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Espaço de reflexões, opiniões e demais sensações!

Espaço de reflexões, opiniões e demais sensações!

Previsões para o fim de semana!

Não, não são previsões metereológicas para os próximos dias quase sempre de descanso. Para alguns, claro!

Por este lado o Sábado principiará bem de madrugada com viagem até à aldeia onde uma equipa se prepara para apanhar... batatas. Uma manhã ao sol, vergados sobre a terra castanha, apanhando o que este ano a Natureza nos pretendeu brindar.

Depois carrinha carregada, almoço, regresso à capital, descarregar a carrinha e partir para a Margem Sul. Ah, mas antes de pôr a caminho para atravessar a Ponte sobre o Tejo ainda terei de ir até ao lar onde vive a minha demente sogra pois haverá um pequeno arraial dos santos populares. Coisas que não me alegram mas temos de fazer!

Por tudo isto e como não sei a que horas chegarei à Aroeira, provavelmente ficará para Domingo a limpeza anual das venezianas e janelas.

Portanto as previsões para este fim de semana surgem como fantásticas, não acham?

(A quatro quilómetros da praia e,,, nem vê-la!)

A gente lê-se por aí!

Desde Camões...

Li hoje, algures na blogosfera, a máxima de que "a preguiça é a mãe de todos os males"! Concordo e tendo a acrescentar a esta ideia a seguinte: "a inveja é a mãe de todos os defeitos".

É certo que todos nós portugueses sabemos, ou melhor, temos consciência que a inveja é aquele defeito bem luso com o qual o grande poeta Camões, como escreveu Bocage, terminou a sua obra "Os Lusíadas".

Neste rectângulo à beira mar plantado ninguém consegue tar algo sem ser à custa de um qualquer patrono. Seja na política, seja no desporto ou no pior local... trabalho.

Eu próprio sofri desse anátema quando entrei para o Banco de Portugal e me colocaram a pergunta de quem seria o meu padrinho. Curiosamente o meu nem queria que eu fosse para o BdP... mas isso são estórias de outro rosário.

Mais tarde no próprio serviço sempre que angariava uma promoção lá vinha a desconfiança e aquela frase assazmente escutada: são sempre os mesmos! Feliz ou infelizmente não era!

Contudo aceito mas não entendo a ideia, à maneira de desculpa esfarrapada, de que o prémio sai sempre a quem tem mais influência e nunca a quem se esforça.

Sem dúvida que há quem alcance a riqueza ou a fama trabalhando. Provavelmente trabalhando e esforçando-se muuuuuuuuuuuuito mais que a normalidade dos portugueses. Mas isso não interessa nada saber, até porque para o pacato e invejoso cidadão luso o que conta é só o cada um tem!

Terei muitos defeitos. Muito mais do que queria e gostaria, no entanto nunca invejei nada a ninguém. Rigorosamente nada. Não está na minha génese e só espero que também não esteja nos meus descendentes.

Eu jamais lhes ensinei isso!

Cinco ideias!

1 - Quando era miúdo com oito ou nove anos desejava ter mais dez. A tal liberdade de acção que não tinha quando cachopito era para mim um sonho...

2 - O tempo passou e quando cheguei à idade adulta aquele tal sonho não passava de um logro. Na verdade como poderia ser livre sem "graveto" no bolso?

3 - Pronto, disse para mim, com vinte e tal anos estarei bem melhor. Erro crasso se bem que durante cinco anos a minha vida foi trabalho e galderice, galderice e trabalho. Mas tive a parva ideia de me casar e ter logo filhos e fiquei novamente preso. 

4 - Imaginei com os miúdos crescidos a coisa melhorasse deixando para trás fraldas, papas e demais cuidados. Enganei-me outra vez pois nasceram renovadas preocupações. A escola, as companhias e demais parvoíces da juventude passaram a fazer parte dos meus tristes dias.

5 - Foi o tempo de pensar, na tal de reforma, que muitos diziam ser um oásis na vida. Fixe, calculei eu, quando me reformar vou finalmente saborear uma vida diferente. Pois... pensamento parvo e sem sentido, porque sairam filhos e entraram netos. Mais uma vez deixei de ser proprietário dos meus pobres dias

Caneco! Ando sempre a correr atrás do prejuízo... Quando penso que consegui, finalmente, ter momentos sossegados, algo surge para me atentar.

Posto isto fico com a certeza que o melhor mesmo seria ficar sempre como criança. Pelo menos não pagaria impostos!

A vida é uma luta!

Escrevi há muitos, muitos anos um poema que tinha o título deste postal. Na altura as minhas lutas, bravatas, demandas eram bem diferentes das que ouso hoje assumir.

Neste meu já longo caminho cruzei-me com muita gente e cada uma das pessoas via a vida e o mundo de forma diferente. O que para uns parecia ser um problema para outros seria uma solução e vice versa.

Lidei com seres bem corajosos outros menos. Uns mais afoitos outros nem por isso. Todavia com todos eles aprendi algo.

O meu amigo e colega Fernando foi um dos que me ensinou mais do que devia, mais do que aquilo que eu gostaria de aprender, mais do que ele teria gosto em ensinar-me. Aos 35 anos foi diagnosticado com Esclerose Múltipla. Durou quase vinte anos num caminho sempre em queda.

Ajudei-o muitas vezes, muitas, muitas. Mas dele recebi sempre uma força e uma coragem inesquecível, quando deveria ser o inverso. Fervorosamente católico disse-me uma vez: só tenho de agradecer a Deus por me dar uma doença que consigo suportar.

Há neste nosso mundo, demasiado truculento, muita gente assim corajosa e que perante uma doença má (como se existissem doenças boas!) parte para a luta como se fosse um duelo medieval. Se bem que com armas e métodos diferentes. Muitos outros, perante certas maleitas que lhe caem nas mãos preferem carpir mágoas, chorar muito e lutar quase nada.

Por tudo isto é que aqueles que perante um facto menos bom partem para a luta, não dão descanso a quem os atormenta, desafiam os limites da paciência e da coragem são uns lutadores, guerreiros da vida, samurais do impossível.

O Cúmplice é um destes homens. Tenaz e teimoso (no melhor sentido!) enfrentou a sua doença com tudo quanto tinha e não tinha. E venceu!

Com o estoicismo dos que nunca deitam a toalha ao chão. Companheiro... és um vencedor, daqueles que o mundo gostar de medalhar e eu gosto de homenagear!

Finalmente parabéns pelos 15 anos deste teu blogue.

A gente lê-se por aí!

Não mando nada!

Neste postal escrevi a minha singela homenagem, infelizmente póstuma a um amigo de infância. Ontem fui ao seu velório que é sempre uma coisa fantástica para terminar o fim de semana. Mas ele não foi culpado e eu também não me sentiria bem se ficasse em casa.

Muita gente presente, mesmo muita gente. Especialmente amigos e colegas da Marinha onde serviu muito tempo nos submarinos.

Cumprimentei a família, apresentei as minhas sentidas condolências e deixei-me ficar ali num perfeito anonimato, não fosse a "Ceifeira" ver-me e considerar-me um potencial candidato.

Sei que todos somos elegíveis, mas ainda gostaria de fazer algumas coisas antes de ir "desta para melhor"! Porque tenho pais, filhos e netos e muita escrita ainda para publicar.

Felizmente não mando nada! E ainda bem!

Liberdade e disciplina!

Educar nunca foi uma tarefa fácil. Nem hoje, nem ontem, nem será amanhã! Que o digam os professores desde o ensino básico até, certamente, à faculdade.

Se antigamente a educação era feita muito à base da ideia tirana de quero posso e mando, hoje é aplicada com o conceito de deixá lá são crianças! É óbvio que as crianças não são adultos em tamanho pequeno. São seres frágeis com uma visão muito própria da vida e é necessário saber respeitar isso.

No entanto educar uma criança sem um mínimo de disciplina é, acima de tudo, arranjar-lhe sarilhos para o futuro, já que habituada desde sempre a fazer o quer, um dia mais tarde, provavelmente tarde demais, perceberá que os outros também têm vontade e haverá evidentes choques.

Por tudo isto é que a liberdade de uma criança não pode ser plena pois há limites que não deverá ultrapassar. E estes limites deverão ser ministrados em casa pelos educadores, sejam eles pais, avós ou outros, baseados na mesma filosofia..

Tive dois filhos mas eduquei quatro. Nenhum deles me deixou embaraçado fosse onde fosse pois desde pequenos perceberam que a sua liberdade também estava limitada, acima de tudo por respeito com os mais velhos.

É frequente ver crianças na rua a exibirem da sua teimosia rapidamente transformada em birra apenas porque alguém não os deixou fazer ou comprar algo. Não se pode, em teoria, culpar apenas a criança dessa atitude mas claramente os seus (não) educadores.

Disciplina e liberdade são faces contrárias de uma mesma moeda que se chama educação. Saber aplicar ambas com o peso e a medida certa será provavelmente o trabalho mais difícil dos educadores. Mas quanto mais cedo conseguirem explicar ambas as regras aos miúdos, mais depressa as crianças se tornam mais responsáveis e pessoas mais tolerantes.

Um bilhete até ao Paraíso!

Hoje tinha entendido escrever sobre algo mui diferente do que segue, mas como não sou dono da vida de ninguém e muito menos da minha, eis que recebi a triste notícia do falecimento de um amigo de infância.

Alguém com quem partilhei muito. Acima de tudo saudades dos nossos pais que andaram ambos no mar.

Era mais novo que eu um ano. O pai falecera há três meses deixando a mãe viúva. Agora desaparece ele, assim de um momento para o outro. Parece que tinha problemas de diabetes e com a morte do pai tudo nele ficou descompensado.

Fui esta noite buscar um velho album de fotografias, muitas delas ainda a preto e branco, nos meus/nossos tempos de escola primária, para encontrar lá uma foto, entre muitas, que traduz a nossa amizade, mas que me escuso em aqui reproduzir!

A vida fez cada um de nós abraçar diferentes projectos e obviamente a afastar-nos, mas ainda assim nunca deixámos de ser amigos. 

Ainda em choque nem sei o que pensar. Estou como que anestesiado ou sei lá, isto pode ser apenas um sonho mau. Mas infelizmente para ele, para a mãe, para a mulher, para os filhos e netos é uma realidade pungente e para a qual nunca ninguem está verdadeiramente preparado.

Regressando às memórias, nos seus tempos de menino e moço aprendeu a tocar viola e fazia-o com competência. Tocámos, cantámos tantas vezes juntos e mais uma ranchada de bons amigos. Aquele miradouro do forte de Almada que o diga! Testemunha evidente!

Finalmente companheiro deixo-te com uma música que adoravas e para a qual até adoptamos uma letra. Desejo apenas que o bilhete que tiraste te leve definitivamente até ao Paraíso!

Descansa em Paz!

 

 

O meu livro!

A aposta em publicar um segundo livro pareceu-me de início arriscada. Não era por falta de confiança na minha escrita, porém fica sempre uma dúvida instalada no nosso espírito.

Lancei o livro sem pompa nem circunstância e distribuí-o pelos amigos e alguns (poucos) familiares. E tal qual um pescador fiquei a aguardar a ideia de cada leitor.

Hoje um antigo colega e amigo a quem também ofereci um exemplar telefonou-me dando-me os parabéns pelo livro. Terminou dizendo que nunca imaginou que eu escrevessse.

Como este tenho recebido muitos outros elogios, como aqui já referi alguns. Chegou ao ponto de um outro antigo colega dizer que fazia muito tempo que não lia um livro até ao fim porque o aborrecia ler, mas que com este conseguiu fazê-lo sem qualquer esforço.

Resumindo a aposta na publicação deste livro parece ter sido certeira. A palavra que mostra o que acabei de escrever é... maduro. Como se fosse uma peça de fruta.

Não gosto muito (diria mesmo nada) de me autoelogiar,  mas sinto-me francamente bem ao perceber que este livro faz sentido.

No fundo é isso que realmente importa.

A gente lê-se por aí!

Coisas da "bola"!

Tenho lido por aí que há um europeu de futebol a iniciar brevemente. A exemplo do que aconteceu no último Mundial mas por razões diferentes, farei todos os possíveis por não ver. Nomeadamente os jogos de um conjunto de jogadores de nacionalidade portuguesa e com os quais eu não me identifico. Eu e muuuuuuuuita gente.

Acrescento se tiver que ver algum jogo com atletas representando as cores portuguesas, irei puxar sempre pela equipa adversária. Até que os portugueses levem uma coça tamanha originndo que os tecedores desta selecção sejam olimpicamente corridos.

Estão a ver a Suécia sem Gyokeres ou a Dinamarca sem Hjulmand. Pois não, mas os espertos lusos não levaram o melhor futebolista luso a jogadar em Portugal e que por acaso, só por acaso, faz parte da equipa ideal do último campeonato e escolhido por uma série de pessoas ligadas ao futebol. Não se entende... ou melhor muitos sabem o que se passa, mas assobiam para o ar. Provavelmente porque também ganham com isso. Digo eu!

Para rematar este postal recordo a célebre frase de Scolari em 2008: "e o burro sou eu"?

Santo António!

O meu pai chama-se António. Tem 91 anos. Viveu uma vida recheada de viagens por terras de África e não só. Navegou por muitos mares, muitos deles já navegados, umas vezes em mar chão, mas a maioria em malagueiro.

Nunca enjoou!

Na próxima segunda feira inicia mais uma aventura. Passará a receber no seu já idoso e gasto corpo o primeiro tratamento de hemodiálise. 

Não imagino como virá do Hospital nem mesmo como se sentirá!

Olho para ele, os cabelos brancos como neve e diferentes traços de que a idade passou por ele. E dói-me o coração só de imaginar o estado em que chegará a casa.

Todavia esta noite, véspera de um Santo de Lisboa e de Pádua, sinto que o meu pai é o meu verdadeiro e genuíno Santo António!

Coragem meu pai, coragem!

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