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Espaço de reflexões, opiniões e demais sensações!

Espaço de reflexões, opiniões e demais sensações!

Também temos direito...

Descobri neste espaço que há um dia internacional dos blogues. Olha que coisa boa, que coisa fantástica... nunca imaginei!

No fundo também temos direito a ter um dia que valorize não só o que se escreve, mas acima de tudo quem escreve!

Escrevi recentemente que a blogosfera é um mundo muito especial essencialmente por aquilo que vamos aprendendo e as gentes que passamos a conhecer.

Sinto-me na blogosfera como "peixe na água" como soi dizer-se. Aqui escrevo o que quero, quando quero sem ter responsabilidade nem obrigação (bem visto e tendo em conta a criação de um conjunto de leitores assíduos passamos a ter alguma "pressão", nem que seja somente uma sensação nossa).

Posto isto é tempo de desejar as maiores felicidades a quem se arrisca e atreve nesta aventura de... escrever, desenhar, fotografar... a vida, o mundo, os sentimentos.

A gente lê-se por aí!

A última ceia!

aqui havia falado dele ou dela (reside ainda a dúvida!) em Maio passado. Mas sempre que aqui vinha a Aparecida surgia como se pressentisse a nossa presença, mesmo que fosse por pouco tempo.

Tenho consciência que os gatos não são os meus animais caseiros favoritos. Todavia sei, por experiência própria, que são os gatos que adoptam os humanos e não o inverso. E talvez por isso admirei-me que este gato, durante as minhas férias, tenha aparecido todos os dias. De manhã e ao fim do dia. Religiosamente!

Por tudo isto acabou-se por comprar comida a contar com esta visita diária. Que damos sempre que aqui aparece.

Tendo em conta que a partir de amanhã à tarde a Aparecida vai ter concorrência, já que o meu filho trará outrossim a sua estouvada cadela, achei por bem fazer este pequeno filme da gata a comer a sua refeição da noite. Que tão depressa não terá!

Última semana de férias!

Entrei oficialmente na última semana de férias que, por aquilo que prevejo, de férias será muito pouco já que amanhã receberei o meu filho mais velho acompanhado obviamente da esposa e da minha neta.

Portanto esta semana será uma verdadeira mistura explosiva já que a mais pequena do clã adora água. O que equivalerá, se for à praia com ela, a muito mais cuidados no areal e à beira-mar. E a levar mais tralha...

Vai ser com toda a certeza um reviver de outros tempos, quando ia para a praia com os meus dois filhos e quantas vezes com os meus dois sobrinhos.

A vida é uma enorme roda... Hoje estamos num determinado lugar para passados uns anos voltamos quase ao mesmo sitio. Mas ainda bem... é sinal que estamos vivos e que aquela continua inexoravelmente.

Mesmo que haja quem considere que nada na vida se repete! Como estão enganados!

No meu escritório!

Estou no meu escritório a escrever e a perceber, ao mesmo tempo, o que me rodeia. Aproveitei e sentei-me numa velha cadeira de pau santo, bem estimada e arranjada que comprei recentemente. À minha frente vai balançando um pendulo num relógio de parede da "Boa Reguladora" provavelmente dos anos 60 e que trabalha impecavelmente.

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Atrás de mim um móvel de madeira, mais recente e de relativa qualidade que comprei numa feira e onde residem por ora os livros deste escritório.

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Também numa das paredes uma velha prateleira para livros, diversos quadros, alguns bem velhos

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e uma cópia reles de um quadro famoso.

Esta mesa onde reside o portátil onde esgalho este texto é outrossim uma mesa de jogo recente, em mogno, mas que nunca foi usada na sua real função. No chão de cada um dos lados da mesa duas vasilhas de barro, velhas quase como o mundo e que a minha avó usou amiúde. Uma para colocar as borras do azeite e a outra para conservar os enchidos também em azeite. Outros tempos...

A um canto mora um enorme candeeiro em pau preto muito trabalhado, herança de um tio da minha madrinha que não desejando o lúzio preferiu oferecer-me. Um cinzeiro, também ele em pau preto, ao qual não dou uso, acompanha o dito candeeiro.

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Na estante muitos livros velhos, amarelados do tempo e da idade, outros nem por isso. Noutro lado da estante, numa espécie de vitrine, peças em loiça velhas quase todas herdadas.

Há ainda um banco alto de madeira que retirei do lixo da empresa onde estive tantos anos. Trouxe-o para casa, tratei-o como se fosse alguém e agora mora aqui comigo. As suas travessas em baixo estão gastas, muito gastas...

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Resumindo: olho para este escritório e gosto do que vejo porque cada peça que aqui está tem um significado, um sentido, um propósito. Porém entendo perfeitamente que os meus herdeiros olhem para isto e considerem tudo um verdadeiro lixo. Faz todo o sentido... e não os culpo!

Mas, da mesma forma que os meus pais e tios nunca ligaram às coisas dos meus avós, pode ser que a minha neta se venha a interessar, como eu me interessei pelas coisas dos meus antepassados.

Entretanto serena e melancolicamente vou mirando estes objectos com história e tantas, tantas estórias...

Domingo de praia... ou talvez não!

Na época balnear a zona de praias que frequento enche-se de gente até mais não. Especialmente ao fim de semana.

Desde muito cedo o movimento cresce exponencialmente e por vezes a meio da manhã há praias já repletas.

A semana passada iniciou com um tempo enfarruscado que afastou muitos veraneantes dos areais. Todavia eu continuei a ir à praia acabando por se tornarem dias simplesmente fantásticos.

Curiosamente hoje pensei que as enchentes regressariam este Domingo e, deste modo, tentei chegar cedo ao areal. Assim que saí de casa apercebi-me do pouco trânsito que atribuí à hora. No entanto nem era assim tão cedo... pois já passava das nove e meia da manhã.

Cheguei ao parque de estacionamento sem filas, sem esperas e com imensos lugares para estacionar. Percebi que por cima do mar surgia uma neblina cinza e que deve ter assustado os veraneantes, deixando-os em casa.

O que deu para avaliar que a praia, hoje, não tinha nem metade da sua lotação não obstante o mar estar fantástico, o sol quente sem ser exagerado e o vento quase nem se sentia. Entretanto as nuvens haviam-se dissipado.

Será que é prenúncio do fim de férias? Ou as pessoas já se cansaram da praia?

Seja lá o que for, a verdade é que foi um Domingo de praia perfeito!

Ó Elvas, ó Elvas... cidade tão bonita!

Hoje foi dia de passeio. Há um ano que não saimos de casa para lado nenhum, a não ser para os locais obrigatórios como são as casas e pais nas aldeias.

Assim, e porque necessitava de ir a Évora ao Museu do Relógio buscar uns aparelhos, que havia lá deixado para manutenção, achei que seria interessante ir até um pouco mais longe e visitar a cidade de Elvas.

A única vez que estive na cidade fronteiriça fora muito antes do 25 de Abril. Desde essa altura nunca mais por ali passara.

Definitivamente a escolha foi deveras acertada já que Elvas, que Paco Bandeira imortizou numa canção, tornou-se numa fantástica surpresa. Bonita, acolhedora com muita coisa para ver e por isso a requerer naturalmente que ali permaneça uns dias em vez de umas horas.

Desde a praça principal,

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até ao castelo,

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às diversas fortalezas que rodeiam a cidade,

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às ruas estreitas e floridas

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às belas paisagens alentejanas

toda a cidade tem um toque de beleza e de genuínidade. Tudo parece perfeito e bem enquadrado. 

Até os gatos!

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O preço... do nada!

Há muitos anos numa conversa normal, o meu falecido sogro (um bom homem, do melhor que já conheci!) porque estávamos a falar de fazendas rústicas, perguntou-me a determinada altura:

- Quanto acha que valerá o Ameal?

Ora este pedaço de terra fértil tem pouco mais de 20 hectares, sendo 5 de sobreiros, 10 de pinhal bravo e o resto de terra centeeira onde costuma pastar o gado ovino. Perante a questão feita assim de chofre respondi célere:

- Essa fazenda não vale nada!

Ui... o que fui dizer! Ia-me comendo em cima de um naco de pão, como soi dizer-se. Deixei-o barafustar para depois lhe explicar a razão da minha resposta. Disse-lhe então:

- As coisas só têm realmente valor se tivermos ideia de as comprar ou vender.

Ele olhou para mim ainda desconfiado e deixou-me continuar:

- Está com ideias de vender essa fazenda?

- Nem pensar... Nem com todo o dinheiro do Mundo eu venderia.

- Ora aí está... Uma fazenda sem valor. Perceba que o valor só existe realmente quando se pretende adquirir ou desfazer de algo. Até lá...

Vencido, mas não convencido acabaria muito mais tarde por dizer a outros o que eu lhe havia afirmado, percebendo onde eu pretendi chegar!

Quem estiver a ler este postal poderá pensar: mas tudo tem um preço... Estou perto de concordar. No entanto falta aquele bocadinho de um nada, que no fundo é tudo, mas que é tão nosso e para o qual não há qualquer valor que se possa atribuir.

Portanto o melhor valor que temos certo é a paixão de vivermos, o ensejo de ajudar, a alegria de acordarmos todos os dias! O resto pode ser apenas dinheiro que depressa desaparece.

A gente lê-se por aí!

A validade da amizade!

Sempre fui uma pessoa de amizades fáceis. Fosse pela minha maneira de ser ou pela forma como via o mundo, fosse quiçá por interesse (aqui julgo que menos já que nunca fui ninguém influente!), certo é que encontrei quase sempre gente espetacular.

A blogosfera não fugiu a este desiderato, já que encontrei nela muita gente fantástica, de quem fiquei amigo.

Ora bem... é deste tema que venho aqui falar hoje: a amizade ou o tempo dela!

Tenho consciência que os meus amigos de há 40 anos ainda serão meus amigos. Todavia cada um seguiu a sua vida em sentidos diferentes e talvez por isso hoje os nossos contactos sejam poucos ou quase nenhuns.

Entretanto encontrei nos caminhos que a vida me apresentou novas e diferentes pessoas, mas que de uma forma ou de outra mostraram apreço por este "pobre de Cristo".

Gente boa, disponível, simpática, fiel e sincera. E nem vale a pena referir quem são porque se aqui vieram ler este pedaço de má escrita sabem que estou a falar delas ou deles.

Na realidade sinto que a amizade  verdadeira não tem validade nem prazo, mas tão somente exemplo. Mas ainda assim fico quase sem palavras quando alguém alguém se refere a mim como um bom amigo, mesmo que nos tenhamos conhecido há semanas!

No trabalho ficaram muitos colegas, mas poucos amigos. Mas entendo porquê... No fundo, no fundo andamos todos a concorrer para o mesmo concurso ou prémio e assim sendo não pode nem deve haver amigos sob o risco de não conseguirmos chegar mais além.

Repito que tenho feito através deste espaço muitas e boas amizades. Daquelas que gostamos de manter porque temos a certeza que jamais nos magoarão.

Por isso a amizade é definitivamente um sentimento que não tem prazo, patine da antiguidade nem lustro de juventude!

E é tão boooooooom!

Regresso onde já fui feliz!

Há quem diga que nunca se deve regressar ao sítio onde se foi feliz.

Mas palavras leva-as o vento e por isso tendo acordado novamente com o dia chocho, decidimos dar uma volta pela bela cidade de Almada.

Nasci em Lisboa, vivi na aldeia até aos 6 anos, altura que regressei a Almada para ingressar na escola. E por aqui fiquei 26 anos, isto é, até casar!

Porém em Almada reconheço que passei os meus melhores anos. Ou sendo mais preciso vivi. nesta cidade virada para a capital. tempos fantásticos com tudo o que este adjectivo pode incluir.

Hoje achei que era tempo de rever locais, já que amigos seria assaz difícil.

Comecei por Cacilhas onde em tempos idos os burros eram o meio de transporte ideal e primordial e que naturalmente deu nome à povoação. Estacionei o carro naquilo que foi em tempos parte das oficinas de uma doca de reparações e dirigi-me para a beira do rio. Aquele enorme largo onde apanhei milhares de vezes autocarros para casa (e não só) ou barco para ir trabalhar (e não só) apareceu completamente desconfigurado. Porque há agora o Metro de superfície retirando aos autocarros muitos destinos. Depois uma série de obras e um conjunto de ruas limitrofes modificadas para pedonais.

Busquei as margens do rio Tejo começando na rua do Ginjal e parando apenas no Olho de Boi onde hoje se pode encontrar o museu Naval de Almada. Será bom não esquecer que durante muitos anos na zona ribeirinha de Cacilhas havia uma industria de pesca pujante, desde pesca de arrasto como de bacalhoeiros. Conheci mesmo quem tivesse vivido nessa estranha vida errante.

Porém aquela zona está completamente ao abandono. Alguns (poucos) pescadores à linha, armazéns completamente destruídos com algumas placas a avisar do perigo de derrocada e enormes painéis de grafitti. Todavia houve um que se destacou... 

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Uma invulgar imagem de "El Pibe" falecido em Novembro do ano passado. Tirando isto, só vi ruínas e mais ruínas.

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E mesmo o elevador panorâmico não trouxe vida ao local já que estava em reparações. Deste modo subi a estrada do Olho de Boi até à zona velha da cidade de Frei Luís de Sousa.

Depois dirigi-me ao velho jardim encostado à velha fortaleza Almadense e onde vivi momentos inesquecíveis. Daqui tem-se ums perspectiva da capital. Depois a Ponte que é a passagem para a outra margem, sob o olhar atento do Cristo-Rei e do tal elevador panorâmico.

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Passam autarcas, presidentes, governos, mas a cidade velha continua só e mal estimada. Muitos edifícios devolutos, outros já quase em ruínas e até li uma placa que dizia "IMI agravado" numa velha semi destruída.

Já a caminho novamente de Cacilhas encontrei uma questão bem pertinente...

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... numa edilidade, que desde o 25 de Abril, sempre foi de esquerda!

Um passeio que deu ainda para rever um velho amigo (ai que saudades, ai, ai) da noite: o R. dono de um pub onde me perdi demasiadas vezes.

Menos uma "pedra rolante"!

Há gente que nunca devia morrer. Charlie Watts deveria ser um deles! Especialmente por tudo o que deu à música.

Vi-o actuar em 1990 em Alvalade num concerto memorável e do qual guardo religiosamente o bilhete de ingresso.

Já perdi o número de vezes que escutei Rolling Stones, mas aquela bateria soa sempre como um destaque inesquecível.

Tinha 80 anos! Que descanse em paz!
E mais não sei dizer!

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