Já dormi algumas vezes ao relento. Especialmente quando era mais novo e acampava.
A ligação que devemos ter com a natureza é normalmente muito proveitosa. Somos essencialmente seres urbanos, habituados e convencidos de que somos (quase) eternos.
Olhar a imensidão do céu numa noite de luar é algo que nem todos sabem apreciar.
Da mesma maneira o mundo que se espraia à nossa frente deve ser olhado como algo espectacular.
Porque o espectáculo está na própria vida. E de como sabemos vivê-la.
A economia turística é uma das grandes vítimas do terrorismo. Desde os atentados ao World Trade Center de Nova Iorque que quem viaja procura unicamente países onde os atentados nunca tenham existido.
Curiosamente hoje tive de ir à Baixa de Lisboa. E achei o Rossio e as ruas limítrofes atapetadas de gente estrangeira. Eles eram espanhóis, ingleses, franceses, americanos... um ror de malta.
As esplanadas repletas, as lojas cheias, o comércio fervilhante. Fiz as compras que tinha a fazer e quando regressei à rua lembrei-me de repente dos ataques em Bruxelas.
Nem consigui imaginar então o que seria um atentado naquele lugar. Quantos mortos, feridos, gente a gritar.
Mas, ao contrário do que se possa pensar Portugal não está imune a este tipo de acontecimentos. Com quase 800 quilómetros de costa, somos facilmente "invadidos" por terroristas.
Renovo o meu olhar para a baixa e nem calculo o que seria dos inúmeros hóteis, pensões, restaurantes e outras casas sem os turistas para os alimentar, tudo por causa de um estúpido ataque terrorista.
Por isso cada vez tenho mais a sensação que nestes ataques religiosos a questão religiosa é somente um mero subterfúgio.
Há muito que olho para o futebol com alguma amargura. E não tem a ver com as escassas vitórias do Sporting mas unicamente com a maneira como este desporto é mundialmente aceite. E jogado!
Os golos, que deveriam ser a principal razão deste desporto são pouco comuns em comparação com outras actividades desportivas. Daí talvez uma das razões porque os americanos não sentem uma atracção por aí além pelo Desporto-Rei.
Sempre defendi que num jogo não me interessa quantos golos a minha equipa sofre mas sim aqueles que marca. E por isso é necessário marcar sempre mais um que o adversário.
Ora com base neste pressuposto penso que as instituições federativas deveriam olhar com mais atenção para este fenómeno e criar condições para se valorizarem mais os golos obtidos, a par obviamente dos próprios resultados. Parece estranho o que estou a dizer? Mas vou já explicar a minha teoria.
Exemplifiquemos:
A equipa A vai jogar contra a equipa B. No final da partida observa-se o seguinte resultado: 7-4. Num campeonato dito normal a equipa A teria 3 pontos enquanto a equipa B receberia 0 pontos.
No mesmo torneio as equipas C e D defrontam-se mas o resultado terminou com a vitória da equipa D por 1 a zero. Da mesma maneira a D ficaria com 3 pontos contra 0 da equipa C.
Pensemos agora que em vez de se usar esta fórmula usaríamos uma em que valorizássemos os golos. E como? Fácil… Por cada conjunto de três golos, à equipa acrescia mais um ponto. Ora pegando ainda no exemplo acima referido o primeiro resultado daria à equipa A 3 pontos (da vitória) mais 2 por ter marcado 7 golos (2 pontos por dois conjuntos de três golos) enquanto a equipa B seria “premiada” com um ponto por ter marcado um conjunto de três golos.
Do mesmo modo o segundo resultado não daria mais nenhum ponto extra a qualquer das equipas.
Teríamos assim numa suposta classificação: Equipa A com 5 pontos, a D com 3 a B com 1 e a C com 0.
Deste modo creio, fomentar-se-ia o golo, pois uma equipa podia perder mas se marcasse três golos teria sempre um ponto.
Em tempos o “International Board” da FIFA tentou alterar algumas regras de forma a fomentar a obtenção de mais golos, todavia com pouco sucesso.
Deixo assim aqui a minha contribuição para a melhoria do futebol. Reconheço que é uma ideia absurda e provavelmente impraticável. Enfim uma utopia!
Nota final – esta minha ideia não foi plasmada no nosso actual campeonato e portanto nem imagino como seria a classificação nesta altura com os resultados observados até agora.
Viver sem internet 24h e que não seja por falta de cobertura
Nada mais fácil!
É certo que o acesso à internet é algo que seduz qualquer pessoa. A informação na hora, as opiniões, as mensagens... tudo parece ser muito importante para todos nós.
Mas conscientemente sei que não necessitamos estas plataformas para viver. Tal como de outras coisas.
É por vezes necessário fugirmos então deste mundo, cada vez mais atribulado, sairmos do conforto dos nossos lares, para percebermos o que é realmente importante nas nossas vidas.
Continuo sem perceber a razão de um atentado suicída!
Desde o malogrado 11 de Setembro na cidade de Nova Iorque que aquela forma de guerra tem ganho demasiados adeptos.
O que se tornou verdade é que em lado nenhum vivemos descansados. A qualquer hora, momento, instante e sem razão aparente podemos ser vitimas de um qualquer bombista. E sem termos culpa de nada...
Esta éspecie de cruzada contra os países europeus, perpetrado por radicais islâmicos parece não ter fim à vista.
O que cria naturalmente enormes e fundamentadas ondas de revolta.
Numa altura em que a Europa se debate com o maior crise de refugiados desde a 2ª Guerra Mundial, estes atentados só vêem ajudar a quem sempre esteve contra abertura de fronteiras europeias a estas vagas migratórias.
Esta é uma nova guerra que entra pela nossa casa a qualquer hora e a qualquer instante, sem pedir autorização.
Porque já por diversas vezes estive à beira-mar e a chover. Seria fácil...
Mas despojarmo-nos de tudo o que temos é uma daquelas iniciativas que nem todos seremos capazes de assumir. Eu incluído! Habituamo-nos durante anos a viver assentes em determinados pressupostos que mui dificilmente somos levados a abdicar deles.
E na maioria dos casos nem temos consciência disso. Todavia basta correr sem roupa à chuva para finalmente percebermos e acima de tudo dar o respectivo valor ao que temos.
Temos pouco? Talvez... Mas há quem não conheça a palavra ter... Porque nunca teve!
Numa época em que assistimos a tanta morte de crianças por maus tratos, pergunto a mim mesmo que homens são estes que maltraram os seus próprios filhos?
O meu pai já tem uma idade bonita. Recheada de aventuras que nem sequer imagino. De noites dormidas na solidão de um beliche porque a vida militar assim o obrigava. De dias, semanas, meses, anos afastado da família,
Educou-me como soube sempre tendo como base os melhores princípios e a ele devo tudo o que sou.
Hoje é dia do Pai.
Pai que sou hoje de dois filhos já homens. Que não ligam ao dia.
Mas também não me preocupo.
Queiram ou não serei sempre o pai deles. E amá-los-ei sempre até que Deus me leve!