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Espaço de reflexões, opiniões e demais sensações!

Espaço de reflexões, opiniões e demais sensações!

Belmiro de Azevedo

Durante muitos anos ele foi a matriz do empresário de sucesso em Portugal. Após o tempo do PREC (Processo Revolucionário em Curso) foi o grande impulsionador da indústria de distribuição e de telecomunicações.

Criou empresas e com isso milhares de postos de trabalho. Estrangulou pequenos comércios e lojas, mas ainda bem lembro dos primeiros tempos das grandes superfícies. Milhares de pessoas atrás do que não sabiam quererem. Nem queriam.

Através dele o consumo cresceu quase sempre assente no gasto supérfluo. Foi uma estratégia bem conseguida.

Ficou rico, muito rico. Sendo considerado pelas revistas da especialidade um dos homens mais ricos de Portugal.

Mas o dinheiro não foi suficiente para comprar a vida. E ainda há quem não pense nisso!

Morreu hoje aos 79 anos.

Chamava-se Belmiro de Azevedo!

 

A idade não conta!

Fui ao supermercado comprar uma couve-flor para o meu almoço. Escolho-a, coloco-a num saco e dirigo-me à caixa onde já se encontra um homem que percebo que tem alguma idade.

A canadiana está encostada ao pequeno balcão que também tem uma série de compras. Aproximo-me, mira-me e percebe que só tenho a couve-flor para pagar. Entabulámos então este diálogo:

- Passe para a frente. Só tem isso.

- Deixe estar. O senhor está à minha frente.

- Não senhor, passe se faz favor. Eu tenho muito tempo.

- Também eu - respondi.

- Mas passe que eu tenho muito tempo - insistiu.

Tentando não desiludir o idoso, passei à frente dele e aguardei que a cliente, agora à minha frente, pagasse as compras. Entretanto:

- Já sou velho e tenho muito tempo - continuou o velhote.

- Não parece...

- Se chegar amanhã (estranha forma de contar o tempo!!!) faço 95 anos.

Admirei-me da lucidez e retorqui:

- Bonita idade...

- É não é? Mas sabe do que tenho pena ao ser assim velho?

- Não imagino...

- É disso aí...

E apontou com o queixo a jovem que estava na caixa.

Só pude rir. Com 95 anos e o que aquele idoso mais sentia falta era da companhia feminina.

Malandreco...

Justiça e cultura

Já vi um bocado de tudo na vida e não coloco as mãos no lume por ninguém. Nem mesmo por mim.

Todavia ainda há coisas que me espantam. É o caso ou não-caso do cantor popular Tony Carreira.

Sei quem é, mas nunca escutei nenhuma das suas músicas e portanto não sei nem posso julgar se houve ou não plágio.

Posto isto e segundo fui lendo por aí, há duas conclusões a retirar deste conflito de interesses. A primeira prende-se com o autor que afirma a pés juntos que não fez plágio.

Ora se acreditarmos no que diz, como aceita dar dinheiro, à laia de compensação, para as aldeias afectadas no último Verão pelos fogos? Diz o povo e bem “Quem não deve não teme!”. Será que deve ou será que teme? Ou ambas? Ou nenhuma das duas?

O segundo ponto vai directo para a justiça, que envolvida neste caso deveria, em face dos dados que tem, acusar ou ilibar o cantor. Aceitar uma doação parece-me no mínimo estranho, originando que futuros casos de usurpação de direitos de autor sejam minimizados com uma qualquer oferta a uma instituição. Ou dito de uma forma, quiçá mais assertiva, o crime pode compensar.

O direito à criação de conteúdos culturais mesmo que muito básicos e simples deveria ser sempre bem defendido e jamais usurpado. Seja pelas entidades competentes (SPA, DG das Artes, etc.) seja pelos próprios tribunais.

A cultura merece (também) uma justiça a preceito.

Para a Joana com amizade!

A vida é assim uma coisa matreira, sempre pronta a pregar uma partida aos mais incautos. E quando digo partida falo literalmente.

É que isto de se tentar ser saudável é um grande risco...

Por isso fico sossegadito em casa e não me ponho para aí a correr pela cidade.

A Joana não o fez, não seguiu os meus conselhos e deu nisto!

Espero por isso que melhore rapidamente e se recomponha.

A gente lê-se por aí!

Já para o Natal!

Lembram-se deste texto e da respectiva foto? A verdade é que quase três meses passados e num ano sem chuva o quintal está como a foto abaixo se apresenta.

A chuva desta semana trouxe alguma força às couves. Agora vão-se cortando as velhas e as queimadas das maresias madrugadoras de forma a não ocuparem muito espaço.

É que estes legumes não gostam de estar muito apertados.

quintal_couves.jpg

 

Dieta - a quanto obrigas?

Como é que se convence alguém que adora comer, e come bem, a fazer dieta? Não se convence... Não vale a pena andarmos atrás dele a dizer que está mais gordo... porque não se consegue convencer. A modos assim como os fumadores, que sabem que faz mal fumar, mas é sempre aos outros... Até um dia!

Quando cheguei da aldeia, após a campanha da azeitona, percebi que tinha perdido uns 2 quilos. Não fora muito, mas já era alguma coisa.

Foi nesse momento que decidi impor a mim mesmo determinadas regras alimentícias de forma a perder ainda mais peso. Tenho perfeita consciência que é pela boca que engordamos. Ora se não não tenho paciência para ir a ginásios, nem tempo para fazer longas caminhadas então o melhor mesmo será cortar naquilo que vem através da alimentação.

Sei que o pão engorda muito - cortei no pão. De seguida as batatas e arroz também engordam - cortei neles. E finalmente o álcool também ele fomentador de mais peso - cortei nos etílicos.

Bebo agora mais água, como mais legumes e mais fruta.

Não consultei nenhum nutricionista porque tenho a sensação que cada um tem uma ideia diferente para se chegar ao mesmo resultado. Portanto vou-me desenrascado sozinho resistindo aos acepipes que por vezes me poêm à frente.

Parece que não mas já aperto mais o cinto...

Todavia deixem-me confessar uma coisa: fazer dieta é um sacríficio atroz.

Um abraço Pedro...

... estejas lá onde estiveres.

Nunca te conheci mas sempre te escutei e acima de tudo li-te aqui na SAPO.

Partiste cedo demais.

Há agora um vazio que não sei preencher.

Lembro-me de ter comentado certa vez um texto no teu blogue e teres respondido.

Naturalmente irei guardá-lo como recordação única.

Já não vou ler-te por aí nem escutar-te, mas recordar-te-ei!

Para sempre!

 

Chove? Mas isso que importa...

Já há algumas semanas que oiço na rádio dizer que a chuva já faz falta. Que faz falta já eu sei, agora que os radialistas o digam é outra coisa bem diferente. Até porque é costume eu escutá-los amiúde dizendo: "Hoje vai estar bom tempo com Sol a brilhar".

Em Novembro bom tempo era se estivesse sempre a chover! Como choveu esta tarde.

Ora a nossa capital gosta pouco de chuva. Basta caírem umas gotículas e é certo que o trânsito se torna ainda mais caótico que os dias sem chuva. Mas tudo bem... É necessário pagar por esta água bemfazeja.

Não imagino como terá sido noutras cidades. Nem a Norte nem a Sul. O que eu sei e senti na pele, foi a água que esta tarde o céu decidiu derramar pela capital.

De tal forma foi a descarga que no espaço de 300 metros fiquei completamente encharcado. Mas, sinceramente, creiam-me que não me importei rigorosamente nada.

"Sed fugit interea fugit irreparabile tempus"*

Ainda sobre este dia que hoje comemoro, quero aqui recordar e agradecer a alguns dos meus amigos com quem naquela altura partilhei esta aventura e que sempre me apoiaram.

Começo obviamente pelo Pedro Correia do Delito de Opinião e do Sporting - És a nossa fé e com escrevi no Jornal de Almada durante oito anos, assim como o Joaquim Lopes, professor em Setúbal e de quem não oiça falar há algum tempo, também ele escritor e por fim a Manuela Rute outra companheira e amiga da escrita, professora de História e com quem vou de vez em quando trocando mensagens.

Falo unicamente destes porque, não obstante alguma distância, vamo-nos contactando e falando.

O tempo foge...

Quatro dezenas de anos a correr atrás de um sonho e este desesperadamente a esvair-se à minha frente, tal qual o tempo.

Mas não desisto... de perseguir, nem o tempo desiste... de fugir.

 

* Expressão usada por Vírgilio na obra "Geórgicas"

 

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