Paremos para reflectir!
O melhor da política portuguesa é que ninguém é culpado de nada do que acontece, especialmente se for mau. Dito de outra forma os governos dizem sempre que a culpa foi do anterior executivo.
O povo vai imbecilmente acreditando (ou não!!!) nestas patranhas.
Portugal está de novo à beira de um colapso financeiro estrondoso e ninguém diz nada. A economia não cresce o suficiente para pagar a despesa. Esta não diminui porque há juros e mais juros dos empréstimos. O Estado continua gordo e anafado.
Imaginemos dois homens um ao lado do outro munidos de pás e enxadas. Só que no chão está um buraco enorme. Um deles retira terra desse buraco e espalha em seu redor. O outro homem começa a fazer um buraco ao lado e atira terra para dentro do outro buraco tentando-o tapar. Em vão!
Assim é a nossa dívida. Enquanto um não parar de espalhar a terra ao redor de 30 metros o segundo jamais conseguirá tapar o primeiro buraco.
Não sou economista mas aprendi na escola a fazer contas. Certamente que não posso ou não devo gastar mais do que ganho, mesmo que alguém cá em casa fique aborrecido por não poder comer bife do lombo, trocado por dois bifes de perú.
Mas a vida é mesmo assim. Nem sempre temos o que queremos mas somente o que podemos.
No entanto a impunidade criminal que recai sobre os nossos governantes – sejam eles de que partido forem – é uma das melhores benesses de se ser político.
Daqui a muito tempo, quando se escrever a história destes últimos anos e à distância segura da idade poder-se-á dizer quem foram realmente os verdadeiros culpados por chegarmos a este (triste) fado.
Até lá andemos de cara alegre, porque tristezas não pagam as nossas dívidas!