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Espaço de reflexões, opiniões e demais sensações!

Espaço de reflexões, opiniões e demais sensações!

Ai ai, tanta azeitona! - 2

Há muitos anos houve um vizinho aqui na aldeia que dizia que quando esta família chegava para a azeitona chovia sempre.

Ora uma tradição, seja ela qual for, deve ser para manter...

Posto esta brincadeira de entrada a chuva hoje não nos deu tréguas. De tal forma que a determinada altura tivemos mesmo que parar pois não se conseguia trabalhar tal era a pancada de água que caía.

Regressou-se a casa um tanto mais cedo que o previsto acabando por almoçar.

Porém a tarde foi pouco melhor, mas como somos teimosos acabámos de apanhar a azeitona desta fazenda. Esta foi a última oliveira.

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que depois de colhida deu esta mantada...

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Aparentemente parece pouco mas dará, à vontade, mais de três sacos de azeitona. Entretanto o barracão ao fim do dia ficou com este aspecto...

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Amanhã continuamos esta demanda noutra fazenda que tem mais oliveiras a maioria muito, mas muito carregadas.

Nota à margem muita gente pergunta-me o porquê desta estácie de corrida contra dois tempos: o metereológico e o outro... aquele que nos faz ficar velhos? Na verdade também gostaria de não correr. Todavia para isso necessitaria de muitos dias, quiçá semanas para levar este barco a bom porto.

Apanhar azeitona não custa... o que custa é tudo o resto ao seu redor...

E não é tão pouco quanto isso!

Ai ai, tanta azeitona! - 1

Pronto já estou na Cova da Beira para a segunda temporada da apanha da azeitona deste ano. Após muitas dúviodas e avanços e recuos sobre o dia de vinda (ontem ou hoje) decidi vir somente hoje de manhã.

Cheguei por volta da uma da tarde com intenção de almoçar e depois preparar tudo para amanhã. Só que quando aqui cheguei tinha um homem à minha espera e desejoso de trabalhar.

Nem se almoçou e às 14 e 10 demos início ao segunto turno. Ao fim de uma hora de trabalho as mantas surgiam assim,

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A verdade é que debaixo de cada oliveira depois de colhida há um mar de azeitona. Os panos cheios espalham-se pela fazenda,

Azeitona.jpg

assim como os panais sob as oliveiras carregadas.

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Até às cinco horas apanhou-se mais de trezentos quilos que foram devidamente guardados no barracão fugindo assim à chuva e intempérie.

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A verdade é que num ápice estas dezassete oliveiras que não se conseguem vislumbrar (apenas se vêem sete) foram todas colhidas. Amanhã se não chover irá o resto desta fazenda. Para depois passarmos para outra.

Agora é tempo de repouso que o corpo já exige!

Na cabeceira da mesa...

Nos almoços ou jantares de famílias numerosas há sempre dois lugares mais ou menos reservados para os patriarcas da família: as cabeceiras da mesa. Cá em casa não é excepção.

Só houve um problema quando morreu o meu sogro, pois ficou-se sem saber quem deveria ocupar aquele lugar. Por fim decidiu-se pelo elemento mais novo à época. Situação que ainda hoje se mantêm exceptuando quando as pessoas são ainda mais e aquela cabeceira, antigamente para um, tem de ser partilhada.

Diz o povo que "há males que vêm por bem". Não acredito nisso, mas reconheço que uma sucessão de factos anómalos pode originar uma solução eternamente adiada.

Foi o que aconteceu recentemente com o acidente que colocou a minha mulher no estaleiro, sem mobilidade nem capacidade para fazer alguma coisa. Deste modo uma das suas responsabilidades, que foi tomar conta da mãe senil, foi transferida para a outra filha. O resultado desta situação foi a normal decisão das ambas as filhas em internar a idosa num lar.

Sinceramente tenho que concordar que não haveria outra solução.

Agora repetir-se-á a dúvida sobre quem deverá ocupar aquele lugar à mesa? Uma das filhas, um dos netos ou um dos bisnetos?

Obviamente que ninguém é insubstituível, mas reconheço que durante umas refeições vai ser estranho ver outra pessoa na cabeceira da mesa que não a matriarca da família!

Mas é a vida. Triste, amargurada, mas sem nunca parar!

Bons políticos precisam-se!

Com o chumbo do OE para 2022 subiu à tona, mais uma vez, o pior dos nossos políticos. Também não sou grande apreciador do voto (in)útil, pois este não serve a ninguém. Em tempos António Guterres actual Secretário-Geral das Nações Unidas conseguiu aprovar o seu orçamento pela diferença mínima de um voto de um tal deputado do CDS de Ponte de Lima. No fundo fez o trabalho de casa!

Mas nem isso António Costa conseguiu desta vez. Nem um acordo parlamentar. Após a prosápia usada aquando da criação da geringonça, ora AC não teve arte nem engenho para chegar mais longe ou mais perto no seu orçamento. Como disse alguém: O PM está cansado e desejoso de deixar S. Bento.

Com o que se passou recentemente cada vez estou mais crente desta ideia. Ou então Costa espera que o PS, naquele seu ar de vítima, consiga uma maioria absoluta, o que sinceramente não seria o melhor para o País.

É que se olharmos bem, a esquerda que tanto ajudou ao acordo de 2015 foi a mesma que agora retirou o tapete ao PS. Por egoísmo, malvadez ou somente inexperiência política?

Deste modo os lideres partidários continuam a ser meros aprendizes de feiticeiros ou políticos de vão de escada sem capacidade e vontade de levar este país para a frente. A esquerda lusa mantem-se apostada no seu discurso sempre pobre e pouco alternativo, enquanto a direita continua em permanentes suicídios políticos de dirigentes.

Sobra assim as franjas de um e outro lado do hemiciclo que podem aproveitar as próximas eleições para almejarem melhores resultados, nomeadamente à direita.

Mas se tal acontecer será bom que os dirigentes dos diversos partidos assumam publicamente o erro que agora cometeram, porque seria preferível ter um mau orçamento que não ter orçamento algum!

Depois não se admirem!

Os meus dias... infantis!

Durante muitos anos não houve crianças cá em casa. Mas havia juventude que em termos de (não) arrumações nem sei quem é pior!

A verdade é que desde que tenho a neta em casa, surgiu um fenómeno invulgar que consiste em aparecerem brinquedos em todos os lados, até naqueles inimagináveis.

Ao fim do dia cabe-me arrumar toda a tralha infantil que encontro... sabendo logo que no dia seguinte aquela voltará a espalhar-se pelo chão da casa.

Hoje, ao invés de há trinta e muitos anos, não estou preocupado nas desarrumações infantis, mas tão somente na alegria desta criança que diariamente me é entregue.

Repetidamente o chão atapeta-se de brinquedos, livros e demais artefactos pediatricos, para minha alegria e felicidade infantil.

Fico sempre a pensar como muitos pais com crianças deficientes adorariam ter a casa deles desarrumada.

O preço do meu trabalho!

Aproxima-se a segunda "temporada" da azeitona deste ano. Enquanto no Ribatejo o meu pai e mãe vão arrebanhando o que falta das poucas oliveiras que deixei após mais de três toneladas colhidas, na Beira Baixa a azeitona vai-se enlutando aguardando que eu chegue e as faça entrar no caminho devido.

Porém este vai ser um ano atípico, não só pela quantidade de frutos que as oliveiras carregam, mas acima de tudo pelos dias de imenso trabalho que irei ter. Ainda por cima sem uma das mãos mais activas que conheço: a minha mulher!

Entretantp já contactei algumas pessoas para me ajudarem, mas a ameaça de chuva que paira sobre o país para o próximo fim de semana não irá ajudar a ter gente. Portanto aguardemos com serenidade o futuro.

Finalmente um destes dias alguém me perguntou se vendesse azeite qual seria o preço. Nem respondi porque a maioria das pessoas não conseguem ter consciência do que custa este trabalho!

Lei de Murphy ou ano incomum?

Ainda não se chegou ao fim de 2021 e já estou cansado deste ano! Deveras cansado!

Obras em três casas, pinturas em quatro, um virusito Covid19 que se alastrou a (quase) todos cá de casa.

Um ano olícola de excepção a obrigar a trabalhos (quase) forçados.

E para somar a tudo isto a matriarca partiu acidentalmente um calcanhar, o que no caso da azeitona beirã nos deixa em muitos maus lençóis, já que teremos de enfrentar uma série de intempéries. Há quem lhe chame de chuva!

Ora se essa tal de lei de Murphy existir mesmo e não for só "filosofia de caminhão" (como diz o brasileiro), então aquela aplica-se perfeitamente aos meus dias.

O azar tal como a sorte não existem. Há apenas probablidades...

A política num baralho de cartas

Reformado e por isso afastado dos que sabiam mais de orçamento do Estado que aqueles que o fazem actualmente, fico com a ideia de que os nossos políticos, sejam eles de qualquer partido não estão seriamente preocupados como o próximo OE irá influenciar a vida dos lusos residentes deste rectângulo, à beira-mar plantado. Preocupam-se unicamente com uns preceitos estapafúrdios assentes em ideias ou ideais bolorentos.

Todos querem mais dinheiro e maior investimento na saúde, educação, cultura, agricultura, obras públicas, etc, etc, etc...

Ora se vivessemos num país rico facilmente o dinheiro seria distribuído pelos diferentes sectores. Porém continuamos pobres, muito pobres, mas com a ideia assaz errada de que somos ricos e deste modo os diversos partidos continuam a requerer dinheiro... que não há!

A estratégia, já gasta, da chantagem só irá prejudicar os partidos da oposiçáo, sejam eles quais forem. Uma eventual dissolução da AR faria com que o PS se tornasse (outra vez) uma vítima dos seus inúmeros inimigos políticos.

Ora é conhecido a forma bacoca como os portugueses adoram carpir mágoas sobre os "coitadinhos" ou sobre as "vítimas" das desgraças.

Uma queda do actual governo obrigaria a eleições antecipadas fazendo com que o Partido Socialista chorasse da sua desdita sorte e, quiçá, com isso conseguisse a tão desejada maioria absoluta, deixando toda a oposição à beira de um ataque de nervos!

Na política, ao invés dos jogos de cartas, os trunfos são de todos visíveis. Por isso o que conta mesmo é saber carteá-los no momento certo.

Um problema de... estratégia?

Por causa deste postal ocorreu-me escrever sobre relações humanas e de como poderemos ser facilmente enganados.

Na maioria das vezes aceito que gostemos de viver naquele limbo que é a incerteza daquilo que será o outro. Diria mesmo que esta incerteza é mais comum no homem que na mulher.

Sempre aprendi e a vida veio a confirmar é a mulher que escolhe o parceiro e não o inverso. Mas o verdadeiro problema do sexo masculino é que este olha para uma mulher, acha-a bonita, engraçada e depois é que vai em busca dos outros condimentos. A mulher, diria que é mais assertiva e sabe melhor o que quer!

O homem não pensa só deseja!

A mulher não deseja só quer!

Finalmente escutei um dia o seguinte sobre o casamento: Uma mulher casa com um homem à espera que ele mude e ele nunca muda, enquanto o homem casa com uma mulher à espera que ela nunca mude e ela muda!

Hoje foi um dia bom!

Mesmo com uma criança de 90 anos completamente senil e uma mulher de pé engessado após ter partido o calcanhar e que só anda de canadianas, ainda assim foi um dia muito bom.

A minha sobrinha-neta foi baptizada, o que para um católico como eu é sempre um momento de imensa alegria.

Fomos poucos na igreja, não mais que uma trintena de pessoas, no fundo só família mais próxima. Mais as crianças que contando com a baptizada eram só cinco!

Fazia muito tempo que não ia a um baptizado. Por que alguns pais consideram que as questões de educação religiosa devem ser deixadas nas mãos dos próprios... isto é... vai-se a ver e... nunca!

Por isso comovi-me profundamente ao sentir que há mais um elemento na família sob a protecção Divin

Que Deus proteja esta criança e a ilumine no seu caminho!

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