Daqui a menos de uma hora entramos verdadeiramente na filosofia de Verão. Aproximam-se os santos populares e as festas nas aldeias que começo a perceber são cada vez menos, porque ninguém quer ter trabalho e despesa!
Os artistas são caros, o foguetório quase proíbido, os recintos sem condições. Tudo razões para nada se fazer nem organizar!
Vivemos assim tempos anormais com a juventude também a fugir para outros divertimentos deixando as aldeias desertas. E não fosse em algumas a carolice dos mais velhos daqui a tempos só haveria festas nas grandes vilas e cidades.
Nem mesmo o estímulo religioso sempre associado às festividades populares se tornou chamariz, bem pelo contrário já que há cada vez menos crentes.
Numa rede social uma junta de freguesia publicita um cartaz da última festa realizada na aldeia, assumindo a dificuldade em encontrar quem queira colaborar, talvez na tentativa de que alguém se chegue à frente. Mas pelo que percebi até agora ninguém apareceu!
Enfim Portugal definhou com o confinamento, mas parece que ainda não saiu dele... Temo mesmo que nunca mais descolará desse marasmo!
Com a distribuição gratuita do meu livro muitos que o recebem, perguntam-me: porque não o entregaste a uma editora maior, com direito a distribuição e a vendas?
Esta questão colocada assim desta maneira, tão simples e directa parece fazer sentido, mas pegando na génese de todo este processo diria que há perspectivas diferentes a ter em consideração.
Passo a explicar. Não entreguei estes textos para publicação numa editora maior porque tenho consciência da sua sofrível qualidade, tendo em conta muitas prosas que vou por aí lendo e que mereceriam muito mais serem publicados que as minhas. Depois há um pormenor que se prende, não com aquilo que já está escrito, mas principalmente com aquilo que ainda não escrevi.
Dito de outra maneira... ao entregar um livro numa reconhecida editora poderia ficar refém de um contrato que me inibiria de ser completamente livre. Tanto na frequência de escrita como nos temas a abordar.
A blogosfera, por outro lado, tem esse bom condão de não nos espartilhar em tamanhos e datas de postais. E muito menos em temas, já que cada um, no seu espaço, escreverá o que muito bem lhe apetecer. Esta vantagem, muitas vezes, não acontece com as editoras, pois logo após o primeiro sucesso, assumido este pelo eventual fantástico número de edições, querem um segundo, um terceiro... livro.
O que no meu caso seria um exagero humano, já que não caminho para novo.
Portanto e para finalizar... deixem-me fazer algo que me está a dar imenso prazer: DAR livros!
Com a distribuição gratuita do meu livro muitos que o recebem, perguntam-me: porque não o entregaste a uma editora maior, com direito a distribuição e a vendas?
Esta questão colocada assim desta maneira, tão simples e directa parece fazer sentido, mas pegando na génese de todo este processo diria que há perspectivas diferentes a ter em consideração.
Passo a explicar. Não entreguei estes textos para publicação numa editora maior porque tenho consciência da sua sofrível qualidade, tendo em conta muitas prosas que vou por aí lendo e que mereceriam muito mais serem publicados que os meus. Depois há um pormenor que se prende, não com aquilo que já está escrito, mas principalmente com aquilo que ainda não escrevi.
Dito de outra maneira... ao entregar um livro num reconhecida editora poderia ficar refém de um contrato que me inibiria de ser completamente livre. Tanto na frequência de escrita como nos temas a abordar.
A blogosfera, por outro lado, tem esse bom condão de não nos espartilhar em tamanhos e datas de postais. E muito menos em temas, já que cada um, no seu espaço, escreverá o que muito bem lhe apetecer. Esta vantagem muita vezes não acontece com as editoras, pois logo após o primeiro sucesso, assumido este pelo fantástico número de edições, querem um segundo, um terceiro... livro.
O que no meu caso seria um exagero humano, já que não caminho para novo.
Portanto e para finalizar... deixem-me então fazer algo que me está a dar imenso prazer: DAR livros!
Na passada segunda feira despachei via CTT 19 sobrescritos contendo cada um o meu livro. Do Minho ao Algarve, passando pelas Beiras e pela França e Luxemburgo disparei livros em todas as direcções. E ainda tenho mais alguns para enviar.
O curioso, ou provavelmente não, é que dos tais 19 ainda faltam chegar três, sendo que dois serão para a mesma zona do país (Ribatejo) e um para o Algarve onde até já chegou um livro.
Bom tudo isto para dizer que os serviços de Correios de Portugal, comummente conhecidos com CTT e que são uma empresa de cariz privado são... deploráveis. Já há tempos aqui referi que uma carta enviada do Bombarral para a Amadora demorou 17 dias a chegar... repito 17 dias.
Agora os livros extraviaram-se ou estarão somente atrasados?
Mas pagam-se (e bem) dos serviços mal prestados. Hoje por 20 envelopes almofadados e uma encomenda expresso com 2 quilos levaram-me perto de 85 euros...
Porém o verdadeiro problema é que não há concorrência neste tipo de mercado. E o pior é que os CTT querem ser mais um banco que uma empresa prestadora de serviços.
Andava eu numa das minhas tarefas quando encontro no chão do meu terraço um pardalito que tentava em vão esvoçar.
Com cuidado peguei nele e trouxe-o para casa para que repousasse.
Provalmente congelado de medo de mim ou quiçá simplesmente cansado quase nem se mexia. Coloquei-o em cima da mesa onde costumo comer, na minha cozinha de forma que se repousasse.
Como prezo a liberdade peguei nele mais tarde e coloquei-o numa pia de pedra, à vista dos pais.
Na verdade passados uns minutos vi diversos pardais a poisarem também na pia.
E notei com alguma alegria que o passarito levantou voo!
Uma das pessoas a quem enviei um livro sem ela mo ter pedido enviou-me há um par de horas o seguinte email que trancrevo quase na íntegra, com a sua óbvia autorização.
"Olá, José.
Sempre confiei no ditado popular, que diz, "quem não aparece esquece." Esquecer tem sido a minha maior dificuldade. Ser esquecida, uma pretensão. Como que para me proteger da dor de perder alguém. Diz-me uma amiga: "tu perdeste quem faleceu, nós estamos a perder-te e estás viva. Mas vamos dar-te um tempo."
E deram. Um tempo que aproveitei para me isolar completamente. Género a eremita urbana. A possibilidade de trabalhar online, fazer compras online, facilitou-me a vida. A sensação de que não me apetece ser feliz.
Não sei há quanto tempo o teu livro me aguarda na caixa do correio. Hoje tive de sair. Fizeste-me tão feliz. A sensação de "eu não mereço isto". Até chorei, mas foi um choro limpo, sem mágoa, reconfortante.
Eternamente grata. Com este gesto trouxeste-me à tona, resgataste-me de um poço a que me acomodara. As pessoas contam, eu contei para ti e não estava mesmo à espera.
Preciso de mais um tempo para arrumar gavetas, que aos poucos vão ocupando o seu espaço. Hoje mais uma se arrumou.
Jamais conseguirei retribuir este carinho. Mas nunca vou esquecer que alguém se lembrou de mim, ofereceu-me um livro, e fez-me imensamente feliz.
Vou gostar certamente. Não sei quantos livros eu tenho, este estará sempre em lugar de destaque e no meu coração.
...
Um beijinho... "
Este texto deixou-me de lágrimas nos olhos. Olimpicamente!
Tenho sido um privilegiado pois as pessoas a quem ofereci os meus livros só me mimam. Seja aqui nesta plataforma, seja nas redes sociais todos têm sido inexcedíveis. Ponto.
Só que... ao ler esta mensagem que recebi na minha caixa de mail, fiquei completamente... nu de palavras e com um nó na garganta. Porque não sei o que dizer a alguém que escreve:
"... Com este gesto trouxeste-me à tona, resgataste-me de um poço a que me acomodara..."
Talvez reconhecer simplesmente que valeu a pena publicar este livro. Não por mim nem pelo meu ego, mas simplesmente para poder resgatar esta pessoa de um fundo depressivo onde ninguém deveria estar.
Tenho de agradecer à pessoa por esta partilha e pela coragem em o divulgar. E se como diz, o meu livro jamais sairá do seu coração, creiam-me, caríssimos leitores, que estas palavras valeram muito mais que possam imaginar! Também elas nunca serão esquecidas.
Quiçá poderão ser a entrada de um futuro livro. Nunca se sabe!
Se na minha vida do dia a dia sou muito flexível (uma forma simpática de dizer desorganizado!), já na minha escrita sou muito mais metódico.
Para ambos os blogues dos quais sou responsável, há um pequeno fiv«cheiro que diariamente vou alimentando com a informação que vou recolhendo, seja através das estatísticas da plataforma da SAPO, seja através de dados meus.
Bom tudo isto para dizer que na semana em que lancei o meu livro, este meu outro blogue recebeu o seu comentário número... 2000!
Conforme se pode comprovar nesta pasta retirada da minha caixa de mail onde arquivo todas as mensagens que recebo.
Vejam lá o número... quase tantos exemplares como o da primeira edição do meu livro (mentira!!!).
A feliz contemplada foi a Mafalda do blogue Cotovia e Companhia. Assim esta fantástica sonetista irá receber como prémio um Obrigado e um Abraço. E uma viagem à Lua num vôo muito esp(a)cial da TAP.
Será mais ou menos consensual que um livro é sempre um bom amigo. Desde que o saibamos aceitar e acima de tudo o saibamos... ler! Não falo da parte da função de juntar as palavras, mas de um sentimento de pertença. Isto é... aquilo que se acaba de ler passa a ser também um bocadinho do leitor! Definitivamente não vejo a verdadeira leitura de outra forma.
Como costumo dizer... isto sou eu a pensar alto!
No entanto quando o ano passado abracei o projecto de publicar um livro, assumi que este seria para oferecer àqueles que, de uma forma ou de outra, sempre estiveram presentes na minha escrita.
A edição do meu primeiro livro é muito reduzida. Não era justificável uma edição volumosa até porque sou, a nível literário, um ilustre desconhecido. Conhecem-me apenas aqueles que por aqui andam... Mesmo assim são muitos mais do que eu alguma vez imaginei! E estou-lhes grato por isso.
Portanto os primeiros (nem calculo se existirão mais!) 150 exemplares são exclusivamente para... oferecer!
Talvez esteja a ser um tanto ingénuo nem quero saber, mas se soubessem a alegria que eu tenho no meu coração em poder oferecer este livro... ninguém me perguntaria quanto têm a pagar! No fundo este é um prémio aos meus fiéis leitores e comentadores. Nunca será demais falar disso, porque sem estes quase de certeza não estaria a esgalhar (há quem goste muito desta última palavra, calculem!!!) este texto.
Para terminar e pegando na tal ideia do início deste postal de que um livro é um verdadeiro amigo, o que tento fazer é unicamente partilhar... amizade!
Ainda estou para descobrir quem é que neste país anda a roubar aplicações às empresas. Não estou a brincar. Isto parece mais um problema sério de justiça que uma piada. Mas vamos ao que realmente está a acontecer.
Há por aí uns estabelecimentos que estão a ser amplamente atacados por alguém. Para piorar a situação essas lojas apostam na ideias que qualquer clientes é um potencial ladrão.
Reparem nestre breve exemplo: ontem fui a supermercado aqui perto comprara pão e iogurtes e mesmo antes de pagar a senhora da caixa perguntou-me:
- Tem a nossa aplicação?
Ora está bem de ver que não tinha, pois não tenho por hábito andar com as coisas dos outros. O curioso é que ela fez a pergunta a outros clientes e estes deram a mesma resposta que eu.
A minha mãe também costuma usar uma aplicação quando coloca aquele bonito lenço ao pescoço, mas desconfio que não deve aquela que essas empresas andam tão avidamente em busca.
Tina morreu hoje na sua casa na Suiça. Para enorme tristeza minha já que nunca a vi actuar!
A minha primeira recordação de Tina Turner remonta aos anos 70 quando a vi como Acid Queen na ópera rock Tommy. Uma memória que jamais esqueci e que alertou os meus sentidos para a sua música.
Durante anos comprei cd´s atrás de cd´s da malograda cantora. A "Miss Legs" deixou uma marca na música e no espectáculo. Ninguém ficava indiferente à cantora. A sua poderosa voz encheu muitos corações. Foi uma verdadeira rainha do Rock'n'Roll.
Custa-me escrever sobre ela porque ela era "Simply the Best"!