Esta minha aventura de criar os netos tem mostrado como as crianças são diferentes só por serem rapazes ou raparigas.
Aos dez meses a minha neta era uma criança pacata o que não quer dizer amorfa. Todavia no que respeita a comer tinha alguns problemas porque ao mais pequeno sarilho vinha tudo fora.
As brincadeiras que tinha com os objectos eram outrossim muito diferentes do irmão.
O meu neto varão, o único que tenho, pois o resto são só meninas, é tão simpático e dado quanto a irmã. mas mostra já uma força e uma pujança invulgares.
Percebo táã bem as diferenças entre ambos: ela feminina, comedida, mas sempre atenta e curiosa. Ele robusto e valente sem medo de nada. A força bruta do homem contra a sensibilidade feminina.
São notórias as diferenças, até porque ele é autenticamente uma frieira a comer: marcha tudo!
A mana adora o mano e ele, assim que a vê, rasga a face num sorriso contangiante.
Esta é uma daquelas memórias que eu gostaria de nunca esquecer!
Donald Trump tomou hoje posse como 47º presidente dos Estados Unidos da América.
E o Mundo ficou deveras assustado. Não que Trump perceba alguma coisa de alguma coisa, mas por este motivo o loirinho americano pode fazer (ou mandar fazer) muitas patetices para não dizer asneiras.
Ainda estou para compreender como a população americana caiu no engodo do Nova Iorquino e nas suas falsas e impensadas promessas. Depois aquele reuniu-se de um grupo de gente também muito pouco fiável tendo à cabeça essa personagem bizarra que dá pelo nome de Elon Musk.
A partir de hoje muitos americanos jamais dormirão descansados. Americanos e não só!
Este fenómeno político, que leva a direita a crescer em quase todos os países, deveria ter uma explicação lógica e assertiva. O que se fez ou não se fez para que estas ideologias cresçam a olhos vistos?
Certamente que cada político terá uma explicação muito capaz, mas digam o que disserem gente como Trump e seus apaniguados jamais trarão coisas boas ao Mundo. E desiludam-se quem pense que a guerra entre a Ucrânia e a Rússia irá terminar em breve.
Preparemo-nos então para quatro anos de total desvario americano. Entretanto as consequências de tais desmandos serão inquantificáveis.
Um destes dias em conversa uotessapiana uma boa amiga dizia que tinha dificuldades em reparar algumas coisas que tinha em casa por ter medo de se magoar, porque vive sozinha.
Este é assim o tema do postal de hoje: a gestão habitacional na sua versão minimalista!
Quase todos os dias cá em casa há algo a necessitar de ser concertado. Ontem, por exemplo, um isqueiro do bico do fogão sumiu do seu lugar. Lá tive eu de pegar nas ferramentas (e tenho muitas), desmanchar o tampo do fogão e resolver o dito problema. Noutro dia encontrei uma tomada partida e naturalmente substituí-a.
Portanto aqueles pequenos concertos que fazem a diferença estão quase sempre por minha conta. Talvez a única área onde me sinto menos à-vontade será nas canalizações até porque geralmente é necessário acessórios muitos específicos e ferramentas especiais. Tirando isso...
Sei, no entanto, que há muita gente que não tem qualquer apetência (ou vontade!!!) para a coisa e consequentemente em muitas casas há uma invulgar destruição doméstica.
Talvez por isso seria importante que nas escolas, em vez de se andar a ensinar coisas que a vida lhes ensinará naturalmente, transmitissem aos alunos formas de resolver pequenos problemas domésticos. Obviamente que não estou a falar ao nível da primária, mas em anos mais avançados.
Quando passei a ter a minha própria casa percebi que teria de estar atento ao que avariava, de forma a não deixar acumular situações. Aprendi com o meu falecido sogro a fazer muitas destas coisas. Ele também não gostava de ter reparações adiadas e assim fui ganhando valências.
Hoje com os anos a pesarem-me, orgulho-me de ter passado a mensagem aos meus filhos já que eles conseguem resolver muitos dos problemas de casa.
Obviamente que quem vive sozinho terá mais dificuldade em resolver alguns pequenos problemas, mas nem todos vivem sozinhos, pois não?
Um destes dias alguém me perguntava como definiria a minha escrita.
Ora como já por aqui disse amiúde não sou a favor de etiquetas, isto é, definir alguém ou alguma coisa através de uma palavra ou expressão.
Sei que há ondas ou fases seja na escrita, pintura, escultura, cinema nas quais alguns especialistas gostam de colocar um rótulo. Dadaísmo, surrealismo, cubismo na pintura ou neo-realismo na escrita são meros exemplos de definições de autores.
Não subscrevo estas ideias e recuso-me a ser colado a uma qualquer onda literária (nem imagino se ainda há)! Parece-me um tanto redutor. Mas enfim cada um dirá de sua justiça.
Voltando à questão inicial que me fizeram diria que a minha escrita se poderia definir como real ou normal, já que não uso de muitos subterfúgios na minhas estórias. Costumo até dizer que a minha escrita deve ser compreendida por uma criança de tenra idade. Que me interessa pegar num dicionário qualquer e carregar os textos com palavras que a maioria não entendem? Eu aprecio que me leiam. Mas para isto é obviamente necessário que a minha escrita seja acessível... a todos.
Posto isto e se me querem rotular chamem a esta minha corrente o xãismo!
Ainda estou para perceber a razão da aprovação da desagregação de umas centenas de freguesias. Num país pobre como é o nosso o Estado continua a ser o maior sorvedouro de riqueza que vamos criando, sem que se veja melhorias significativas no país. Basta perceber o estado a que chegou o SNS e a Educaçáo, só para referir dois exemplos gritantes.
Todos temos mais ou menos consciência que um presidente de Junta pode vir a ser alguém destacado no seu partido ou como diz o povo "é de pequenino que se torce o pepino".
As freguesias são outrossim a forma mais simples de ligação entre o poder autárquico e o poder central, se bem que esta relação nem sempre seja amigável ou simpática.
Seja como for um presidente de Junta é alguém com algum poder, mesmo que a freguesia tenha poucos fregueses. Dito isto parece-me que as eleições autárquicas que ainda se realizarão este ano podem ser a razão da aprovação (quase) apressada deste diploma, já que é necessário distribuir uns lugares pelos amigalhaços partidários. Quanto antes!
Por isto e muuuuuuuuuuuuuuuuito mais seremos sempre, mas sempre o Portugal dos pequeninos. E não estou do parque da cidade de Coimbra!
Ontem estive a escutar com todo o interesse a entrevista que um escritor deu a uma rádio, versando sobre o seu mais recente livro, que eu ainda estou a ler.
Neste instante não importa referir quem é o autor nem qual é o livro já que a seu tempo falarei dele, mas fiquei com uma certeza após a entrevista. Se um dia fosse estupidamente rico sei o que faria com o dinheiro... a mais!
Noto que há cada vez mais gente a escrever fantasticamente e usa a edição de autor para ver publicadas as suas obras, porque as grandes editoras só querem livros que lhe dêem lucro. Mas eu percebo a ideia das editoras!
Talvez por isso gostaria de ser imensamente rico para poder ter uma editora própria e publicar quem eu entendesse sem me preocupar minimamente com os lucros editoriais.
Por causa de um caso de doping numa conhecida agremiação desportiva portuguesa, um atleta luso que havia sido convocado foi suspenso do Campeonato do Mundo, o que é naturalmente uma tristeza, todavia foi suficiente para eu saber que hoje a selecção portuguesa iniciaria a sua participação no Campeonato do Mundo de andebol, em Oslo.
A partida principiou às cinco da tarde e foi transmitida pelo canal2 da televisão pública, terminando com uma folgada vitória lusa. No entranto o que mais me espantou nesta partida prendeu-se com os árbitros ou neste caso... árbitras. Duas romenas impuseram as suas decisões sem haver qualquer postura anti-desportiva por qualquer dos atletas presentes. Achei piada à forma como ambas trabalhavam em conjunto num campo recheados de homens com quase o dobro do tamanho e do peso. A título de exemplo direi que Salvador Salvador, um dos esteios da Selecção Nacional tem 23 anos e “só” mede 1,97 de altura.
Tendo eu nascido numa época em que as meninas raramente praticavam desporto e nem pensar serem juízas desportivas, noto com elevado orgulho como os nossos atletas se mostraram tão respeitadores das decisões das jovens árbitras romenas. Um exemplo!
Por aquilo que tenho vindo a constatar o desporto tem-se mostrado paulatinamente muito mais aberto, que outras actividades, à presença do eterno feminino.
Infelizmente o futebol continua a ser a ovelha ronhosa deste Mundo já que, não obstante a campanha de algumas organizações, continua a léguas de ser uma actividade desportiva livre de preconceitos e misoginia.
Eu tento aprender, outros nem tanto, mas esta última opção é algo que já não me cabe resolver ou alterar, já que cada um olhará para a lição com a sua própria visão.
Dito isto reafirmo a ideia que tenho há muuuuuuuuuuuuuuito que o dinheiro não é certamente o melhor da vida. Pode-se ter muita liquidez e ser sempre alguém triste, só, desamparado enquanto outros não terão os rios de dinheiro de outros, mas em termos de vivência sentirem-se muito mais realizados.
O vil metal pode-me trazer conforto, mas pode não me dar calor humano. Pode-me dar muita gente, mas poucos ou nenhuns verdadeiros amigos. Pode finalmente dar-me aquele médico especialista que me descobre uma doença rara, mas jamais me dará a real vontade de viver!
Sei que há por aí muita gente que vai querer ser o defunto mais rico do cemitério, enquanto poderia ter sido o falecido de quem se irá ter mais saudades.
No fundo somos o que somos muito por força das circunstâncias, mas outrossim por força daquilo que julgamos ser o mais o importante: o nosso ego!
Estamos a poucos dias da tomada de posse de Donald Trump. E esta tomada de poder pelo mais polémico candidato que há memória nos Estados Unidos pode originar, para já, duas reacções.
A primeira prende-se com o prometido fim de guerra na Ucrânia, ideia que me surge como quase impossível, basta pensar que do outro lado existe outro louco. A segunda prende-se com uma eventual batalha comercial com a China, com consequências imprevisíveis.
Não tenho qualquer tendência a ser analista politico, mas tendo em conta a minha idade, o que já vi e vivi, ao que terei de somar o que aprendi, diria que os próximos tempos vão ser bem curiosos, acima de tudo por aquilo que se poderá ganhar ou perder com esta nova entrada de Trump na Casa Branca.
Obviamente que os olhos do Mundo estarão quase todos virados para Washington e para aquilo que sairá da cabeça e das mãos do próximo Presidente americano.
Porém e por aquilo que já foi capaz Trump de fazer ou de não fazer, temo que os próximos tempos não nos tragam bons ventos.
Cometer gafes é uma das características cá em casa. Se algumas são constrangedoras, outras são divertidas e são recordadas amiúde aquando dos almoços e jantares de família.
A rainha desta situações é, sem dúvida a minha mulher. Eu próprio também já tive algumas, mas aprendi e sou ora muito mais comedido. Mas também criei algumas situações atípicas.
Recordemos então do sentido ascendente aqueles que me pareceram mais curiosas e engraçadas.
5 - Certa manhã na Pastelaria onde normalmente tomava o pequeno almoço antes de ir trabalhar vi entrar um cliente. Julgando eu conhecê-lo dirigi-me de mão estendida. O interlocutor aceitou o cumprimento, mas percebo logo que me tinha enganado na pessoa. Juntei-me à minha mulher que tomava também o pequeno almoço que perguntou: quem era. Respondi: Não sei, pensei que fosse outra pessoa. A minha mulher ficou a rir.
4 - Um colega muito mais velho que eu, gabava-se todos os dias das suas conquistas na noite anterior. Certo dia vi-o entrar acompanhado de uma jovem alta e muito bonita, no local onde geralmente todos tomavam café. De tarde e já no escritório saudei o colega pela presença feminina. Disse-lhe: - Hoje estava muito bem acompanhado. Que brasa! Respondeu-me: - Obrigado! Eu sei, mas era a minha filha! Um buraco teria calhado bem!
3 - Uma segunda-feira um colega veio ter comigo e disse-me: no sábado vi-te na Piedade. Respondi-lhe: totalmente impossível pois estive na aldeia todo o fim de semana. Não brinques dizia-me ele, até te cumprimentei. Deu-me então uma ideia: já sei falaste com o meu irmão gémeo! Só pode! Ele percebeu que estava a gozar com ele, mas não ficou convencido. De tal forma todas as segundas feiras logo de manhã perguntava-lhe: onde me viste este fim de semana?
2 - Outro dos meus bons colegas de trabalho era solteiro e um homem pacato. Bem mais velho que eu desde cedo nos tornámos bons amigos. Passados uns anos reformou-se, mas ia todos os dias ao refeitório da empresa almoçar. Como morava da zona do Castelo em Lisboa acabava sempre por passar perto do antigo trabalho. Vivia sozinho e assim era uma forma de rever os colegas. Certo dia pela hora do almoço e no meio da rua do Ouro em plena baixa Pombalina vi ao longe o meu amigo Zé e acto contínuo chamei-o. Olá Zé como estás? Ele ao longe responde-me que está bem, mas nada o preparara para a pergunta que lhe lancei: Então já perfilhaste a criança ou ainda andas a fugir? Acto contínuo muita gente anónima a olhar para o nosso pacato José com ar crítico. E eu continuei: ela veio aqui à tua procura! Tadito do meu amigo Zé que não sabia onde se enfiar!
1 - Esta figura com o Óscar para a melhor gafe. A artista principal foi a minha mulher e ainda hoje nos rimos com a situação. Estávamos na aldeia na Beira Baixa. Tempos antes havia plantado uma tanjarineira, mas era necessário aramá-la à volta pois era frequente andar por ali gado ovino. Pedimos então ao N. que nos fosse ajudar. O N. tinha um defeito numa perna e coxeava, mas era um trabalhador fantástico, especialmente com máquinas. Mas deitava a mão a tudo. Combinámos certa hora para ele estar na fazenda para colocarmos a cerca em redor da pequena árvore de fruto. Ia eu, o meu filho mais novo e a minha mulher. No local encontrámos o N. acompanhado de uma senhora bem mais velha que ele. Cumprimentos para aqui, cumprimentos para ali oiço de repente esta questão feita pela minha mulher: Então esta é que é a sua mãe? A resposta chegou célere e surpreendente por parte do N.: - Não, é a minha mulher! De súbito eu e o meu filho só queríamos sair dali e rir a bom rir, mas não podíamos. Pudera!