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Espaço de reflexões, opiniões e demais sensações!

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Crónica numa aldeia beirã

São sete da manhã de um dia feriado Nacional.

Gosto de acordar cedo na aldeia. Sentir o cheiro da maresia, ou escutar os cães repentinamente acordados por alguém que passa na rua... Eu!

Não há vivalma. A aldeia está cada vez mais idosa e deserta, que os mais novos náo querem a serenidade destes campos, mas o reboliço das grandes urbees.

Finalmente cruzo-me com um homem: o responsável pela Confraria das Almas. Magro, esquálido e de poucas falas percorre a aldeia de lés a lés em passo decidido. Nunca se sabe de onde vem nem par onde vai. É assim o Gervásio a quem nem vale a pena dar a saudação pois a resposta é imperceptível.

Passo por um café já aberto. Atravesso a porta e encontro a costumada ti'Filomena por detrás do balcão.

- Bom dia.

- Bom dia. O que vai ser?

- Um café!

Já na rua percebo porque o estabelecimento tem tão pouco gente. Ali não abunda a simpatia.

As casas de granito cinzento aqui e ali rebocadas a areia espalham-se pelo aglomerado.

Toca o sino na igreja indicando a meia hora certa. Começo a ouvir vozes e gargalhadas. 
A aldeia finalmente parece ter acordado.

O dia é de feriado mas há tanta coisa a fazer. Que o amanho não requer dias determinados e o gado tem de comer sempre.

O Sol vai agora brilhando e as andorinhas durante a primavera tão afadigadas foram substituídas por vazios.

Num charca longe há patos bravos em puro descanso. Mesmo ao lado os coelhos e as lebres fogem. Há tiros nas redondezas.

A aldeia desperta já e vai ganhando normalmente vida.

No povoado humilde e pacaro não há sinais luminosos nem passadeiras nerm sentidos proibídos. E são raros os acidentes.

Quem terá ensinado os aldeões a andar na estrada?

A noite cai cedo. Há cada menos gente nas ruas e demasiado no café.

Inominavelmente para sempre!

Fez no passado dia 1 deste mês de Outubro e de pouco Outono 3 anos que a convite da Magda e da Maria abracei um projecto para colaborar numa revista "on-line". 

Sem publicidade, sem apoios, mas com muuuuuita boa vontade e ainda mais carolice, o projecto foi ganhando forma. Primeiro o nome, depois os temas ou as secções e finalmente a escrita. Para nós colaboradores parecia fácil. O problema estava do outro lado, onde as Inomináveis-Mor esgantanhavam-se por dar forma, luz e cor à revista.

Nasceu então o primeiro número com um ar fantástico. As "mor" podiam orgulhar-se do trabalho feito.

 

caparevista.png

 

Iniciou-se com um número 0, assim como não quer a coisa, à espera no que dava.

E deu... Muito trabalho às Inomináveis responsávéis pela composição, paginação, compilação e até pelas mensagens a relembrar datas e prazos.

Uma equipa (quase) profissional a trabalhar nestes últimos 3 anos.

Mas há sempre um fim para tudo. E a Inominável não poderia ser diferente.

Por isso hoje a partir das 23 horas e 23 minutos ficou disponível o derradeiro número da Inominável.

Aqui.

Evito com alguma dificuldade uma singela lágrima, pois não é debalde que se esquecem três anos e dezassete textos, mesmo que fraquinhos... fraquinhos!

Também não vale a pena agradecer publicamente às meninas Inomináveis-Mor a paciência e o espírito de sacrifício colocado em cada número. Elas sabem que lhes estou profundamente grato.

Mas vale a pena agradecer o cuidado que as "Mor" tiveram ao  lembrarem-se deste pobre de Cristo, bloguer nas horas (pouco) vagas e que continuamente vive para aprender!

A gente lê-se por aí

Já passaram 10 anos!

Faz hoje precisamente 10 anos que partiu um homem fantástico.

Foi uma pessoa boa, amigo do seu amigo,  que adorava a família e com quem aprendi muito.

Acima de tudo com a sua forma de estar na vida. Combativo quando achava que tinha razão, ia até ao fim numa luta sem nunca perder a compostura e a noção do razoável.

Fui tristemente testemunha das suas últimas palavras.

Morreu em paz como um simples círio cujo pavio desaparece, mas rodeado dos mais próximos.

Deus teve misericórdia dele e levou-o para ao pé de si sem dor sem sofrimento.

Há 10 anos tive que vestir um defundo pela primeira vez. Ainda por cima o meu sogro e bom amigo J.

Porque a vida nem sempre nos dá o que desejamos mas sempre o que necessitamos, aquele fim de tarde início de noite ficou gravado no meu espírito para sempre.

Obrigado por tudo o que me ensinou, pela mão amiga sempre estendida para ajudar, pelo carinho sempre demonstrado.

Faz-me ainda (muita) falta!

 

A cegueira

O título segere um sentido ou a falta dele, mas no caso de hoje refere-se a outra doença: a cegueira pelo dinheiro.

Desde já assumo que não ponho as mãos no lume por ninguém sem correr o risco de me queimar. Muito menos por pessoas que são estrelas quase planetárias.

Como calculam falo do caso ora reaberto sobre uma tentativa de violação por parte de Cristiano Ronaldo nos Estados Unidos há nove anos. Parece que houve antes um acordo de confidencialidade cimentado em milhares de euros para que nada viesse a lume.

Pois é... mas como dizia alguém os acordos existem para serem quebrados e temos novamente uma telenovela não mexicana, mas bem americana com gente de lei à mistura.

Não sei se CR violou ou tentou violar a rapariga, não tenho dados para isso. Mas acredito que o atleta possa ter tentado forçar a relação. No entanto fica em aberto a ideia de que este caso só existe porque pode haver muito dinheiro envolvido por parte da eventual vítima ou até de algum causídico com perspectiva de ganhar umas lecas valentes com a situação ou quiçá, influencia de outras entidades externas ao caso, mas com evidentes interesses desportivos.

No entanto votaria singelo contra dobrado e em pé de igualdade nas duas primeiras hipóteses.

Só que este tema obriga-me a pensar que há muita gente que vai para estes encontros já com a "naifa" escondida para poderem espetá-la na vítima assim que puderem, figurativamente falando.

Também é certo que há muitas estrelas que usam e abusam do seu nome e estatuto para exigirem coisas estranhas e bizarras às acompanhantes. Actos que mais tarde se virarão contra si!

Mas não fosse a tal cegueira pelos milhões de CR7 talvez a rapariga nem viesse a terreiro acusar novamente.o melhor do Mundo.

Porque isto quando cheira a graveto fácil, não há contemplações.

 

A liberdade de se ter fé!

Volto a um tema que para mim é sempre grato falar. Falo de fé.

Gosto deste sentimento de sentir que algo vela por mim, mesmo nos meus piores momentos.

Abordo este tema porque hoje alguém me dizia que tinha a moto abençoada porque fora à Cova da Iria a um encontro de motars qyue se realizou naquele lugar sagrado.

O curioso é que isto foi dito por um jovem que não recebeu nenhuma educação católica, apenas fora baptizado. Isto é... Deus atravessou-se no caminho e ele, sem o saber, aceitou a proposta. 

Como este jovem quantos haverá que têm receio de aceitar uma fé, de terem consciência que acreditar não é um estado de prisão mas de libertação?

Quantos haverá por aí que dizem não acreditar em nada para depois confessarem que gostariam de sentir esse sentimento?

É que bem vistas as coisas a fé requer uma verdadeira consciência do eu na directa relação consigo próprio e com os outros. Ou dito de outra forma muitos preferem ignorar a existência da fé porque esta coloca demasiadas questões na forma como lidamos com a nossa vida. E há tantos receios interiores...

Ser crente não é ser religioso. Longe disso. Acreditar é unicamente uma forma mais simples de ser vivente. Um religioso é um devoto a algo e requer uma outra atenção e dimensão de fé!

Já disse e repito que não acredito em coincidências. Tudo tem uma razão de ser. Mesmo que ela não seja vista à luz de um momento breve, mas adiada para um dia, uma noite, uma hora muito específica.

A gente lê-se por aí!

O Mundo é das bonecas!

A história começou há uns tempos quando a Golimix me enviou uma mensagem via feicebuque com o seu novel projecto: bonecas.

Desde que visitei o museu do Brinquedo em Paris, paredes meias com o Centro George Pompidou e após ter visitado por diversas vezes o já tristemente encerrado Museu do Brinquedo de Sintra, fiquei naturalmente apreciador da arte de fazer brinquedos.

Rapidamente encomendei uma boneca. A família estava para crescer e já se sabia que seria uma menina e deste modo pretendi ser o primeiro a oferecer uma boneca... a outra boneca. Assim surgiu a Maria. Menina travessa mas outrossim bem disposta. Como convém nestas coisas de brinquedos.

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Deveras encantado e agradado com o trabalho da artista encomendei mais duas bonecas. Uma loira que seria para oferecer à minha mulher, ela sim uma genuína apreciadora deste tipo de brinquedo maioritariamente feminino, e uma outra para oferecer a uma menina que está para nascer.

No entanto numa simpática troca de galhardetes entre mim e a futura mãe, concordou-se que não daria uma boneca à menina. Tem já demais ainda antes de vir ao Mundo!

Acabei então por oferecer à minha mulher a Joana...(desculpa miúda, mas esta é a tua cara, imagino eu!!!)

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e brindar uma amiga com a outra que estava primeiramente destinada aqui para casa, a Mariazinha

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Uma troca à última da hora que até saiu muito bem.

A Lina é mesmo uma artista que merece o carinho e a ternura de todos nós.

Obrigado pela excelência das meninas!

A gente lê-se por aí!

Partiu a voz eterna!

Se há vozes que perdurarão para sempre, a de Charles Aznavour é uma delas. A exemplo de Edit Piaf (por quem o franco-arménio teve uma paixoneta, segundo as más línguas), a voz do cantor de "She" e de centenas de outras canções marcou não uma geração mas muitas gerações. Será mesmo impossível falar-se de música, compositores e artistas e não referir-se Aznavour.

Ele não foi uma mera lenda... Ele foi a voz que iluminou tantos e tantos corações e espíritos por esse Mundo fora.

Morreu hoje aos 94 anos (que linda idade!).

O Céu ficará certamente bem melhor com este Embaixador da ONU."

"Merci bien Charles" 

Hei-de continuar a ouvi-lo por aí!

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