Desde há uns meses que escrevo mensalmente sobre esta malta, correspondendo a um desafio de escrita. Um conjunto de personagens que juntos originaram uma família estranha e... desconfigurada.
Só que as personagens sendo obviamenânciate ficcionadas, foram criadas a partir do que vou vendo por aí e ao mesmo tempo de retratos familiares que me chegam.
Tudo porque aquela família inventada assenta as suas relações em algo que tem vindo a ocupar espaço nas nossas vidas. Chama-se telemóvel ou mais commumente "smart phones"! Estes aparelhos ganharam tal relevância que quase não se consegue viver sem ter um deles ali mesmo "à mão de semear!"
Não fujo à moda... O raio do aparelho faz tudo o que antigamente uma enorme agenda faria e tem ainda o condão de nos relembrar das coisas...
Se hoje estes equipamentos são verdadeiras ferramentas de trabalho ou actividade (como é o meu caso, que não trabalhando, não páro um segundo!), também em alguns casos tomaram, literalmente, conta da vida das pessoas.
Há quem viva dependente daqueles aparelhos de tal forma que são capazes, por exemplo, de entrar num supermercado, fazer as compras, pagar, arrumar os produtos nos sacos sem nunca, repito nunca, deixarem de falar ao telemóvel. Tal como nos jogos de futebol, no teatro, num concerto há quem não consiga despegar-se das redes sociais e afins! Uma tristeza!
Receio que o futuro dos meus netos fique desde já hipotecado a estes pequenos aparelhos tão giros, tão curiosos, mas demasiado donos das vidas.
No início do Verão de 2021 escrevi este postal assumindo a decisão de entregar-me aos médicos, de forma a ser avaliado o estado da minha saúde.
Desde esse dia já bati a não sei quantos gabinetes médicos: Otorrino, Oftaolmologtia, Cardiologia, Urologia, Gastro e até Alergologia... Não imagino a quantos mais especialidades terei de ir.
Entretanto recentemente a minha médica de Gastro, que descobriu em mim um ror de pequenas maleitas (gastrite, pólipos, ferro a mais, etc, etc, etc!), diz com todas as palavras perante os resultados de novas análises:
- Não gosto destes valores pancreáticos... Podem querer dizer um tumor maligno no pâncreas!
Se não morri naquele instante pouco terá faltado. Sei que não sou eterno, como ninguém o é. Todavia dizer-me aquilo assim de sopetão, deixou-me quase de rastos.
Cuidei em não dizer nada a ninguém pois não queria causar algum pânico familiar. Semanas mais tarde fiz uns exames mais completos (ressonância magnética com contraste) e aguardei desesperado os resultados.
Finalmente eis a notícia do resultado, mas como não percebo nada de medicina aguardei pela consulta. Estão a imaginar a minha cara quando defronte da médica aguardei o terrível veredicto.
- Nada de anormal... apenas uns pequeníssimos quistos sem importância.
O meu coração saltou de alegria, mas em vez de fazer uma cara feliz e contente, não exibi qualquer emoção. Saí do consultório com a firme vontade de nunca mais lá aparecer, mas dizem os especialistas que ela é das melhores na sua área.
Agora, semanas passadas sobre este estranho evento médico, dei por mim a pensar qual a necessidade daquela médica em assumir uma desconfiança sem ter certeza. Até poderia ter o palpite, mas o bom-senso deveria sobrepor-se a frieza das palavras.
Mas isto sou eu que não percebo nada de medicina! Só que andei algumas semanas bem assustado! Olá se andei!
Todos que me conhecem bem sabem o que mais gosto de fazer é... escrever! Não escrevo amiúde porque o meu mundo não se centra exclusivamente em mim, tendo por isso muitos caminhos dispersos, obrigando-me quantas vezes a optar em favor dos outros em vez de mim mesmo. Mas a vida é assim e por muito que gostássemos de fazer outras coisas... torna-se assaz difícil.
Continuo, no entanto, a escrever aqui pelo menos um postal por dia que não sendo muita coisa obriga-me a uma certa disciplina. Problema? É que para seguir esta minha forçada teimosia diária, deixo muitos postais que leio e gosto de outros escribas sem comentários meus.
Se pudesse andaria o dia todo a dar palpites neste ou naquele blogue, neste ou naquele postal. Só que o dia tem apenas 24 horas e não dá para tudo. E levanto-me todos os dias cedo.
Posto isto venho ora mui humilde pedir desculpa a todos aqueles que provavelmente contariam com um comentário meu, mas em vez dele têm... silêncio.
Prometo estar mais presente. Ou como escreveu Jorge Luís Borges (Também os homens podem prometer, porque na promessa há algo imortal)
Li apenas agora que o Presidente da Câmara do Funchal pediu renúncia do cargo devido à situação que tem com a justiça. Em bom português diria: Cafôfo!
Tirando do episódio a brincadeira custa-me perceber como chegam estes tipos a lugares de destaque par depois serem apanhandos na curva, assim sem mais nem menos!
Ou dito de outra maneira custa-me entender estes políticos de meia tigela, que nunca souberam realmente o que foi trabalhar e continuam a querer viver à custa do erário público ou seja... dos meus impostos.
O problema é que a nossa justiça é lenta e permite que esta gente mesmo que acusada e condenada regresse... onde foi feliz. Veja-se o caso de Isaltino Morais no concelho de Oeiras qque depois de ci«umprida a pena numa prisão foi logo ganhar as eleições autárquicas.
Fosse Portugal um país de gente minimamente decente este tipo jamais voltaria a uma edilidade (nem como varredor!)
As eleições aproximam-se e a contagem de hipóteses continua. Para mim que já sou velho nada temo, mas para os meus filhos e netos o futuro prevê-se certamente muito complicado.
Curiosamente meio século após a implementação da democracia!
A iliteracia financeira é nos tempos modernos um problema grave e que ultrapassa os limites do bom-senso. É certo que nós, todos os dias somos aliciados para consumir! Uma espécie de "gastar vamos" sem rei nem roque que amanhã logo se verá!
Aquela ideia de poupar porque no futuro pode ser preciso está fora de moda e em contraciclo ao que hoje uma série de empresas nos oferecem quase por tuta e meia!
Também na política os diferentes e diversos governos têm usado da mesma iliteracia financeira do povo para ir governando este país a seu bel-prazer! Com as consequências respectivas e pagas por todos... Por aqueles que não gastaram e pouparam e por todos os outros que sempra viveram muuuuuuuuuuuuuuito acima das suas possibilidades.
Todos sabemos que Portugal é um país pobre, recheado de gente de mente pobre e de políticos mais pobres ainda, já que todos os dias há notícias de alguém na política envolvido em escândalos financeiros.
Imagino que a poucas semanas das eleições cada lider partidário venha agora publicamente e em pré-campanha prometer este mundo e o outro aos pobres portugueses, como se o dinheiro fosse algo inesgotável. E aqueles acreditam... porque o povo luso é sistematicamente enganado, mas gosta de o ser, não se importa nada... desde que façam almoços na Ponte!
Um político sério não é aquele que diz o que o povo gosta de escutar, mas o que fala a verdade da sua actuação futura. Mas destes ninguém gosta porque as pessoas odeiam escutar verdades!
A foto infra foi tirada na aldeia onde vou amiúde e que fica no sopé da serra da Gardunha. Tanta vez que passei neste local e só agora me lembrei de fotografar este espécie de portal... para qualquer lado.
Não imagino se neste sítio houve alguma vez uma casa ao redor desta entrada, mas a verdade é que a estrutura, para quem como eu adora imaginar... coisas, dá para tudo ou quase tudo.
Provavelmente fizeram neste local apenas uma entrada para a propriedade ou para um qualquer barracão... Todavia gostaria de imaginar construir algo a partir deste portal granítico. Da mesma maneira que de um pequeno desejo pode sair algo imenso.
A Luísa do “Pepita” é que me estimulou a escrever sobre este tema do meio século de idade. Porém lembrei-me que já havia escrito algo sobre o assunto, aqui mesmo. Fuireler.
A verdade é que hoje com 60 anos não aparento (ainda) a idade que realmente tenho (é o que dizem!!!), continuo à espera (mea culpa) de publicar o tal livro consegui finalmente publicar um livro e estou a preparar um segundo e passei a ouvir pior devido a dois AVC’s/AIT’S como lhe queiram chamar, que me afectou profundamente aquele sentido.
Quanto ao resto… não noto interiormente enormes diferenças. Como repetidamente vou dizendo por aí: tenho a experiência dos 60, amo como se tivesse 30 e brinco como se tivesse 15.
É certo que ao meu redor muita coisa mudou na última dezena de anos: os filhos acabaram os cursos e estão a trabalhar, um deles casoucasaram ambos e já foram pais de meninas, nasceram 3 sobrinhos-netos, os meus pais estão bem mais velhotes e eu estou mais próximo da reformajá estou reformado.
Agora também escrevo mais, leio mais, viajo mais, vivo mais… Mas unicamente porque tenho disponibilidade para tal (ai quem dera esse ano!).
Entretanto todas as manhãs continuo a agradecer o acordar para enfrentar os desafios que me vão sendo propostos. Quanto a sonhos… bom… esclareço que já me deixei disso. Há muito. Posso desejar visitar este ou aquele local, mas nunca passará de um mero desejo que poderei ou não realizar. E se nunca lá for paciência… Jamais entrarei em colapso…
Portanto será bom para quem chegar a estas idades, 50 ou 60, se vá libertando dos excessos de desejos, vontades, sonhos e se preocupe unicamente em viver o dia a dia.
Só assim se será realmente feliz!
Nota final: o que ficou desactualizado desde 2019 ficou à mesma neste postal apenas com um corte e foi acrescentado um novo e actualizado texto em itálico.
Andava a adiar há alguns tempos, quiçá demasiados, mas hoje decidi que teria de assumir o meu problema e dar solucção à coisa!
Começo pelo princípio que remonta ao tempo em que era lactente. Nessa altura sempre que me nascia um dente... era abençoado com uma otite.
O que devo ter sofrido porque as otites são piores que dar à luz. Riam-se as senhoras, mas agora as epidurais ajudam, e de que maneira, as parturientes.
Bom... certo é que toda a vida sofri dos ouvidos, para em 2012 ter sido acometido de um síndrome de surdês súbita que me deixou a ouvir apenas do lado esquerdo. Mesmo com a ajuda de prótese no lado direito não melhorei assim por aí além.
O tempo decorreu, fui envelhecendo e ultimamente tenho constatado que mesmo o ouvido esquerdo já não é o que era. O que equivale dizer que cá em casa quando falam para mim raramente os oiço. Isto é, eu até oiço as vozes, mas não percebo patavina do que dizem o que obriga as pessoas ao meu redor a repetir com demasiada frequência o que disseram.
Cansado desta situação decidi ir buscar a prótese que usei no ouvido direito e coloquei-a no esquerdo. A verdade é que passei a ouvir o que me dizem, mas também oiço com a mesma potência o bater dos talheres, o ruído exterior o que em certos casos é assaz incomodativo! Sei que é possível ser configurado, mas só para a semana irei a uma loja!
Sinceramente não gosto de usar isto! Não gosto, pronto! Mas percebo que pode vir a ser, num futuro mais ou menos próximo, um enorme auxílio.
Neste país de gente pouco ousada, triste e muito invejosa, a crítica muitas vezes mal-intencionada e soez é o terreno perfeito daqueles que têm no seu umbigo o centro do Mundo.
Tudo é palco de crítica e todos têm soluções maravilhosas para os seus problemas. Então se falarmos da Saúde em Portugal (ou da falta dela!!) muito mais se critica e diz mal, começando obviamente nos médicos. Depois todo o resto do pessoal leva por tabela…
Neste mar de insatisfação em que este povo mal navega, onde fica então o lugar para o elogio? Não terá espaço nem direito? Certamente que deve ter lugar e deverá ser divulgado.
Deixem-me contrariar todos aqueles que dizem mal da nossa Saúde (eu mesmo já falei mal até porque nem tenho médico de família!), para contar uma estória verdadeira e sendo uma realidade poderia ser também espalhada aos quatro ventos. Podia ser que alguém aprendesse…
O meu pai já tem idade para ter juízo. Noventa e um anos creio ser tempo suficiente para deixar de fazer algumas asneiras.
Vive neste momento uma fase de transição, já que se encontra num estado de pré-falência renal. A sua consulta de rotina a uma nefrologista no CHMT (Centro Hospitalar Médio Tejo) em Torres Novas levou-o recentemente a decidir o que fazer no futuro, assim que os rins deixassem de funcionar.
A opção do meu pai, que não obstante a idade, pensa pela sua própria cabeça, foi de submeter-se a tratamentos de hemodiálise. Aberto o processo, rapidamente foi chamado ao Serviço de Nefrologia para uma consulta Multidisciplinar onde lhe explicaram detalhadamente o que seria necessário. Nesta consulta estiveram presentes: uma médica da especialidade que não a que o costuma seguir, uma enfermeira, uma nutricionista e uma assistente social.
Tudo explicado ao pormenor e sempre com muitos esclarecimentos adicionais!
Entretanto a semana passada parece ter-se constipado e adquiriu uma tosse forte. Perdeu o apetite, tornou-se (mais) amorfo e parecia ter perdido algum discernimento. Daqui de longe aconselhei a minha mãe a levá-lo até ao serviço de urgência do Hospital de Torres Novas, enquanto eu partia de Lisboa também para lá.
Fui encontrá-lo horas mais tarde, no Serviço de Urgência, sentado numa cadeira a aguardar o resultado das análises que já lhe haviam feito. Entretanto antes de sair da capital enviei à médica Nefrologista que o segue no Hospital uma mensagem de correio electrónico contando, em traços gerais o que estava a acontecer.
Estava eu a fazer-lhe companhia quando um jovem médico se aproxima e pergunta pelo nome do meu pai, que ambos respondemos. Foi-nos comunicado que ele tinha uma infecção, cuja origem desconheciam e que tendo em conta os rins seria melhor ficar internado no Serviço de Nefrologia.
Achei que sim, que isso seria o melhor para ele e passada meia hora tenho o meu pai vestido com um pijama do hospital, tendo eu ficado com a sua roupa.
Para não me alongar o meu idoso pai esteve de segunda a segunda internado no hospital, tendo tido alta ontem!
Sei que este postal é maior que o costumo escrever, mas a VERDADE é para ser dita e com todas as letras.
Assim cabe-me como filho, mas também como doente noutras unidades hospitalares, elogiar, leram bem elogiar o Serviço de Nefrologia do CHMT de Torres Novas.
Acima de tudo há ali verdadeiros cuidados médicos! A saúde e o bem-estar dos doentes está primeiro. O Serviço zela pelos pacientes, deixando, com a sua forma de actuar, os familiares mais descansados, porque os doentes geralmente não gostam de ir estar! É normal!
Nas diversas vezes que liguei para a Nefrologia, para saber do estado de evolução de saúde do meu pai, fui sempre bem atendido e acima de tudo, esclarecido! Tanto por médicos como enfermeiras.
Portanto os médicos, enfermeiros, pessoal auxiliar e até o pessoal administrativo demonstraram sempre uma postura altamente competente e profissional, originando deste lado uma confiança e um descanso inusual.
Arrisco mesmo dizer que dificilmente, em hospitais privados, se encontrará um Serviço tão bem organizado.
Finalizo enviando os meus sinceros parabéns, a todo o pessoal médico e auxiliar, sem excepção, ao Director do Serviço de Nefrologia e consequentemente à própria Administração do Hospital.
Assim deveríamos trabalhar todos: em prol dos outros!
Tudo por causa de uma vacina que tomei há mais de 40 anos. As consequências dessa toma foram tão nefastas em mim que decici nunca mais tomar qualquer vacina... a não ser as (quase) obrigatórias como é a, por exemplo, do tétano.
Desde 2020 e obviamente por causa do Covid fui novamente obrigado a levar vacinas contra o virus oriundo do país do Rio Amarelo.
Recentemente convocaram-me para renovar a dose de Covid. Faltei! Espero que não me voltem a chamar.
Entretanto cá em casa muita gente tomou vacinas! Mas ainda assim muito deles nãoa evitaram apanhar uma gripe valente.
Fui acometido de um virus, mas muito longe da gripe A. Uns desarranjos intestinais chatos e mais nada. Acho eu!