Com o referendo inglês e a votação da saída da União Europeia abriu-se uma espécie de caixa de Pandora com consequências ainda imprevisíveis. Muitos outros países vão agora lançar mão dessa prerrogativa de forma a libertarem-se da UE.
Entretanto o fim de semana passado trouxe-nos um Portugal finalmente vencedor com a passagem aos quartos de final de um campeonato europeu muito pobre em futebol.
Depois surgiram os atentados na Turquia que acabaram por retirar ao Brexit algum relevo.
Por fim as declarações de ontem do Ministro das Finanças alemão, no que se refere ao nosso país e a um eventual resgate mas que ofendeu uns senhores que ainda acreditam no Pai Natal.
Ou dito de outra maneira esta Europa tem, neste momento, demasiados fogos entre mãos e não tem bombeiros suficientes para os apagar.
Mesmo com atraso de um dia não quero deixar de aqui recordar o que foi para mim uma das mais míticas figuras do cinema. Especialmente do género "Spaguetti Western". Falo obviamente de Bud Spencer que faleceu ontem aos 86 anos na cidade Eterna.
Tenho perfeita consciência que Spencer nem chegava ser um actor na verdadeira acepção da palavra. Mas uma figura que nos fazia rir e que lutava sempre contra as injustiças. E que nós adorávamos...
Pelo que já pude ler, morreu em paz o que é claramente significado de alguém que viveu a vida com a serenidade daqueles que são felizes.
Apareceu num ror de filmes mas com ele vi essencialmente a saga Trinitá onde contracenou com Terence Hill numa dupla famosa.
Como o cinema é outrossim entretenimento para além de arte... ver Bud Spencer servia essencialmente para sentirmos uma alegria imensaatravés dos seus murros e das suas palmadas, quase sempre sonoramente elevadas.
Bud Spencer deixa assim um vazio... essencialmente porque media quase dois metros de altura e pesava 140 quilos.
Regressemos ao que é realmente importante.Enquanto a ainda União Europeia se encontra à beira de um precipício sem saber o que fazer e a Grã-Bretanha percebe que teve mais olhos que barriga nós por cá vamos saltitando e rindo com a magra vitória de Portugal em França, mas suficiente para estar nos quartos de final do torneio europeu.
O fim de semana trouxe-nos um BE a esfregar as mãos de contente com o referendo britânico e já fala em pedir também uma consulta popular.
Mas será que esta gente sabe do que está a falar? Como pode um país pobre como o nosso, deixar de pertencer a uma organização cuja função tem sido alimentar os nossos egos?
Durante dezenas de anos andámos a comer à custa da Europa. Não fizemos metade do que devíamos, andamos a dar subsídios a quem não faz "um caroço", estamos gordos e anafados de tal maneira que nem desejamos trabalhar. O que conta é recebermos aquele x todos os meses...
O Estado social só deveria assim existir num país onde todos trabalhassem ou fosse estupidamente rico- Mas este rectângulo está cada vez mais longe da realidade.
Os nossos políticos sabem bem como está este naco de terra no que se refere às nossas contas.E sabem outrossim que as promesssas feitas em tempo eleitoral vão vustar muiito mais do que dizem.
Todavia como o que interessa é apenas dizer o que é bom... Siga a dança.
Um destes dias acordamos novamente com a tróica a entrar por este país e apresentar mais austeridade. Aí quero ver e ouvir o que diz a geringonça!
Após o referendo dos britânicos fiquei com a convicção de que a União Europeia, nos moldes em que está assente, surge condenada a desaparecer.
Podem fazer ainda algumas operações de estética para a tentar salvar mas as pedras deste dominó político iniciaram a sua irreversível queda. Este longuíssimo tombar dos ingleses vão arrastar consigo muitos outros países duma Europa actualmente vazia de sentido.
A ideia primeira do bem-estar social europeu morreu assim que as países perceberam quanto isso custava aos bolsos dos seus contribuintes.
Nem mesmo a criação do Euro resolveu parte da situação.
Face então aos mais recentes acontecimentos comecei desde já a guardar as minhas poucas notas de Euro em casa. Assim que a moeda europeia acabar muitos serão os coleccionadores que quererão aquele numerário.
Terei então um ror delas que venderei ao melhor preço originando um tal rendimento que ficarei estupidamente rico!
Assim, os três jogos anteriores foram uma espécie de “warm-up”, como se diz em automobilismo, para a selecção nacional.
Primeiro havia que experimentar através da fórmula tentativa-e-erro o que a equipa das quinas conseguiria (não) fazer.
Após um trio de empates foi então a altura de FS deixar-se de experimentalismos e passar à lógica futebolística. E se Portugal não jogou muito bem é também verdade que não jogou como os jogos anteriores, conseguindo travar uma Croácia preparada para assaltar os castelos lusos.
Ao fim de quatro jogos desconfio que tudo isto já estava previamente pensado. Até a vitória da Islândia… Um engenheiro que se preze é assim… pensa em tudo.
Portanto nada do que aconteceu até agora a Portugal em França é obra do acaso ou da sorte. Tudo foi meticulosamente estudado e preparado ao pormenor. E daí FS só se ter valido do meio campo do Sporting quando realmente necessitou de parar alguns jogadores adversários de maior valia.
Nas mãos lusas o futebol deixou de ser somente um jogo de futebol para se tornar numa ciência quase exacta.
Com os resultados do referendo de ontem no Reino Unido fiquei com a certeza de que os britânicos conseguiram, de forma democrática, acabar com a União Europeia e consequentemente com o Euro.
O Estado Islâmico, que tanto tem lutado por isso, não faria melhor!
Hoje numa grande superfície vi um cartaz que continha a seguinte frase: "Temos fome de vencer".
Pelo que (não) vi nos últimos jogos da nossa selecção e face aos resultados obtidos em França, creio que vamos todos recorrer ao Banco Alimentar contra a Fome, pois ainda não conseguimos matar a dita!
Escrevo este texto para que depois não venham dizer que eu nunca o disse.
Portugal regressa amanhã a casa! Estou tão certo disso como estou que nunca me sairá o Euromilhões!
O seleccionador Fernando Santos continua refém de uma quantidade de empresários e outros interesses. Por isso a equipa portuguesa ficará pelo caminho quando tinha tudo para ser (finalmente) campeã.
O problema é que para se ser campeão é obviamente preciso jogar uma série de jogos. Não basta ter gravado na pele a palavra "Campeão" para o ser automaticamente. É claramente necessário provar no relvado esse título.
Os nossos jogadores são na sua maioria preguiçosos. Cansam-se facilmente e têm uma mentalidade de perdedores. O célebre "coitadinho" português!
Uma delas é grande, sem ser de música tem, todavia, um interior muito bonito. Outra coisa é a chave original.
Comprei esta caixa na Feira da Ladra há alguns anos. Não obstante não ser das minhas caixas mais antigas é deveras muito bonita.
A segunda foi uma verdadeira caixa de música a quem retiraram a bailarina. Mantém o motor de corda por baixo mas sem a singela boneca "a coisa" não tem graça.
Tem algumas partes menos boas mas a técnica de restauro de charão não é fácil, já que a pintura é acima de tudo laca.
Um amigo costuma ajudar-me nesse restauro. Eis as imagens: