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Espaço de reflexões, opiniões e demais sensações!

Espaço de reflexões, opiniões e demais sensações!

Segundas opiniões!

Quando um médico nos diz numa consulta e perante um bateria de exames "vá ouvir outra opinião" parece-me sinónimo de: "a sua situação clínica não é nada boa".

Bom ainda não me aconteceu tal, mas estou sempre à espera desta indicação.

No entanto sinto que é estranho que um médico dê aqueçle conselho a um doente. Dá a sensação de que não está seguro do seu diagnóstico e prefere atirar para outros algumas responsabilidade de decisão de terapêutica ou, quiçá, cirúrgica.

Depois há aquelas doenças crónicas que permanecerão até ao resto da vida (a gota p.e. é uma delas), que não têm cura e que alguns médicos insistem em manter um certa medicação quando deveriam mostrar as causas da doença e recomendar a execução de diferentes terapias.

Falei propositadamente da gota porque desde há semana e meia que tenho sido acometido de alguns ataques daquela doença, que segundo contam até vitimoubdiversos reis sendo um deles de Portugal.

Todavia e ao invés de antigamente sei que a culpa da gota é de origem hereditária mas outrossim por culpa da boca... ou melhor da pinga. Já que um dos produtos proibidos será o vinho branco.

Pois... o  Natal passado até houve champanhe.

Portanto neste meu caso não necessito de segunda opinião médica. Nem a busco, porque sei que só eu serei médico de mim mesmo!

Entretanto as dores são mais que muitas e um dos pés está substancialmente inchado! Para além de um medicamento para combater a maleita e outro para minimizar as dores... o resto é aguentocaína!

Aniversário de escrita!

Hoje o meu blogue José da Xã está de parabéns.

Onze anos a escrever... coisas! Umas bonitas outras nem por isso, mas ainda assim sempre com o intuito de tentar ir mais além.

Faltará, porém, naquela escrita um rasgo, um momento único e brilhante que me faria realmente ser um verdadeiro escritor. Deste modo serei apenas um escriba pouco competente.

A gente lê-se por aí!

Cem anos de Eugénio de Andrade!

Conheço bem a Póvoa da Atalaia, aldeia do concelho do Fundão, distrito de Castelo Branco, berço do poeta Eugénio de Andrade há precisamente 100 anos. Ou será de José Fontinhas?

Ler Eugénio de Andrade é fugir ao comum dos escritos, é sentir que a poesia tem outra dimensão, mui diferente desta que hoje vamos aqui e ali desfiando.

Sempre que entristeço leio-o. A "Ele Génio" das palavras e dos sentimentos. E logo acordo para outra realidade.

Certa tarde ousei... a pegar na frase que está sublinhada, retirada deste belo poema escrito pelo poeta beirão,

Mar, mar e mar

Tu perguntas, e eu não sei,
eu também não sei o que é o mar.

É talvez uma lágrima caída dos meus olhos
ao reler uma carta, quando é de noite.
Os teus dentes, talvez os teus dentes,
miúdos, brancos dentes, sejam o mar,
um mar pequeno e frágil,
afável, diáfano,
no entanto sem música.

É evidente que minha mãe me chama
quando uma onda e outra onda e outra
desfaz o seu corpo contra o meu corpo.
Então o mar é carícia,
luz molhada onde desperta
meu coração recente.

Às vezes o mar é uma figura branca
cintilando entre os rochedos.
Não sei se fita a água
ou se procura
um beijo entre conchas transparentes.

Não, o mar não é nardo nem açucena.
É um adolescente morto
de lábios abertos aos lábios de espuma.
É sangue,
sangue onde a luz se esconde
para amar outra luz sobre as areias.

Um pedaço de lua insiste,
insiste e sobe lenta arrastando a noite.
Os cabelos de minha mãe desprendem-se,
espalham-se na água,
alisados por uma brisa
que nasce exactamente no meu coração.
O mar volta a ser pequeno e meu,
anémona perfeita, abrindo nos meus dedos.

Eu também não sei o que é o mar.
Aguardo a madrugada, impaciente,
os pés descalços na areia.

e escrever este pobre poema.

Prosa-poema para um fim de tarde

Daqui deste alto, tão alto que quase toco as estrelas,

Vejo ao fundo a linha de horizonte, ténue

Onde singelos pontos brancos tocam o céu.

 

Daqui deste alto, tão alto, que quase abraço a Lua,

Vejo alvas e serenas almofadas,

onde o sol, por fim, irá repousar.


Daqui deste alto, tão alto que quase me sinto voar

Vejo o condor, que em voos brandos e fatais,

Mira a sua presa perfeita e ingénua.


Daqui deste alto, tão alto que quase agarro o vento,

Vejo o verde da planície recortado por plúmbeos traços,

Alagar o vale de esperança primaveril.


Daqui deste alto, tão alto, há quem oiça o mar,

Pode ser que sim…

Mas eu também não sei o que é o mar!

Dia Mundial do Riso

Dizia a cultura popular há meio século: onde há muito riso há pouco siso!

Felizmente hoje o riso tem um dia a si dedicado e é visto mais como um acto de sanidade física e psicológica que falta de... tino!

O riso pode-nos chegar de diversas formas, Através dos filmes ou séries que vamos assistindo, por algum livro mais divertido, por um amigo ou colega de trabalho sempre pronto para dizer aquela piada ou desfiar um ror de anedotas, por um programa de humor... etc. etc. etc.

Quem me conhece sabe que sou genuinamente uma pessoa divertida, que adoro rir e que vejo no humor uma das formas mais fantásticas de vivermos a vida. Isto é, sem uma boa gargalhada o meu dia, não tem piada nenhuma!

Todavia nesta altura do meu campeonato da vida só a minha neta me faz realmente rir com gosto e eu faço-a rir com frequência. Primeiro porque ela tem uma gargalhada fácil e é profundamente feliz. É certo que tem apenas três anos, mas tendo base de comparação, não é fácil encontrar uma criança tão pronta a rir.

Sinto que já está imbuída do espírito de "rir será sempre o melhor remédio"!

Portanto caro leitor... ria! Verá que não paga mais impostos por isso e ficará bem mais feliz!

Um país (obviamente) perdido!

Daqui a ano e meio comemorar-se-á meio século de... democracia. Já a tanta distância a falar disso? Perguntar-me-ão.

Bom diria que com o que estamos a assistir diariamente a tal democracia nascida em 74 tem sido a capa legal para todo o tipo de negócios e negociatas envolvendo empresários, políticos, autarcas e demais cidadãos.

Sinceramente a culpa não é totalmente daqueles que ganham dinheiro, fama e acima de tudo poder, à custa das trocas de influências, mas em grande parte de um povo que continua apático, amorfo, insonsso no que a este tipo de gente diz respeito.

Tivéssemos todos nós a bravura de outros povos e provavelmente muitos que agora aparecem envolvidos, mais aqueles que nunca ficaremos a conhecer, jamais ganhariam o que ganharam.

Recordo a este propósito uma conversa que escutei entre dois empresários há mais de 40 anos. Estávamos em vésperas de eleições legislativas e um deles perguntou ao outro, em tom de brincadeira, em quem iria votar. O interpelado foi célere na resposta dizendo que iria votar no PS porque com este partido a corrupção era muito mais barata. Estávamos em 1980!

Pergunta: mudou alguma coisa desde lá?

Continuamos tão brandos como sempre e somos cada vez mais incapazes de dar a este país uma sociedade realmente justa e evoluída! Como nos foi (e ainda nos é!!!) prometida!

Volto às comemorações que daqui a pouco mais de um ano se realizarão. Elogiar-se-á nessa altura a conquista da democracia, da liberdade ou da justiça em Portugal. Discursos que só servirão para continuar a enganar o povo luso, sempre tão crente nas bonitas palavras.

Pois é... na realidade sabemos que isso da verdadeira democracia só existe nos países onde os políticos reconhecem nos eleitores, que democraticamente os elegeram, dignidade e razão. Dois chavões fantásticos, mas que em Portugal são apenas sinónimos de... fantasia linguística!

Para 2023!

Nunca fui pessoa para fazer resoluções só porque na folha de calendário muda um número. Mas percebo qual a filosofia apensa à ideia antiga de "Ano Novo, Vida Nova"!

Há dias, em conversa com uma pessoa, acabei por também pensar no que gostaria realmente de ver feito este ano.

Quase tudo relacionado com a escrita. Só podia... Até porque será a única coisa que eu consigo mais ou menos controlar.

Deste modo até ao final do ano gostaria de ver publicado o meu livro (não será aquele que mais desejaria!), escrever mais no outro espaço blogosférico (pode ser que com esta iniciativa do desafio o consiga!) e, quiçá, iniciar a preparação de um romance.

Este será, talvez, o meu maior sonho! Não me faltam ideias para o tema. Falta todavia o tempo para uma pesquisa aprofundada e necessária.

Depois poderá haver aquelas escapadelas que desejaria fazer como seria regressar à bela ilha das Flores ou uma viagem a um local, para mim desconhecido, neste rectângulo (ando a pensar em Almeida).

A ver o que conseguimos. Bastava uma delas (especialmente ligadas à escrita) e já me sentiria satisfeito!

Escrever? Dom ou dor?

Ontem ofereci a um amigo o último livro com os Contos de Natal dos quais fui um dos co-autores. Ficou genuinamente agradecido e após ter percebido que estava autografado com a respectiva dedicatória acabou por dizer algo como isto:

- Quem escreve tem um dom!

Tentei dissuadi-lo dessa ideia pois não considero que a minha escrita advenha de um dom, mas tão-somente de muito empenho e muita dor.

Ele negava com a cabeça enquanto folheava novamente o livro. Por fim pegou num texto que escrevi e leu em voz alta a primeira frase.

- Explique-me como após esta curta frase consegue desenvolver para escrever uma estória? Eu jamais conseguiria.

Sendo ele um óptimo canalizador com uma carteira de clientes fabulosa devolvi:

- Pois é! Da mesma maneira que se me desse todas as peças e ferramentas para fazer uma canalização de uma casa eu jamais conseguiria...

No fundo quem escreve é um artesão. Todos as pessoas conhecem a maioria das palavras, no entanto essa capacidade de as juntar de determinada forma, para com elas contar uma simples estória não é apanágio de todos, apenas de alguns. Acresce também dizer que há muitas formas e todas elas diferentes de juntar as palavras. A esta diferenciação chama-se estilo.

Actualmente com tanta gente a escrever bem, sejam em blogues seja em livros, o leque de estilos é cada vez maior.

Mas ainda bem... assim sempre se contenta mais gente que lê.

Noite de Revista

Já perdi o conto às vezes que fui ver os espectáculos de Filipe La Féria (alguns deles mais que uma vez). Todavia só iniciei a assistir aos seus bons espectáculos aquando do musical Amália, que vi repetidamente. Perdi estupidamente "Passa por mim no Rossio" ou "Maldita Cocaína" entre muuuuuuuuuuitos outros.

Assim sendo, e sem qualquer ordem cronológica, assisti:

Casa do Lago (com a inesquecível Eunice Muñoz e Pedro Lima):

Gaiola das Loucas:

Violino no Telhado,

My Fair Lady,

Revista à Portuguesa,

Jesus Cristo Superstar,

Música no Coração;

A Severa;

Fado, história de um povo;

e finalmente assisti ontem a:

Revista é sempre Revista.

Sendo a Revista um das mais populares formas de teatro português, a que se junta 100 anos do Parque Mayer, pareceu-me natural que o reconhecido encenador Filipe La Féria recriasse alguns dos momentos mais marcantes da Revista, num super espectáculo apresentado no costumado centro de teatro, alegria e diversão de Lisboa: o Teatro Politiema!

A sala aprentemente cheia (fiquei na primeira fila, sem muita percepção de como se encontrava o recinto) deu força e mais alegria a uma revisitação de tantos e memoriáveis sucessos que todos nós ao longo da nossa vida fomos ouvindo.

Certamente que muito do que ali se cantou e reviveu dirá muito pouco ou nada às gerações mais novas. No entanto a forma como La Féria encena o espectáculo faz com que todos os presentes, sem excepção, entrem fluentemente no espírito da... Revista.

Temi a ausência de referências como Ivone Silva ou Camilo, mas felizmente enganei-me. Gostei outrossim da bonita homenagem a Eunice Muñoz. Merecidíssima!

Em conclusão breve diria "Revista é sempre Revista" é um óptimo espectáculo que merece ser visto e apreciado por todos os portugueses!

À boa maneira de Filipe La Féria!

revista_.jpg

Nova velharia!

Ontem entregaram-me em casa esta arca, que eu tinha mandado forrar,

20230113_072612_resized.jpg 

cujo destino era ser devorada pelas chamas numa qualquer lareira.

A antiga dona era uma prima que ma ofereceu, provavelmente na espectativa de que se libertaria de lixo. Mas como aprecio estes objectos (por vezes demais) entreguei-a a um amigo de infância na aldeia que com paciência e muuuuuuuuuuito tempo a restaurou.

Finalmente trouxe-a para a cidade e pedi a um estofador para a forrar por dentro. Chegou ontem já perfeitamente arranjada.

20230113_072640_resized.jpg

Agora falta encontrar um local em casa para a colocar... 

Gosto tanto disto!

Bom fim de semana. A gente lê-se por aí!  

Biografias: (des)conhecer os outros!

Gosto de biografias. Então se forem auto-biografias melhor ainda, porque tem o cunho mais pessoal e isso tem enorme valor.

Neste momento ando a ler duas. Vou alternando dias ou horas. Oravse leio uma de manhã, leio a outra de tarde ou vice-versa.

Gosto de perceber o caminho que cada pessoa trilhou para chegar ao seu destino. Por vezes são caminhos ínvios, duros, mas no fim percebe-se o som da vitória. Noutros descubro formas de ser fantásticas e bem diferentes do que por vezes dão, publicammente, a perceber!

Resta então saber quando deverá alguém escrever a sua auto-biografia ou, no mínimo, autorizar que alguém a faça por si? Que obras deveremos ter eregido na nossa vida para que tal aconteça?

Jamais saberemos quando é o momento chave para tal demanda, mas creio que algures na nossa caminhada por este Mundo deverá haver um sinal.

Bastará que estejamos atentos!

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