Contando com ele é o quinto animal que desaparece, num ano. Ainda por cima três deles na casa da minha mãe.
Primeiro foi a Bijou, depois o Brown e hoje o Mimocas.
Entretanto cá em casa o Polo também nos deixou após um trágico acidente. Ontem a senhora que nos ajuda cá em casa mandou abater a sua cadelita Yara, evitando que ela sofresse mais.
O Mimocas era um gato amarelo, muito engraçado e extremamente bonito. Adorava brincadeira especialmente chinelos
Segundo o veterinário morreu com um tumor, com apenas um ano de idade. Partiu hoje rodeado de mimo e atenção da minha mãe.
Hoje é um dia triste. Porque adoro os animais e custa-me vê-los partir assim... quando nada o fazia prever.
Fica a foto quando era pequeno e a recordação... para sempre.
Se ontem foi o dia dos manos, amanhã é o dia dos filhos únicos (estipulei agora mesmo esse dia, só porque sim).
Há uma ideia generalizada na sociedade de que o filho único é maluco! Nunca percebi onde se foi buscar esta ideia, mas enfim... Ideias antigas!
Entretanto costumo dizer, em tom de brincadeira, que nunca me zanguei com os meus irmãos... Como nunca tive qualquer um, foi sempre fácil.
Sempre considerei que não ter qualquer irmão seria uma ausência, mas como não era obviamente culpa minha, assim que casei fui logo pai de dois rapazes.
E realmente foi nesta relação entre ambos que percebi o que perdi ou melhor, o que não tive.
Lembro-me de os ver a ambos no quarto a brincarem juntos. Um gesto que também nunca soube o que era: brincar.
Não levo a mal aos meus pais a opção que tiveram, pois naquele tempo a vida era realmente muito difícil e dura. Mas custa-me olhar para o meu passado, já perdido no meio de tantas memórias e não recordar momentos felizes de pura criança. Porque nunca fui bafejado pela sorte de ser irmão de alguém.
Por isso amanhã será o dia de todos os filhos únicos. Nem que eu o comemore sozinho.