Andavam já os Franceses a afiar as naifas e as botas para o encontro dos quartos de final contra Portugal, quando a nossa selecção - a jogar bem, pasme-se - deixou-se eliminar pelo primeiro campeão do Mundo.
Ninguém me tira da ideia que os nossos jogadores fizeram a coisa de propósito.
Agora que Messi e Cristiano regressam de malas vazias é necessário arranjar outro para melhor do Mundo. Porque para os capitães de Portugar e Argentina a "bola de Ouro" já era.
Após um Verão e um Outono para esquecer, veio um final de Inverno e uma Primavera deveras destruidora.
Só para exemplificar direi que todos os anos os meus marmeleiros são pictoricamente pintalgados de pontos verdes e amarelos referentes a milhares de marmelos de todas os tamanhos e feitios.
Todavia este ano... Este ano não tenho um para amostra. Unzinho para contradizer este texto.
Apenas nas gamboas encontrei duas que, sabe-se lá como escaparam à intempérie de Março e Abril.
Da mesma forma não vi ameixas. As próprias laranjeiras e limoeiros não tiveram hipótese de florir.
Resumindo a Natureza mesmo contra a vontade de muitos é que manda e a fruta este ano vai andar muuuuuuito cara.
Quem, por exemplo, percorre a A23 desde a A1 até perto de Castelo Branco dá conta do que terá sido o Verão passado especialmente em Junho e Outubro.
São quilómetros seguidos de terra queimada a tentar renascer das cinzas, que o vento e a chuva da primavera já levou grande parte.
Sempre que por ali vou passando constato mais árvores queimadas cortadas. O que faz todo o sentido. Pior que a terra despida, é esta repleta de viúvos paus sem qualquer vida.
Há um ano, mais ou menos, escutei alguns governantes observarem que não seria autorizado a plantação de mais eucaliptos, nos terrenos ardidos, para além dos que já estavam destinados.
Só que na política, tal como no futebol, o que hoje é verdade amanhã é mentira. E não bastam vontades políticas para que algo deixe de acontecer. É necessário vontade própria e acima de tudo não ceder a forças poderosas, que insistem na plantação desta espécie de árvores, que são altamente combustíveis e profundamente prejudiciais aos terrenos, secando tudo em seu redor, mas certamente muito valorizadas para a pasta de papel.
Ao redor da A23 o "eucaliptalismo" é já uma triste realidade. Bem visível!
Nem imagino como será noutros locais mais afastados.
Não vale a pena virem agora dizer que houve falcatrua na contagem dos votos, ou que a AG não era legal e mais uma série de desculpas. Repito... não vale a pena!
Os sócios deslocaram-se ao Altice Arena, votaram, falaram tudo de livre e espontânea vontade. E disseram de sua justiça.
Contestar resultados, formas processuais por uma virgula a menos ou a mais é tentar ganhar sem jogar. E o Sporting neste momento não necessita desta contínua guerrilha interna.
Acabou-se o tempo das bravatas, de troca de galhardetes verbais, de ofensas. É tempo de paz, de serenidade, de tocar a reunir, de remarmos todos ao mesmo tempo. De enfunar as velas desta nau tão perdida e achar um rumo.
Gostássemos ou não de BdC, gostemos ou não desta Comissão o certo é que agora há uma equipa para gerir os destinos do Clube até Setembro. E que tem que ter o nosso apoio...
Da minha parte não atacarei mais ninguém. O passado fica no museu como diz o brasileiro. E o nosso, que não deve ser olvidado de forma a evitar novos casos, também deverá morar lá nos confins da memória.
Agora quero ver os futuros candidatos, conhecer as equipas propostas e acima de tudo descodificar as ideias, de forma que em Setembro próximo eu possa votar em consciência.
Não, não estou a falar do tempo metereológico, nem do tempo que é dinheiro e muitas vezes se esbanja.
Estou a falar do bom tempo para andar na cidade de carro já que as férias parecem ter iniciado.
A verdade é que o caminho que normalmente demoro 40 minutos a fazer, entre a minha casa e o estacionamento no centro de Lisboa, agora faço-o em quase metade dos minutos.
Todos os dias somos três quando não quatro para Lisboa. E a volta é enorme para chegar a todos os locais onde vou deixando cada pessoa.
Mas desde agora até finais de Setembro a cidade vai estar mais liberta de carros.
Para se encher exclusivamente de excursões de turistas!
Mais uma jornada no Campeonato do Mundo e mais um jogo de sofrimento para a selecção das quinas.
A 5 minutos do fim Portugal estava classificado em primeiro lugar e jogaria no domingo contra a equipa da casa. Em segundo lugar ficaria a Espanha, mesmo estando a perder contra Marrocos.
De súbito o Irão empata devido ao VAR. É a vez da Espanha ir para casa mais cedo.
Logo a seguir os nossos vizinhos empatam e passam para primeiro, eliminando o Irão.
Mas estes não desistem e só por manifesta falta de sorte não passam para vencedores.
Após a decisão dos sócios em retirarem BdC do seu lugar, democratica e eleitoralmente conseguido em 2017, creio ser tempo de aqui tentar explicar qual a minha relação de mais de meio século com o Sporting.
Já o escrevi que sou do Sporting por influencia do meu pai... e não só. O meu tio e padrinho levou-me também e muitas vezes a Alvalade. Depois com o tempo e com as ligações com colegas e amigos este gosto ficou para sempre preso ao meu coração e à minha alma.
Um dia achei que poderia vir a ser um bom atleta e literalmente corri atrás do sonho. Mas quanto mais corria mais se afastava esse sonho.
Desci então à terra e passei a olhar o Sporting somente como adepto e mais tarde como sócio. No antigo estádio de Alvalade, no Restelo, no Lavradio no velho campo da CUF, no Bonfim em Setúbal ou mais recentemente no Estádio José Gomes na Reboleira. Em todos eles vi o Sporting jogar, com diferentes resultados.
De 1982 a 1999 foram 17 anos sem este clube ganhar um campeonato. Todavia sempre que começava uma época lá esfregávamos as mãos para dizer: este ano é que é. Mas nunca era. De tal forma que os nossos adversários até glosavam a situação.
Depois em três anos o Sporting foi duas vezes campeão. Parecia que o mal havia passado e o clube ganhara pujança e estaleca para o futuro.
Mas o Sporting volta a cair. E acaba por se arrastar durante anos. Com diferentes presidentes, com diferentes posturas e visões para o clube. Até que aquele 7º lugar na classificação acordou as gentes leoninas do marasmo entregando num acto eleitoral os destinos do clube a BdC.
Quase todos gostámos do que vimos a seguir. BdC não temia os adversários e a determinada altura passou a ser quase um herói. Um mandato onde reorganizou as contas e o clube, cativando sócios, conseguindo trazer a Alvalade milhares de adeptos.
Era este o Sporting que wueríamos...
Só que veio o segundo mandato e de repente... tudo se esfumou. BdC passou a disparar contra tudo e contra todos quase sempre de forma irracional. Passou com demasiada frequência recados através das redes sociais com as consequências que hoje todos nós conhecemos.
Mas o pior... ainda estaria para vir. O veneno que BdC espalhou por algumas cabeças é ainda evidente e após o resultado de ontem, a divisão entre sportinguistas nunca foi tão evidente.
O agora destituído Presidente conseguiu, em poucos meses, destruir muito mais o Sporting que os nossos adversários em muuuuuuuuitos anos. E pior... Ao dizer que ao sair do Sporting, entregará o cartão e que nunca mais será adepto deste clube só prova que o seu amor pelo Sporting era efémero e destituído de qualquer sentimento verdadeiro.
Eu, ao invés de BdC e independentemente do que possa vir a acontecer num futuro mais ou menos breve serei sempre do Sporting Clube de Portugal. Jamais entregarei o cartão de sócio por que os Presidentes passam e o clube, de uma forma melhor ou pior, ficará até depois da minha morte.
Tal como havia escrito neste postal em Abril passado, regressei à capital do Alto Alentejo. A cidade museu onde ao dobrar de uma esquina há um antigo palacete, uma janela bonita, um azulejo especial.
No Museu do Relógio encontravam-se três aparelhos já reparados e tendo em conta o sábado achei por bem regressar a uma cidade, da qual gosto especialmente.
Nunca lá trabalhei nem nunca lá vivi. Todavia Évora é uma cidade fascinante.
Eram 10 e maia da manhã quando cheguei a uma cidade que se encontra em festa, à conta do S.João. Percorri as ruas pejadas de turistas, visitei demoradamente a Igreja do Convento de S. Francisco, assim como uma exposição de Presépios pertencentes a um casal da terra, com mais de 2700 peças.
Uma exposição de peças de arte sacra e paramentos, também pertencentes ao velho Convento Franciscano, foi outra das mostras que visitei.
A igreja do Convento surgiu como uma belíssima surpresa. Totalmente recuperada desde 2015, merece um olhar atento sobre a quantidade de retábulos expostos. Todavia de toda ela sobressai esta Capela pela sua imponência e beleza.
Mas, sinceramente, todo o trabalho de restauro feito na igreja está ao nível de muita coisa que já vi fora de Portugal. Muito, muito bom!
A Capela dos Ossos, celebérrimo templo anexo ao Convento continua a ser um monumento curioso. Especialmente a sua frase na entrada: "Nós ossos que aqui estamos pelos vossos esperamos", como que a dar a chamar-nos à atenção para a nossa efémera vida.
Tentei entretanto chegar à Sé, mas esta fechou cedo demais para o meu tempo. Só que já em tempos a visitara... Portanto não fiquei grandemente aborrecido!
Aproveitei para ver se as obras ao lado já haviam terminado.