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Espaço de reflexões, opiniões e demais sensações!

Espaço de reflexões, opiniões e demais sensações!

Uma questão de fé… nas eleições!

Quem me lê sabe que sou assumidamente católico, que professo uma fé, cada vez com menos crentes, é certo. Não importa!

Como é do conhecimento geral, este ano comemoram-se os cem anos da aparição de Nossa Senhora aos Pastorinhos. Desta vez com a presença do Papa Francisco. Uma bênção para quem crê!

Ora bem, Portugal com a constituição saída do pós-25 de Abril deixou de ser um país definitivamente católico para se tornar um estado laico. Até aqui tudo normal.

Só que, não obstante existirem cada vez menos crentes, a religião católica ainda é, em Portugal, maioritária. Talvez por isso e não só (?) o governo decidiu dar tolerância de ponto ao funcionalismo público no próximo dia 12 de Maio.

Sinceramente ainda gostava de perceber o porquê desta decisão? Ou melhor… eu até percebo, mas as razões porque são feitas nada têm a ver com crença religiosa dos funcionários públicos mas unicamente com a crença… eleitoral.

É que num futuro próximo a FP não esquece que debaixo do “chapéu” da igreja esteve mais um dia em casa, sem trabalhar. Isto é, um fim de semana prolongado à custa de uma fé que já poucos sentem.

Como católico até poderia achar bem a dispensa… mas reconheço que esta dádiva (quase) divina é muito pouco religiosa e, sinceramente, concordo muito pouco com ela. Pior… irei certamente a Fátima mas para isso vou gastar um dos meus dias de férias. Com muito gosto!

Mas mais uma vez a geringonça a trabalhar para as próximas eleições.

Coisas com histórias dentro!

Uma das minhas manias é guardar tudo o que seja velho.  Bom... talvez não me tenha expressado convenientemente. O que quero dizer é que sou, diversas vezes, confrontado com amigos e familiares que me perguntam:

- Tenho isto para deitar fora... Queres ficar com ela?

Perante a opção entre deitar fora ou manter-se como objectos "vivos", é óbvio que assumo a segunda ideia. Deste modo tenho a casa repleta de: telefonias, gravadores, lustres, pratos, travessas, copos, e... relógios.

Ora bem... quando há vinte anos mandei construir a minha casa, solicitei logo ao construtor que deixasse uma abertura para depois poder aceder a um eventual sótão. Cinco anos mais tarde acabei por reconstruir o dito espaço e hoje é aquilo que chamo "o meu museu".

Não vou lá sempre, mas geralmente quando ali entro após subir um conjunto de escadas articuladas, sinto-me invadido por uma nostalgia, quiçá piegas... mas é, sinceramente, o que sinto.

Hoje mais uma vez revi todos aqueles objectos e de repente houve um que sobressaíu. Ou melhor... dois. Porque a sua antiga proprietária faleceu recentemente, no Sábado de Aleluia. Uma amiga muito idosa, de quem guardo não só objectos mas uma amizade fantástica. Curiosamente naquele lugar está somente uma velha telefonia e um gravador de bobines, que ela em tempos me brindou, mas guardo outras coisas.

É engraçado como tantas foram as vezes que já ali estive, mas somente hoje os aparelhos fizeram-se "ouvir". Porque aqueles equipamentos foram usados amiúde pela minha amiga e pelo seu marido. Nem imagino o que terão escutado...

É aquilo que chamo: "coisas com histórias dentro".

Nova (des)Ordem Mundial!

Naquele Verão de 2003, enquanto Portugal literalmente ardia devido a incêndios florestais, eu gozava de uma invulgar paz, numa bucólica cidade austríaca situada à beira de um lago manso e rodeada de montanhas escarpadas e verdejantes. Um pedaço de paraíso muito longe do inferno luso.

Recupero esta memória com a profunda consciência que a paz daqueles dias, e que hoje ainda por lá se mantém, poderá estar em causa. Tudo por culpa de um nova (des)Ordem Mundial.

O Mundo está tão diferente, tão tenebrosamente amedrontado que não temos verdadeira noção do alcance das acções que os novos ditadores deste século vão semeando.

Há quem afirme, e com alguma razão, que a Europa nunca esteve tanto tempo sem conflitos armados de grande escala. Todavia olvidam a guerra dos Balcãs com claras intervenções das Nações Unidas. Mas na essência percebo do que falam.

Só que a tal (des)Ordem que vos falo poderá culminar numa espiral muito violenta que resultará obviamente num eventual conflito armado à escala Mundial. Com os incontáveis custos… que neste momento ninguém consegue avaliar.

Espanta-me por isso esta visão tão egocêntrica destes novos políticos. São pequenos “reis-sol” que justamente pretendem tempo de antena e poder.

Desde os Estados Unidos à Turquia, passando pela Venezuela e Coreia do Norte, estes novos tempos ameaçam com velhos tempos, ainda infelizmente na memória de muitos.

Portugal como ínfimo país, mas associado à U.E. e à Nato, dificilmente passará pelos “intervalos da chuva”. Mesmo que nos queiram convencer do contrário.

Face ao que escrevi, proponho este pensamento: será que estamos claramente conscientes do que o futuro próximo nos reserva?

Profundamente desiludido...

Com o nosso PR!

Após os trágicos acontecimentos com animais de quatro patas que foram abertura de telejornais e capa de pasquins, estou profundamente desiludido com o nosso Presidente, Professor Marcelo Rebelo de Sousa, por até hoje, somente por solidariedade, ainda não ter sido mordido por qualquer bicho.

Creio que já está a ficar atrasado!

Um dia loooooooongo!

Hoje o dia começou cedo, porém atrasado.

Corri, apressei-me e ainda consegui aquele lugar especial para o carro.

Depois o trabalho e uma quantidade de peripécias que tive de resolver. Um almoço demorado com velhos amigos.

De volta ao trabalho regresso a casa já ao fim do dia, para quase logo a seguir ao jantar voltar a sair para uma reunião, que terminou demasiado tarde.

Enquanto há gente que morre de tédio eu continuo a achar que os meus dias deviam ter mais horas.

Já li e comovi-me!

Falei dele aqui.

Entretanto ofereceram-me, mas andei uns dias com receio de o ler.

E tinha razão no meu pensamento.

Porque é um livro que me faz ter muitas saudades do caminho.

Porque é um livro que sinto que só pode fazer bem a quem o lê, mesmo que não tenham fé alguma.

Porque me fez chorar.

Obrigado a quem mo ofereceu, a quem o escreveu e acima de tudo a quem o viveu

A televisão mais pobre

Soube agora que faleceu Cordeiro de Vale, pseudónimo de Serafim Marques.

Quem, como eu, desde muito cedo se interessou pelo desporto não esquece os seus fantástu«icos comentários e relatos quando na televisão se podia ver gratuitamente o Torneio das Cinco Nações de Rugby.

Já com alguma idade - 93 anos - Cordeiro do Vale será sempre insubstituível. Tal como o foram Adriano Cerqueira ou Fernando Pessa.

Especialmente para quem cresceu a ouvi-lo e a vê-lo na RTP.

Descanse em Paz

 

Os três dias do 25 de Abril

Quarenta e três anos passados sobre aquela quinta-feira de Abril, olho para a nossa sociedade e noto nela diferenças enormes. Não só por aquilo que os portugueses passaram antes do 25 de Abril, como o que decorreu depois. Acima de tudo as desilusões e as frustrações de muitos anseios.

Por isso comecei a perceber que o 25 de Abril corresponde a três dias, sendo cada um desses dias representativos de uma geração.

Colocando as coisas de forma mais prática direi que o Portugal de hoje é constituído pela geração do 24, do 25 e do 26 de Abril.

Passo a explicar:

  • 24 de Abril - são aqueles portugueses, hoje já obviamente idosos e que viveram grande parte da sua vida sob a ditadura. Até podem ter apreciado a Revolução dos Cravos, mas depressa desanimaram com as constantes alterações políticas. Caem quiçá no erro de assumirem: naquele tempo é que era bom!
  • 25 de Abril – são os da minha geração com mais ano, menos ano e que viveram as vicissitudes do golpe de Estado. Durante anos andaram de partido em partido pensando qual o melhor para o país, mas depressa se convenceram que este rectângulo não ia a lado nenhum. Desiludidos, vão votando aqui e ali temendo sempre pelo futuro;
  • 26 de Abril – é aquela franja da sociedade que não quer saber da política nem dos políticos, que não vota e considera estes pouco fiáveis. Preferem trabalhar horas a fio para ganharem mais uns euros. Não se preocupam com o passado e muito menos com o futuro. Vivem o dia a dia, simplesmente.

Certamente que haverá algumas excepções a estes três modelos. Todavia a maioria pensa assim. E desculpem-me os sociólogos, politólogos e demais especialistas, mas dificilmente este paradigma mudará.

Os cravos vermelhos fazem somente parte da história lusa. Infelizmente não mais que isso!

Vacinar pela internet

As novas tecnologias tão em voga trazem-nos, para além de alguma facilitação das nossas vidas, acessos permanentes e à distância de um toque a um manancial de informação que era impensável há trinta anos.

A internet é actualmente a forma mais rápida e (in)fiel de obtermos o conhecimento sobre qualquer assunto. Há, no entanto, um paradoxo nisto tudo e que se prende com a interpretação que se dão aos dados obtidos. Muito ao encontro daquela já gasta teoria da garrafa meia cheia ou meia vazia. Dependendo de quem a vê!

Abordo este assunto porque um destes dias dei por mim a escutar uma senhora que assumia a não vacinação da filha porque lera na Internet que aquela terapia preventiva teria evidentes e óbvios efeitos secundários e face ao que lera preferia tratá-la com outras opções que lhe pareciam menos violentas e agressivas.

Compreendo que caberá aos pais decidirem o que creem que será melhor para os seus filhos. Só que muitas vezes as premissas, onde assentam as ditas opções, poderão não ser as mais fiáveis. Já pensaram nisso?

Todavia a escolha daquela mãe não influencia somente a sua filha, mas um conjunto de outras pessoas que convivem diariamente com a criança. Não sei se os portugueses gostarão de andar na rua quando sabem que há pessoas infectadas com qualquer vírus e que ao não desejarem serem tratados de forma tradicional, podem colocar em causa a saúde pública.

Regressando aos dados disponibilizados pela internet seria de todo aconselhável a quem lê a informação dos efeitos secundários, lesse outrossim os factores positivos e pesasse convenientemente e a fundo a sua decisão.

Ora é certo que muitas das nossas decisões têm consequências que por vezes culminam em algo menos agradável à nossa própria vontade. Mas faz parte da vida ou melhor… é o verdadeiro mistério da vida.

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