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Espaço de reflexões, opiniões e demais sensações!

Espaço de reflexões, opiniões e demais sensações!

Simulacro - a teoria e a realidade.

Há uns anos a empresa onde trabalho achou por bem criar um Plano de Continuidade de Negócio, tendo em conta a possibilidade de eventuais ataques terroristas.

Esta ideia nasceu claramente após os ataques de 11 de Setembro às torres gémeas em Nova Iorque. Ao mesmo tempo percebeu-se que seria também importante forrmar gente da casa, com capacidade de lidar com alguma eventualidade mais estranha (um incêncio é o exemplo mais usado).

Assim, foi solicitado que colaboradores internos se voluntariassem para o efeito. Eu, claro, fui dos primeiros. Fiz para o efeito uma quantidade de cursos.

Um dos treinos mais usados nos nossos edifíciosn é um simulacro de incêncio, onde toda a gente do edifício deverá sair para a rua.

Há umas semanas fomos avisados da existência de um ensaio. Toda a gente foi envolvida tendo todos conhecimento do que se iria passar.  A única coisa que não se sabia era a hora.

Posto isto... à tarde tocou uma sirene e sendo eu Assistente de Piso - foi este o pomposo nome que deram a quem tem a responsabilidade de colocar as pessoas na rua - coube-me "varrer" o meu andar de forma a não deixar ninguém para trás.

Todavia quando iniciei a ronda apercebi-me de gente que se recusava a sair. Outros procuraram na hora de fugir ir à casa de banho, que eu obviamente não autorizei. Renitentes alguns, apenas um pretendeu ainda assim ficar. Tomei uma posição mais firme dizendo:

- Não saio daqui sem tu saires...

Disse isto num tom tão peremptório que ele levantou-se e seguiu à minha frente.

No fim correu tudo bem e fizemos um belíssimo tempo de evacuação para o exterior.

Só que neste simulacro fica sempre aquela ideia: como posso chegar a alguém, que é meu superior hierárquico, e dizer para largar o que está a fazer e sair? Ainda por cima em ambiente fingido.

A teoria destes simulacros pode ser bem urdida. O problema é que a realidade nua e crua surge com outras ideias.

Quando escrever... dói!

Se fosse dado a depressões diria que estou num dia desses. Mas como não sou daquele género eis-me aqui a escrever.

Há uns anos decidi que deveria aqui colocar todos os dias um texto.

Não imaginam sequer o esforço que tenho feito para seguir aquela ideia. Que tenho conseguido com algum (leia-se muito!) empenho, é certo!

Por exemplo hoje... não tenho tema concreto e nem me apetece deambular por algumas ideias antigos ainda não colocadas no papel.

Hoje escrever dói... porque não sei o que dizer. Ainda por cima com tanto que há para contar.

O turismo bairrista

Até há uns anos a baixa pombalina, e não só, alimentavam-se exclusivamente dos próprios lisboetas. Os turistas existiam, mas em número muito inferior aos da cidade. O seu valor era quase residual...

Neste panorama era fácil sermos abordados por algum empregado de restaurante a convidar-nos a entrar na sua "xafarica" de forma a taparmos o apetite.

Porém a evolução é uma coisa muito gira. Mas muito facilmente perdemos o controlo das coisas.

Hoje fui à Baixa Pombalina fazer uma compra. Atravessei ruas e ruelas passei à frente de inúmeros restaurante e para meu espanto... não fui abordado por nenhum empregado de restaurante.

A minha vestimenta de trabalho (fato e gravata) colocava-me nos "a excluir". Para logo atrás de mim um casal com ar estrangeiro ser rapidamente abordado.

O mais curioso é que na zona onde trabalho, fora do centro pombalino, não há turistas a não ser aqueles que saem dos hotéis em busca do Metro ou outro transporte.

Naquela zona há também uma imensidão de restaurantes. Mas nenhum deles anda a angariar clientes na rua. Outras posturas...

Noutro local da cidade mais turistico há novas abordagens e ofertas. Deste modo a cidade de Lisboa vive diferentes vidas.

Porque o turismo o obriga, porque a cidade parece perder identidade.

São assim os euros a mandar! E é pena! Ou provavelmente... não!

 

Uma questão de igreja!

Sobre a fé

Sobre a religião

 

Este será o meu último naco de prosa da minha trilogia sobre fé, religião e igreja.

Antes de mais e de uma forma metafórica estas três ideias são assim como o corpo humano, que se divide também em três partes: cabeça, tronco e membros.

Deste modo a fé será a cabeça, pois é nesta que tudo é pensado, pesado e decidido. Os membros corresponderão à religião, já que são a parte operacional. Finalmente o corpo será a igreja, já que é o suporte físico, e não só, das outras duas partes.

Falar de igreja não é fácil, tendo em conta que esta é demasiadas vezes mal aceite, pois a maioria das pessoas toma-a unicamente como um poder. É verdade, não posso olvidar isso, mas nem todas as pessoas se aproveitam da sua posição, para em nome de um qualquer Deus angariarem estatuto, valores, insígnias ou mordomias.

Também não estou obviamente a referir-me a templos físicos, monumentais ou singelos, mas a algo que se prende ao tal tronco, conforme referi atrás.

Quando em prol da minha fé tomo uma atitude ou assumo uma posição e plasmando-se estes meus actos naquilo que a minha religião assenta estou, nesse instante, a fazer igreja.

Há quem (re)construa vidas, ajude o seu semelhante, se disponibilize para os outros. Há quem largue o conforto das suas casas e parta para longe, para zonas amplamente desfavorecidas, somente para ensinar. Há quem lute contra alguns desafios interiores para se voluntariarem para hospitais ou lares. Isto é fazer verdadeira igreja. Daquela que impele o ser humano a estar mais próximo e ser mais amigo do outro.

Esta sim é a minha igreja, aquela que eu sigo, que esclarece as minhas dúvidas, que me conforta quando sinto que o mundo vai desabar, que me ampara. A igreja que dá sem pedir nada em troca, aquela que é obra evangelizadora.

De forma a não me alongar, imagine-se uma igreja sem fé e sem religião... Seria ceretamente um corpo morto!

 

Breve nota final: quero agradecer à Golimix, porque se não fosse ela jamais teria tido a coragem de falar destes temas assim de forma tão aberta e espontânea.

Como vi esta época!

Em Abril deste ano escrevi este texto em que lamentava que aos inúmeros golos de Bas Dost não estivesse outrossim associada uma melhor classificação do Sporting. E adiei para outra prosa algumas considerações sobre a época já finda (pelo menos para o Sporting).

Então vamos lá…

A 28 de Agosto o clube de Alvalade era líder. Estávamos na terceira jornada e ainda haveria muuuuuuuuito caminho para calcorrear. Nessa altura escrevi que o discurso deveria ser moderado tanto por parte do treinador como dos dirigentes.

Não me deram ouvidos e a 18 de Setembro o Sporting sofre a primeira derrota que o atirou nessa jornada para o segundo lugar. Lembro-me bem desse jogo em que em apenas 15 minutos houve uma espécie de apagão na defesa do Sporting encaixando por isso três golos.

A partir desse jogo foi um penoso caminhar até ao fim. Com mais baixos que altos a equipa de Jorge Jesus jamais conseguiu erguer-se do lodaçal onde se enfiara. E nem mesmo aquela história do jogo da Luz com casos, é desculpa suficiente para a má época que o Sporting presenteou os seus adeptos.

A verdade é que o Sporting vinha duma época onde jogara muito bom futebol (o melhor para muitos entendidos!). Portanto, com mais tempo para preparar a equipa, mesmo com a ausência de algumas pedras-chave devido ao Europeu, de boa memória para Portugal, a matriz teria de ser forçosamente outra e o Sporting deveria ter lutado para ser campeão até muuuuuuuuito mais tarde.

Depois há a velha questão das contratações! Escudando o ponta-de-lança holandês, que foi assim uma pérola… o resto que veio… foi um “flop”. Chamo aqui Campbell, Castaignos, Meli ou André Filipe. Nenhum deles mostrou ser reforço o que me leva a perguntar como aparecem estes atletas no plantel. Pior… com a sua chegada atiraram alguns jogadores da Academia para a segunda liga ou para outras equipas. Um erro que foi demasiadamente caro.

Não vale a pena agora chorar sobre o sangue derramado. É realmente necessário, para aproxima época que Bruno de Carvalho se muna de um treinador (seja JJ ou outro qualquer!) com um discurso assertivo e menos demagógico. Os sportinguistas são gente paciente, mas detestam ser enganados.

O Sporting é obviamente muito grande. Ora se um treinador não consegue lidar com a pressão de estar à frente de uma equipa destas a lutar por um título, é bom que o diga de antemão e não aceite ser treinador só porque sim. Fica ele melhor e nós também.

As contas desta época são claramente negativas e nem mesmo o melhor marcador nacional ser da nossa equipa ameniza a má época.

Aprendem-se muitas lições com os erros cometidos. A primeira é não voltar a repeti-los.

Será bom que a estrutura do futebol do Sporting nunca se esqueça disso. Nós, sportinguistas estaremos muito atentos.

 

Também aqui

Uma questão de religião

Sobre a fé

 

A ligação entre fé, igreja e religião faz para a maioria das pessoas, todo o sentido.

Naturalmente não me cabe contradizer esta ideia, no entanto creio ser a altura de tentar esclarecer alguns conceitos. Faço apenas notar que aquilo que escreverei abaixo é uma singela opinião que remete somente para mim a responsabilidade do que disser.

Ora bem... de uma forma mais assertiva e sem quaisquer subterfúgios linguísticos direi que a religião é a forma como se deve reger a fé de cada um de nós. Independentemente de qual seja…

Os monoteístas acreditam num só elemento como alguém superior (aqui escuso-me de dar nome, de propósito!). Sob a capa desta figura as pessoas vão acreditando em quem querem, como querem, quando querem.

Todavia estas crenças requerem determinados preceitos que podem levar a… fundamentalismos. E creiam-me que neste último ponto o mau dos fanatismos não vem unicamente do Islão.

A religião é assim um conjunto de dogmas de incidências teológica, onde se podem observar todas as teorias relacionadas com a fé e a forma como se deverá pautar a vivência de um crente.

Daí os grandes paradoxos de algumas religiões pois apelam a determinadas acções… mas agem quase de forma inversa. Por isso há quem olhe para a religião quase como algo a evitar. Percebo a razão!

A religiosidade também não é mensurável. Não sou mais crente (mais religioso como comummente se diz!) que outrem só porque vou mais vezes à missa ou a outra celebração qualquer. Direi mesmo que, por vezes, há quem procure na oração e na religiosidade a paz que não consegue encontrar nos seus atribulados dias.

Ao invés haverá porventura muita gente que não busca qualquer oração, mas consegue viver os dias com uma invulgar serenidade interior, pois a sua postura com o seu semelhante é justamente mais coincidente com alguns dos mandamentos religiosos.

Termino com uma frase que um dia o Padre j., numa das nossas longas caminhadas, afirmou: pode haver muitos católicos, mas há com certeza poucos cristãos.

Na minha cidade VIII - Táxista desembaraçado!

São nove da manhã. Estou num dos centros financeiros da cidade, paredes meias com a Avenida da Liberdade. Após o meu pequeno almoço tenho que ir a uma caixa automática fazer pagamentos.

À porta um colega fuma um cigarro.

Cumprimentos para cá, larachas para lá eis senão quando reparo numa situação estranha que se passa ali mesmo ao pé: uma mulher com três crianças pequenas encontra-se num meio de uma passadeira à conversa com outra senhora.

Não se preocupou com os carros. De todo! Mais uma que considera a passadeira o prolongamento do passeio.

É meio-dia e meia hora. Somos seis num táxi. Tivemos sorte de apanhar um desses com muitos lugares. O trânsito àquela hora está autenticamente um caos. São os transeuntes, na maioria turistas, os já célebres "tuk-tuk", os autocarros, os centenários electricos tudo junto com destino às zonas mais turisticas da cidade, curiosamente local para onde tentamos ir.

Uma das conhecidas calçadas de Lisboa tem dois sentidos para os carros, mas somente um para os electricos. O táxi começa a subir a rua mas a meio há uma carrinha a descarregar. Impossível passar.

O táxista é paciente e estranhamente não apita. Todavia o pior estaria para chegar... Duzentos metros mais acima a rua alarga, mas há carros estacionados no sentido descendente e em segunda fila está outro carro. Mesmo à nossa frente um electrico não consegue passar. Os carros no sentido descendente estão parados porque não conseguem contornar o que está mal parado. Há que recuar de forma a dar espaço ao transporte público de passar.

Ao lado do nosso táxi uma menina tenta recuar o carro no sentido ascendente. Por diversas vezes que o tenta. Enerva-se e deixa descair o seu veículo batendo no da frente (o tal que está indevidamente parado e atrapalhor tudo isto!). O "nosso" táxista decide, á boa maneira marialva, salta do táxi, tira a menina do carro e retira a viatura do local.

Entra no táxi todo contente. Finalmente seguimos viagem. Com imenso prazer assistimos sem querer a mais um belíssimo retrato humano da nossa cidade.

Primeiro ano de United, primeira vitória europeia!*

Só vim aqui dizer que Mourinho está de regresso às grandes vitórias europeias.

Num jogo pobre a equipa da triste Manchester levou a melhor sobre o Ajax de Amsterdão.

Quatro finais, quatro vitórias este é o "pobre" pecúlio de José Mourinho.

Para o ano já sabem.. contem com o United para outros voos.

 

* - Quando escrevi este post esqueci-me totalmente das vitórias internas que o Manchester de Mourinho já havia conseguido: Taça da Liga e Supertaça.

Uma dúvida que me assiste!

Após os diversos e mortíferos ataques terroristas a polícia local refere sempre a prisão de outros eventuais terroristas e o desmantelamento de diversas células. Surgem como um acto quase heróico...

Quando oiço estas notícias pergunto-me sempre:

- Porque é que a polícia não descobre antes dos terríveis acontecimentos as tais células e ditos terroristas?

Provavelmente se o fizessem poupariam muitas vidas. Ou não?

Pois... detesto ter estas dúvidas...

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