Quando somos jovens temos a parva ideia de que seremos eternos, que nada nem ninguém nos conseguirá destruir nem aos nossos sonhos e desejos.
Todavia e conquanto vamos crescendo percebemos que a tal certeza da juventude tem algumas (enormes) falhas. E é aí que surgem as primeiras dúvidas, para mais tarde, muito mais tarde, descobrimos que nada na vida é certo a não ser... o nosso próprio passado!
Só que há excepções!
O meu pai, por exemplo, tem 91 anos e um grave problema de insuficiência renal que o irá obrigar, brevemente, a submeter-se a hemodiálise. No entanto e não obstante a imensa idade que carrega nos ombros para além da doença, ainda pensa que está para durar mais uma imensidade de anos.
Por este lado já não penso assim e tenho consciência perfeita que a minha vida será muito mais curta que a do meu pai. Talvez por isso mantenho um ritmo de vida quase alucinante... pois o pior que me poderá acontecer é descobrir que tenho medo... da minha própria finitude!
O problema não será o fim pois a par do passado é uma certeza! Mas o trilho que terei de percorrer até lá chegar!
Dizia a sabedoria popular há uns anos que "no hospital e na prisão todos temos uma tarimba"! Traduzindo para miúdos esta frase corresponde à ideia de que ninguém está livre de ter problemas com a justiça e com a saúde.
Actualmente estará um tanto desactualizada porque a palavra prisão deveria ser substituída por uma mais fácil e que se traduz em apenas duas letrinhas, a saber: MP.
Deste modo a frase passaria a dizer: "no hospital e no MP todos temos uma tarimba". E isto se for num hospital privado porque se for público também se arrisca a ficar na rua!
Olvidando esta brincadeira a verdade é que todos os dias surgem notícias sobre mais investigações por parte dessa entidade devoradora a que se dá o pomposo nome de Ministério Público!
Quase todos os portugueses têm consciência que a corrupção e o tráfico de influências comem connosco à mesa. Tal como se concorda que os prevaricadores, neste e noutros capítulos, sejam apanhados, entregues à justiça e paguem pelos seus delitos, tal como eu pago as multas por excesso de velocidade.
Porém sinto que começa a haver uma certa banalização de casos. Buscas e mais buscas, pessoas detidas para interrogatório, arguidos presentes a juizes, enfim um manancial de situações que muito alegram televisões, rádios e jornais.
Para depois todos saírem em liberdade, provavelmente alguns sem culpa formada, mas com o prestígio da sua vida pessoal a roçar as "ruas da amargura"!
No entanto o mais estranho é que poucos serão levados a julgamento. Não sei se por falta evidente de provas ou porque a investigação não decorreu como deveria ser! Recordo a este propósito o caso hiper badalado "Apito Dourado" onde algumas chamadas relevantes e de cariz probatória não foram consideradas, por as escutas não terem sido superiormente validadas, o que originou no arquivamento do processo!
Posto isto termino então esta comunicação com um singelo aviso: se deixar de aparecer por aqui é porque fui apanhado pelo tal MP. Sem saber se alguma vez regressarei!
Com a aproximação do Natal surgem mil e uma coisas para fazer.
- implementar as iluminaçõers exteriores da casa;
- montar a árvore de Natal;
- embrulhar as prendas que vão chegando;
- decorar o interior de casa com enfeitos alusivos à época.
Se acrescentarmos a tudo isto uma neta, que como qualquer criança adora o Natal, temos uma estranha mistura com muitas emoções e alegria. Sinceramente só para assistir ao contentamento genuíno de uma criança vale a pena o trabalho.
Estou a escrever este postal e surge-me, assim de repente, uma ideia! E que tal aproveitar para lançar um desafio? Nem é tarde nem cedo, é já!
Portanto a partir de agora ficam todos convidados a partilhar nos seus espaços da blogosfera, seja ela em que plataforma for, fotos com as decorações de Natal que considerarem mais engraçadas, bonitas ou curiosas.
Estas poderão ser dos seus lares, ruas, a casa do vizinho ou apenas uma singela decoração de uma árvore de Natal numa loja. Não importa!
O que conta mesmo é darmos forma ao verdadeiro espírito de Natal que já paira no ar!
Apenas peço que algures façam referência a este postal para que eu possa ir juntando a todos e ir divulgando para que mais gente consiga ver!
Para a tarde de hoje estava programada uma ida à bola.
O Sporting iria jogar no seu estádio contra o Dumiense, equipa minhota que milita nos Campeonatos de Portugal, o que equivale dizer de um escalão muito inferior ao da Primeira Liga. Portanto nível de dificuldade a roçar o fraco.
Mas como o jogo era de Taça de Portugal e nesta competição são frequentes os tomba-gigantes seria bom o Sporting respeitar o adversário não fosse o Diabo tecê-las. E não teceu!!!
Saí de casa eram 17 e 06 minutos já que o jogo principiaria às 18 horas. Pouco trânsito e num instante tinha o carro estacionado. O cachecol embrulhou-me e a camisola Stromp agasalhava-me (ainda não me pagam para fazer publicidade na minha vestimenta!!!)
Passo rápido e ainda longe do estádio apercebi-me de mais adeptos e seguirem o mesmo trajecto. Tudo normal em dia de jogo. Mas muitos deles vinham acompanhados das esposas e companheiras e consequentes infantes, todos vestidos a rigor.
Quando cheguei perto do estádio vi uma enorme fila para entrar na minha porta de acesso. Caso raro! Depois entendi a verdadeira razão: as crianças. Muitas…
Sentei-me por fim no meu costumado lugar. Todavia ao meu redor gente diferente da que costumo ver noutros jogos. Acima de tudo muitas mulheres de todas as idades. Vi idosas, jovens e crianças da idade da minha neta mais velha.
Ao intervalo um conjunto de miúdos gritava a plenos pulmões o nome do clube do seu coração.
Depois os diversos golos e a festa estava por fim consumada!
Fim de jogo e regresso a casa! Para trás ficaram duas horas de pura e genuína alegria! Não só pelo volumoso resultado, mas por este publico tão jovem, mas já tão fervoroso adepto.
Imagino que sejam assim os jogos de futebol em Inglaterra!
Durante muitos anos este dia foi quase esquecido, tanto pelos portugueses, mas essencialmente pela troupe de esquerda que sempre viu nesta iniciativa militar um revés à ideia de fazer de Portugal uma Cuba ou Albânia dos tempos modernos.
O país virara radicalkmente à esquerda com as consequentes nacionalizações de Banca, seguros e demais tecido económico e empresarial.
Portugal esteve, por esta altura, à beira de uma guerra civil! Muitas famílias desentenderam-se por causa das opções políticas de cada um. O clima social crescia deveras crispado e com natural tendência para piorar.
As próprias forças armadas dividiam-se entre apoiar o Governo do General Vasco Gonçalves e do Presidente da República Costa Gomes, Otelo Saraiva de Carvalho comandante do COPCON ou alguns militares mais moderadas donde se destacava claramente Jaime Neves, comandante do Regimento de Comandos, que teria uma grande influência no sucesso do 25 de Novembro na recolocação de Portugal no caminho da verdadeira democracia!
Vivemos agora novos tempos! Dessa época já longínqua poucos gostam de recordar, especialmente se forem de esquerda. Porém o pior é mesmo a direita lusa ao tentar aproveitar politicamente de algo para o qual nada contribuiu!
Foi a Isabel que com este postal (re)lançou o desafio à blogosfera para quem assim o pretender, escrever um ou mais contos de Natal.
Uma bonita iniciativa que vem desde 2019 e que já rendeu duas lindíssimas compilações, como podem ver na barra lateral deste espaço.
Assim sendo venho apoiar a verdadeira mentora deste exercício de escrita. Dito isto já estou a esboçar umas ideias para um verdadeiro conto de Natal. Não à moda de Dickens, mas à minha maneira que será sempre mais singela.
Meia centena de anos dedicados a tentar ser uma ínfima luz neste mundo tão negro.
Há quarenta e seis anos via a luz do dia a primeira crónica por mim escrita. Um texto pobre, mas que seria, oficialmente, a primeira pedra do edifício que sou hoje. Publicada no Jornal de Almada. Estávamos em 1977 e o 25 de Abril havia ocorrido três anos antes e o 25 de Novembro iria comemorar o seu primeiro...
Foram anos... arrepiantes de emoção política e de cidadania!
Mas voltando àquele texto, escuso-me a comentar sobre a sua qualidade literária e dos que lhe seguiram, porque agora nada disso é relevante.
Portanto eis-me aqui a escrever com a mesma tenacidade e empenho daquele tempo.
Finalmente, e como sempre, agradeço a todos os que me lêem a simpatia e a amizade.
Como já escrevi em postais anteriores há muito que perdi o hábito de ver televisão. Apenas o futebol e só mesmo quando joga o meu Sporting é que me obrigo a ligar o pequeno ecrán. Fora isto...
Só que hoje estou na aldeia em casa dos meus pais. Aqui a liberdade é diferente já que tendo em consideração a idade dos meus antecessores a televisão é a distração deles. Aparelhos na sala e na cozinha e ambos os velhotes surdos faz com que o som de lá se sobreponha à voz dos presentes.
O curioso é que tendo eles assinatura com uma distribuidora de dezenas de canais que normalmente ninguém vê, a verdade é que continuam fiéis ao... Canal 1 da RTP.
No entanto nestes dias que estou com eles e em que as televisões estão permanentemente ligadas apercebo-me que o canal público de televisão da actualidade difere muito pouco daquele que eu via há uns anos!
Os mesmos concursos com os mesmos apresentadores, a mesma histeria de alguns pivots de telejornal, o mesmo tipo de programas sem interesse e sem qualidade. Portanto e resumindo de Chelas nada de novo!
Talvez por tudo isto e obviamente muito mais deixei de ver televisão!
Como diria o malogrado Artur Albarran: a tragédia, o horror!