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Espaço de reflexões, opiniões e demais sensações!

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Azeitona 2022 - 2ª temporada - #3

Hoje foi dia de... lagar.

A minha experiência diz que no dia de levar a azeitona ao lagar será sempre um dia duro, devido especialmente à enoooooooooooooooooooorme espera.

Portanto hoje as coisas demoraram apenas ... sete horas, desde que cheguei até que saí de tal local. Um sítio que conheço bem assim como as pessoas que lá trabalham, de tal forma que sou sempre bem recebido.

Falemos então de... resultados. Sinceramente pensei que os 38 sacos me brindassem como mais peso, já que 800 quilos pareceu-me exageradamente pouco.

Eram 19 e 45 quando a azeitona deu entrada no pio,

20221031_194459_resized.jpg 

Aguardei com toda a serenidade a vez da azeitona de entrar no labirinto de tapetes rolantes. Perto de hora e meia depois eis que o tão ansiado líquido começa a surgir de uma bica metálica,

20221031_211031_resized.jpg 

No final da noitada e contas feitas com o lagareiro trouxe 87 litros de azeite para casa. Calculo que deverá chegar para temperar as nossas couves natalícias.

Nota final:

Uma campanha rápida e sem o ensejo de outros anos tal foi a consciência da miséria franciscana da azeitona.

Agora é arrumar a trouxa e esperar que o próximo ano seja muito mais produtivo.

Resposta nº 44

... a este desafio da Ana

Tema: 5 coisas que me fazem sorrir/rir genuinamente

Até há uns tempos teria alguma dificuldade em responder a este tema. Porém desde 2020 algo aconteceu na minha vida que acabou por vir a facilitar a resposta.

Deste modo apresento as minhas opçõees para as cinco coisas que me fazem sorrir ou rir genuinamente:

1 - a minha neta;

2 - a minha neta;

3 - a minha neta;

4 - a minha neta;

5 - a minha neta.

Eis uma mão cheia de boas razões, não acham?

Serenidade!

A Ribeira do Ocreza nasce das entranhas da Serra da Gardunha e desagua no Tejo já como rio afluente e não como ribeira. Algures pelo caminho sobe de nível...

Cruzo-me muitas vezes com ele na aldeia beirã mais atrás ou mais à frente na sua descida, dou por mim demasiadas vezes a parar e a mirar aquele correria que me dá uma serenidade.

Depois das últimas chuvas a ainda por aqui ribeira, esta tem já um caudal assinalável. Dá vontade de perguntar: onde vais tu com tanta pressa?

Azeitona 2022 - 2ª temporada - #2

Nos vários sítios da internet por onde andei ontem vi e li as previsões metereológicas para hoje: alguma chuva!

Entretanto durante a madrugada mudara a hora o que fez com que acordássemos mais cedo...

A manhã ergueu-se cinzenta, mas seca não obstante ter chovido durante a noite.

Quando chegámos ao olival as árvores e os terrenos estavam ainda encharcados. Portanto estar sob um oliveira ou mudar simplesmente um pano de árvore era sinal de molha pela certa.

Principiou-se a colher a um bom ritmo de tal forma que a meio da manhã já havia sacos espalhados cheio de azeitona,

20221030_103307_resized.jpg 

Entretanto as máquinas nas mãos dos operadores quase nem paravam. Não é que houvesse muita azeitona, mas temia-se que a chuva acabasse por nos... apanhar.

Definitivamente tivemos sorte pois a meio da tarde o céu abriu deixando que o Sol inundasse o olival. Os panos continuavam a ser estendidos aguardando a azeitona negra...

20221030_103317_resized.jpg 

Quase que corríamos. Mudar panos, colher, escolher azeitona, ensacá-la... Tudo em passo de corrida porque a chuva parece que irá regressar brevemente!

Era já noite quando finalmente encerrámos a faina. Trinta e cinco sacos que poderão dar cerca de 1000 quilos. Se percebernos que o ano passado colhemos 4130 quilos notamos a verdadeira diferença!

Mas como diria o meu avô: a oliveira dá a azeitona mas é o lagareiro que dá o azeite!

Amanhã seguirá toda para o lagar onde aguardarei com espectativa o produto final!

Azeitona 2022 - 2ª temporada - #1

Depois da primeira temporada no Ribatejo, estou agora na aldeia beirã onde crescem umas oliveiritas da família.

Previa-se que a safra deste ano fosse fraca e assim tem acontecido. As mesmas árvores que o ano passado se desfaiam em azeitona este ano tendem a pouco ou nada oferecerem. Verdade seja dita que o ano agrícola foi mauzinho... Muito maus mesmo.

O dia começou já tarde, mas a hora ainda não mudou e assim só pelas oitos horas da manhã chegou-se ao olival.

Ao fim de alguns minutos percebeu-se a pobreza franciscana deste ano

20221029_094116_resized.jpg 

Árvores atrás de árvores e a azeitona mal surgia. Ao fim da manhã conseguiu-se esta mantada,

20221029_120425_resized.jpg 

que terá dado depois de escolhida... dois sacos. Ao invés do ano passado que era assim.

Aproximava-se a hora do almoço e restava apenas uma oliveira para apanhar... Só que a mãe Natureza achou por bem pregar-nos a partida e abriu as portas à chuva...

 

Uma chuva forte bem acompanhada de trovões e relâmpagos que nos obrigou a adiar o final da faina para depois do almoço.

Entretanto ao fim do dia já havia mudado de fazenda e aprontado tudo para o dia de amanhã.

20221029_182347_resized.jpg A safra de hoje deu unicamente 8 sacos.

Novamente na Beira Baixa!

Cheguei hoje novamente à aldeia da Beira Baixa. Não nasci aqui (a minha verdadeira aldeia natal é Lisboa), mas adoptei esta aldeia ou será que foi a aldeia que me adoptou? Também não sei, nem me preocupa...

Mas gosto deste povo que por aqui vive, neste sopé da serra da Gardunha, em tempos repleta de pinhais frondosos e que os diversos incêndios foram dizimando.

Gosto de passear por entre casas de pedra granítica, cinzenta e fria. Algumas já devolutas, outras bem restauradas, mas a maioria habitada por gente já muito idosa, o que equivale pensar que daqui a uns tempos mais casas ficarão sem os seus donos.

Por esta altura o tempo está estranhamente brando com temperaturas bem primaveris. Quando cheguei ainda era de dia, todavia o céu apresentava-se com um capelo plúmbeo mas (ainda) sem chuva.

Começo amanhã a segunda temporada da azeitona de 2022. Após esta tristeza lá mais em baixo, veremos o que terei a dizer da safra deste ano... daqui. Tendo desde já consciência que será muuuuuuuuuuuuuito menos que o ano passado, acima de tudo porque podaram-se mais de duzentas oliveiras.

Por fim o tempo não ajudou já que choveu muito pouco. Porém há que aceitar!

Assim amanhã de manhã lá vou eu... uma vez mais aventar com a azeitona da oliveira abaixo!

Uma questão de... opção!

Moro numa zona residencial às portas da capital, repleta de moradias.

A minha rua tem apenas um sentido e daí ambos os lados da rua estarem, ao fim do dia, repletos de carros estacionados.

Um destes dias percebi que um dos meus vizinhos barafustava com veemência por encontrar o seu carro com um enorme vinco na chapa, começando este bem na frente e acabando já depois da portinhola do combustível.

Na verdade tem todo o aspectro de ser um acto selvagem que não lucra a ninguém (quiçá os pintores de automóveis!!!). Depois fiquei a pensar que o meu dito vizinho colocou-se a jeito para que tal acontecesse, já que a moradia tem uma garagem e um espaço à frente onde poderia, se quisesse, estacionar os dois carros que tem, sem arriscar a qualquer malvadez.

Vim a saber, à posteriori, que outros proprietários queixaram-se do mesmo problema. Na verdade a maioria dos moradores da minha rua não estacionam os seus carros nas garagens, preferindo ocupar com os seus veículos o espaço na estrada, quando não é no próprio passeio, obrigando desta forma os peões a sairem para a estrada.

Por meu lado guardo sempre o carro na minha garagem assim como faz o meu filho que mora na mesma rua, mas nuns números abaixo.

O prolema é que estacionar os carros numa garagem dá trabalho, muito trabalho. Essencialmente se esta estiver repleta de artefactos de divertimento, sejam mesas de snooker, matraquilhos ou simples mesas para refeições.

Opções! Mas depois não se queixem!

Português... intratável!

A nossa juventude está cada vez mais longe da língua nativa. Lêem muito pouco não obstante até poderem ter acesso a bibliotecas, mas um livro parece ser algo antiquado e... fora de moda.

Depois associaram muitas palavras estranhas e quase imperceptíveis para o comum cidadão luso, transformando a sua linguagem num jargão só por eles entendível! Quase à moda do Minderico... (as razões é que são diferentes!)

Se juntarmos todas as obscenidades correntes, podemos ter daqui a uns anos uma geração quase aberrante em termos linguísticos.

Esta minha consciência é bem visível por exemplo quando estou na praia, já que aquelas turmas de jovens que assentam arraiais no areal não conseguem dizer uma frase onde não coloquem um ou mais palavrões para além dos seus termos próprios.

Não me cabe procurar responsáveis para este novel léxico, mas custa-me entender como se chegou a este nível tão reles de português...

Finalmente  questiono se falarão assim também em casa, na escola ou no trabalho?

Provavelmente sim!

Oito meses de guerra!

Há oito meses iniciava-se um confronto bélido entre a Rússia, comandada por ex-agente da KGB, e a Ucrânia , liderada por um ex-humorista. Uma guerra para a qual não se vê fim à vista.

Todos as guerras são estúpidas, já cantava Boy George e os seus Culture Club nos anos 80, e esta no coração da Europa parece ser ainda mais imbecil que todas as outras.

Se Putin pensava que iria invadir a Ucrânia sem custos, então deveria ter pensado melhor. É que para além de estar agora (quase) só no Mundo, a Rússia perdeu muito do seu poder económico com a questão do gás e do petróleo, pois deixou de ter clientes para os seus produtos energéticos.

Os ditadores ou tiranos são geralmente pouco inteligentes. Valem-se de algum verbo mas essencialmente da força contra os outros, não contando que do lado de lá poderá haver quem de maneira inteligente consiga refrear os ímpetos violentos.

Entretanto as sansões que os oligarcas russos têm sofrido, especialmente nas suas contas bancárias, as constantes baixas nas tropas e a dificuldade em ter o povo a seu lado, estão a encostar Putin contra a parede.

Obviamente que o Presidente russo jamais teria coragem, quanto mais humildade, para perceber e assumir que esta guerra estava perdida ainda antes de ter início. Mas já teve tempo e oportunidade de refrear os seus ímpetos bélicos.

O futuro pode ser negro, muito negro e seria bom que alguns donos deste Mundo (leia-se grupo Bilderberg) percebessem quanto antes que esta guerra jamais terá um vencedor!

Só derrotados!

Resposta nº 43

... a este desafio da Ana

Tema: algo que está a dar cabo de ti no momento

Dificilmente algo dará cabo de mim. Quiçá a morte... mas a essa nem passo cartão algum!

Quem como eu já passou o seu bocadinho na vida dificilmente sente que algo o esteja a deitar abaixo. Tenho uns dias estranhos, as minhas dúvidas, os meus receios, mas ao mesmo tempo percebo que não posso deixar abraçar pelo desânimo. Há que lutar e tentar remar contra as vagas alterosas que o mar da vida me apresenta pela proa.

Cada dia é um dia diferente, não obstante ter o mesmo número de horas, a verdade é que há uns mais duros outros mais brandos.

Portanto neste momento nada dá cabo de mim. A não ser o cabo da enxada!

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