Agora que entrámos definitivamente no Inverno, trago uma foto com as cores do Outono. Numa fazenda da família, entre muitas outras árvores, há este velho carvalho que anualmente se despe no Inverno para ganhar folha na Primavera renovada.
A foto, infelizmente, não traduz a cor local. Mas o espirito anda perto. Este carvalho que dois homens não abraçam, se falasse, o que não contaria...
Deixo assim, à imaginação de cada um, as estórias vividas!
Uma das coisas que por aí vou escutando é que as pessoas chegando a uma certa idade tornam-se gulosas. Ou dito de uma forma mais simplista começam a apreciar melhor os doces!
Os mais conhecedores deste fenómeno atiram para a idade a perda de paladar o que vai originar uma buscva por coisas mais apetitosas.
Ora bem... então não é que eu tenho notado um maior gosto por doces. Na verdade antigamente ligava pouco ou nada a bolos, bolachas e chocolates. Mas recentemente dei por mim a comer uma tablete de chocolate de uma só vez. Obviamente que não era muito grande, mas ainda assim considerei um exagero.
No entanto esta fuga para a frente não me leva a comer tudo o que é doce e me aparece na frente. Um pão-de-ló, por exemplo, ainda é para mim incomestível. Tal como as filhós que se fritam cá por casa... aquilo sabe a... coisa nenhuma, já que açúcar é apenas uma amostra!
Ao invés dos bolos, os pudins são bem vindos assim como as rabanadas e demais doces... de colher! Portanto... levanto a questão: isto de ser guloso será da velhice?
E pronto estamos na derradeira semana antes do Natal.
Portanto cabe-se aqui ora divulgar os espaços que simpaticamente alinharam nesta minha brincadeira.
Assim:
- no dia 13 a Ana do blogue "GreenIdeas" postou esta simpática figura alusiva à quadra:
- no dia 16 a Sofia do recente blogue "Quinjim" apresenta esta arte que admiro e que a par da pintura jamais seria capaz de fazer;
- no dia 18 o meu amigo e companheiro em outro blogue que não o seu "Encruzilhamento" publicou este postal, que me parece feito à medida para esta época.
Fica por aqui, provavelmente, esta minha iniciativa até porque o Natal segue já a seguir. Todavia falta agradecer encarecidamente a todos quantos participaram neste meu desafio.
Este charco é quase uma família!
Bem hajam a todos e olhem... se não nos lermos até lá: Santo Natal!
Pela primeira vez em democracia temo pelo resultados das próximas eleições.
Quer queira, quer não ando muito desconfiado com aquilo que poderá ser Portugal a partir do dia 10 de Março... É que, sinceramente, não gostaria de ver um André Ventura a querer fazer uma geringonça de Direita tendo como companheiros o PSD e a IL.
Na verdade pode ser que o futuro político deste país passe por aí, se bem que Luís Montenegro já tenha vindo publicamente afirmar que não se coligaria com o Chega! Mas isto serão apenas meras teorias para ludibriar o povo porque na prática, a coisa fiará mais fino.
Segundo o qeu tenho lido por aí há a possibilidade dos radicais de Direita ficarem â frente do PSD. Se assim for o PS terá enormes dificuldades em formar governo pois a Direita assente no parlamento não aprovaria qualquer programa de governo. Só se o PS conseguisse ter a maioria em conjunto com a esquerda, algo que no actual panorama me parece improvável!
O que é certo (infelizmente!) é cada vez mais oiço gente a assumir que votará no partido do populista André Ventura. Dizem eles que o líder do Chega diz as verdades. Pois... penso eu! Dizer mal será muito fácil. O problema é mesmo... fazer.
Finalmente, o actual lider do PS, recentemente eleito, não terá capacidade política para conseguir chamar a si os eleitores que votaram António Costa. Mais... se ele não serviu para Ministro muito menos servirá para Primeiro Ministro.
Posto isto temo pelo meu futuro e dos meus filhos e netos muito por causa da borrasca que se aproxima!!!
Depois de mais de um mês a chover, por vezes de forma quase diluviana, eis que somos brindados com o frio. Um vento gelado arriscaria a dizer quase polar.
Os campos acordaram atapetados de branco devido gelo da noite.
Hoje regressei a casa muito cedo tentando evitar as filas de trânsito de chegada à capital.
Quando parei à porta de casa constatei isto:
Cinco graus e meio às sete horas e quatro minutos desta madrugada.
A noção de que as doenças do foro psiquico são cada vez mais evidentes levou-me há alguns anos a obrigar a escrever (pelo menos) um postal por dia.
Por que a escrita é como se fosse um amigo ou amiga a quem conto as minhas venturas e desventuras sem que daquela haja alguma acção ou opinião contra. Aceita simplesmente. Ou como perguntava alguém: porque será que o melhor amigo do homem não fala?
Da mesma forma muitos médicos de família serão verdadeiros padres ao receberam as confissões dos seus doentes. É que o problema reside aqui mesmo e que se prende com a falta de comunicação entre as pessoas. Numa época em que a informação é constante e entra pela nossa casa de forma pujante, noto cada vez mais gente silenciosa e distante dos outros.
Também eu sofro dessa ausência de uma boa conversa. Por isso venho aqui descarregar as minhas ideias e receber contribuições de outros.
Não vivo só, nem para lá caminho, mas sou obviamente um solitário e que encontra no que escreve a terapia necessária e suficiente para ir sobrevivendo num Mundo cada vez mais distante das pessoas e mais próximo das máquinas. Curiosamente que o homem inventou e desenvolveu somente para o ajudar e das quais agora é escravo!
O mês de Novembro trouxe muitas coisas, maioritariamente pouco boas. Mas é a vida a ser vivida e não há volta a dar!
Com base neste pressusto em Dezembro:
- confirmou-se a necessidade de hemodiálise no meu pai;
- fui a um almoço com colegas e amigos algo que já não se fazia há algum tempo;
e por fim
- lancei neste espaço um desafio de Natal pedindo que cada um coloque no seu blogue fotos ou videos alusivos ao Natal de 2023. E a coisa parece estar a correr bem!
Este pedaço de chão naturalmente empedrado chama-se "Penedos Gordos". O meu avô cavava os pequenos espaços de terra e semeava de trigo que depois ceifava e debulhava. Outros tempos de míngua e trabalho.
Hoje as pedras lá continuam e eu gasto anualmente rios de dinheiro para manter isto limpo de mato.
Creio já ter contado este episódio e que me leva para os anos 80. Alguém à minha frente perguntou a um cavalheiro assumidamente monárquico, mais em tom de brincadeira que a sério, sobre em quem iria votar nas eleições que se aproximavam!
O tal senhor sem quaisquer rodeios afirmou para quem o pretendeu escutar:
- Se votasse... votaria PS porque a corrupção é mais barata!
Esta frase tem marcado a minha visão política. Se na altura não liguei ao dichote a verdade é que anos mais tarde apercebi-me que o senhor tinha razão. E actualmente passados tanto tempo mais se confirma aquela verdade.
Desde 1974 o Partido Socialista tem dominado as eleições com Mário Soares, António Guterres, José Sócrates e António Costa. Isto é, tirando o magistério de Cavaco Silva, o centro-direita tem sido usado quase como alternativa ao PS. Recordo que por mais de uma vez Portugal esteve perto da bancarrota muito por culpa do despesismo socialista que tem como filosofia: gastar vamos!
Quando Pedro Passos Coelho subiu ao poder já com a tróica como entidade fiscalizadora de contas aquele teve de tomar decisões pouco simpáticas mas que acabaram por frutificar num maior rigor financeiro.
É certo que se cortaram nas reformas mais altas, em subsídios, dias feriados e houve um "enorme aumento de impostos". A verdade é que Portugal acabou por sair da crise de forma estóica e na Europa muitos gabaram o espírito de sacrifício luso. A este propósito um antigo colega, claramente insuspeito porque assumiu ser do PS, confessou-me que passou a admirar o então PM porque este nunca se deixou intimidar pelas intempéries políticas e levou o barco a bom porto.
Hoje temos um Costa demissionário, um governo em gestão, diversos candidatos em busca do poder e um povo idiota a acreditar que alguém, seja de que partido for, faça algo para melhorar o país!
Provavelmente, como já fiz em algumas eleições autárquicas, não irei votar! Porque toda a nossa classe política é da menoríssima confiança.
Pela língua ninguém os leva presos, mas pelos actos...