No início deste ano quando caíam nas nossas mãos diariamente as notícias sobre uma gripe altamente infecciosa que surgira na China, estávamos muito longe de calcularmos que aquela iria entrar pela nossa casa de uma forma impensável e mudar de maneira quase catastrófica os nossos hábitos.
Estamos a entrar no mês do Natal, festa sempre muito apetecida e querida por miúdos e graúdos, obviamente por razões muito diversas. No entanto aquele será tão diferente quanto foi este ano de 2020.
Em tudo.
Para já assumem-se para o futuro as concentrações de família impossíveis, as consoadas sem gente, as missas do Galo por realizar, as alegrias adiadas, os abraços apenas virtuais, os beijos escondidos. E as saudades a crescerem!
Regresso ao principio deste malfadado ano... Ainda trabalhava e entre os meus colegas havia um, que sendo casado com uma responsável numa multinacional ligada aos medicamentos, dizia que a infecção se iria alastrar pelo Mundo inteiro tornando-se numa estrondosa pandemia. Amplamente conhecido como um hipocondríaco todos achamos que aquilo seria exagero. No entanto recordo uma frase que ele proferiu certa manhã num intervalo para café:
- Mais tarde ou mais cedo alguém ao nosso redor, seja amigo seja família vai ficar infectado!
Houve quem esboçasse um sorriso duvidoso. Outros continuaram a crer num exagero pessoal (eu incluído).
Infelizmente aquele colega acabou por ter toda a razão.
Desde há uns tempos que se começaram a perfilar os próximos candidatos à Presidência da República. Para além de Marisa Matias do BE, do André Ventura do Chega e obviamente a sempre truculenta Ana Gomes, temos o João Ferreira do PCP.
O pouco que escutei do discurso deste novel candidato no Congresso comunista deste fim de semana, não varia daquilo que tem sido dito pelo Partido Comunista noutras ocasiões. Variam as pessoas, mas a dialéctica continua a mesma.
Esta minha ideia conduz-me então a uma simples questão: para que quer o PCP ir a votos com um candidato que sabe que jamais ganhará?
Se olharmos então para os resultados das últimas eleições presidenciais temos que o candidato comunista de 2016, Edgar Silva, ficou em 5º lugar, tendo apenas mais 31 mil votos que Vitorino Silva mais conhecido pelo Tino de Rãs.
Dá a sensação de que o PCP prefere passar por estas vergonhas eleitorais, a ter que assumir um voto num candidato que pudesse fazer frente aos candidatos supostamente mais fortes. Que no caso presente até poderia ser Ana Gomes ou mesmo a bloquista Marisa.
É por estas que o Secretário-Geral do PCP, Jerónimo de Sousa, não leva este partido para além dos 7/8 por cento, longe dos 12 que a CDU conseguiu nos finais dos anos 80.
Pelo que vi o PCP já não consegue chegar ao meio milhão de votantes, o que me parece muito pouco para alguma vez ganharem a cadeira de Belém!
Mas enfim com este último congresso acrescento que de Loures… nada de novo.
E é pena porque um PCP mais actual e liberto das ideias e ideais obsoletos que o rege, teria muito mais a ganhar que a perder! Mas eles é que (não) sabem!
Sempre que vou à Beira Baixa nunca venho de mãos vazias. Ou seja eu que apanhe alguma fruta ou seja algum familiar ou amigo que tem a fineza de me brindar com qualquer coisa.
A viagem desta semana, não obstante ter sido uma deslocação relâmpago, ainda assim deu para trazer algumas couves, uns diospiros, vinho, borregos, enchidos e... míscaros acabados de apanhar.
Destes últimos já em 2018, neste meu postal, havia falado deles e de como se tornaram num petisco bem apreciado. Porém desta vez coube-me apanhá-los da terra, obviamente com ajuda, já que é necessário ter olho clínico para a apanha.
É que os danados nascem debaixo da terra e por lá ficam. E não fosse um ínfimo montículo de terra a denunciá-los, que só os olhos treinados conseguem perceber, jamais os apanharia.
Já em casa lavei-os bem lavados e retirei a pele que os cobre.,
ficando então assim.
Um refogado feito de cebola, alho, uma colher de sopa de tomate, uma folha de louro e claro azeite, ajudou a cozinhar este pitéu.
Após uns bons vintes minutos a ferver juntei-lhe a água e por fim o arroz.
Há quem os coma assim sem mais nada (eu, por exemplo), pois é melhor que carne. Todavia pode também acompanhar carne ou peixe.
Enretanto para este meu almoço de hoje optei por nada melhor que um bom tinto do Douro. Este!
Parti na quarta-feira para uma viagem relâmpago à aldeia beirã. Havia umas coisas para resolver, mas perante a perspectiva de não poder sair de casa nos próximos fins-se-semana, aproveitei para fazer 600 quilómetros no sentido de finalizar uns assuntos pendentes que deixara em aberto por altura da azeitona.
Ontem todo santo dia foi de chuva. Mas nada que impedisse de dar a volta às fazendas na perspectiva de encontrar sobreiros para se retirar a cortiça no próximo Verão... Especialmente nas árvores mais jovens.
Ainda assim aproveitei para fotografar esta minha laranjeira.
Regressei à capital já hoje, para poder passar, finalmente, um fim de semana na minha casa, poder comer umas castanhas assadas e acima de tudo poder ver estas imagens.
Choro como milhões de adeptos do futebol com o desaparecimehto de um mágico do futebol. Este desporto teve: Pelé, Di Steffano, Best, Eusébio, Cruijff, entre tantos outros, mas nenhum foi tão empolgante e tão irreverente como Diego Armando Maradona.
Dentro e fora do campo.
Se o mundo todo acreditasse piamente em Deuses gregos, "El Pibe" teria com toda a certeza um lugar no Olimpo helénico. Como há muito o Mundo deixou de acreditar em figuras míticas e passou a crer em super-heróis, também Maradona depressa se tornou um herói, porém real, muito longe dos livros de BD e mais próximo dos verdes relvados.
Será quase impossível enumerar o número de (belos) feitos conseguidos por Maradona, enquanto jogador. Tal como serâo quase incontáveis as quedas dadas pelo atleta, no charco que foi o seu consumo de drogas, quiçã a razão para ir mais cedo ter com Deus.
Diego Armando Maradona ficará para sempre na história do futebol e obviamente na longuíssima história do Mundo. Ao nível de Da Vinci, Mozart ou Einstein.
Hoje deu-me para comprar livros online. Desde Março ou Abril passado que o não fazia.
Comecei a passar os olhos por alguns livros e acabei por comprar 3. Todos de Banda Desenhada. O curioso é que o valor inicial para pagar era de pouco mais de 30 euros (sim, sim eu compro livros baratos!!!), mas o valor final da factura foi de.... tzarammmmmm... 12,50 euros.
Ah pois é... o cartão de cliente ajuda nisto. Para além de um saldo que já tinha das compras do primeiro confinamento acrescentei mais uns valores de umas compras que fiz esta semana numa livraria do grupo.
Resultado: livros entregues em casa e por valores módicos.
Agora é aguardar pela encomenda que irei colocar no meu próprio sapatinho na minha árvore de Natal.
Nunca fui um brilhante aluno a matemática. Mas sei somar 2 mais 2. Que por vezes dá 5, mas só quando as contas estão erradas.
Avancemos…
Todos os dias os números trágicos de infectados e vitimas mortais desta pandemia cresce de forma assustadora. Notícias que preenchem telejornais em longuíssimos minutos .
No entanto ainda gostaria de perceber melhor as contas que nos apresentam. Há os casos activos, os em vigilância, os confirmados, os óbitos, os recuperados, os internados e os internados em UCI… Ufa!
No entanto se os recuperados e os óbitos não merecem, feliz ou infelizmente, qualquer dúvida, é nos outros que recaem as minhas dúvidas.
Por exemplo gostaria de saber quantos dos internados saem desses cuidados, quantos da UCI passam para enfermarias ou eventualmente para casa ou até falecem.
Ao invés vão dando números mais abrangentes, que receio não sejam os reais. No meu caso gostaria de perceber melhor os dados que nos indicam.
Mas pronto... isto sou eu a tentar complicar o que provavelmente até é fácil!
Se há dia que adoro festejar é o dia 22 de Novembro. Hoje, portanto!
Desde 1977 que esta data tornou-se para mim um dia muito especial. Todos os anos escrevo qualquer coisa sobre este dia porque há precisamente 43 anos era publicado o meu primeiro texto num jornal regional.
Mesmo que quisesse seria impossível explicar o que senti naquela altura, quando vi o meu nome escarrapachado no final de uma reles crónica, que escrevera meses antes num caderno, que ainda hoje guardo.
Passaram-se 43 anos desde essa terça-feira (acreditem parece que foi ontem!!!). Portugal ainda mal se habituara à liberdade, eu era um jovem em busca do melhor caminho para a minha vida, enquanto a minha escrita era pobre e de qualidade, no mínimo, duvidosa.
Os desafios sucederam-se, tendo-os eu ultrapassado com maior ou menor estoicismo e coragem. Quando hoje olho para aquele meu passado e tento relembrar o que pensava do que seria o meu futuro, descubro que não há nada melhor que deixar que a vida se manifeste nos pormenores.
Hoje sou um homem diferente do que fui outrora, mas a escrita continua a ter um lugar muito especial na minha vida. Sem aquela a prencher os meus dias e pensamentos, seria alguém demasiado incompleto.
Por fim reconheço que a blogosfera foi, ultimamente, o melhor terreno que eu tive para mostrar a minha escrita mais recente. As contrapartidas desta fantástica colaboração resumem-se, numa só palavra: amizade!