Eis mais um ano, novinho em folha e pronto a ser estreado. Não imaginam como gosto de estrear coisas… E como neste momento não há outra, venha de lá então esse 2017.
Todavia virar o ano é somente acrescentar mais uma data. Das 23 e 59 minutos de 2016 para as 00 e 01 minutos de 2017 terão passado apenas dois minutos. Nada mais que isso.
Deste modo não dou grande importância à Passagem do Ano. Esta vale essencialmente pelo reagrupar da família, pela amizade e por aquilo que se come e bebe (e o que se engorda) nesta altura…
Depois há quem ache que ao iniciar um ano vamos mudar de atitude, de postura, se sensibilidade, até de peso.
Nada mais errado. Se realmente queremos mudar alguma coisa na nossa vida é fazê-lo já! Isso de aguardar para mais tarde é um tremendo erro, porque o mais certo é nunca fazermos nada daquilo a que nos propomos. É o que a minha experiência de vida me ensinou!
Mas ao contrário de muitos que pululam por aí, reconheço que não sou dono de nenhuma verdade e que cada um deverá viver estas (e outras!) festas na sua exclusiva maneira de ser!
Digam o que disserem o ano de 2017 vai ser muito complicado.
Começará em Janeiro com a tomada de posse de Trump. O que daqui advirá ninguém sabe nem imagina. Depois haverá eleições por essa Europa fora, Portugal incluído com as autárquicas, que não fazendo um juízo do actual governo haverá sempre leituras diferenciadas dos resultados. Como sempre, aliás...
Os atentados, não obstante algumas permanentes acções policiais, continuarão a estar na ordem do dia, ameaçando constantemente pessoas e estados. O medo é real.
A crise dos refugiados não vai parar enquanto houver guerra no médio Oriente. Um drama permanente que poderá influenciar as tais eleições na Europa, especialmente puxando para a superfície da política, partidos radicais de direita pouco adeptos à abertura de fronteiras.
Já para não falar do Brexit e outros “exits” de países para quem a Europa já deu o que tinha a dar.
Não consigo mesmo imaginar o que estarei a escrever daqui a um ano sobre o que se passou em 2017. De todo...
Tentar assim adivinhar o futuro próximo na Europa e no Mundo nem os “Grandes Mestres Videntes” se afoitam!
Há pessoas que tomam decisões que me custam compreender. Sinceramente!
Vejamos o caso seguinte:
Um jovem de trinta e poucos anos, magro, sem grandes responsabilidades familiares percebe um dia que os seus níveis do Colesterol estão muito acima do desejado. Acrescente-se que este jovem é fumador.
Ora, está mais que provado que o tabaco é um dos fomentadores da subida do colesterol.
Decide então ter cuidado com a alimentação e deixando (e bem!!!) de comer coisas muito gordas e que possam alterar os padrões médicos. Todavia não parece ser suficiente. Os números, não sendo alarmantes, são para ter algum cuidado.
Por fim e ao fim de algum tempo decide iniciar a medicação com comprimidos de forma a baixar os valores.
É então aqui que bate o ponto e que me custa a entender.
Em vez de largar definitivamente o tabaco, prefere continuar a fumar e a tomar comprimidos de forma controlar os níveis de Colesterol no sangue.
Isto é, gasta duplamente dinheiro: em tabaco para subir e em comprimidos para descer…
O mui débil estado de saúde do Doutor Mário Soares leva-me a pensar que vivemos tempos estranhos e que de uma forma alternativa andamos a fintar a Mãe Natureza.
Respeito muito o antigo Presidente da República, mas tendo em conta a sua idade não seria melhor deixá-lo partir? Em paz?
Porque todos temos de ir um dia. E o ex-presidente não é obviamente excepção!
Como católico, sou claramente pela vida. Mas esta deverá ser sempre minimamente consciente. De outra forma o que interessa andarmos por cá?
Não é a primeira vez que abordo esta temática. Decididamente não sou pelo prolongamento da vida humana num estado vegetativo. Os meus filhos sabem disso, se um dia estiver nesse estado pois não quero ficar ligado a qualquer máquina.
Do mesmo modo parece-me que a família do Doutor Mário Soares deveria deixar a Natureza seguir o seu percurso e não adiar o que me parece inevitável.
Eu sei que os médicos agarram-se à ética para manter a vida. Mas se não existisse uma panóplia de máquinas que fazem tudo por ele, há quanto tempo Mário Soares já teria partido?
Ainda o ano não acabou e poder-se-á já dizer que 2016 foi um ano deveras nefasto para a música. E não só!
No início de Janeiro partia David Bowie. Em Abril desaparecia Prince e meses mais tarde, Leonard Cohen. Ontem foi a vez de George Michael que também achou por bem seguir os passos de outros cantores.
Se juntarmos a estes, Keit Emerson e Greg Lake dos “progressivos” ELP, constatamos que a música em 2016 perdeu muitos e bons músicos.
Mas o cinema foi também outra grande vítima da “negra”.
Para além de Ettore Scola, um dos grandes realizadores italianos, deixou-nos Alan Rickman, Bud Spencer, Zsa Zsa Gabor, George Gaines e Gene Wilder, só para falar dos actores mais famosos.
Portugal também não fugiu à inevitabilidade da morte e partiram este ano grandes actores como Nicolau Breyner, Camilo de Oliveira, Francisco Nicholson ou Carlos Rodrigues.
Finalmente e outrossim em Portugal faleceu quiçá um dos homens e desportistas mais importantes do século XX. Chamava-se Mário Moniz Pereira!