Sou adepto do Sporting Clube de Portugal, clube nascido há mais de 100 anos.
Aprendi a amar um clube que diziam ser diferente e do qual sou sócio há 40 anos!
Alguns falavam que era o clube dos ricos, mas o meu pai andou quase sempre dscalço até vir para a tropa... portanto de rico teve pouco ou nada.
Depois falava-se da postura até que alguém estragou aquela imagem exacerbando-se com uma linguagem imprópria.
Todavia não posso olvidar as enormes figuras do futebol nacional que evoluiram neste clube: Peyroteo, Travassos, Jesus Correia, Hilário, Yazalde, Balakov, Cristiano Ronaldo e mais recentemente Bruno Fernandes. E estes exemplos pecam por uma enorme escassez de nomes.
Depois foi o ciclismo e Joaquim Agostinho, no fundo e meio fundo em atletismo com Carlos Lopes, Mamede, os gémeos Castro, Naide Gomes ou Obikuelo e claro está o professor dos professores... Moniz Pereira.
No Hóquei em Patins com Livramento, Chana, Sobrindo, Ramalhete e tantos outros.
Será necessário dizer mais alguma coisa?
Pois é... este Sporting referido acima fará parte da história do desporto Nacional.
Entretanto o clube que hoje reside para os lados do Lumiar é um perfeito mau exemplo de como se consegue destruir num ápice um imenso património desportivo.
O Sporting bateu no fundo, donde dificilmente sairá.
Decididamente este não é o meu Sporting. Para profunda mágoa minha e dos meus.
A semana passada fiz anos, mas por motivos de agenda só ontem se conseguiu juntar a família para o almoço comemorativo.
Éramos 11 à mesa já que o mais recente membro da família ainda não tem idade para tal.
Com o tempo conquistará também o seu lugar à mesa.
O repasto foi um cozido à Portuguesa com muitas couves, batatas, nabos, cenouras e, claro está, com muitas carnes, essencialmente enchidos oriundos da Beira Baixa.
O almoço decorreu de forma animada e a mais pequenina não deu qualquer trabalho que exigisse a presença dos pais.
Mas seria no fim do almoço que me caberia o melhor momento e a melhor prenda...
Foi-me colocada nos braços, pela primeira vez desde que nasceu, a minha neta.
Já nem me lembrava como se pegava num bebé!
Foi uma sensação estranha... esta de ter novamente uma criança nos braços passados mais de trinta anos. Ainda por cima filha do meu infante mais velho!
Mas saiu impecável dos meus braços sendo uma experiência a repetir.
Tenho no meu carro o cd de um disco que tem muitos anos, mas do qual nunca me liberto. Chama-se "White Mantions" e conta uma estória dentro da história daquilo que foi a guerra civil americana.
Um disco que me acompanha há muitos anos.
Entretanto hoje tive uma belíssima surpresa ao ser brindado com um conjunto de discos do cantor Jacques Brel.
Uma colectânea de 60 das melhores canções que eternizaram o grande cantor, compositor, actor e realizador belga que morreu demasiado cedo, aos 49 anos.
Agora é simplesmente escutar... no meu carro, obviamente!