Venho desta forma, humilde e sincera, avisá-lo de que o Céu deve ter um problema na canalização tal é a quantidade de água que temos, cá em baixo, vindo a levar todos os dias.
Imagino que com tanta coisa para comandar, aí no Paraíso, talvez se tenha dispersado com este mero problema.
Porém a água que vem caindo continuamente está nesta altura a estragar mais do que a ser benéfica. Deste modo agradeço encarecidamente que trate deste assunto de forma célere. É bom que não se esqueça que a Primavera começou vai para dois meses… e ainda não notámos a sua chegada.
Quando jovem li muita ficção científica. Era uma daquelas áreas de leitura que não gostava de perder.
Nos anos 70 correu uma febre sobre a existência de ovnis. Depois havia (e creio que ainda persiste) o mistério do Triângulo das Bermudas. Ao mesmo tempo falavamos das gigantescas estátuas da ilha da Páscoa. Enfim um ror de estranhos acontecimentos que eu e mais alguns amigos, devidamente organizados, discutíamos longas tardes sem chegar a nenhuma conclusão. Ora a juntar a isto tudo nada melhor que os tais livros de ficção científica. Resultado: a minha cabeça vivia no século 1000.
Lembrei-me disto porque ao fazer uma pesquisa na internet encontrei um actor que fez as minhas delícias... Era o comandante John Konig da Estação Espacial Alfa. Falo obviamente da mítica série Espaço 1999. Depois dela nunca mais a ficção científica foi a mesma .. especialmente em televisão.
Mas o que acho realmente curioso é a forma como naquele tempo se perspectivava a evoução da ciência e obviamente do Mundo.
É certo que a comunidade científica evoluiu bastante mas não o suficiente para chegarmos ao nível daqueles episódios. E já nem falo de Star Wars no cinema ou de outra série não menos mítica e que se chamou Star Trek, também ela no pequeno écran.
Onde talvez o Mundo surja um pouco á frente destes episódios será porventura nas comunicações móveis e respectivos equipamentos. Uma previsão à época, impossível de obter!
Ontem andava eu atarefadíssimo a preparar, o que viria a ser um excelente arroz de polvo, quando sou convocado, de forma urgente, para resolver uma situação que, no mínimo, chamarei de insólita. Na casa ao lado uma senhora necessitou da minha ajuda para... retirar um gato do motor do carro.
À primeira vista pensei que teria ouvido mal... pois geralmente os carros exibem-se pelos cavalos que têm e não pelos... felinos.
Mas a verdade é que deparei com a inacreditável situação de um anafado e manso tareco debaixo da bateria, visivelmente entalado entre fios e tubos. O seu miar desesperado denotava alguma aflição e tive de recorrer a um expediente rápido para o retirar daquele lugar.
Primeiro fui buscar um macaco de forma a elevar a viatura no intuito de aceder ao bichano por debaixo do motor, pois fora por aí que o animal entrara. O meu filho mais novo ajudou-me nesta árdua e complicada tarefa. Puxá-lo para baixo tornou-se no entanto impossível, mas foi capaz de o empurrar de forma a que saísse por cima.
Aquilo parecia quase um parto... Ele empurrava, eu puxava, a senhora gemia... Sempre com mil cuidados para não ferir o animal. E ao fim de uns minutos lá saiu o gato do motor aparentemente sem grandes maleitas, para descanso da dona da viatura que parecia claramente preocupada com a situação.
Um final feliz especialmente para o animal que ainda assim não aprendeu muito com a lição pois logo que o libertámos foi colocar-se debaixo de outro carro na rua.
O tema “bullying” é indubitavelmente um dos temas desta nova sociedade, como se nunca tivesse existido esta nova doença.
Há meio século, raros eram os miúdos que usavam óculos. Mas como sempre fui um sortudo logo aos seis anos brindaram-me com um par de “cangalhas” com lentes mais grossas que fundos de garrafa.
Como é previsível passei a ser conhecido pelo “caixa de óculos” ou “vidrinhos”. Esta tatuagem acompanhou-me durante muitos e muitos anos.
Filho único acabei por aguentar todos os impropérios sozinho e sem qualquer apoio familiar, já que também evitava preocupar a família com assuntos que me pareciam menores.
Assim cresci com esta chancela…
Hoje observo e leio sobre este tema e acho que pretendem fazer uma tempestade num copo de água. Todavia reconheço que algumas atitudes da juventude de agora roçam a violência e isso não é compaginável com uma sociedade livre.
Mas há que distinguir o que são coisas de jovens e o que é violência. E se em relação à primeira sou naturalmente condescendente, no que se refere à segunda não pode haver qualquer desculpa. Há que ounir severamente os culpados.
Sempre achei e continuo a achar, que quem usa o “bullying”, como forma de ascendente sobre outros seres humaanos é porque sofre de uma enorme insegurança interior… e receia que alguém o descubra.
Os pais que eventualmente lerem este texto poderão achá-lo uma autêntica imbecilidade. Mas duma coisa tenho quase a certeza: a maioria dos miúdos preferem o silêncio.
Não por medo nem por vergonha, mas como uma prova que fará sempre parte do seu crescimento.
Chegou-me às mãos a 25ª edição do “Pocket World in Figures” publicado pela centenária revista “The Economist”.
Os dados apresentados neste livro de bolso referem-se quase na sua totalidade a ano de 2014, ou seja, numa altura em que a crise mundial parecia (digo parecia porque creio que ela ainda não terminou…) querer abrandar.
Para quem gosta de estatísticas, este manual é deveras interessante. Certamente não cabe neste espaço analisar os dados ali apresentados, mas para quem aprecie e se sinta à vontade, aquela publicação é um manancial de informação e acima de tudo de comparação.
Nele podemos perceber quais os reais dados económicos do nosso país e de muitos outros países e outrossim informação à escala mundial compilada por diferentes temas que vão desde a saúde à natalidade, das dívidas aos desportos, da cultura à esperança de vida. Temas tão diversos como criminalidade e custo de vida, transportes e turismo são apresentados de forma simples e assertiva.
Um verdadeiro tratado informativo e estatístico que muitos países provavelmente não gostarão de ver (leia-se analisar)!
Está visto que o Acordo ou desacordo Ortográfico voltou à ordem do dia.
O Presidente da República escreve pela nova forma, mas Marcelo Rebelo de Sousa prefere a antiga!
Quase me faz lembrar aquela brilhante rábula da Ivone Silva em que Olívia Patroa e Olívia Criada se confrontavam numa mesma mulher.
Com as recentes declarações o PR terá aberto o caminho para uma discussão mais alargada, que ainda não conseguiu gerar consensos na sociedade portuguesa (será que alguma vez haverá?).
A abertura à sociedade civil da discussão no Acordo (fala-se mesmo de um referendo) pode vir a criar, num futuro próximo, novos problemas, já que a Administração Pública escreve unicamente sob a capa do Novo Acordo ortográfico. E os manuais escolares já foram redigidos seguindo a nova grafia.
Ora reverter tudo seria, como é óbvio, demasiado dispendioso.
Deste modo uma solução futura passaria por se aceitar as duas grafias mesmo que isso possa originar alguma confusão, especialmente nas crianças em idade escolar. Por exemplo um miúdo pode começar a aprender a escrever de determinada maneira e anos mais tarde surge-lhe uma grafia diferente. E qual delas estará certa? E poderá misturar as duas?
Depois há outrossim a ratificação pelos países Lusófonos deste Acordo e que tardam em fazê-lo, à luz da ideia de que a língua mãe é só uma.
Enquanto esta “poeira” não assentar definitivamente, continuarei a escrever como aprendi há meio século.
Sou utilizador da rede do feicebuque quase exclusivamente para partilhar estes meus textos e de quando em vez um video simpático com animais.
Nem sei bem porquê hoje fui ao meu perfil e deparei que tenho já registados... 500 amigos. Quinhentos amigos? Meio milhar?
Estas cinco centenas são assim uma espécie de número quase redondo da minha vida.
Reconheço que sempre lidei com muita gente. E como sou franco e muito tagarela é óbvio que facilmente arranjo amigos por onde passo.
Mas, ainda espantado com tamanho número, pergunto-me se sou merecedor de tantos afectos.
É bem verdade que muitos deles são família. Esta é enorme e espalha-se por quase todo o mundo, mas ainda assim... 500 é um número quase estratosférico.
Fica então aqui o meu muito obrigado por quererem partilhar comigo um pouco das vossas vidas.