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Espaço de reflexões, opiniões e demais sensações!

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O Último Homem...

um Western em BD à moda antiga

Sempre gostei do ambiente do Oeste americano, especialmente aquele que me foi mostrado muitas vezes através de longas metragens, onde John Wayne sobressaiu, mas essencialmente por uma série que nasceu em 1959 (o ano em que eu também nasci) e que a RTP naqueles idos anos 60 e 70 foi oferecendo aos telespectadores portugueses.

Até que um dia o meu pai me ofereceu o primeiro livro de BD. Um album com o herói Lucky Luke e os seus inimigos, os irmãos Dalton. Um livro que li e reli, sem problema nenhum em assumi-lo, centenas de vezes. Chama-se "Fora-da-lei" e ainda hoje é a minha "jóia da coroa":

Já a trabalhar e com dinheiro no bolso associei novas aventuras e novos livros.

Bom tudo isto para dizer que chegou há poucos dias a casa a minha mais recente aquisição de BD. Chama-se "O Último Homem...." e tem todos os condimentos que eu gosto. Uma estória diferente com um desenho muito bonito. Gostei essencialmente de algumas sobreposição de pranchas que me pareceram bem criadas e com um sentido forte. Muito bom!

Assumo que não conhecia Jerôme Felix e Paul Gastine, os autores deste livro, mas fiquei muito bem impressionado, acima de tudo, com a qualidade do traço. O texto não estará, no entanto, ao mesmo nível. Estranhei a linguagem um tanto diferente do que estou habituado na BD com o uso de algum vernáculo sem, contudo, roçar o exagero. Mas o enredo é diferente!

Um bom livro para este Verão.

Um último conselho para quem o ler: façam-no devagar! A obra merece!

Ultimo_homem.jpg

(imagem retirada daqui)

Ruben Amorim – o comunicador campeão!

Estava desejoso de ouvir o Ruben Amorim na sua primeira Conferência de Imprensa oficial, isto é, antes de um jogo a sério.

De antemão tínhamos que os parâmetros do discurso do ano passado do nosso treinador, foram todos derrubados quando o Sporting se tornou campeão. Deste modo o verbo teria de ser, quiçá, diferente. Ou provavelmente não.

Ontem escutei com a devida atenção a CI do treinador do Sporting. Muito assertivo, como sempre aliás, com uma linha de raciocínio muito prática e coerente. Não fugiu às questões, mas manteve um discurso sereno nada empolgante nem derrotista, apenas consciente das dificuldades que se aproximam.

A diferença escutou-se apenas nas palavras em que assumiu que o Sporting, este ano, partirá para o próximo campeonato, mais forte que o ano passado. Nem melhor nem pior que os seus adversários. Portanto a matriz foi a equipa leonina de há um ano. Touché!

Referiu ainda que haverá maior exigência, tendo em conta as competições em que o Sporting estará envolvido, maior contestação com a eventualidade da presença de público, mas outrossim maior apoio do público leonino.

Assim eis um Ruben Amorim, treinador campeão, ao seu melhor nível e a manter o mesmo foco do ano passado: jogo a jogo!

Até à vitória final (acrescento eu!).

 

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O fim de semana!

Agosto bate-nos à porta. Mês essencialmente de férias, mês em que o país dos serviços quase pára.

A minha avó dizia "primeiro de agosto, primeiro de Inverno". Talvez por isso aqui ao redor da capital se tenha instalado um capelo plúmbeo acompanhado de um vento fresco que parece arrepiar os mais friorentos. Pouco apetecível para a praia.

Entretanto amanhã inicia-se oficialmente a época futebolística com uma final entre o (meu) Sporting Clube de Portugal e o Sporting Clube de Braga a realizar-se na bela cidade de Aveiro. Curiosamente já com algum público.

O tempo passa veloz e não tarda nada estamos a pensar já na época de Natal que este ano, espero, seja muito diferente dos demais.

Bom fim de semana. Cuidem-se que isto ainda não está para brincadeiras.

Seis meses depois... a preocupação!

Faz hoje seis meses que descobrimos que o meu filho, nora e neta estavam infectados com o bicho da moda, assim como o meu cunhado!

No dia seguinte foi a restante família fazer testes donde sairam um negativo, dois positivos e cá o menino com um teste inconclusivo.

O curioso é que por esta altura a febre, a ausência de cheiro e sabor e a pouca tosse que tive já tinham abalado. Mas mais curioso ainda é que dez dias mais tarde fui fazer novo teste e deu... positivo!

Resultado estamos a dias de sermos todos vacinados.

Porém estou muito céptico no que respeita à minha vacinação porque pelos exemplos que vou observando perto de mim, quem toma a segunda dose da vacina por já ter estado infectado sofre agruras com dores no corpo, febre e tosse. Um martírio...

Ora perante este panorama, e tomando em consideração que estou prestes a ir de férias, não me apetece nada ficar doente de forma a impedir-me a ir para a praia.

Assim sendo, se tomar a vacina e ela me der reacções adversas, poderei devolvê-la à procedência? É que isto de nos ministrarem uma vacina e ficarmos piores do que estávamos não entra na minha cabeça.

Temo o pior!

Na cidade...

São dez e meia da manhã de uma quarta-feira de um final de Julho. Obriguei-me a resolver uns assuntos que eram anormalmente adiados. Ou por evidente falta de tempo ou porque estava noutro local.

Bom, mas hoje lá fui dar as minhas voltas e já a caminho de casa passei por uma avenida que ladeia a linha do comboio. A rua é larga, mas ainda assim o estacionamento em ambos os lados estreita-a. Porém os passeios estão livres de viaturas para que os peões os usem sem perigo.

Estou eu a passar a rua de carro quando à minha frente deparo com uma idosa que com evidentes dificuldades em se deslocar, ainda assim o fazia ocupando parte da faixa da estrada. Pior... a bengala que suportaria parte do seu peso estava tão inclinada que qualquer viatura a poderia atingir.

Aproximo-me devagar, mas tenho algum receio em me aproximar da anciã. Então reparo que não nenhuma viatura atrás de mim e paro o carro no meio da estrada, saio e vou ao encontro da idosa:

- Bom dia minha senhora.

- Bom dia - respondeu-me de voz trémula por detrás da sua máscara azul.

. Não seria melhor a senhora caminhar no passeio? É que na estrada arrisca-se a ser colhida por algum carro... - tento eu.

- Tem razão, mas os passeios são estreitos e depois as pessoas querem passar depressa...

- Então porque não escolhe o lado de lá... sempre há menos peões.

A senhora olha para mim e temi o pior. Mas após um suspiro cavo a velhota respondeu-me:

- Assim seja... ajuda-me a chegar ao outro lado?

- Claro... obviamente!

Esclareço que naquela altura alguns condutores perdiam já a paciência por esperarem atrás do meu carro e buzinavam.

- "Temos pena... " - pensei.

Ajudei a atravessar a rua e despedi-me desejando-lhe um bom dia. Quando entrei no carro agradeci a quem estava atrás à espera e segui finalmente caminho.

Deste meu episódio matutino guardo duas conclusões... A primeira é que os passeios são roubados aos peões para originar estacionamento pago, a segunda é que mesmo com pandemia as pessoas continuam exasperadamente apressadas e frenéticas.

Continua-se sem aprender!

Otorrinolaringologia? Check!

Após muito pensar decidi (sinceramente não decidi nada, fui empurrado!) deixar-me ser observado por médicos de diversas especialidades.

Iniciei com ortopedia, cujo médico me mandou fazer exames que entretanto já me sujeitei, mas falta a consulta final.

Depois passei para o meu otorrino. Mais exames e testes, Também já realizados.

Seguiu-se a consulta de gastro e mais uma bateria de exames e análises requeridas. Que se realizarão somente em Setembro e alguns só em Novembro.

Entretanto já marquei Urologista para Setembro assim como Oftalmologia para o mesmo mês.

Finalmente só tenho conclusões de Otorrinolaringologia. Ontem o médico comunicou-me que estou mais surdo, algo que já sabia! Do ouvido direito então não oiço nada. Do esquerdo tenho um defice nos sons agudos mais ou menos na zona onde se instala a voz humana. O que equivale dizer que não oiço a voz da minha mulher. O que por vezes nem é nada mau!

Portanto: Otorrinolaringologia? Check.

Falar, escrever e liberdade!

Como posso viver a minha liberdade se não posso falar como sempre falei ou escrever como sempre o fiz?

Muitas vezes surge esta questão no meu espírito, assaz rebelde. Adormeço amiúde sobre esta problemática para acordar consciente que estamos a regredir em termos de liberdade. Especialmente verbal e escrita.

O que disser hoje pode ser altamente mal interpretado e ser até alvo de gravíssimas acusações pois alguém descobriu que no meio da minha inocente frase eu tentei atingir outrém.

Mais do que nunca o cuidado com o que dizemos ultrapassou a normalidade já que nem somos donos das nossas próprias palavras. Pensemos, mas não devemos proferir. Portanto uma censura camuflada de bons costumes...

Não imagino o que pensaria o malogrado Otelo Saraiva de Carvalho desta nova regra, mas certamente não terá sido para acabar neste exercício que aquele pensou e executou o 25 de Abril de 1974.

Andamos com a nossa liberdade ameaçada (e não é só devido à pandemia!!!), mas já ninguém se importa!

Otelo - o militar que nunca foi político

Faleceu Otelo Saraiva de Carvalho um dos obreiros do 25 de Abril. De um verbo fácil e apelativo teve também alguns deslises pouco... felizes.

Atribui-se ao Capitão ora defunto a frase... "é mete-los no Coliseu (os fascistas) e fuzilá-los a todos!" Mas não sei se alguma vez terá dito isso, mas que constou ai isso constou.

Depois a célebre frase referindo-se ao Conselho de Revolução "que de Revolução tem pouco". Muito mais tarde acabaria por confessar que Portugal "necessitava de um homem sério como Salazar..." que na altura não caíu muito bem a uma certa esquerda convicta da sua seriedade e integridade.

Otelo esteve também ligado às FP's 25 de Abril, uma organização radical responsável por alguns atentados que originaram diversas mortes.

Tentou politicamente, e por duas vezes, chegar a Belém, nunca o conseguindo pois foi derrotado, em ambas as eleições, por outro militar de Abril como foi o General António Ramalho Eanes.

Morreu Otelo Saraiva de Carvalho curiosamente num dia 25...

Eu e os Jogos Olímpicos!

Sempre fui um apaixonado pelos Jogos Olímpicos. Desde que me lembro ou melhor desde que houve televisão em casa dos meus pais que dedicava todo o tempo a ver uma série de modalidades desportivas.

Vi Mark Spitz ganhar medalhas de oiro em natação, umas atrás das outras, pulverizando muitos recordes nos JO de Munique. Lembro-me de Nadia Comaneci em Montreal e como aquela figurinha tão frágil arrancava pontos perfeitos e recordo com tristeza o segundo lugar de Carlos Lopes nos 10 mil metros, batido na recta final por um Finlandês de nome Lass Viren.

Depois vibrei novamente com Carlos Lopes nos JO de Los Angeles ao vencer a Maratona, geralmente a última prova da certame. Não esqueço também Carl Lewisb e as medalhas que ganhou nas especialidades de atletismo.

Em 1988 passei a noite acordado para ver a campeoníssima Rosa Mota vencer outrossim a Maratona feminina nos JO de Seul, Uma prova que foi comentada por um antigo campeão dde lançamento do disco... José Galvão.

Lembro-me das vitórias de Fernanda Ribeiro em Atlanta e de Nelson Évora no triplo salto nos JO de Pequim...

Pois... mas desta vez em Tóquio não vi nem a cerimónia de abertura nem tenho dado grande atenção ao que no país do Sol Nascente tem acontecido.

Estranho como quase de um dia para o outro tudo mudou na minha vida e os JO deixaram de ser prioridade.

Mas tenho pena!

 

Morte aos 27 anos!

Faz hoje precisamente dez anos que o Mundo perdia umas das suas vozes de ouro. Refiro-me à britânica Amy Winehouse que, não obstante ter partido demasiado cedo, ainda assim, deixou um legado importante e inimitável na música.

O seu disco “Back in Black” tornou-se um enormíssimo sucesso, sendo um dos mais vendidos no Reino-Unido.

Possuidora de uma voz invulgar Amy é muitas vezes associada a diversos estilos musicais como o jazz ou o soul. Eu prefiro não a ligar a qualquer estilo já esta cantora era simplesmente única e inconfundível.

Morreu tristemente vítima dos seus excessos de drogas e álcool. Nem imagino o que seria da música actualmente com Amy viva. Um assombro, provavelmente!

 

Entretanto Winehouse foi mais uma das cantoras que entrou no fatídico clube dos 27. Ou traduzindo… artistas fantásticos que pereceram aos 27 anos. Estranhamente todos ligados à música, mas todos com fortíssimas dependências de drogas e álcool.
Falo de Jim Morrison (que no início deste mês perfez meio século da sua morte), de Jimi Hendrix um dos melhores guitarristas do Mundo, de Brian Jones co-fundador dos Rolling Stones, de Janis Joplin a irreverente cantora de rock e mais recentemente Kurt Cobain o grande mentor da banda Nirvana muito ligado ao movimento “grunge” que surgiu em Seattle.

Um clube sórdido, bizarro e pouco convidativo, mas que alberga postumamente das melhores vozes que passaram pela música.

Como se dizia no meu tempo de escola... vinte e sete… “noves-fora-nada”!

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