Quando em 2021 escrevi este texto perante a imagem do célebre quadro de Frida Kahlo "El sueño", não tinha verdadeiramente consciência do que fora a vida da pintora mexicana.
Portanto quando hoje saí da "Mãe de água" nas Amoreiras em Lisboa, percebi que aquela prosa ficara muito aquém daquilo que o quadro pretende transmitir.
Hoje fui ver a exposição sobre a vida e obra de uma dos maiores ícones do México: Frida Kahlo.
A primeira ideia com que ficamos é que não haveria necessidade de uma menina sofrer tanto. A segunda ideia esmaga-se no pensamento de que se a pintora tivesse seguido a sua vida de forma normal jamais teria dado ao mundo uma grandiosidade de beleza, misturada com muito sofrimento, plasmado nas suas telas.
Frida desde cedo se mostrou diferente das demais crianças da época e depressa enveredou pelos caminhos políticos e não só. Também o da pintura...
Esta viagem de uma hora pela vida da activista mexicana, é imperdível. Nela se percebe a dor, o sofrimento, o amor e a coragem! A tenacidade e a resiliência. A paixão e o inconformismo!
Uma mostra engendrada num ambiente muitíssimo bem aproveitado.
Desde que a minha neta mais nova nasceu o meu filho mais novo que é o pai cuidou em criara um grupo no uotessape a que chamou o Diário da Diana.
Assim todos os que pertencem ao grupo recebem fotos e pequenos filmes do elemento mais novo da família.
Hoje num pedaço de tempo que consegui roubar a alguns afazeres domésticos ocorreu-me procurar as fotos do início desta aventura.
Note-se que a criança só tem quatro meses, mas ainda assim é gritante a evolução da miúda que já apresenta dois dentes de forma evidente e a previsão de outros dois para breve.
O diário continua a sua saga... diariamente (o pleonasmo foi propositado)!
O curioso é que o desafio não foi escrever as três quadras, mas responder à desgarrada poética em que me vi envolvido com a poetisa Maria João Brito de Sousa deste blogue e com a cantante Cotovia deste espaço. A coisa iniciou-se quase como uma brincadeira (pelo menos da minha parte), mas era já tarde quando terminámos. E com a Cotovia ainda continuou hoje
Sinceramente nunca pensei obter tal desiderato. Ia respondendo a uma depois a outra numa desgarrada que me fez um homem imensamente feliz.
Porque na realidade fui testado quase ao limite. Gostaria, no entanto, de ter mais técnica para a coisa... mas fiz o que (mal) sabia!
O pior de tudo isto é que... gostei!
Por fim um agradecimento a ambas as poetisas pelo exercício de escrita a que me obrigaram e acima de tudo pela simpatia e paciência que tiveram comigo!
Em 1968 o comediente gaulês Loius de Funés protagonizava um filme a que se chamaram: Onde está o Óscar? Uma daquelas trapalhadas que o actor francês era pródigo e que muito sucesso angariou e cujo excerto segue já a seguir!
Li que a bela ilha da Madeira foi atingida por uma depressão ou tempestade (sinceramente não sei se há diferença) cujo nome é também... Óscar!
Mais... todos os alertas foram accionados pois o dito temporal iria atacar Portugal com toda a força... Desde ontem!
Pois bem, hoje e passado todo o dia só me lembrei do tal nome do filme! Percebem porquê, não percebem?
Bem encostado ao Centro Cultural de Belém embutido numa parede lateral de um antigo edíficio logo ao início da Rua Bartolomeu Dias em Pedrouços encontrei a escultura infra,
Por esta parte nunca tinha visto um escultura deste tipo. Para além da utilização de lixo urbano e não só este "Guaxinim" ocupa espaço no eixo vertical mas também horizontal!
Eu que nunca fui um entendido em artes plásticas, olho para esta obra e fico simplesmente sem palavras. Ao longe percebe-se o animal como um todo, quase como se tivesse vida, mas bem perto descobrirmos que toda aquela arte é feita disto.
Qualquer coisa como... lixo! Simplesmente de génio.
Um destes dias li algures uma estória (não imagino se verdadeira ou falsa, mas gostaria de acreditar que será verdadeira) relatando que numa cidade da Suécia as estações do Metro têm uma porta permanentemente aberta para acesso gratuito ao transporte. Alguém perguntou o porquê ao que responderam que servia para aqueles que não podiam pagar o metro ou que tivessem esquecido, por exemplo, da carteira em casa com dinheiro. Questionaram ainda se aquilo não levaria a outras pessoas a aproveitarem-se e andarem gratuitamente ao que o sueco deixou uma questão: por que fariam isso?
Sinceramente não consigo imaginar um português a comprar bilhete tendo ali uma oportunidade de se deslocar gratuitamente. Não imagino. Ponto.
Mas tudo é uma questão de mentalidade, educação, urbanidade e... civismo. Que se plasma na ideia de que para os suecos os outros são mais importantes que eles mesmos!
Uma filosofia impossível de implementar em Portugal, já que os maus exemplos principiam, infelizmente, por cima!
Geralmente nunca um livro de seguida. Inicio com um para mais tarde passar para outro e algumas veses outro ainda.
Pelo meio ficam alguns livros de BD que leio de rejada.
Ler, tal como a escrita, é uma maneira de viajar! Quando lemos não estamos aqui... mas lá naquele local onde decorre a acção. É a maravilha da leitura. Algo que nenhuma Inteligência Artificial conseguirá substituir.
No entanto temo que os livros tendam a desaparecer. Dou um pequeno exemplo do que se passa cá em casa:
- desde os anos 70 que iniciei a compra de uma enciclopédia Luso-Brasileira da Cultura que tem vinte e tal grossíssimos volumes;
- sempre que pretendia saber alguma coisa consultava esses livros;
- actualmente só pego neles aquando das limpezas grandes do meu escritório.
Para além desta enciclopédia, comprei mais algumas obviamente mais actualizadas. Só que hoja há informação (a maioria desinformação!) à distância de um clique. Vai daí arrisco pensar que estas enciclopédias deixarão de existir unicamente porque estão desactualizadas e ocupam demasiado espaço numa casa.
Ainda assim adoro ler um livro, folheá-lo calmamente, poder inserir anotações importantes e por fim guardá-lo junto a muitos outros, após a sua leitura.
Cada dia que passa mais me convenço que o nosso país político é uma farsa! Nenhum dos nossos políticos profissionais dizem o que sabem ou o que lhes vai na alma (se vai alguma coisa!!!).
A questão não é só mentir ou no mínimo omitir... é acima de tudo tentar a«enganar o Zé Povinho "com papas e bolos" como diz o adágio popular.
De modo próprio afastei-me daquilo que o país vai ouvindo e vendo dos nossos políticos. Não há um dia, unzinho, que não surja mais uma "barraca" comum qualquer cavalheiro ou dama associado a este ou aquele partido.
Nem vou citar nomes porque isso seria dar-lhes ainda mais publicidade, mesmo que esta seja negativa! Numa altura em que o país necessita de gente que lute pelos interesses lusos, cada vez escutamos mais casos e casinhos, barracas e tendas envolvendo pessoas de quase todos os sectores políticos.
Já nem sei se o país anda à deriva ou se a viagem foi pensada desta maneira. E não me venham com a ideia de que tudo isto é culpa da direita trauliteira e populista... Desculpem-me alguns, mas a esquerda tem muuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuita culpa "neste cartório" de má governação.
Esfregaram as maós com a geringonça, não foi? Pois... agora irãoo receber o troco quando o líder da oposição se juntar a outros partidos extremistas (re)criando a já falada geringonça. Só que desta vez pode ser de direita. Com os incalculábveis custos políticos, educacionais, sociais inerentes.
O actual PR poderia minimizar estes custos bastando para isso dissolver a AR e levar tudo para eleições. Tenho consciência que quanto mais tarde isso acontecer mais força perderá a esquerda. Mas claro ninguém quer pensar nisso e continuam a empurrar os problemas com a barriga para um futuro cada vez mais incerto!
Todos nós gostamos de receber um elogio. Sincero ou não... não interessa. O que realmente conta é escutarmos ou lermos aquelas palavras que nos alegram os dias.
Sei por experiência própria que o elogio é o combustível perfeito para a nossa auto-estima! Talvez por isto algumas lojas apresentam ao lado do célebre Livro de Reclamações... um livro de elogios. Não sei se alguém já terá escrito alguma coisa nesses cadernos, mas eu nunca o fiz. Também nunca escrevi numa reclamação... Portanto temos empate.
Nas últimas semanas tenho distribuído o meu livro por muita gente nomeadamente família, muitos amigos, diversos conhecidos e outros nem por isso.
Alguns dos amigos estão ligados, como eu, a este mundo da blogosfera o que levou a que diversos escrevessem sobre o meu livro. Uma enormíssima simpatia que me alegra profundamente, mas que honra quem o fez!
Entretanto ontem tive de sair à noite e encontrei-me com diferentes pessoas num encontro que envolveu fé e religiosidade. Algo a que estou interiormente ligado. Contudo e antes de regressar a casa entreguei dois volumes a dois amigos também ali presentes. Um deles é um padre, o outro simplesmente um bom amigo!
Ora bem, hoje de tarde este último liga-me para o telemóvel e temos aproximadamente este diálogo:
- Boa tarde Zé!
- Ora viva E. Está tudo bem desde ontem?
- Tudo óptimo...
Veio um silêncio que me deixou preocupado. Quando voltou à linha o E. carregava um peso na voz como tivesse acontecido um grave acidente!
- Não sei como te dizer isto....
- Desembucha...
- Sabes que peguei há umas horas no teu livro e não fui capaz de o deixar de ler?
- Como?
- A sério... aquilo é empolgante... fantástico. Mais... a minha mulher pretendeu sair com os netos ao parque e eu disse-lhe vai tu que eu fico a ler isto até acabar!
Sinceramente nem soube como responder, nem como agradecer este elogio. Porque no fundo estas palavras foram: aquele elogio!