Em 2020 estávamos no dealbar da pandemia Covid e o Giro foi adiado para Outubro desse ano. João Almeida participou nessa volta à Itália e andou de "rosa" durante muitos dias, só a perdendo já nas últimas etapas.
Na época devida uma etapa muito complicada de alta montanha escrevi este postal. Titulei-o com "Grande João". Hoje quase três anos depois João Almeida mostrou porque é um dos sérios candidatos a ganhar, este ano, o Giro.
Õ caldense teve hoje a sua primeira vitória numa etapa de uma grande volta. Os últimos quilómetros acredito que tenham sido de algum sofrimento, mas o ciclista luso está munido de um espírito de sacrifício que o torna num atleta que sem dar muito nas vistas vai fazendo o seu caminho.
Note-se que entrámos já hoje na derradeira semana do Giro e o lugar mais baixo que João Almeida esteve nas últimas semanas foi... em 4º lugar, para agora estar em segundo lugar e uns meros 19 segundos da tão apetecida camisola Rosa.
A publicação deste meu livro acabou por me colocar um conjunto de questões que até esta altura jamais me havia colocado. Irei continuar? E com que tipo de textos? Os contos já compilados, escrever um romance ou manter este registo entre o humor, mais ou menos sarcástico, e a parvoíce?
De uma coisa estou (quase) certo! Jamais escreverei livros de auto-ajuda ou semelhantes. Tenho até sobre este tipo de livros uma opinião muito própria: ajudam mais quem os escreve que quem os lê. Mas isto sou eu...
Escrevi durante muitos anos, a maioria em blocos que guardei. Entretanto alguns já foram publicados aqui e noutro blogue, outros nem por isso... até porque remotam a outros tempos, numa altura em que escrever assemelhava-se a um acto de (quase) rebeldia.
É certo que gosto de escrever, mas daí a passar tudo para um livro vai um passo de gigante. Esgalhar um romance estará nos meus desejos para o futuro. Todavia para tal necessito de ter tempo, paciência e espírito de sacrifício, coisas que neste momento são impossíveis de conciliar já que se tenho tempo falta-me paciência, se tenho paciência não mostro espirito de sacrifício etc... etc... etc..
Reconheço que me sinto orgulhoso do livro. Mas repito que este volume vale mais pela capa e contra-capa que por tudo o que contém! Não vale a pena esconder a verdade.
Termino com a ideia de que tenho de dedicar ainda mais tempo à escrita, pois esta torna-se a cada dia que passa cada vez mais exigente!
Hoje choveu aqui... com força e vontade e algum granizo.
Se a chuva é sempre bem vinda já ao granizo não se pode dizer o mesmo. Este estraga muito mais que ajuda.
Telefonei para diversos sítios e em alguns caiu umas trovoadas de água, mas noutros nem um pingo. Entretanto o meu depósito para a água que estava quase vazio encheu-se rapidamente e está quase cheio.
Quem se ficou para já a rir foram os feijoeiros que entre hoje e amanhã devem um justificado salto no seu crescimento. Assim como os tomateiros. mas estes são naturalmente menos expansivos no seu dersenvolvimento.
Foi pouca e rápida a chuva deste início de tarde, mas fez cá um jeitão!
Já o disse e em primeira instância o meu livro recentemente publicado não será para vender. Somente para brindar os meus amigos, familiares e outras pessoas que, não sendo nem uma coisa nem outra, tornaram-se importantes na minha vida.
Por isso ontem quando ofereci o meu livro à minha dentista ela ficou muito admirada e fez a pergunta sacramental: é sobre quê este seu livro?
A minha resposta veio até calma já que o meu espírito estava revoltado. Respondi: é sobre parvoíce! A médica riu e ficou sem mais argumentos.
Entendo que cada um tenha uma preferência em temas de leitura. Eu não fujo a esta regra. Mas se um certo autor me oferecer um livro não tenho lata para fazer mais perguntas, apenas agradecer convictamente a oferta. Não é que aquela questão me afecte, mas deixa-me com a triste estranha sensação de que o livro será somente mais um a encher uma estante, sem ser lido.
Quem escreve e publica fá-lo no sentido de que alguém irá, um dia, ler o que publicou. Ou não será assim?
Provavelmente aquando da publicação do meu trigésimo livro já não exiba destes pruridos! A tudo nos habituamos!
Há por aí uns supermercados que começaram a vender um pão a que deram o pomposo nome de "Pão de Rio Maior". O pão não é mau, pelo menos é melhor que a maioria dos que se vendem por essas pagarias, mas é pequeno e fico com a ideia de que tem muida venda. Antes assim!
Um destes dias fui a desses estabelecimentos para comprar o dito pão e quando me aproximo dos cacifos com diversos tipos dou com a seguinte mensagem: Por questão de higiene use as pinças e luvas para mexer no pão.
O aviso faz todo o sentido. Mais... fez com que eu olhasse para as minhas próprias mãos. Ora como não considerei que estas estavam imaculadas fui arrancar uma luva muito fina e que se encontra nesta zona. Retiro uma só luva, calço-a na mão direita, retiro o pão e enfio-o no saco de papel. Não costumo cortar na maquina porque quando está muito quente fica desfeito.
Vou pagar na caixa! No instante seguinte dou por mim a olhar para a minha mão destra tentando lembrar-me do que havia feito.
Revi tudo e no final não consegui evitar uma quase gargalhada.
É verdade que fui pegar no pão com uma luva de plástico, mas esta foi retirada do expositor com a mesma mão (suja ou não). O que equivale dizer que se a mão estivesse muito suja, a sujidade passaria para a luva que pegou a seguir no pão... Digo eu...
Ou será que estou a ver mal?
Portanto a pinça será sempre melhor... para pegar no pão. Mas sem luva.
O sonho perdia-se na minha já longa tábua do tempo. Um dia acreditava piamente, no dia seguinte considerava impossível!
A minha vida é repleta destes altos e baixos e mesmo com a idade a pintar-me as cãs, ainda assim tenho todos os dias momentos de euforia para logo a seguir vir a dúvida! Todavia o sonho perdurava...
Faz hoje precisamente 7 meses que enviei a um editor um conjunto de textos para uma eventual publicação. A ideia foi bem recebida e a partir desse dia trabalhei no projecto com afinco.
Hoje dia 18 de Maio de 2023, dia da espiga, chegou às minhas mãos o meu terceiro filho! Quem diria... aos 64 anos! Não será de carne e osso como os outros no entanto continuo a pensar que um livro, por mais pequeno que seja, é como uma criança que pomos no mundo! É uma enormíssima responsabilidade!
Termino com três agradecimentos obrigatórios:
- à Olga Cardoso Pinto, fantástica ilustradora da capa e das gravuras interiores (arrisco mesmo a dizer que o livro vale mais pelo aspecto exterior que pelo seu interior!);
- ao editor pela coragem que teve ao colocar a sua chancela neste livro;
- a todos os comentadores, porque sem vocês este livro jamais veria a luz do dia!
Uma menção muito especial à plataforma dos Blogues da SAPO, que sempre me trataram de forma muito simpática, desde há 15 anos!
Para todos vós uma expressão beirã que gosto muito, neste bonito dia da espiga: Bem-hajam!
Quinze dias depois recebi por e-mail a notificação de que a declaração estaria validada e certa! Até aqui tudo a correr bem.
Antes da entrega online fiz uma simulação das contas. A aplicação apresentou-me um valor de reembolso agradável. Fiquei então à espera do dinheiro.
Hoje fui à minha conta e percebi que havia lá mais dinheiro e calculei que seria o reembolso do IRS. Era! Porém...
Vi e revi o saldo! Depois os movimentos da conta... Não pode ser, disse para mim! Há aqui algum engano.
Todavia só ao fim da tarde é que consegui ver a nota de liquidação do IRS. Fui vendo as contas e nada surgiu de estranho. Até que bem perto do fim aparece um valor referente a "Juros de retenção-poupança" seja lá o que isto quererá dizer*.
A verdade é que recebi de reembolso mais que o ano passado a que se juntou esta verba e que veio mesmo a calhar.
Já posso comprar mais raspadinhas e jogar mais forte no Euromilhões!
* - Obviamente que sei o que isto corresponde, mas não pensei que pagassem já!
Não me canso desta roseira e das suas belas rosas. Chegou há dois anos vinda da região do Porto. Por aqui ficou e desenvolveu-se. Entre as dezanas de roseiras que tenho... esta enche-me as medidas.
Como já escrevi em postais anteriores defendo um referendo sobre a eutanásia. Ponto!
Com uma discussão séria e feita por gente e com gente conhecedora da realidade portuguesa. Não por umas dezenas de deputados que representam alguns portugueses, mas não todos. Pois será bom não esquecer a percentagem de abstenção verificada nas últimas eleições: 48%.
Todavia quero crer que numa situação de referendo sobre a eutanásia a abstenção seria muito menor. Mais... a não implementação de uma questão à sociedade sobre este assunto é sinal de que os mentores desta lei não estão confiantes no pensamento e na escolha provável do povo português.
Uma das questões para a aplicação desta lei é tentar perceber que critérios são necessárioa para a ministração desta prática. Serão muito apertados ou maleáveis?
Eu dou um exemplo real: a minha sogra tem 92 anos, completamente senil não conhece as filhas nem os netos que ajudou a criar. Não sabe o seu nome nem que idade tem. O ano passado surgiu uma massa num dos peitos que foi extraída. Este ano a massa reapareceu e desta vez retiraram a mama. Todavia para a idosa... nada aconteceu. Vive num mundo tão paralelo que nem temos consciência.
Agora imaginemos que a senhora era dona de uma fortuna colossal. Não parecia tentador a aplicação da nova lei? No fundo a idosa é neste momento um ser vivo e não um ser vivente. Felizmente a minha sogra não tem fortuna e vive da pensão que não chega para pagar o lar onde se encontra.
Vamos ter uma lei que irá ser infelizmente aprovada e promulgada pelo PR mesmo contra a sua vontade e sem este usar do seu direito de objector de consciência!