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Espaço de reflexões, opiniões e demais sensações!

Espaço de reflexões, opiniões e demais sensações!

O primeiro livro...

... de 2023!

Não é ususal vir aqui escrever sobre os livros que vou lendo até porque costumo ler diversos quase ao mesmo tempo. Por outro lado também não sendo eu um crítico, tenho sobre os livros que leio apenas meras opiniões e que se baseiam no gostei ou não gostei.

Entretanto há autores que antes de os começarmos a ler deveremos municiar-nos de um dicionário. Um exemplo perfeito será Aquilino Ribeiro, mas há outros. Todavia neste caso muito específico o que devemos ter à mão será... um computador. Portátil de preferência, ou um desses periféricos de bolso chamados de "tablets". Também pode ser um telemóvel esperto, mas é preferível um dos anteriores.

Mas explico já o porquê desta opção. Na verdade o autor ao escrever o livro "O meu Fado entre os fadistas" faz tantas referências ao Youtube que o melhor será mesmo ter um equipamento com acesso rápido àquela plataforma de videos.

Bom é tempo de falar neste livro de perto de 300 páginas onde Daniel Gouveia, cantautor de fados, escritor, poeta e editor de livros, fala da sua relação de mais de meio século com o Fado.

Um livro que é mais uma conversa com o leitor. Um diálogo que se faz de forma escorreita, simples e sem subterfúgios. Meio autobiográfico, semi histórico, este livro faz-nos perceber como o Fado não é só um tipo de música, sendo, acima de tudo, uma forma muito especial de se estar na vida.

Aprendi muito com este livro. Muito mesmo. Assumo que irá ser nos próximos tempos o meu livro de cabeceira. De vez em quando abrirei uma qualquer página e lerei só para ter o prazer de estar mais perto deste género musical.

O autor, Daniel Gouveia, abriu-me uma espécie de caixa de Pandora no que ao fado diz respeito. Agora quando o escutar estarei claramente mais sensível ao que for escutando.

Um livro que considero imperdível, nomeadamente para quem gosta de Fado!

Como eu...

Fado.jpg

Regresso ao passado!

Há muitos anos andei com filhos, sobrinhos e até amigos destes no carro numa correria permanente para os levar à natação.

Entretanto alguns cresceram e passaram a optar por outras actividades, nomeadamente aulas de inglês! De maneira que naquele tempo os fins de tarde eram feitos a correr: deixava uns nas piscinas, levava outros ao inglês, regressava à natação para ir buscar os mais novos, levá-los a casa e voltar ao inglês para buscar os outros.

Portanto uma fantástica correria.

Passados que foram dezenas de anos eis-me novamente a caminhar para as piscinas, desta vez com mais calma e menos miúdos, unicamente a minha neta.

As piscinas são as mesmas, mas definitivamente já não conheço ninguém da antiga equipa que por ali mexia os cordelinhos. Gente boa e empenhada!

Um regresso ao passado com um gosto diferente... O da idade!

Para os amantes de gatos!

A primeira vez que falei aqui dele foi em Maio de 2021, neste postal. Desde esse dia até agora o Aparecido (baptismo dado por mim!!!) nunca mais deixou de aparecer (creio ter falado nele outra vez, maso não me lembro do postal).

Ainda mal cheguei à minna casa e eis que surge a miar à porta. Entra enrosca-se aos meus pés e por ali anda até que lhe dê algo para comer. Depois fica e vai saltitando de almofada em almofada das diversas cadeiras que tenho na sala. Finalmente, quando lhe apetece... parte, para regressar no dia seguinte.

Já vão quase dois anos nesta relação entre um felino estranho que definitivamente nos adoptou e nos educa e este par de velhotes que se sente bem com a sua companhia.

Ontem esteve frio, muito frio na Aroeira onde fui passar o fim de semana! Um frio cortante que gelava qualquer pessoa que andasse na rua. Vai daí ter acendido logo a lareira dando à casa uma temperatura mais acolhedora.

Logo cedo o Aparecido miou à porta. Abri-a e ele entrou sem pedir licença. Comeu ração, bebeu água e dormiu quanto quis. Passaram as horas e de vez em quando encontrava-o enroscado noutra cadeira a dormir.

Fez-se noite e ele sem dar sinal de querer ir embora.

A verdade é que o bichano não é meu e depois não tenho nada para a sua higiene e onde dormir, para além das cadeiras.

Por isso já tarde acabei por o acordar. Mas custou... como se pode comprovar no filme infra!

Desculpas de milhões!

Se fosse jovem gostaria muito de participar nas próximas Jornadas Mundiais da Juventude. Como católico fico-me pela alegria de ter em Portugal uma vez mais o Papa Francisco após o que foi a sua presença em Fátima aquando das comemorações do Centenário das Aparições.

Tudo o resto são "fait-divers" de gente que critica um palco de cinco milhões (será?), no entanto sempre que pode foge às suas obrigações, provavelmente até a votar!

Num país em que os sucessivos governos foram e continuam a ser useiros e vezeiros em "gastar vamos" sem se preocuparem em saber como pagar (lá dizia o outro "que as dívidas não se pagam"), estranho que se preocupem com uns milhões quando se gastaram aquele valor para o palco vezes não sei quantas vezes para se construirem autoestradas sem utilização, estádios de futebol que não são usados ou alimentar uma companhia de aviação que tarde em dar retorno. E já nem falo dos milhões entregues ao BPN e ao Novo Banco...

Quanto deste dinheiro já princepescamente gasto poderia minimizar pobreza? Muito digo eu!

Todavia o maior problema luso está realmente numa cobertura e palco!

Crónica de um fim de tarde

Percorro as ruas neste fim de tarde. Estão desertas, únicas! O frio abraça-me e aperta-me contra a roupa.

Recolho as mãos em lugar quente.

Diz o povo que "Deus dá a roupa conforme o frio". Triste aquele que hoje não tiver roupa, pois morrerá de frio, certamente!

Um cão ladrou ao ver-me passar. Um outro respondeu acolá e mais um, lá longe, fez coro. Sopra uma brisa cortante.

No horizonte que consigo perceber o sol é somente uma luz laranja que se vai desvanecendo conforme a noite vai se aproximando.

Respiro o ar frio e olho em meu redor!

As casas parecem fantasmas imóveis. Uma ou outra moradia tem luz e da chaminé sai um fumo cinza que o fim de tarde mal deixa perceber. Mas paira no ar o aroma da lenha a arder na lareira. Tal como na minha casa a lareira deverá estar acesa ! Imagino-a crepitante, forte e quente.

Apresso o passo ao ritmo do desejo do calor. Um carro passa por mim devagar.

Saio do passeio para a estrada. Há escavações de uma obra. Regresso ao passeio repleto de malvas crescidas.

Chego finalmente a casa. Meto a chave à porta, rodo-a e entro… desejoso!

A lareira está apagada. A lenha estava verde!

A morte dele... em mim!

Falar do meu desaparecimento deste mundo é algo que não me atormenta!

Sei que a ceifeira é uma das duas certezas da minha vida (a outra será sempre o meu imutável passado) e portanto olho para aquela de forma (quase) natural!

No entanto quando sou confrontado com a morte dos outros, nomeadamente quando ainda deveriam estar vivos por serem novos, fico sempre circunspecto e triste.

Hoje soube da partida de um antigo colega. Teria mais ou menos a minha idade e reformara-se um pouco antes de mim. Trabalhámos muitas vezes em colaboração e isso fez com que nos tornássemos, para além de colegas, bons amigos!

Desconhecia que estava doente e daí nunca ter perguntado a ninguém pela sua saúde. Quando hoje soube da sua morte tive realmente um choque.

Mas será sempre alguém que não esquecerei, muito à maneira de Jorge Luís Borges, já que há muitos anos comprei um daqueles telefones antigos de disco, mas faltava uma peça. Tendo em conta que era com ele que falava dos telefones no trabalho, perguntei-lhe se teria no seu lixo que guardava algo que servisse naquele equipamento. Disse que iria ver e levou parte do disco com os números mas nunca devolveu. Por isso quando de futuro olhar para o dito equipamento incompleto lembrar-me-ei sempre dele!

E sorrirei porque sei que ele, lá onde estiver, também deverá estar a sorrir!

Descança em Paz, companheiro!

Uma mulher desconhecida... e não devia!

Hoje a Google faz referência a Adelaide Cabete que nasceu neste dia 25 de Janeiro, no Alentejo.

Portuguesa, médica e militante feroz na defesa dos direitos das mulheres, reconheço o meu total  desconhecimento desta figura que parece ter tido forte influência na luta pelos direitos femininos em Portugal.

Bem vistas as coisas esta médica foi uma espécie de Isabel do Carmo do início do século XX. Será portanto mais uma figura feminina a juntar a tantas outras que fazem parte da história de Portugal. Como foram Maria da Fonte, a Padeira de Aljubarrota, a Rainha Maria Pia, referidos como meros exemplos.

Não imagino o que terá sido a luta desta médica numa época em que os homens olhavam para as mulheres como simples objectos.

Eis um exemplo de uma heroína de carne e osso, claramente desconhecida da maioria do povo luso, e que mereceria, no mínimo, fortes referências nos compêndios escolares.

S.O.S. casa: um ror de valências!

Nunca fui bom aluno.

Nunca apreciei a escola e muito menos gostei estudar.

Por isso repeti diversos anos e acabei por tirar o secundário muito depois da "data-limite". Mas enfim ganhei outras valências...

Uma das disciplinas que eu tinha como sendo a pior era Desenho e antes, no preparatório, os Trabalhos Manuais. Aquilo era um suplício atroz. Então em Desenho... ui... era um desatino. Pediam-nos para desenhar a jarra em exposição, mas no meu desenho parecia tudo menos a dita jarra. Um horror!

Só que a vida tem formas de nos colocar no trilho certo. Quando casei o meu falecido sogro (um excelente homem, diria com agá grande) tinha muita ferramenta e sempre que era necessário fazer um remendo em casa ei-lo pronto a resolver o problema.

Como morávamos no mesmo prédio de vez em quando chamava-me para om ajudar.

Deste modo fui ganhando conhecimentos não sé em resolver algumas coisas mas também em valências com algumas ferramentas manuais.

Passados todos estes anos (perto de 40) sou eu que tenho os conhecimentos. Todavia desde muito cedo comecei a envolver os meus filhos e hoje os meus infantes são perfeitamente autónomos, mesmo que de vez em quando peçam uma ideia. Mas faz parte do diálogo familiar!

Face a tudo isto hoje sou capaz de fazer quase tudo (exceptuando quiçá canalização!). Um destes dias ajudei alguém a retirar todas as tomadas e interruptores pois a casa ia para pinturas. Mais tarde aquando do pagamento ao pintor este referiu que seriam menos 600 euros por não ter tido a necessidade de andar de volta da luz.

Nas casas há sempre pequenas coisas que requerem arranjo: uma gaveta descolada, uma fechadura avariada, um candeeiro que deixou de acender, uma lâmpada fundida.

Pois é... quem diria que aquele menino que só tinha negativas a desenho e trabalhos manuais um dia conseguiria remendar tanta coisa?

A vida é mesmo uma caixinha de surpresas!

Receio um futuro... à brasileira!!

Quando em 2015 foi criada a "Geringonça", logo naquela altura temi o futuro. De uma forma nua e crua o PS empurrado pelo BE e pelo PCP abriram um precedente ao criarem uma união governativa à esquerda sem contudo qualquer um dos partidos ter ganho as eleições.

Segundo uma sondagem do passado fim de semana, a haver agora uma "Geringonça" esta seria à direita. Isto é, o PS ao criar a ideia de um governo apoiado pelos partidos de esquerda abriu a porta para que num futuro possa acontecer o mesmo no extremo contrário da cor política.

Será bom que os apoiantes da tal coligação acordem, quanto antes, para esta nova realidade. Mais... seria interessante a esquerda assumir por inteiro as culpas daquilo que pode ser o futuro de Portugal!

Bem vistas as coisas a esquerda está no Governo desde 2015 e se tudo tivesse corrido como deveria ser o povo voltaria a querer a mesma esquerda.

Porém e ainda segundo a tal sondagem há uma diferença substancial entre os dois extremos da política. E que pode ser aumentada tendo em conta os recentes e estranhos casos no PS.

Posto isto começo a recear que Portugal poderá vir a sofrer do mesmo problema que o Brasil sofreu recentemente.

Convém aprender com os erros dos outros!

Um Rui Rocha para Portugal?

Rui Rocha foi hoje eleito líder da Iniciativa Liberal. Muito na linha de João Cotrim de Figueiredo, o deputado de Braga poderá ser a pedrada no charco que é o marasmo político em Portugal.

Ele próprio assumiu a luta contra o bipartidarismo (PS/PSD) numa tentativa de ganhar espaço e força entre os descontentes que politicamente se situam ao centro (e são muuuuuuuitos).

Durante a sua campanha escutei dele numa entrevista televisiva que não se colará ao Chega. O que denota alguma sabedoria e acima de tudo algum cuidado com aquele partido extremista.

Com uma linguagem diferente, aguerrido sem ser arrogante, Rui Rocha poderá vir a tornar-se um sério caso de sucesso. Escutei o seu discurso de vitória e logo ali colocou o dedo em algumas feridas que continuam, em Portugal, a purgar.

Depois aquela ideia dos 15 por cento em próximas eleições, pode vir a ser uma meta perfeitamente alcançável para a IL, já que o PSD continua a dar tiros no próprio pé. E do PS nem vale a pena falar.

Vou ficar mais atento a este novo líder. Cheira-me que a actual classe política vai sentir novos ventos vindos de Braga.

O tempo o dirá.

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