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Espaço de reflexões, opiniões e demais sensações!

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(In)Evitável!

Entrámos no mês do Natal. Um mês recheado de correrias, luzes, embrulhos e laços, acepipes e cheiros, almoços e jantares de empresas, campanhas a favor disto e daquilo.

Hoje fomos às compras logo pela manhã. O dia acordou frio, com um nevoeiro chato. Mas nada que nos impedisse de fazer as compres necessárias para os próximos dois meses. Já se sabia do Banco Alimentar contra a Fome e da respectiva iniciativa na angariação de produtos. À entrada uns jovens entregaram-nos três sacos (um para cada um) e lá fomos às nossas compras. A lista era enorme e depressa enchemos três carros e mais um para o  B.A.

Não imagino quanto se gastou para entregar à iniciativa, mas afirmo desde já que não me fará falta esse dinheiro.

Mas vamos ao que importa. Esta iniciativa que tem Isabel Jonet como a figura omnipresente é de louvar. Os portugueses já deram provas mais que suficientes de que são solidários com os que menos têm. E em tempos menos fartos nunca faltaram aos apelos.

Por isso não gostei que o PR aparecesse às compras, para televisão filmar. Podia tê-lo feito sim mas de forma (quase) anónima  em qualquer estabelecimento da região de Lisboa. E muito menos deveria ter dito que quem mais ganha mais deve dar.

Estas declarações do Presidente caíram-me mal. Muito mal mesmo. Porque cada um é que sabe da sua vida e não cabe ao PR ou a outro político qualquer fazer observações sobre como cada português deve gastar o seu dinheiro. Ainda por cima de forma voluntária.

Mais uma vez o PR no seu pior. Lamentavelmente e sem necessidade.

Os desembaraçados desta vida!

Certa vez em conversa com uma colega de trabalho apercebi-me que o marido era daqueles condutores que não respeitam filas e enfiam-se à frente de toda a gente. No entanto o mais curioso foi a expressão que ela usou para o descrever: desembaraçado.

Nem sei se devo considerar um adjectivo ou como um substantivo. Reside a dúvida.

A verdade é que como este cavalheiro há muitas criaturas na estrada com a mesma qualificação. Acrescentarei que o problema vai muito para além da estrada, do trânsito ou da pressa de chegar ao trabalho, a um encontro ou somente a casa. Mas não vai para além do seu umbigo.

A cidadania é por assim dizer uma disciplina que não se ensina na escola (mas devia), que não se herda nem se compra na farmácia nem numa qualquer loja de briqueabraque. Estamos assim perante uma aprendizagem que é feita das vivências, essencialmente, com os que nos rodeiam.

Sinceramente posso dizer que fui bafejado pela sorte, pois aprendi com bons homens muito do que sou hoje. Ensinamentos que ainda hoje tento passar para os mais novos, sejam eles filhos, sobrinhos ou meros colegas de trabalho.

Infelizmente os jovens de hoje não têm tempo para pensar em nada. Nem para viver. Nem para coisa nenhuma.

Deste modo a cidadania - um dos pilares para se viver em sociedades de forma civilizada -  é só mais uma palavra que a juventudo acrescentou ao seu vocabulário, cujo significado certamente ignoram!

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