Inicio este postal com um mui breve exemplo do que foi a viagem de barco entre a cidade da Horta na ilha do Faial e a vila das Velas na ilha de S. Jorge e que durou mais de duas horas já que partimos às nove da manhã e chegámos já passava das onze e meia.
Durante toda a viagem tanto a chuva como o mar encapelado fizeram as suas vítimas. Felizmente que este casal sexagenário passou esta prova com grande distinção chegando à bonita vila das Velas fresco e airoso e pronto para aquilo que a ilha teria para nos mostrar.
Durante a viagem marítima um dos assistentes de bordo aconselhou-nos lugares e restaurantes. Com os pés em terra firme recolhemos a viatura e fomos em busca do hotel onde deixámos as malas. Novamente na estrada eis que começámos a subir para Santo Amaro onde encontraríamos o primeiro restaurante na ilha do bom queijo (mais uma!!!).
O Forno de Lava é um espaço fantástico com boa comida, óptimo serviço e simpatia a rodos. Como é apanágio dos ilhéus. Os preços dentro do que é normal para as ilhas. Pena foi que o nevoeiro tivesse inundado a ilha, inibindo de vermos a paisagem da esplanada do restaurante.
Após o almoço partimos à descoberta da ilha. A ideia seria correr o sul da ilha nesse mesmo dia, tentando ver as Fajãs mais conhecidas para no dia dia seguinte o destino ser... a Fajá da Caldeira de Santo Cristo.
A primeira paragem foi nas Manadas onde o sol mais ou menos surgia por entre umas nuvens cinzentas. Junto ao mar conseguia-se ver a Ilha do Pico à distãncia
A igreja bem perto parece guardar o local das intempéries.
Voltei à estrada principal até encontrar o primeiro desvio para uma Fajã. Seria a da Almas a primeira de algumas que veria com gosto. Estrada muito inclinada, curvas deveras apertadas onde seria impossível a passagem de duas viaturas. A determinada altura já quase a chegar a estrada alargou como se houvesse um parque de estacionamento.
Fui aí que deixei a viatura e desci o resto a pé. Esta foi a primeira foto da Fajã
Ainha havia muito para descer. A paisagem é de cortar a respiração mas o que mais me surprendeu foi a quantidade de lagartixas que se conseguiam ver. Não exagero ao dizer que vi centenas... de todos os tamanhos e cores. Inofensivas, ainda assim pareceu-me claramente estranho aquela quantidade enorme de répteis.
Que me parecem já estar habituados ao ser humano
Chegar ao nível do mar ainda demorou uns belos minutos, mas valeu a pena.
A subida fez-se bem sem sobressaltos nem outras viaturas e mais à frente nova Fajã. A dos Vimes que é conhecida por ser o único local da Europa onde se produz café. Mais uma descida até bem perto do mar para encontrar a loja da D. Paula que é uma das três produtoras de café naquela Fajã.
Tivemos o privilégio de fazer uma visita ao cafezal onde a proprietária contou um pouco da história de como apareceu ali o café. Parece que um antigo emigrante no século XIX regressou à sua ilha e para lá trouxe alguns bagos de café que semeou. Mais tarde a planta deu frutos e daí ter surgido esta pequeníssima actividade.
Por ali ficámos a tentar perceber como tudo se fazia. Parece que estamos ainda nos velhos tempos pois tudo ali se faz de forma artesanal. Saímos da Fajã e percorremos o caminho para uma das pontas da ilha. Mais conhecida pelo Topo este local deu-nos então isto.
Vinte e um estudantes foram mortos e mais de 100 ficaram feridos quando um avião americano F-100 caiu na Escola Primária Miamori, em Ishikawa, no Japão, na ilha de Okinawa. O piloto havia-se ejectado depois que o avião avariar e atingiar a escola.
Um dos incidentes mais estranhos na história da MLB aconteceu quando duas bolas de beisebol estavam em jogo ao mesmo tempo durante o jogo Cardinals-Cubs. O juiz Vic Delmore entregou uma nova bola de beisebol ao arremessador Bob Anderson, de Cubs, enquanto o terceiro jogador de base de Cubs, Alvin Dark, pegava uma bola que ainda estava em jogo. Quando o Stan Musial dos Cards chegou à segunda base, Anderson e Dark jogaram uma bola de beisebol em seu caminho. Musial correu para o terceiro lugar quando viu o lance de Anderson passar por ele e foi marcado por Ernie Banks, que havia capturado a bola lançada por Dark. Depois de dez minutos, os árbitros decidiram que Musial estava fora. Os cardeais venceram de qualquer maneira, por 4-1, portanto nenhum protesto foi apresentado.
Nasceu:
Vincent D'Onofrio, actor americano;
Michel Dion, atirador de espingarda canadiano (Olimpíadas 84-92, 96), nascido no Québec.
Quando descíamos com o carro da Espalamaca para dar uma vez mais ao cais, reparei que um dos veleiros que havia visto no dia anterior fizera-se ao mar.
O "Tres hombres" içara já parte das suas velas para seguir viagem. Todavia deixara a sua marca na marina. Tradição é tradição e será sempre para manter|
Quando cheguei ao Porto Pim para almoçar a chuva, que toda a manhã fustigara com mais ou menos violência a cidade da Horta, parecia ter amainado.
A conselho de um outro bloguer acabei por ir almoçar ao Genuíno. Sinceramente não me arrependi. Boa comida, bom serviço, simpatia a rodos e um lobo-do-mar à porta para se despedir da gente. Um privilégio ter podido apertar a mão àquele homem.
Genuíno Goulart Madruga nasceu no Pico mas cedo se instalou no Faial. Pescador e marinheiro Genuíno foi o primeiro açoriano a dar a volta ao mundo num solitário.
Uma história de vida que ninguém deverá esquecer.
O tempo entretanto levantara. O sol lançava-se agora com força sobre a cidade. Após o almoço voltei ao porto. Definitivamente não me cansava de ver aquele mundo...
Percorri calmamente muralhas de betão onde os veleiros estavam encostados. Encontrei um pai e três crianças que haviam partido de Le Havre em França no passado mês de Agosto para ir até às Antilhas, no seu "jubilé" de cor azul, estando agora de regresso ao país natal quase um ano passado.
Mais um mestre que encontrei a cumprir a tradição.
Aproximava-se o fim da tarde. No dia anterior soubera de uma missa na Igreja Matriz da Horta seguida de procissão por algumas artérias da cidade.
Chegámos mesmo a tempo de ainda ver os padres a chegarem à Matriz onde foram recebidos com uma enorme fanfarra. Lá dentro os fiéis enchiam o templo aguardando a chegada dos padres. A rua surgiu muito bem enfeitada num trabalho que deve ter sido moroso.
A devoção que todos os presentes mostraram nas cerimónias do dia Santo foi óbvio sinal de muita fé e crença. Um exemplo para muitos dos continentais...
A noite aproximava-se e com ela a aventura do dia seguinte.
O Papa João XXIII publicou a sua primeira encíclica, Ad Petri Cathedram, antes da abertura do Concílio Vaticano II. A carta papal enfatizava que uma renovação da Igreja Católica Romana precederia uma reunião com outras denominações cristãs.
Nasceu:
Larry Parham, a quarta vítima do assassino em série mais conhecido como o Zodíaco de Nova Iorque e a primeira a falecer.
Faleceu:
A. Cecil Snyder, advogado, promotor e juiz de Puerto Rico, morreu aos 51anos.
A cidade da Horta acordou sob uma chuva miudinha na quinta feira. Dia importante para os católicos mas apenas mais um feriado para os outros. Após um pequeno almoço onde o queijo da Ilha de S. Jorge foi a estrela e um bom café, peguei no carro e fomos até ao Monte da Guia.
As "Caldeirinhas" apreciadas do cimo do Monte têm outra beleza.
O vento soprava com força e a chuva molhava com alguma intensidade. A vista da cidade do lado contrário à Espalamaca, especialmente para o Porto Pim denuncia uma vista única, não obstante o cinzentismo da manhã.
A descida para o porto fez-se devagar tendo em conta a queda de terras que cortaram o caminho. Procurei o Aquário e o Museu da Baleia. Mas quer um quer outro encontravam-se encerrados por via do feriado...
Virei à esquerda e percorri diversos quilómetros à beira-mar. O negro das rochas destacavam-se como gumes no mar revolto. Apanhei finalmente a estrada que me levaria ao aeroporto. Pelo caminho apanhei diversos Impérios ao Divino Espírito Santo, devoção muito enraizada neste povo insular.
Até que a seta indicava o local...
Vira-o ao longe lá do Monte da Guia, mas não calculava ver algo tão especial. Um istmo que entra pelo mar dentro. Uma espécie de castelo construído sem intervenção humana, maioritariamente habitado por muitas aves especialmente os já conhecidos e anteriormente referidos cagarros,
e que conjuntamente com a restante passarada que por ali vive faz-nos sentir a beleza do que é puro em todo o seu esplendor. As vacas que por ali vão pastando perto são outrossim testemenhas desta imensidão de Natureza, em estado genuíno.
Após uma visita à queijaria do "Morro" onde acabámos por comprar uma série de queijos eis que é tempo de regressar à cidade. A povoação Flamengos surge nos painéis identificativos e depressa chego ao Jardim Botânico.
Outro local fantástico onde se tenta preservar e até desenvolver espécies endémicas
como é o caso da flor "não-me-esqueças" ou mais conhecida por Miosótis.
Pena foi que o Orquidário não estivesse já aberto. Mas valeu a visita... Demorada.
Entretanto antes da visita percebemos que bem perto dali existiam os charcos de Pedro Miguel. Decidimos assim que saímos pormo-nos a caminho em busca dos ditos...
O tempo continuava plúmbeo e desagradável mas nada nos demoveu. Sobe e desce curva e mais curva, alcatrão e terra, gado atravessado na estrada, para pararmos em... nenhures. A chuva continuava a cair, o vento a soprar com força mas o som que emanava daquele lugar tornou-se inesquecível e inanarrável.
Aproximou-se a hora do almoço... Era o momento de experimentar o restaurante Genuíno.
Desde o início que nunca fui muito apologista das trotinetas. Essencialmente por duas ordens de razão: a primeira pela sua proliferação na cidade e a forma como são largadas em qualquer lugar sem haver o mínimo cuidado de as arrumar nos lugares próprios, pondo em causa a passagem de invisuais, deficientes ou pessoas com mobilidade reduzida, nomeadamente as da terceira idade. Mas tendo em conta que quem usa estes veículos são maioritariamente jovens é óbvio que eles não se preocupam com os outros. Nunca foram educados para isso… Digo eu!
A segunda razão prende-se com a forma como as trotinetas são usadas… ou melhor… onde são usadas.
A CML preocupou-se em municiar e identificar por toda a cidade linhas de passagem para bicicletas. E faz todo o sentido desviando assim da estrada veículos que são mais vulneráveis aos acidentes.
Ora seria óptimo que os utilizadores de trotinetes usassem unicamente estes espaços para as suas deslocações e não ousassem sequer frequentar os passeios onde podem originar graves acidentes.
O Estado Português adora legislar. Em demasia… Mas no caso das trotinetes ainda não vi qualquer norma, diploma, decreto, portaria que obrigue os utentes destas transportes a terem um seguro, pelo menos de Responsabilidade Civil.
Não me preocupo se eles caírem e “esbardalharem” todos na chão. Preocupa-me isso sim com uma mãe que empurra o carrinho com a criança na calçada possa seja abalroada por um qualquer jovem “trotineteiro”. Ou um idoso caia empurrado por um destes… Ou qualquer um de nós…
Relembro aqui que fui uma vez multado por excesso de velocidade por conduzir 2 quilómetros a mais que o limite, mas esta gente atravessa a cidade numa velocidade estonteante sem que ninguém, repito ninguém, os obrigue a respeitar os outros.
Se algum dia eu for apanhado por esses tipos certamente que não o irei deixar escapar sem que assuma a responsabilidade. Irei até às últimas consequências...
A Igreja Ortodoxa Etíope foi criada como uma entidade separada da igreja cristã copta do Egito. O papa Cyril VI do Egito nomeou Dom Abuna Basilios como o patriarca da igreja, com autoridade para consagrar os seus bispos dentro da igreja etíope;
Em Meldrim, no estado americano da Geórgia, dezessete pessoas morreram queimadas enquanto nadavam no rio Ogeechee. A área da praia ficava abaixo de um trilho de 9,1m mas quando o comboio passou pela ponte, dois carros-tanque descarrilaram caindo na água e explodiram, enviando um manto de chamas para uma multidão de cerca de 175 pessoas.
Após um ligeiro petisco numa esplanada na Taberna de Pim ao sabor de uma fresca brisa da tarde, foi o momento de voltarmos ao porto da cidade da Horta.
Desde traineiras
a veleiros
passando pelos iates de luxo,
todos ali repousam até que novas viagens e renovadas aventuras surgam no horizonte marítimo.
Eu que jamais naveguei em qualquer veleiro, tendo tido apenas a experiência de muitos anos de atravessar o Tejo nos Cacilheiros, comovo-me a olhar aquela fantástica paisagem náutica.
Muitos turistas podem aqui chegar, ver, admirar, tirar um conjunto de fotografias, mas depois passam e rapidamente esquecem. Todavia este porto tem um mistério qualquer associado que desconheço, uma magia única que me assolou quando por ali passei.
Podem ter sido das pinturas,
que as tripulações tradicionalmente vão deixando como prova da presença naquele porto,
ou de outra coisa qualquer, no entanto não consigo ficar indiferente àquele lugar.
Ele transporta-nos para muito longe dali, para um mar tantas vezes ingrato mas ao mesmo tempo absolutamente único. Um porto que não é um ex-libris da cidade da Horta... É a cidade que, na sua simplicidade, complementa o porto.
Eleitores no Havaí foram às urnas sobre a questão de se tornar o 50º estado dos Estados Unidos da América. O resultado foi 132.938 a favor e 7.854 não. Apenas um dos 240 distritos foi contra o estado, com eleitores na ilha de Niihau 70-18 contra;
"West Side Story" fecha no Winter Garden Theatre de Nova York, após 734 apresentações;
Os jogadores votam Henry Aaron por unanimidade para o All-Star Game;
Golfe das mulheres do US Open, Churchill Valley CC: Mickey Wright defende com sucesso o seu título em 2 pancadas, de Louise Suggs.
Nasceram:
Dan Jurgens, escritor norte-americano de Banda Desenhada;
Janusz Kamiński, director de fotografia polaco (Lista de Schindler), nascido em Ziębice, Polónia.
Abandonei os Capelinhos com nostalgia. Mais à frente na estrada que já havia feito principiou novamente a chover.
Conduzi devagar ao passar por Ribeira Funda, Cedros, Salão, Espalhafatos, Pedro Miguel sem ver nenhuma das praias. A chuva intensa limitava os passeios pedestres.
Acabei por chegar à Espalamaca, sem ter passado pela praria de Almoxarife. Ficará para a próxima...
Na rotunda saio para a esquerda que me deu acesso ao Miradouro e onde se destaca uma enorme imagem de Nossa Senhora da Conceição que vela e guarda o porto e a cidade.
Inesperadamente pára de chover e um sol quente surge para secar a estrada. O miradouro é já ali. Daquele alto temos a noção de como a cidade está refém do porto. Uma paisagem única, brilhante e profundamente cativante.
O Sol ilumina agora a cidade e o porto. Entretanto o Pico esconde-se por detrás de grossas nuvens como se tivesse vergonha de ser testenmunha permanente de tanta beleza.
É a hora de descer à cidade. Deixo o carro e as malas no hotel e parto a pé para explorar finalmente a meretriz de um espaço que é já uma referência mundial.
Inicio a caminhada à beira porto pelo cais dos ferrys que brevemente me levarão a S. Jorge e com calma que o fim de tarde reserva vou palmilhando a calçada negra e alva.
O mar, o tal de cor azul como não há em outro lugar, anuncia-se calmo, sereno.
Aproximamo-nos da marina que alberga centenas de embarcações de (quase) todos os tamanhos e nacionalidades. Uns encostados, outros atracados ou simplesmente fundeados dá gosto sentir aquele espaço.
Na avenida, nas esplanadas ou simplesmente nos cais, velhos e novos lobos-do-mar de barbas longas e peles tisnadas, vão trocando ideias, contando e recontando peripécias passadas ao largo.
No final, bem no final da rua após o porto encontrámos o Porto Pim.
Trezentos e cinquenta metros de verdadeira praia de areia. Negra claro!