Faz amanhã precisamente quatro meses que se deu a tragédia de Pedrogão Grande.
Desde esse trágico dia muito se escreveu e debateu. Mas pelo que se viu tudo não passou de um conjunto de estranhas intenções que culminaram em mais esta humilhação perante o Mundo ao deixarmos morrer cem pessoas às mãos de fogos incontroláveis.
Sei por experiência própria que o fogo assim que toma conta de uma mata dificilmente se deixa apagar. Todavia o problema não é o que está já a arder mas aquilo que ainda falta queimar. E falta cada vez menos.
As sucessivas autoridades há muito que vêm dizendo que é necessário ordenamento florestal e outras palavras atípicas. Mas nada se faz, só se estuda. O fogo, entretanto, que não se peocupa com estas demandas vai devorando tudo que encontra no seu caminho. Até vidas humanas.
A culpa de tudo isto é do calor exagerado, da seca, de dezenas de factores. Nunca é dos incendiários apanhados e logo libertados, nem das entidades competentes em (não) gerir as florestas, nem dos interesses escondidos por detrás destes fogos (que os há, quase de certeza).
O governo continua a assobiar para o lado. Decretas umas calamidades como se com essa iniciativa os incêndios apagassem por si só. A ministra não consegue dar um murro na mesa de forma a mandar mais gente combater os incêndios. As autarquias, passadas que foram as mãos abertas para obras eleitoralistas, refugiam-se na velha ideia de não terem dinheiro para limpar as matas. Histórias conhecidas...
Ao mesmo tempo que tudo isto acontece António Costa não consegue ser um PM à altura dos acontecimentos. Quantas mais pessoas terão de morrer para que a Ministra da Administração Interna saia? Não é que vá resolver nada, mas certamente que o seu CV não ficará mais iluminado com estas desgraças. E necessitamos de alguém que pegue "o touro pelos cornos".
São dez da noite e desde as oito da manhã que não páro. Minto... parei a meio do dia quando fui à missa. Bom, depois disso...
Mas este sábado foi igual. Ando já a preparar as coisas (leia-se comida) para levar no final do mês para a Beira quando reiniciar a campanha da azeitona de 2017. Daí algumas compras feitas ontem.
Foi uma azáfama que durou até muito tarde. E continuou hoje.
São (quase) sempre assim os meus fins de semana, que servem essencialmente para colocar nos devidos lugares as coisas que fomos deixando por fazer durante a semana ou então, para prepararmos o futuro.
Aprimorei o almoço já adiantado de ontem, fiz uma canja bem saborosa, assei uns marmelos e abri um belo de um tinto de Pias. Depois do almoço há-de dar sentido às gamboas e toca a fazer um doce. Marmelado para ser mais específico. Quem provou disse que estava (muito) boa. Pudera... com frutos sem qualquer tratamento... só podia...
A verdade é que quase nem escrevi. Meia dúzia de linhas ontem outra meia dúzia hoje e foi tudo o que consegui em dois dias.
O corpo pede já descanso e eu só tenho que lhe obedecer!
Sou pouco apreciador das grandes superfícies. Dizem que será mais barato, mas também não admira com as quantidades que vendem...
Hoje foi dia de compras, daquelas grandes... de três carros a abarrotar.
Mas o pior foram mesmo a recolha dos produtos. É que o estabelecimento mais perto de minha casa mudou o lugar de todas as coisas. Resultado: perdi o dobro do tempo em busca do que necessitava.
Ora se já lá vou contrariado, essencialmente porque as pessoas adoram ir para estas lojas acompanhadas com a família até à décima geração, imaginem eu a fazer piscinas em busca dos produtos e apassar ene vizes pelos mesmos corredores repletos de gentinha ociosa. Um horror!
Depois vão todos naquela ideia dos descontos fantásticos, nos quais eu não acredito. E toca (quase) todos a comprar o que não necessitam. Os descontos já foram à vida...
Finalmente aquela mania da linha branca da loja, em muitos produtos. De qualidade claramente duvidosa.
A primeira ideia que retiro da entrevista que o antigo Primeiro-Ministro deu, é que este continua a ferver em pouca água. Mostrou-se demasiado impaciente para quem se diz inocente, esquecendo-se que ainda não foi sentenciado nem condenado. Por isso estranho…
A segunda ideia é que as perguntas foram previamente combinadas já que para todos os temas que o jornalista trouxe ao de cima, o entrevistado tinha sempre uma prova visível para contrapor. Até à última pergunta que deixou Sócrates à beira de um ataque de nervos.
A terceira ideia é mais uma questão: porque vem José Sócrates logo à RTP dar uma entrevista, dias depois de se saber a acusação? Parece que há aqui, sub-repticiamente, uma tentativa de se tornar um "coitadinho" aos olhos da opinião pública.
A quarta ideia reside na forma como José Sócrates afirma a sua inocência, atirando para os partidos da Direita parte da culpa destes acontecimentos. Esquece-se que quem está no Governo é o PS e quem ganhou com a sua queda não foi obviamente o PSD.
A quinta ideia vai de encontro a um velho adágio popular: quem não deve não teme. Porém JS irá nos próximos tempos falar muito, mas dizer pouco com alguma substância. Talvez se se resguardasse e deixasse o MP fazer o seu trabalho, provavelmente ganharia muito mais. Política e humanamente!
A estrada está repleta de artistas do volante. Então na cidade... ui!
Para alguns condutores não há sinais luminosos (só quando está verde para o lado deles), não há passadeiras e muito menos sinais verticais ou horizontais para respeitar. Só eles têm direitos...
Um destes dias uma colega dizia-me que o marido fazia sempre o caminho pela faixa do lado esquerdo e depois na altura certa enfiava-se à direita, desrespeitando desse modo todos os outros que estão horas na fila. Terminou dizendo que o seu marido era muito desembaraçado.
Pode ser que um dia a polícia o embarace! O problema é nunca encontramos um polícia quando ele faz falta.
A Operação Marquês voltou à ordem do dia. Parece que desta vez, e finalmente, o Ministério Público deduziu acusações contra o Ex Primeiro Ministro, José Sócrates e mais uma datas de “artistas desta bola lusa”.
Mas antes de tudo se encaminhar para a barra do tribunal muitos avanços e recuos virão a lume. Todavia há, desde o início desta trama, uma espécie de mau estar quanto às supostas acusações contra José Sócrates.
O curioso é que esta postura de dúvida e incerteza não seja usada, por exemplo, para Ricardo Salgado. Dito de outra maneira os mesmos que defendem a presunção da inocência para com JS, são os mesmos que consideram Ricardo Salgado culpado antes mesmo do julgamento e do trânsito em julgado.
E quem diz Ricardo Salgado diz todos os outros elementos chamados à liça.
Portanto, e antes de mais, deixem os tribunais fazerem o seu trabalho. A justiça pode demorar, mas vem. Custe o que custar, doa a quem doer.
Felizmente que opinião pública não tem voto nem influência nesta matéria.
No universo da BD há uma personagem que personifica o líder da Catalunha, Carles Puigdemont. Aquela figura surge no livro chamado “A Zaragata” onde Astérix e o seu inseparável amigo Obélix terão de lutar não só contra as tropas Romanas, mas também contra a maledicência de Tullius Detritus.
Porque faço eu esta comparação? Simplesmente porque o Presidente da Generalitat Catalâ andou meses a incendiar uma região para no momento da verdade fugir à responsabilidade, deixando todos os outros partidos da região e organizações deveras espantadas com o discurso desta tarde.
Sinceramente nem imagino as pressões de Carles terá sofrido para olvidar ou pelo menos adiar este dossier. Todavia esta situação, que não é de agora, foi muito alimentada pelos partidos não afectos ao governo de Madrid.
No entranto com as declarações de hoje. Puigdmont fez com que a montanha parisse um rato.
Percebe-se que uma eventual independência da Catalunha seria uma espécie de “caixa de Pandora” para o celebérrimo autonomismo castelhano. E alimentaria outras ideias semelhantes tanto em Espanha como noutros países (Portugal incluído).
Teria sido, deste modo, muito mais sensato Carles ter negociado uma maior autonomia com o Governo de Rajoy antes de criar esta “Zaragata”..
Mas há quem faça tudo pelos seus cinco minutos de fama.
Pois... o convite foi-me lançado por duas bloggers quase em simultâneo, faz algum tempo.
Primeiro pensei que fosse somente simpatia. Bom, depois senti que era sentido e acabei por aceitar o convite para o 6º Encontro de bloggers, que se realizou na belíssima Casa do Alentejo, no coração da Baixa lisboeta.
Ir para um encontro sem conhecer rigorosamente ninguém, a não ser de forma virtual, poderia ser um risco. Para mim e essencialmente para a organização.
Porém desde logo percebi que estava num grupo assaz divertido, amigo e solidário. Boas conversas e muitas gargalhadas o que é sinónimo de muito boa disposição animaram, e de que maneira, o repasto.
Gostei do local, do ambiente, da comida e essencialmente destas pessoas. Muito bem organizado, senti-me bem. Em paz.
Ai como andava a precisar de um encontro assim! Tagarela como sou... imaginem!
Obrigado Maria e Lina (mesmo que não tenha estado presente) pelo convite.
Obrigado a todos os outros presentes pela forma carinhosa e tão simpática como me receberam no vosso seio e de braços abertos.
Ainda não percebi muito bem a quem serve a morte política do ainda líder do PSD, Pedro Passos Coelho. Neste momento aquele que foi o Primeiro-Ministro, quiçá, mais contestado na democracia portuguesa, é assim uma espécie de bombo da festa onde toda a gente bate.
São os seus companheiros de partido, jornalistas provavelmente a soldo de algum “inimigo interno”, comentadores e até os seus antigos parceiros de coligação.
Diz o povo que “quando alguém é pobre até os cães lhe mijam nas calças”. Esta máxima popular assenta que nem uma luva ao PPC.
Todavia eu, que fui muito critico à sua actuação como Chefe do Governo e como “não” líder da oposição, venho desta forma defendê-lo, pois estou convicto que se não fosse ele provavelmente Portugal estaria hoje muito pior. Ele fez o que lhe exigiram quando pretendemos dinheiro. É que nisto no negócio de milhões, a necessidade obriga muitas vezes a estranhas e complicadas cedências. Se bem que tenha errado muitas vezes (quem decerto não o faria?), ainda assim reconheço coerência a este político, que em 2014 continuava a preparar um orçamento para 2015 com austeridade, evidenciando que sentia que a sua política para o país seria mais importante que os futuros votos eleitorais. Ganha as eleições mas perde o Governo.
Três anos passados PPC vê agora a porta de saída da liderança do Partido mais que aberta… escancarada!
Mas como tudo na vida serão os acontecimentos futuros a colocar Passos Coelho no lugar correcto e justo da história lusa, por muito que custe aos seus adversários e inimigos.
Entretanto e até lá vai ser uma longa travessia no deserto!
Sabe sempre bem sair do rame-rame da cidade e partir para outras paragens nem que sejam as costumadas aldeias que habitualmente visitamos e tão bem conhecemos.
Assim fui até ao Ribatejo Norte, no final do mês passado, onde durante quase seis longuíssimos dias de doze horas de trabalho, apanhei 1200 quilos de azeitona que devolveram mais de 200 livros de azeite. Com um grau de acidez de 0,4º.
Isto é... quantidade e qualidade superior de azeite. Como (quase) sempre costuma ser, naquela zona de Portugal. O problema é que a azeitona, este ano, estava naturalmente muito madura, porém pequena e de apanha difícil.
Não fosse a tecnologia existente e ainda agora andava a apanhá-la.
No final deste mês estarei certamente noutra paragem e em outra campanha, também de azeitona, mas desta vez mais a leste, em Castelo Branco.
Veremos neste duelo de aldeias qual dos lugares se sairá como vencedor de produtor de azeite.