Hoje para variar... andou-se o dia todo na azeitona!
Mudou-se de fazenda, mas não de actividade. Há que aproveitar os dias de sol e a abençoada (neste dias) ausência de chuva.
Ainda ontem ao fim da tarde, já a noite entrara, acabei por transferir todo o aequipamento para outra fazenda para que hoje tudo se iniciasse sem mais demoras. É que as oliveiras são muitas e requerem alguma atenção especialmente na pode.
Ãssim que chegámos npotou-se o chão molhado da noite húmida.
Chegaram os homens e depressa se chegou a isto.
Para se fazer um pequena ideia esta mantada deu cinco sacos cheios de azeitona negra e bonita. Como já aqui havia falado se não fosse isto,
muito provavelmente estaríamos muito atrasados. O video não é muito feliz em primeiro plano, mas se repararem bem no segundo há outrém.
Voltava eu a espalhar pela terra os panos que irão recolher a azeitona,
enquanto outros cuidavam em podar as oliveiras colhidas.
A azeitona cai em quantidades fantásticas e três horas depois há novo pano repleto
somente que mãos hábeis retirem as folhas antes de ensacar.
A chão está tão atapetado de panos que houve quem brincasse com a situação.
Entretanto a poda das oliveiras resultava nisto,
Após o almoço a azáfama mantém-se para chegar o fim do di e olhar-se o terreno e vê-lo assim.
Há baldes, sacos cheios, mantadas com mais azeitona, rama da poda espalhada, oliveiras bem despidas.
Depois foi arrumar o que se pode para finalmente recolher os sacos.
Enquanto Morfeu reinava a "ceifeira" levou o mais polivalente dos actores que passaram pela sétima arte. Sean Connery morreu nas Bahamas enquanto dormia.
Reconheço que sempre gostei deste actor. É daqueles que nunca enganou e mesmo em filmes medíocres o actor escocês destacava-se sempre pela positiva.
Liga-se a este actor a primeira saga de James Bond, que começou nos anos 60 e continuou até ao presente século. Não sendo eu um enorme apreciador destas sagas, tenho de admitir que Connery foi, de todos aqueles que incorporaram o agente secreto britânico, o actor que deu mais carisma e qualidade.
Vi muitos filmes com Sean Connery. Todavia há um que gosto especialmente até porque considero que a adaptação do livro para o cinema foi muito bem conseguida. Chama-se "O Nome da Rosa"!
Partiu um dos grandes "Intocáveis" do cinema.
A sétima arte perdeu uma das suas figuras maiores.
Certo dia o Segismundo e o Amado compraram em simultâneo uma enciclopédia e pediram que os volumes fossem entregues no Serviço da Tesouraria.
Naquela manhã uma das recepcionistas liga para o Serviço a comunicar que haviam sido entregues duas encomendas iguais: uma para o Amado e a outra para Segismundo.
Amado foi à recepção e levou os dois pacotes para dentro, já que o colega estava de serviço numa caixa fora da Tesouraria. Abriu a dele, mostrou o que continha e logo ali se congeminou mais uma partida ao Segismundo.
Pegaram então na caixa da encomenda do Amado, colocaram lá dentro um volume pesado. Fecharam o pacote, endereçaram ao Segismundo e entregaram novamente na recepção com a indicação:
- Alice, guarde a encomenda. Quando o colega chegar ele virá buscá-la.
- Com certeza – aceitou a colega convicta que era um gesto normal.
Quando à tarde chegou Segismundo recebeu a indicação de ir até à recepção para levantar uma encomenda. Assim fez!
Já no Serviço, os colegas fizeram tudo para que Segismundo abrisse o pacote:
- Mostra lá o que compraste…
- Não – respondia o outro.
Vinha outro:
- O que tens aí? Pode-se ver?
- Não
E assim foi o resto da tarde.
Finalmente ao fim do dia Segismundo pegou no volume e levou-o para casa sem o abrir no Serviço.
No dia seguinte a vítima fez o que ninguém esperava não proferindo qualquer comentário do sucedido.
Todavia mais tarde veio a saber-se que no jantar daquela noite abriu feliz a encomenda e foi com anormal e estranha surpresa que recebeu uma lista telefónica volumosa da zona de Lisboa.
Hoje sem a necessidade de buscar alfaias cheguei ao olival mais cedo que ontem, ainda não eram sete e meia da manhã.
Cedo percebi que iria ser um dia quente. O anilado do céu surgia em todo o seu esplendor sem uma única nuvem.
No intuito de fazer um breve esclarecimento comunico que desde há uns anos que adquiri máquinas para varejarar a azeitona. São máquinas eléctricas alimentadas por baterias de carro e que me dão um jeitão... Diria que sem elas demoria mais do dobro do tempo a apanhar a azeitona. Depois a escada por vezes é falsa e são conhecidos os acidentes de quedas das oliveiras... Então estas que são vetustas!
Mas hoje iria ter a colaboração de um jovem habituado a esta vida dura do campo. E sinceramente ele vale o dinheiro que ganha. Ao fim de uma hora as mantadas de azeitona colhida para escolher, começaram a espalhar-se pelo olival.
Mal se acaba uma oliveira, logo se recolhe o pano e se estende noutra, de forma a que o homem com uma das máquinas não pare.
As mantadas sucedem-se enquanto só um par de mãos a escolhe para ensacar.
Entretanto isto, eu sou "pau para toda a obra": colho com uma outra máquina, depois corro a mudar os panos ou vou ajudar a minha mulher a ensacar a azeitona que ela vai escolhendo. Na foto supra já havia três enormes mantas com azeitona.
Depois de escolhida ei-la finalmente em sacos.
Mas a chuva negra não pára de cair. Ao que parece este ano as oliveiras fizerem fé em dar fruto. Até uma pequena e velha oliveira fez a sua parte,
já que do seu único ramo saiu pouca azeitona, mas ainda assim tapou o fundo do balde.
A tarde já cai sobre a aldeia, no entanto há que acabar de escolher. De tal forma que se esgotam os sacos e tenho de levar a azeitona em baldes para o barracão de guarda.
Valeu o dia 27 sacos que a somar aos 11 de ontem dá 38... Portanto contas redondas... 1000 quilos já estão apanhados.
A pandemia que entrou na vida de todos nós quase que me estragava os planos da campanha deste ano de apanha da azeitona beirã. Por causa dos confinamentos e proibição de andar entre concelhos no próximo fim de semana acabei por vir mais cedo… E ainda bem porque a azeitona está no ponto!
I
Nestes dias dormir até tarde acarreta uma grande desvantagem: torna o dia muito mais pequeno. Por isso levantei-me às seis da manhã para ir ao pão e comprar aqueles croissants que são uma especialidade. Depois um pequeno almoço reforçado, um café rápido mascarado e eis-me na carrinha para ir buscar sacos, mantas, baldes e demais alfaias.
Cheguei ao olival passava já das sete e meia, mas num ápice descarreguei o material.
Mantas estendidas,
máquinas preparadas e iniciei a campanha deste ano com a mesma vontade de anos anteriores. Quiçá mais, já que não vieram os meus colaboradores do costume… A vida assim obrigou.
Duas horas depois já o chão se atapetava de azeitona negra.
Às onze era já assim o aspecto do olival
e um pouco mais tarde juntava-se a primeira mantada de azeitona colhida de uma só oliveira.
O dia esteve bom, mesmo agradável sem muito sol devido a um capelo de nuvens que ajudou a manter a temperatura amena. Ideal nestas coisas, já que tanto o frio como o calor em demasia são óbvios inibidores de uma boa apanha.
A tarde chegou, mas como havia ido almoçar um tanto fora de horas aquela foi mais curta. Andei quase todo o dia de máquina em riste para o céu. Atrás de mim vinha um parente, que nestas alturas me ajuda na poda… Ah pois… que aqui faço logo dois trabalhos: apanha-se a azeitona e poda-se a árvore para o próximo ano.
A minha mulher foi, entretanto, separando a azeitona da maior das folhas. E enchia sacos… Uns atrás dos outros.
Uma penumbra noctívaga desceu finalmente sobre a aldeia e deste modo colocamos um ponto final no dia.
Tudo somado… foram quase 12 sacos que arrumei no barracão.
No passado dia 11 de Setembro escrevi e mostrei aqui o trabalho daquele tão célebre dia. Ora... mês e meio depois achei que deveria mostrar a evolução daquela plantação.
Mais um bocadinho de tempo e estarão prontas para ir para a panela.
Falta-lhes, no entanto, o frio e aquelas geadas que as cozerão e lhe darão aquele gosto tão rico e saboroso.
Previa-se, mas não se imaginava que fosse tão cedo.
A realidade é que os resultados das eleições regionais deram uma vitória eleitoral ao Partido Socialista, mas sem a saborosa, para não dizer poderosa, maioria parlamentar. O que significa que pode acontecer ao PS açoriano o mesmo que aconteceu à Aliança há uns anos: ganhar as eleições e não fazer governo. Isto é, à luz do que foi feito em 2015, pode ser criada uma geringonça, desta vez à direita, no parlamento insular, deixando o PS a ver as ondas do belo mar azul.
Da mesma forma que não concordei com a geringonça de esquerda que o PS, BE e PCP se apressaram a inventar e a impor ao país, também não concordo com uma eventual de direita nos Açores.
Todavia António Costa merece que lhe passem essa rasteira. SE o fizerem veremos se as razões para a geringonça de 2015 já não servirão para o parlamento açoriano. Não me admiraria nada…
Mas já estou habituado às piruetas e mortais que os diversos governos socialistas (e não só) vão apresentando aos portugueses. Naturalmente sempre em nome de um bem maior…
Sempre gostei de ciclismo, mas curiosamente o Giro nunca foi alvo das minhas atenções. O Tour sim, assumo!
Porém este ano e logo no dealbar da Volta à Itália dei conta de que um português vestira a camisola Rosa, símbolo do comandante da classificação.
Desde aquele dia até hoje tentei ver tudo o que me foi possível do Giro. E sofri a bom sofrer com as etapas em que João Almeida transportava o jersey Rosa. Como aqui e aqui dei conta.
No entanto não posso olvidar Ruben Guerreiro que deu razão ao apelido, tendo ganho a camisola Azul, símbolo do rei da Montanha, e vencido a nona etapa sob chuva e com uma sinalética deveras conhecida no futebol ao atravessar a linha de meta. Outro herói!
Acabou hoje o Giro.
Ora após a triste queda na classificação de João Almeida, de primeiro para quinto, após a etapa onde o Stelvio não se deixou derreter pelo coração luso, talvez se pensasse que um quinto lugar seria uma fabulosa classificação do atleta de A-dos-Francos. Ainda por cima no ano de estreia numa prova de três semanas...
Todavia hoje João mostrou aos mais cépticos de que fibra é feito e no contra-relógio galgou mais um lugar na classificação terminando a etapa e o Giro num honrosíssimo quarto lugar, à frente de ciclistas com Peter Sagan ou Nibali, ciclistas de créditos firmados e que dispensam apresentações.
Agora cabe às equipas destes dois atletas decidirem o que irão fazer, num futuro próximo ou mais distante, com este património atlético. Quanto a nós portugueses será também a hora de publicamente agradecermos o empenho, a coragem e a garra que estes dois lusos atletas mostraram nas estradas italianas (senhor Presidente da República olhe que não é só de futebol que vivem os portugueses!!!).