Ainda não percebi bem o que se tem passado com as vacinas. Li que um Presidente de Câmara chegou-se à frente para a vacina antes dos prioritários e pouco mais. Também já ouvi falar em demissões, acidentes de viação com perda de vacinas... isto é um ror de acontecimentos à boa moda lusa.
Todos neste país acham que têm mais direitos que os outros para serem vacinados o que se deduz que há gente que sente que é mais importante que o vizinho, independentemente do que cada um faça da vida!
Entretanto a União Europeia mantém um braço de ferro com uma das empresas fornecedoras da vacina. Sinceramente já esperava isto. Com tantas doses a serem necessárias não estava a ver a tal empresa disponibilizar o número suficiente de vacinas em tempo útil.
Demandas, bravatas, litígios, desacordos, guerrilhas palacianas tudo junto não dará uma melhor vacina, mas um conflito de impensáveis contornos e do qual as populações irão ser as principais vítimas.
Como li hoje: se a vacina fosse mesmo, mas mesmo eficaz todos os ricos do mundo já a haviam tomado. Assim está-se a usar a população para testes em massa e gratuitos... ou quase!
Pelo que me é dado assistir ao meu redor dificilmente alguém escapará a ficar infectado com este ou outro qualquer vírus.
Por muito que tentemos não nos relacionar dentro e fora da família e amigos, por muito que fujamos dos outros que nos rodeiam especialmente nos supermercados, por muita máscara que usemos ou pela profusão com que desinfectamos as mãos a verdade é que nenhum de nós está completamente imune a esta pandemia.
E se há quem passe por isto sem qualquer sintoma e problema, outros há que sofrem mais. Sejam com febre, diarreias, falta de cheiro e sabor e acima de tudo com problemas respiratórios. Mas não estou a dizer nada que não se saiba já!
Só estou apenas a avisar a quem ainda acha que isto é apenas uma gripe mais forte. Será bom que se desengane rapidamente.
Ontem ao fim da noite comunicaram-me que alguém muito próximo estava positivo ao covid. Resultado: estamos todos de saída para ir fazer testes num "drive thru".
Quem diria... Eu que que nem saio de casa para despejar o lixo!
Hoje foi um dia quase normal tendo como referência os dias que antecederam a minha doença. De tal forma que só agora, já noite, consigo sentar-me e escrever umas linhas.
Mas prefiro um dia assim àqueles em que alternei a cama com o sofá, desfiando mágoas e tristezas.
Fui a Lisboa tratar de assuntos inadiáveis e a capital quase parece uma cidade fantasma. Há algum movimento, mas comparado com o que seria há um ano parece mesmo um deserto.
Não admira todos os dias os números de infectados e mortos crescem sem pudor. E não parece haver forma de travar estes trágicos números. As pessoas continuam descrentes... Descrentes da realidade pandémica, descrentes do caos hospitalar, descrentes, no fundo, delas mesmas.
O mundo está virado do avesso. Completamente.
Cabe a todos nós, sem excepção, assumir que esta pandemia não é uma mera gripe, mas um caso muito sério que poderá hipotecar todo o nosso futuro.
Há três coisas em mim que me definem como não estando bem: não ler, não escrever e passar demasiado tempo na cama.
Foi o que aconteceu nos derradeiros dias. Longos dias a dormir no sofá mesmo sem febre e nenhuma vontade de aqui vir para ler ou escrever seja o que for.
Estive assim durante muitos dias. Demasiados!
Agora tento regressar aos poucos a uma normalidade que quase não tinha consciência de existir. Todavia alguma tosse ainda perdura estando já a ser combatida com velhas mezinhas .
Digam o que disserem os antigos tinham muitas curas para estas maleitas.
Portanto estou de regresso, com calma, serenidade e vontade de escrever!
Termino com um agradecimento a quem se preocupou comigo e com o meu estado. A todos vós um grande "bem-hajam"!
Há mais de uma semana que tenho picos de febre. Que fui tentanto controlar com benuron e brufen. Na passada sexta feira descobriram que tenho uma pneumonia.
Antibiótico e antiu-inflamatório, mas a febre de vez em quando ainda aparece.
Por isso vou fazer uma pausa até estar em condições.
Durante os meus 37 anos 9 meses e 25 dias que estive na empresa cruzei-me com todo o tipo de colegas. Alguns passaram de meros colegas de trabalho a chefes. Outros tal como eu nunca tiveram uma mera hipótese de almejar outros caminhos.
De todos os chefes com que trabalhei o Herculano foi, quiçá, o pior de todos.
Trabalhei muito tempo ao lado dele como caixa. E digo que até como caixa ele era um mau exemplo já que escondia sempre os espetos das chapas de forma a que ninguém (mas essencialmente a chefia) percebesse o pouco que ele fazia.
Outras das suas péssimas características era a invulgar capacidade de nunca assumir culpa de nada. Se havia um problema no Serviço o Herculano descalçava as botas da culpa deixando que esta fosse se possível assumida por alguém.
Era aquilo que se pode chamar de um nojo de pessoa, sem nível, educação, formação e acima de tudo sem qualquer capacidade de bom senso. A única coisa que lhe interessava realmente era… dinheiro. Talvez por isso esteve na empresa até aos 70 anos.
Her
Naquele tempo cada serviço tinha um dossier enorme onde eram colocados de vez em quando as actualizações de normas internas associadas aos empregados. Esse dossier tinha o nome de “Manual de Pessoal”.
As actualizações eram enviados por um certo Departamento que requeria sempre a devolução das normas antigas. Ora acontece que foram enviados para um certo serviço chefiado pelo Herculano actualizações para serem colocadas no dossier.
Mas ele nunca o fez… Até que um dia um chefe de outros Departamento pegou no telefone e telefonou para o Herculano.
- Está Herculano… não recebeste aí actualizações do Manual de Pessoal?
Atrapalhado começou a gaguejar:
- Si… sim… Não sei… Talvez.
- Então recebes aí documentação e não sabes o que fazer?
O Herculano estava encurralado… De repente surge-lhe uma resposta que só dele:
Caríssimos bloguers, O projecto que se falou aqui na semana passada vai ser agora desvendado. Creio mesmo que já perceberam o que se pretende fazer, juntar o maior número possível de contos de Natal (os já publicados nos blogs e os que poderão ainda escrever) e publicá-los em livro. Será uma colectânea de contos de Natal escritos na blogosfera, mais que não seja, para ficarem para memória futura. A equipa encarregue de os juntar, compilar, rever (não no aspecto de sintaxe mas tão somente alguma gralha indesejada) e mais tarde enviá-las a uma editora para publicar, seremos nós, Isabel e José. É aqui que “a porca torce o rabo” pois vamos necessitar de provavelmente pagar as cópias que cada um de nós vai querer. Sei que alguns podem não ter a facilidade de dispor de dinheiro para este investimento , mas assumimos que também não será por isso que o livro não se publicará. Até pode ser que apareçam alguns apoios culturais… Portanto peguem nos vossos periféricos e toca a escrever, rever e a enviar para este mail contosdenatal@sapo.pt os vossos contos. O prazo termina impreterivelmente a 31 de Março de 2021.
Cada vez estou mais convencido que o alastrar desta pandemia se deve aquelas pessoas que desde o início assumiram uma dúvida quanto à verdadeira gripe. Muitos nunca acreditaram e continuaram a trabalhar e a conviver sem máscaa.
Conheço vários... Um deles mora duas casas acima de mim. Somos amigos há muitos anos e sempre que, recentemente, psssava por mim eu afastava-me.
Ele dzia:
- Acreditas mesmo nesta doença?
- Sim acredito... E tu tambem deverias acreditar!
Naquela semana riu-se de mim.
Soube recentemente que foi infectado, alastrando à mulher, filho, filha e genro. Entretanto ficou em casa para hoje já se encontrar na fila na urgência para ser internado num hospital.
É desta gente que eu tenho muuuuuuuuuuuuuuuuito receio!
Sentado na areia húmida deixo que a água fria do mar me vá docemente lambendo os pés descalços. Depois olho para aquela imensidão anilada e fico a pensar como poderia ter sido feliz se tivesse sido marinheiro. Cruzar oceanos, sentir o sal na cara, adormecer a olhar as estrelas e acordar com o sol alaranjado por entre dois azuis.... Gostaria também de poder mergulhar no mar profundo em busca daquele silêncio que só aquele sabe oferecer. De súbito uma onda veio mais forte e abraçou-me deixando-me encharcado. Sorri. Repito para mim mesmo que adoro este azul marinho. Comparado com este só aquele anil açoriano em contraste com o negro das pedras.