Não tenho médico de família, nem nunca tive e a última vez que usei os serviços públicos de saúde foi ainda antes da pandemia em consultas de oftalmologia no Hospital de Santa Maria, diria que aproiximadamente em 2019 ou até antes.
Fiz por duas vezes a vacina do Covid, mas quase fui obrigado, porque não poderia utilizar certas instalações se não fosse vacinado. Fora tudo isto tenho apenas os medicamentos que o SNS vai camparticipando.
No entanto tenho a ideia de que uma Base de Dados Nacional com toda a informação sobre as doenças de casa um seria extremamente útil. Sei que há essa entidade meio manhosa que dá oeko nome de Comissão Nacional para a Protecção de Dados que tenta que cada um seja único, mas olvida a necessidade de se saber mais sobre esse... único.
Vejamos um exemplo: se eu tiver um acidente de viação e se ficar inconsciente ninguém sabe sobre as minhas doenças. Obviamente que há a medicação, mas esta informação poderá ser insuficiente.
É neste contexto que defendo a tal Base de dados onde somente os médicos, repito os médicos, poderiam consultar. provavelmente salvar-se-iam muitas pessoas.
A verdade é que se um médico sair de um hospital privado e eu o pretender seguir em futuras consultas num outro hospital tenho de ir ao local de origem buscar os meus exames, o que é sempre confrangedor.
Posto isto temos de evoluir no sentido de sermos todos pessoas abertas, sem preconceitos e de mentes muito mais lúcidas e evoluídas, dando razão aos médicos que defendem que as doenças são propriedade exclusiva de cada doente! .
É certo aquele que compra um pedaço de terra, por muito pobre que esta seja, ficará sempre em vantagem daquele que a vendeu. Ou como diz o velho ditado luso: a quem compra nasce o Sol e quem vende põe-se este.
Mas será que todos têm consciência do valor da verdadeira terra? Tenho em mente que ninguém conseguirá, em termos reais, saber o vakor certo para um qualquer pedaço de chão. Acima de tudo porque o primeiro item que atribui valor será sempre para que servirá o naco que dse pretende comprara ou vender. Já para não falar do leilão que estas coisas quase sempre abrigam e obrigam.
há umas semanas andei a ajudar um podador que veio da aldeia beirã e entre muita coisa avisou-me que uma tira de terrano contígua ao que já tenho estaria à venda.
Passaram.se os dias, muitos afazeres e sá hoje falei com o prometente vendedor. A conversa correu bem, prometi ver melhor p terreno e depois lhe darian uma resposta quanto ao valor que lhe oferecerei. Obviamente que a pessoas não ficará contente com a minha proposta e atirará a ideia dele. Faz parte!
Mas qual de nós estará mais perto da verdade? Diria que provavelmente a verdade estará entre ambos, mas ainda assim será caro.
Depois haverá outras razões para se vender ou comprar e que fará descer ou subir o preço, se se pretende mesmo transacionar o terreno.
Resumindo diria que o escritor americano ainda terá razão!
Há quem considere que ter muito dinheiro seria a felicidade completa. Outros prefeririam ter uma enorme casa (sem ninguém para lá colocar dentro) e outros ainda ter aquele carro todo xpto.
Portanto... ter algo! Dinheiro e mais dinheiro, coisas, casas, carros... Tristezas, acrescento eu.
A felicidade é uma bóia na vida de cada um de nós. Sobe e desce conforme vamos caminhando, mas nunca se afunda independentemente do estado do mar das nossas vidas.
Hoje fui à primeira consulta pós-cirurgia. O médico que me operou recentemente aprsentou-me o resultado da análise, (uma HBP - Hiperplasia Benigna da Próstata) o que em termos reais quer significar que não é canceroso. Mas a forma estusiasmada como o cirurgião o comunicou fez-me ainda mais feliz, porque senti que foi sincero ao dizê-lo. Parecia que estava a falar dele mesmo.
Foi um momento singular, único de felicidade pura e genuína. Que dinheiro nenhum do Mundo conseguiria fazer acontecer!
Quando andei na escola (continuo a afirmar que nunca fui estudante. porque simplesmente não estudava!!!), entre algumas disciplinas que adorava como era o Português e o Francês, outras mais ou menos como era a Matemática e Geografia, havia algumas que detestava. Olimpicamente!
No rol das odiadas estava História, Desenho e Química, se bemk que esta estivesse sempre colada a Física que eu gostava. Resultado: quando os pontos eram para 20, sendo 10 para a Física e 10 para a Química, já sabia que teria, no mínimo, 10 valores. Nunca entendi a química e nunca senti falta dela na minha vida.
Mas adiante!
Hoje andei de volta dos azeites deste ano. Bilhas grandes para um lado e pequenas para o outro, acabei por fazer um teste à acidez do azeite que extraí da minha azeitona.
A operação não é muito complicada todavia requer algum cuidado e olho clínico, já que basta um milésimo e as coisaspodem não corresponder à verdade-
Ora bem... para a dita alquimia temos um tubo de ensaio devidamente marcado, uma pepita graduada, uma seringa simples e mais importante de tudo dois produtos para os testes.
No tubo de ensaio coloca-se o azeite lentamente (daí a necesssidade da seringa!!!) até à marca branca. A seguir enche-se com o produto número (soluto de fenolnaftaleina) antes de se agitar bem.
A seguir carrega-se a pipeta de graduação até ao cimo com o produto número 2 (soluto alcalino).
Por fim e muuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuito lentamente, diria mesmo gota a gota, deita-se este soluto no tubo de ensaio até que a solução de azeite tome uma cor rosada.
Assim que surgir a dita cor escarlate pára-se e vê-se onde ficou o soluto. O que falta na pipeta dará o valor da graduação.
No caso da foto supra mostra abaixo de 1. O que equivale dizer que terá menos de um grau. Mas basta uma ligeiríssima diferença na quantidade de azeite, soluto ou 2~para o valor ficar muito alterado e obviamente longe da verdade!
Finalmente e voltando ao início deste postal, eu que nunca dei um chavo para a química é que ando envolvido com pipetas e tubos de ensaio.
Nas últimas semanas este meu humilde espaço tem sido amiúde atacado por uma máquina com nopme fictício, com imensos comentários assinados por um nome e com origem naquele belo país que é o... Benim!
Entretanto num grupo de uotessape que administro, diversos blogues queixaram-se do mesmo problema.
"Ora bolas!" - pensei com os meus botões. Estava eu todo contente com alguém que comentava os meus textos a torto e a direito, quando de repente percebo que não sou o único!
O que vale é que sou uma pessoa calma e só atirei o meu portátil de uma janela situada no 15ª andar. Fosse eu nervoso provavelmente iria mais gente fazer companhia à queda do meu computador. Acabei por moderar os comentários o que, para já, mostrou ser eficaz pois nunca mais recebi qualquer comentário.
Já retirei a moderação e espero que aquela personagem fictícia não regresse tão depressa!
Falta um ano para que o 25 de Novembro entre definitivamente para o eterno rol dos eventos históricos. Entretanto e até lá vamos ter algumas polémicas ao redor de uma referência ao dia, na Assembleia da República, onde o PCP não estará presente. Uma vez mais o partido encabeçado por Paulo Raimundo a dar um tiro no pé.
Se me lembro bem do 25 de Abril, tenho com o dia de hoje, em 1975, uma memória diferente e talvez mais dissipada. Naquela altura, em casa, costumava-se escutar com frequência uma rádio que emitia da Alemanha em português e que se chamava, se a memória não me atraiçoa, “Deutsche Welle”. Curioso é que através deste canal de rádio conseguia-se saber o que estava realmente a acontecer no nosso país muito antes do que a nossa televisão o fazer.
Foi através deste canal que percebemos que o país estava muito próximo de uma eventual guerra civil. Ao que parece gente do Norte desceu até Lisboa, parando entretanto em Rio Maior, para de alguma forma conterem o descalabro político, social e financeiro, criado por 17 meses de PREC.
Posto isto… ainda estarei para perceber se haveria uma tentativa de golpe de estado para virar este país mais à esquerda do que estava ou se tudo não passou de alguma justificação para retirar ao PCP e outras forças progressistas o ensejo de fazerem de Portugal uma “Cuba” europeia.
Hoje com a idade que tenho e com aquilo que já vi e vivi neste Mundo, sinto que o 25 de Novembro foi o momento chave da nossa democracia, por muito que os meus antigos amigos do PCP tentassem, durante muito tempo, convencer-me do contrário.
O que fica para a história é que houve um grupo de militares que tomou as rédeas políticas deste país não deixando cair Portugal no escuríssimo poço de uma guerra civil.
Se do 25 de Abril sobressaiu Salgueiro Maia, deste dia foi Ramalho Eanes que seria mais tarde Presidente da República. O beirão mostrou coragem e assertividade nas suas acções e decisões tendo o nosso país como fundo.
Termino com a certeza de que sem este dia a nossa democracia não existiria como está hoje. E, provavelmente, alguns dos partidos de esquerda com actual assento na AR, nem nasceriam.
As próximas eleições presidênciais poderão colocar em Belém um ex-militar. Depois de nesta república termos tido Spínola, Costa Gomes e Ramalho Eanes, o ainda Chefe do Estado-Maior da Armada prepara-se para largar as vestes de marujo e vestir as túnicas de político.
A minha primeira ideia sobre este Almirante reside na maneira como coordenou a vacinação no tempo da pandemia. Mostrou ser o homem certo para a altura e só temos de o louvar e agradecer por isso.
Só que ser Presidente da República é mito mais que ser Almirante ou General. É necessário estofo político, bom-senso e cuidados especiais no degutir de alguns sapos. Demasiados (que o diga Cavaco Silva)!
E neste último item o Almirante não me pareceu bem quando naquele discurso meio inflamado tratou de fazer um aviso público às suas hostes, nomeadamente as consideradas "Especiais". É sabido que se pode e deve elogiar em publico e criticar em privado. Mas o senhor Almirante não o fez e pode ter mostrado alguma irascibilidade, coisa que se pode ter mas nunca mostrar, especialmente em público.
Dito isto... o PS continua muito dividido. Como o fez noutros sufrágios para a mesma eleição, com as consequências que todos mais ou menos conhecemos. Agora vem António José Seguro também a mostrar-se ao partido nesta pré corrida para Belém. Diria mesmo que o PS tem uma dívida enorme para com Seguro, já que este aguentou a rota do partido na fase pós-socrática. Que se plasmaria, mais tarde, na já olvidada "geringonça"!
Portanto e para concluir diria que para o lado do Largo do Rato a confusão está instalada. Vejamos o que nos oferece os próximos episódios.
Foi recentemente publicado a sexta aventura da série "Lucky Luke visto por..."! Diferentes autores com diferentes visões do "cowboy que dispara mais rápido que a sua sombra", mas todos eles marcantes nas pranchas, no enredo e obviamente no próprio desenho da personagem.
O famoso pistoleiro que Morris criou no século passado atravessou mais de 70 anos para hoje ser uma figura mítica na nona arte. A par de outras que por vezes aqui vou referindo.
Morris deu a Lucky Luke um aspecto físico que foi aprimorando com os anos, mas terá sido o argumentista René Goscinny que vestiu o cowboy de uma postura psicológica e de um cuidado com as palavras, tudo isto recheado de muito humor.
Curiosamente é neste recente livro de aventuras que encontro um humor assaz semelhante ao que escreveria Goscinny se fosse vivo. Algumas das personagens presentes remetem-nos para outras bem conhecidas, mas que eu me escuso a referir até porque poderá ser uma ideia minha sem qualquer fundo de realidade.
A estória envolve crianças, bandidos, xerifes, o sempre inseparável cavalo Jolly Jumper, já para não falar do próprio Luke, num desenho mais próximo do original.
De um humor muito bem conseguido o relato corre célere e as páginas do livros sáo passadas em grande velocidade.
Blutch é o desenhador consagrado que deu vida e luz a este pedaço de óptima BD. Vencedor do Festival de Angoulême, este francês conseguiu fazer-me reviver as boas e divertidas de Lucky Luke. Simplesmente muito bom!
O livro tem finalmente uns extras que merecem bem a atenção do leitor.
Um livro para verdadeiros apreciadores de BD e do cowboy solitário.
Gosto de comemorar aniversários, seja por que motivo for. Considero esta minha faceta um sinal de vitalidade, força e vontade de viver. Por isso, este (e outros dias especiais) são verdadeiramente importantes.
No dia 22 de Novembro, há precisamente 47 anos, nasceu a razão que me faz estar aqui hoje, quase meio século depois. Todos os anos gosto de valorizar este momento e recordar, com uma saudade quase doentia, aquela estranha hora em que abri um jornal regional e vi nele o meu nome escarrapachado, assinando uma sofrível crónica.
Porém desde esse instante descobri que era na escrita que eu melhor me situava. Mesmo que esta fosse (ou seja ainda!) ligeira (para não chamar pobre). Ou triste ou quem sabe "mal-amanhada"! Certo, certo é que anos mais tarde, com a minha entrada no universo da blogosfera, fiquei quase viciado neste fantástico mundo da escrita.
Tudo isto para dizer que hoje preferiria estar em casa com os meus netos em vez de esgalhar este postal na cama de um hospital. Mas como não somos donos totais das nossas vidas, eis-me a comemorar mais um ano de escrita.
Sempre sempre acompanhado por muitos fiéis leitores e comentadores que se tranformaram com o decorrer do tempo em verdadeiros amigos.
Esta frase poderia ser o título deste postal e refere-se especificamente à decisão do tribunal em não dar provimento ao recurso que os advogados do ex-primeiro ministro apresentaram. Desta vez, e segundo o que consegui ler, os juízes chamaram a atenção para o facto destes recursos apenas terem o único desejo de atrasar a ida de Sócrates a tribunal.
A presunção da inocência é uma realidade nos nossos caminhos da lei. Como dizia um amigo meu já falecido: mais vale libertar um criminoso que prender um inocente. É com base naquele princípio que se encontra inscrito na Constituição Portuguesa.
Portanto José Sócrates é ainda inocente sem qualquer culpa formada.
Só que a cultura portuguesa, especialmente a popular tem outrossim princípios e um destes diz especificamente: quem não deve não teme.
Assim o povo, por muito que o queiram fazer passar por parvo, não o é e já percebeu que esta demanda do antigo primeiro ministro vai durar muuuuuuuuuuuito mais tempo do que deveria.
Posto isto fica a ideia de quem tiver acesso a dinheiro e consequentemente aos melhores advogados consegue encontrar sempre um ponto de fuga… para a frente.
Não sei se Sócrates é culpado ou inocente dos crimes de que poderá ser acusado, mas fica uma estranha sensação de que o antigo primeiro ministro não deverá querer sentar-se no bancos dos réus da justiça portuguesa. Deve temer alguma coisa, concluo eu!
A verdade é que muitos dos seus antigos amigos (leia-se governantes socialistas) já fugiram do seu raio de acção e não estarão minimamente interessados em verem-se envolvidos em bravatas jurídicas. E o engenheiro já percebeu isso.
Por fim termino com a consciência de que a Ericeira continua a ser um local muito aprazível.