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Espaço de reflexões, opiniões e demais sensações!

Espaço de reflexões, opiniões e demais sensações!

E por hoje é tudo!

Finalmente consegui aqui chegar.

Ando há dois dias em limpezas profundas numa casa que tenho perto da praia e que não me via desde o início de Março (provavelmente até antes!!!).

Portanto desde madrugada até a estas horas é sempre a dar-lhe. Comecei ontem...

Tendo em conta que o meu filho mais velho pretende vir para aqui passar uns dias de férias mais a pequenina... eu não poderia deixar a casa carregada de pó e lixo.

Então toca a limpar... desde o sótão.

Hoje foram os quartos, amanhã sala, escritório e quiçá cozinha... Nem tempo tenho para pensar em algo para escrever.

Hoje fico-me por aqui... derreado!

A gente lê-se por aí!

Sótãos - um Mundo mágico...

... sobre os nossos olhos

Adoro casas com sótãos ou melhor gosto muito dos sótãos de muitas casas.

Por isso, quando mandei fazer a minha casa quis ter espaço para criar posteriormente um. E assim fiz...

Um verdadeiro sótão é assim um lugar mágico dentro de uma casa. Poucos sabem que existe e quando são convidados a subir uma escada estranha e quase sempre íngreme, deparam com um lugar repleto de inutilidades, mas com imensa história. Não interessa o que lá se encontra, todavia imaginamos que tudo aquilo foi em determinada momento na longa tábua da vida, algo importante, quiçá essencial para alguém. Penetrar calmamente num lugar destes é uma experiência inolvidável. Não se exige coragem, só se tiver receio de algum aracnídeo, mas requer espírito aberto e capacidade para entender... o mundo que o olhar abarca.

Acreditem... um bom sótão não é igual ao meu que abaixo apresento, mas algo assaz diferente. Seja como for nem imagino o que pensará a minha neta daqui a muitos anos, quando um dia que subir os degraus de ferro que permitem chegar a este local.

Provavelmente chamar-me-á de tonto, todavia a tal magia estará lá... toda. Só desejo realmente que ela a perceba!

Uma tarde destas...

Não se admirem com aquilo que vou escrever, mas ainda tenho telefone fixo em casa. Se bem que há anos não faça qualquer chamada lá está ele no corredor, todo modernaço e a gastar-me 13 e 28 cêntimos todos os meses. Mas como foi uma espécie de herança deixada pelo meu falecido sogro... olha deixa estar... digo eu para os meus botões. Entretanto já mudou diversas vezes de operadora... Modernices...

Bom... uma destas tardes, enquanto estava em teletrabalho, tocou. Uma raridade... Atendi. E foi este mais ou menos o diálogo entre o colaborador e o assinante (eu!!!).

- Boa tarde...

- Boa tarde, faça favor de dizer...

- Estou a falar com o senhor José da Xã?

- Exactamente. Donde fala?

- Sou da... (disse o nome da operadora).

- Então diga...

- Como está o senhor?

"Olhameste" a deitar areia para os meus olhos - pensei eu...

- Estou bem, mas diga se fizer favor...

- O senhor é um cliente antigo (mentira eu mudei há poucos anos para esta operadora!!!) nunca se atrasou a pagar uma factura (mais sebo para cima de mim!!!) e temos, por isso, uma oferta para lhe fazer.

- E qual é?

- Um telefone novo...

- Óptimo, que este já está a ficar velho - interrompi eu.

- E baixamos a sua factura mensal para 12 euros e (qualquer coisa... menos praí uns 30 cêntimos).

- Mais cento... (e não sei quantos ... uma barbaridade) canais de televisão.

Isto estava a correr tão bem - voltei a pensar.

- Pois... mas eu... canais de tv não quero. Porque a vossa operadora já me fornece um serviço de televisão (que eu não vejo) através de um outro contrato que envolve uma empresa e não uma pessoa singular (não disse qual era, obviamente!).

- Ah então assim não posso oferecer nada. Lamento...

- Então boa tarde... 

E desliguei o telefone.

No fim só pude rir do rídiculo a que as empresas deste negócio se expõem para angariar um pobre cliente.

Vou ter de mudar de operadora... Lá terá de ser!

Fármaco eficaz!

Não é por chegarmos a uma certa e determinada idade que devemos considerar parar de todo. Eu, pelo menos, não o pretendo fazer, não obstante estar a pouco mais de 15 dias das férias que antecedem a minha reforma.

Porém... o corpo começa a dar sinais... É, deste modo, conveniente perceber o que ele nos está a tentar dizer.

No meu caso descobri que há um lítigio latente entre o que desejo fazer (e é muito) e os tais sinais.

Exemplifico... Gosto de escrever, mas todas as manhãs as minhas mãos doem-me. Tenho diversos problemas de "dedos em gatilho" em ambas as mãos, que já sofreram algumas infiltrações, mas acima de tudo há uma bravata com os meus ombros.

Tenho algumas "ites", segundo dizem alguns especialistas da área, o que diminiu a minha capacidade de trabalho, seja no meu emprego, cada vez menos importante, seja para estes momentos de escrita, cada vez mais importantes.

Todavia há que resistir... Como sempre o fiz.

Portanto está na hora de iniciar a tomar umas cápsulas de um fármaco que não sendo novo é muitas vezes eficaz e para o qual não é necessário qualquer receita médica.

Chama-se "aguentocaína".

A gente lê-se por aí!

O livro ou o filme primeiro?

Adaptar uma obra literária, seja ela qual for, ao cinema ou à televisão não me parece uma demanda de somenos.

Talvez por isso prefira ler primeiro o livro e só depois constatar como foi passado para o pequeno ou grande ecran.

Há argumentistas e realizadores que tentam seguir fielmente o enredo. Outros tentam acrescentar alguma emoção ao que já se encontra escrito.

Neste confinamento acabei de ler Tieta de Jorge Amado. Um romance muito curioso, já que é muito diferente daquilo que foi a telenovela que a Globo brasileira emitiu há muitos anos. Algumas personagens são as mesmas, mas a maioria peca por excesso. Isto é a televisão brasileira criou uma série de figuras associadas a pequenas histórias que nunca vi escritas no original.

Não é que fiquem mal… longe disso. Todavia o livro acabou por saber a pouco, tais foram as nuances introduzidas ao enredo original.

No chão da rua vê-se de tudo...

... para além das máscaras!

Percebo que haja quem não goste de ler, especialmente livros de cariz filosófico-religiosos. Tal com entendo que os livros referidos a estes temas não agradáveis para muitos, possam ocupar um espaço relevante numa biblioteca pessoal, em detrimento de outras obras que se considerem mais relevantes...

Porém...

Despejar uma série de compêndios em plena rua mesmo que seja encostado a um caixote do lixo e a pouco mais de 50 metros de uma biblioteca pública, é que me surge como uma ideia pouco civilizada. Acrescento que deitar fora uma das obras mais marcantes de um dos melhores escritores portugueses então parece-me mesmo impensável...

livros_lixo.jpgv_ferreira.png

"Há" dúzia é mais barato!

Hoje segunda-feira voltei à estrada. Ou para ser mais preciso regressei às caminhadas nas ruas da cidade onde moro.

Dia_4.jpg

Comecei relativamente cedo e em uma hora e doze minutos acrescentei às pernas mais de cinco quilómetros e meio, conforme imagem supra.

Bom... mas não é das minhas caminhadas que desejo escrever hoje, nem dos quilómetros percorridos por entre ruas, prédios, cruzamentos e passaddeiras. Regresso então a um tema que já aqui havia abordado: as máscaras largadas no chão.

Nos primeiros dois dias não me preocupei em contabilizar o que fui encontrando. No entanto ao terceiro dia tomei essa iniciativa tendo visualizado somente cinco máscaras cirúrgicas ao abandono.

Mas esta manhã e após um fim de semana quente, de quase total desconfinamento e após uma légua, contabilizei uma dúzia de máscaras espalhadas na calçada.

Não melhor que à dúzia para colocar a saúde pública em risco... Sempre se torna mais económico.

Actualização: hoje dia 26 "só" encontrei 16 máscaras.

A ditadura do “não-pensamento”

O homem é um ser pensante. Isto é, somos os únicos animais que usamos o cérebro para além das funções primárias de sobrevivência da espécie.

Alguém pensa numa ideia, amadurece-a, verbaliza-a com outros ou então escreve-a unicamente. O passo seguinte servirá para debater, discutir, contrariar ou aceitar. E finalmente, se for caso disso, colocar a ideia em prática.

Porém este Mundo de muitos teres e poucos ou nenhuns seres, originou que muitos, deixassem, somente para alguns, a louca responsabilidade de pensarem… por eles.

Se formos a ver, pensar uma ideia dá um trabalho descomunal, essencialmente se ela for bem definida e anormalmente assertiva. Já para não falar da coerência que se deseja entre o desejo para a ideia e a acção individual.

Portanto endossa-se a outros a tal função…

Só que há quem goste de pensar pela sua própria cabeça, independentemente daquilo que possam dizer. Enfrentam, por isso, diversos inimigos que detestam este tipo de… seres humanos.

E esta postura antagónica observa-se nos locais de trabalho, na política, na religião, na sociedade civil.

Assumo sem rodeios que sou um desses indivíduos pensantes, já que não procuro seguir as ideias que me são propostas sem as entender primeiro. E na maioria, reconheço, não as entendo...

Talvez por isso e como católico seja, por exemplo, contra o celibato obrigatório dos padres ou a favor do uso do preservativo. Tal como na política, onde também tenho pensamentos muito próprios sem estarem associados a quaisquer partidos ou ideologias.

Seremos quiçá poucos os que, como eu, olham a vida com pensamentos bem definidos. Essencialmente numa época em que o Mundo é inundado por uma profusão de “fait-divers” com o único intuito de desviar as atenções dos assuntos realmente importantes.

É neste limbo estranho de demasiados equívocos e de pouquíssimas verdades que vive a maioria das pessoas. Ainda por cima acreditando piamente em bizarros conceitos.

Portanto paira sobre todos nós uma espécie de ditadura do “não-pensamento”, imposta por políticos, televisões, rádios, jornais, redes sociais, “opinion makers”, revistas e sei lá quem e o quê mais. Estes serão assim os únicos donos da verdade... (dizem eles!!!)

Concluo este desabafo com a noção perfeita de que quem tenta abrilhantar a sua vida (e de outros!) com novas ou diferentes ideias arrisca-se a ser massacrado por aqueles que usam a cabeça unicamente para transportarem o cabelo.

E alguns, coitados, nem isso…

White Lines – a nova série da Netflix

Estreou-se no passado dia 15 de Maio a nova série da Netflix denominada “White Lines”.

A espectativa era enorme nos dias de antecederam a estreia, já que esta série tinha como autor Alex Pina, o mesmo que criou “A Casa de Papel” com o estrondoso sucesso que se lhe reconhece e ajudou a escrever Vis a Vis.

A história é aparentemente simples: no meio de um deserto surge um corpo em elevado estado de decomposição. Identificado a vítima, que havia desaparecido há vinte anos de Ibiza, origina que a irmã vá para aquela ilha do Mediterrâneo no intuito de perceber o que teria realmente acontecido ao irmão.

Dez episódios de 55 minutos cada com paixão, emoção, trama, sexo, violência, drogas. Todavia nem por sombras estes episódios se aproximam do ritmo e da excelência da “Casa de Papel”.

Outra curiosidade com esta série foi a participação de três actores lusos. Nuno Lopes como Boxer, Paulo Pires no papel de George e Rafael Morais como Boxer com menos 20 anos.

E é nesta participação que incide todo o (nosso) interesse, já que Nuno Lopes sai desta “faena castelhana” em ombros.

Não sendo um papel difícil, o actor português empenhou-se ainda assim em dar um cunho muito pessoal originando um incremento qualitativo de série.

Outro ponto positivo prende-se com a boa fotografia, se bem que parte das filmagens tenham ocorrido maioritariamente na ilha de Menorca e não em Ibiza, segundo apurei.

Referência positiva também para a actriz britânica Laura Haddock na figura de Zoe Walker, a irmã do desaparecido Axel (Tom Rhys Harries).

Pontos negativos associo-os ao pouco esclarecimento de como o corpo aparece a centenas de quilómetros do local onde foi morto e a razão ou razões para essa movimentação (poderia ter sido bem explorado esta situação que daria pelo menos mais um ou outro episódio) e à forma quase apressada como os últimos episódios decorreram.

Resumindo: não sendo uma série frenética e alucinante como a Casa de Papel onde tudo foi pensado ao mais ínfimo pormenor, ou violenta como Vis a Vis, White Lines tem ingredientes suficientes para se tornar mais um sucesso da Netflix.

Sair devagarinho...

Toda a minha vida escrevi.

O início foi em papel, depois numa velhinha máquina de escrever Hermes 2000 (reparem no cabeçalho... está lá!) e por fim nas novas tecnologias. Todavia continuo a gostar de manuscrever, se bem que com isso tenha dois trabalhos…

Durante anos juntei textos e mais textos. De vez em quando revisito-os, tentando entender o que era a minha cabeça desde há meio século e acima de tudo descobrir como ela evoluiu até ao que sou hoje.

Justamente por isso reconheço que no princípio aquilo era mui pobre, triste e confuso. Mas só podia… a juventude é um mar revolto de certezas incertas.

Avancemos célere no tempo até… 2012, quando criei em Janeiro daquele ano o blogue José da Xã.

Um pequeno passo para a humanidade, mas para mim foi um salto de gigante, já que os meus escritos passariam a ser visíveis por quem visitasse o blogue. Um risco incalculado porque jamais soube no que me estava a meter.

Passados estes oito anos de muitos textos inéditos e muitos desafios sinto que é tempo de correr as cortinas e colocar a tabuleta de fim de exercício.

Mas faço-o conscientemente agora porque considero que este parece-me ser o momento certo, a altura ideal.

Foram anos maravilhosos. Escrevi lá algumas coisas giras e outras menos engraçadas, mas o mundo não são só rosas… há que considerar alguns espinhos.

Entretanto continuar com este blogue onde me apraz outrossim escrever e, portanto, não vou fugir nem desaparecer.

Obrigado a todos quantos me estimularam a escrever. Sou definitivamente um privilegiado. E digo-o de coração cheio de bonitas palavras que ali fui recebendo.

Bem-hajam.

A gente lê-se por aí!

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