A velhice será talvez a única coisa da minha vida que me assusta, isto se lá chegar.
Disse-me a minha avó uma vez há muitos anos: devíamos morrer novos! Na altura não percebi a razão desta espécie de vontade.
Porém hoje entendo-a. Provavelmente da pior maneira porque lido todos os dias com uma vetustez próxima. Ainda não é a minha… mas para lá caminho, inexoravelmente.
Aflige-me assim um dia tornar-me dependente de outros, especialmente dos filhos ou noras. De ter um qualquer ataque e ficar preso a uma cama ou pior… a uma máquina, de forma a poder sobreviver.
Tenho por isso cada mais consciência que a qualidade da minha velhice depende essencialmente da minha formação genética mas à qual se junta indelevelmente a forma como vou repartindo o meu dia. O que como, quanto como, o que bebo, quanto bebo, o que ando, quanto ando…
Assumo aqui e agora que não pretendo que me deixem ligado a qualquer máquina para que viva mais uns dias, semanas, meses, quiçá anos sem dar conta! Seria um desperdício de recursos…
A senilidade e a falta de lucidez são claramente os meus maiores receios num futuro a médio ou a longo prazo.
Entretanto dizem os especialistas que a forma de melhor contornar o definhar da mente é manter esta sempre pressionada, essencialmente com actividades novas. Deste modo guardo para a minha reforma um sem número de projectos que pretendo realizar.
O mais certo é nunca os realizar… Mas isso que me importa?
A idade pode também ser um estado de alma. E a minha é de um miúdo traquina.
Um local para mim stressante é, sem dúvida alguma, uma farmácia.
Não porque tenha de lá ir para comprar os meus medicamentos (vivo bem com isso!) mas essencialmente porque sempre que entro neste tipo de estabelecimento há uma quantidade de gente, que após ter aborrecido um médico com queixumes de maleitas que não tem, mas ouviu a vizinha queixar-se delas, vai ali para novamente chorar sobre a tal saúde que diz não ter, mas tem! Uma confusão…
E o pior é que estão ali minutos infinitos sem se preocuparem com quem está à espera de ser aviado. Depois e para além das suas eventuais doenças apresentam-se com um rol de desgraças de toda a família até à nonagésima geração que desbobinam para um empregado cansado daquele discurso.
E os outros à espera!
Quando finalmente, num anormal rasgo de lucidez, decidem que é tempo de sair, a loja está cheia de gente. Então aproveitam o interesse de algum cliente e dizem com a maior da desfaçatez:
Somente três lugares na Bancada Norte… mas todos sofredores pelo clube de coração.
Ontem após a vitória em Braga por números expressivos, discutiu-se qual o jogo em que o Sporting perdera o campeonato.
A primeira ideia é que foi o jogo em casa com o nosso principal adversário, eu contrariei com o empate com o Tondela após estarmos a ganhar. Houve quem avançasse com a derrota com o União da Madeira, equipa que acabou por descer, ou com o empate a zero em casa com o Rio Ave.
Duma forma ou doutra uma coisa é certa: o Sporting deixou fugir o título por entre as mãos de forma quase inglória. Por isso o futebol é um desporto e não uma ciência exacta!
Como se diz em futebol… quem não marca arrisca-se a sofrer!
Porém os especialistas são unânimes numa análise deste campeonato: o Sporting foi a equipa que melhor futebol jogou. Uma realidade que desejo alargada à próxima época. Com estes ou outros jogadores…
Entretanto Jorge Jesus mostrou capacidade de gestão de um plantel já de si curto e que em Setembro ficou sem Carrillo, por motivos de todos conhecidos. Sei que veio Bruno César, Coates e Zeegelaar tendo também regressado Ruben Semedo. Mas todos eles insuficientes para as reais aspirações do Sporting.
Durante todo este percurso terá JJ tomado decisões erradas? Talvez… Mas não o fazemos muitas vezes nas nossas vidas?
A época terminou, para regressarmos oficialmente em Agosto. O contador é então colocado a zero e partimos todos de novo.
E lá estaremos em Alvalade, uma vez mais, para vibrar e puxar pela nossa equipa!
Tão tramada que num dia que poderia ser de festa, uma notícia terrível entrou-me pelo telemóvel dentro.
Todos nós somos filhos, alguns pais e mães. E por isso os descendentes devem ser a normal continuação dos pais, com as naturais diferenças de idades e pensamentos.
Deste modo, e se a lei da vida fosse cumprida sem excepções, caberia sempre aos filhos enterrarem os pais.
Só que infelizmente a vida prega-nos partidas. E daquelas impensáveis...
Porque a morte nunca é uma boa notícia. Ainda por cima se envolver a filha de um dos nossos amigos.
O dia perdeu então toda a sua luz. E a tristeza envolveu-me.
E agora que dizer? Apenas que a coragem invada o coração deste meu amigo!
Porque já são tantas as (más) partidas com que a vida o vem brindando... que nem imagino como estará o seu coração.
Ultimamente tenho andado a pensar no que poderão vir a ser os meus dias numa eventual passagem à reforma.
Reconheço que ando cansado de me levantar cedo, de cumprir horários, de comunicar aos superiores que tenho uma consulta médica. Como me aborrece que, num almoço de amigos, tenha de sair antes de todos os outros só porque o meu tempo de refeição é somente de uma hora.
Ao fim de quase quarenta anos de trabalho efectivo e permanente creio que é chegada a hora de ter direito a ser dono do meu tempo. Mas serei mesmo senhor deste tempo?
Sinceramente não sei! Na realidade ninguém (e ainda bem, acrescento) consegue prever com exactidão o seu futuro, seja próximo ou longínquo. E temo que já aposentado entre naquela espiral depressiva, que noto nalguns dos meus colegas mais antigos, após alguns meses de inactividade laboral.
A fim de evitar estes dilemas, nos últimos anos, tenho tentado deixar algumas coisas por fazer, especialmente na escrita, pois pretendo ocupar uma boa parte do tempo de reformado a dar forma e vida a alguns projectos que tenho em mente. Mas não só!
Há ao mesmo nível de preocupação o campo que terei de olhar com atenção redobrada. O que poderá equivaler a não ter muitos momentos mortos.
Obviamente para que tudo isto aconteça da melhor forma, tenho de ter saúde física e mental suficiente para tal.
Hoje apresento-me em boas condições para isso. Porém amanhã não sei!
Gostam daqueles restaurantes de quase vão de escada, onde se come em dez minutos e nem tempo temos de apreciar convenientemente a comida? Se sim então não venham aqui...
Quase Café é um lugar fixe! Muito fixe mesmo... Daqueles em que sabe bem estar... só ou acompanhado e onde a comida tem sabor ao que é genuíno e saudável.
Este projecto ancabeçado por duas jovens é ainda um bebé. Mas tem tudo para dar certo!
Bem perto temos as Portas do Sol onda a paisagem entra pelo rio... Um lugar priveligiado encravado entre a Graça, Alfama e o Castelo, repleto obviamente de imensos turistas. Mas não interessa... Na Rua do Salvador nº 12 a serenidade reina!
Para a Cati e para a Joana vão daqui os meus sinceros votos de sucessos.
Adorei visitar-vos.
Têm tudo para correr bem!
E agora meu caro leitor... é tempo de sair de casa e ir ao Quase Café!
Nem sei por onde começar… tantos têm sido os acontecimentos nesta semana. Mas também não interessa o que eu penso pois não tenho a presunção de que alguém é influenciado por aquilo que aqui vou escrevendo, principalmente pelos meus pensamentos.
Este meu texto é então assim uma espécie de desabafo onde vou discorrendo alguns temas que foram quase “não temas”… mas como a geringonça necessita que andemos distraídos…
O primeiro caso que me lembro refere-se à inauguração do túnel do Marão. Sinceramente sou de opinião que António Costa fez mau trabalho em convidar Passos Coelho e José Sócrates para estarem ambos na abertura do maior túnel da Península Ibérica. Se um acabou por não ir (problemas de agenda, dizem!), JS acabou por aparecer, mas curiosamente nunca ao lado do actual PM.
Todos sabemos que o antigo PM do PS não gosta de perder. E se a ideia actual dele é preparar com tempo uma candidatura a Belém contra Marcelo, é bom que pense duas vezes antes de o fazer. Não esqueço a má figura que Mário Soares fez na candidatura contra Cavaco Silva e Manuel Alegre. E quantas vezes é que a história se repete?
Outro tema em foco aborda os contratos do Estado com escolas e colégios privados. É um tema que não domino, já que os meus filhos há muito que deixaram de ser estudantes. Mas nestas coisas é bom ouvir e ler com muita atenção o que cada um vai dizendo e não embarcar em certas teorias só porque sim…
Para além das más contas do Estado, da nossa dívida, do desemprego em crescendo, de tanta coisa que a geringonça não controla eis que a semana vai acabar com o Brasil sem Dilma. Um murro no estômago daqueles que acreditavam que Dilma seria a continuação de Lula.
Pura ilusão!
Entretanto o PR, após ter regressado de Moçambique, anda um pouco mais sereno. Provavelmente a preparar-se para ir ao Jamor ver o seu Sporting de Braga bater-se contra o FCPorto. Curiosamente a primeira Taça de Portugal a que assiste MRS, como , como PR, tem o seu clube de coração como um dos intervenientes.
Como se vê, o País continua igual a si mesmo… ingovernável!
Ah pois esqueci-me… Ainda falta saber quem vai ser campeão de futebol esta época. Algo muito importante!