem conectam um médico de família a um utente (eu, por exemplo, não tenho médico de família, mas se o tivesse também não o iria aborrecer!!!).
Os debates servem quase só para lavar alguma roupa suja que cada um tem em cima das costas, mas, repito, não resolve qualquer problema aos eleitores.
Assim vi um debate e assumo que não verei mais nenhum!
Já me passava esta data não fosse alguém amigo, numa conversa quase privada, chamar à atenção para este dia.
Ora nada melhor para comemorar este dia que apresentar ao Mundo o meu próximo best-seller! Estou a brincar pois nunca será um livro com esse epíteto porque não está obviamente preparado para tal!
Posto isto apresento o meu terceiro livro. Quem diria há alguns anos que estaria agora já a finalizar uma trilogia de contos. Nem nos meus mais atípicos sonhos!
"Pela noite dentro... Contos e outros escritos" foi a consequência (quase) normal dos que o antecederam. Cada um dos anteriores tem características próprias bem diferentes deste agora, sem bem que o tipo de escrita não defira muito.
Ora se tudo tem um princípio também é sabido que tudo terá um fim. Assim sendo sinto que esta será a minha última aventura neste género de prosa, já que o meu desejo futuro será escrever e talvez publicar um romance. Só que para tal necessito de tempo (onde é que ele está???) e muita, muita pesquisa.
Assim fica para já esta trilogia de pequenas estórias, este último com direito a prefácio escrito por uma amiga há quase meio século e que escreve muito mas muito melhor que eu. A capa e contracapa são da excepcional ilustradora Olga Cardoso Pinto (que cuidou de desenhar as capas dos anteriores) enquanto a revisão coube a Isabel Bolsa, também ela uma boa amiga.
Aqui fica a capa e contracapa deste meu novo livro, que sendo minimalista é, acima de tudo, assaz assertivo.
Foi há mais ou menos 20 anos que principiei a peregrinar.
Uma promessa levou-me, em boa hora, ao caminho da Cova da Iria. Com mais umas dezenas de peregrinos.
A (boa) experiência deste caminho fez-me regressar a ele mais vezes. Até 2022, quando fiz a minha última peregrinação. Nessa altura percebi que o meu corpo fê-la já em esforço, percebendo que teria de ser a última vez.
Entretanto, sempre que caminhava era frequente outros peregrinos perguntarem-me: porque caminhas? A minha resposta era invariavelmente a mesma: não sei porque peregrino, mas Deus sabe, com toda a certeza.
Mas hoje a minha paróquia voltou ao caminho de encontro ao regaço de Mãe Santíssima em Fátima. Serão cinco dias que espero e desejo que seja um caminho renovador para todos os peregrinos presentes.
Muitos quilómetros, muitas dores, muitas bolhas, mas outrossim muita libertação. Especialmente de tralha inútil que carregamos no nosso coração. Também é para isso que serve o caminho: para largar tudo aquilo que nos magoa, que nos faz sentir triste e dar lugar a um espírito limpo.
Como disse uma vez a um padre amigo que connosco caminhava: a peregrinação assemelha-se a uma máquina de lavar roupa. Nesta colocamos uma camisa suja e suada para sair uma camisa completamente amarrotada mas limpa e perfumada.
Finalmente que Deus acompanhe e vele por todos estes peregrinos. Eu rezarei por eles!
Para muitos católicos e até não católicos mas que viram sempre em Francisco um exemplo de tenacidade na mudança da mentalidade da igreja, o problema do recente desaparecimento do Papa argentino prende-se com o seu sucessor!
Não interessa se vem de África, América, Europa ou Ásia... o que conta mesmo é saber que fará o próximo herdeiro da cadeira de S. Pedro.
Francisco assumiu muito os erros da Igreja, nomeadamente os abusos sexuais. Aceitou a presença das mulheres numa relação mais próxima, como percebeu que as opções sexuais de cada um não eram uma doença, mas eram isso mesmo uma opção... de amor.
Agora vamos caminhar para o desconhecido. Há quem fale de cardeais mais à esquerda de Francisco e prontos para levar uma maior modificação na igreja, outros mais ortodoxos preferem um recuo das ideias do Papa ora falecido. Como assumem todos será o Espírito Santo a escolher o sucessor de Pedro.
A igreja necessita rapidamente de uma renovação. Provavelmente há século e meio não olhavam para o telefone como algo útil. Hoje todos os padres têm telefones inteligentes e usam as redes sociais para divulgar a palavra de Deus.
Deste modo a igreja terá, mais tarde ou mais cedo, de se adaptar a uma nova e diferente realidade.
Finalmente... sei que a Igreja é a esposa de Cristo, mas esta relação pode não ser suficiente para que a actual comunidade católica continue a crescer.