Estes três últimos dias foram passados em formação em "Comunicação". Um assunto que me é querido já que gosto tanto de comunicar, seja de forma escrita, quer oral.
Porém este tema abordou muito mais do que se poderia pensar acerca de comunicação, mesmo que esta seja somente institucional. Percebi nestes dias como sou, no que respeita às relações com os outros mas acima de tudo foi-me proposto um caminho diferente para o meu futuro.
Dito assim, desta forma, parece algo fácil... Todavia os jogos interiores que temos de desembrulhar criam-me algumas incertezas. Ora nada pior que um homem como eu, a poucos anos da terceira idade, ver-se, a certa altura, confrontado com dilemas, dúvidas e as tais incertezas. Receios de juventude dirão alguns!
Mas acreditem que não, a forma como fui confrontado com alguns "dogmas" que sempre aceitei como verdadeiros fez (ou fará?) com que eu, daqui para a frente, tente alterar a minha postura.
Não sei se alguma vez conseguirei... Vontade não me falta. A coragem é que é mais complicada!
Em Fevereiro passado apresentei aqui mais um dos meus relógios. Eis senão quando recebo hoje um outro, por sinal bem curioso.
Embutido numa moldura em pau-santo com incrustações em Prata (com o respectivo contraste), este relógio surgiu num desses sites de vendas e foi logo negociado.
Já o coloquei a trabalhar e é deveras curioso. No pé tem um desejo, também este escrito em prata. E com uma particularidade. Tentem perceber qual é...
Segue-se um relógio despertador muito em voga nos anos 70. Pertenceu a um antigo colega meu e trabalha bastante bem.
Finalmente o primeiro relógio que comprei. Na Feira da Ladra vai para muitos e muitos anos. Nos anos 50 apareceram uns relógios de viagem. A caixa escondia o aparelho. Muito fácéis de transportar eram outrossim muito fiáveis.
Eis então o meu velhinho relógio de viagem nas suas três vertentes:
Tal como vão ser os próximos dois. Um curso em Comunicação, deveras interessante, com um monitor congregador de (boas) ideias. Todavia este curso deveria ser plasmado no futuro, nomeadamente nas relações interpessoais do meu trabalho e na relação com a equipa com a qual estou directa ou indirectamente envolvido.
Mas infelizmente isto não passa de pura teoria. Por muito que o formador nos tente sensibilizar, tudo esbarra num conjunto de conceitos presos a cada um de um nós e dos quais não gostamos de abdicar nem sair da zona de "conforto" a que nos habituámos. No entanto concordamos com tudo, dizemos que sim com a cabeça, mas cá dentro reside um virus que vai contrariando a teoria que nos vai sendo ministrada. Deste modo, ouvimos que a assertividade é uma "coisa" fantástica mas no íntimo dizemos: "Pois, pois... dizes isso porque não conheces o meu chefe".
E acaba por ser verdade. Na maioria dos casos, as teorias que nos apresentam são fantásticas, mas chocam indelevelmente com uma prática interna muito pouco apta a aceitar novas regras de "jogo".
As grandes organizações gostam de mostrar capacidade para aceitar estas novas regras. Todavia nem sempre o conseguem.
Lembro-me, para exemplificar o que disse atrás, do que um dia um Director-Geral de um Ministério me confidenciou vai para perto de quarenta anos:
"Quando mudam os governos, vem novas ordens para alterar tudo. E eu não altero nada! Porque logo cai o governo e o seguinte volta a colocar tudo como estava antes. Sem mexer um palha poupei ao Estado dinheiro e recursos."
Desde muito novo que sempre ouvi dizer que Portugal era um país de brandos costumes. Porém o que ultimamente tenho assistido coloca em causa toda esta já velha teoria lusa.
Na verdade se já fomos um povo pacato, há muito que o deixámos de o ser. Há jornais na praça que elevam a notícia de primeira página todo o tipo de crimes. E quanto mais macabro, melhor!
As violências quase gratuitas, insanas e estúpidas, os crimes mais hediondos são, deste modo, o chamariz ideal de um povo que se contenta com o mal dos outros.
Todas as razões servem agora para se cometerem crimes: amor, ódio, partilhas e águas ou muito simplesmente... inveja.
Como pode alguém dar cabo da sua vida para todo o sempre só porque tem inveja do que veste o vizinho do lado? Quem educou esta gente. Ou melhor, que fizemos todos nós deste pobre Portugal? Ou antes, o que ficou por fazer?
A tradição morreu vai para muito tempo! Agora só herdamos as histórias. E muitas vezes (muito) mal contadas.
Sei da história não por ter visto o video mas porque foi tema em todo o lado por onde passei. Umas garotas sovaram um jovem rapaz durante 13 minutos. É obra!
Bom! Parece que está na moda colocar todo o tipo de violência, mesmo gratuita e idiota, na Internet. O que interessa é ser-se actor principal, o herói conquistador, o justiceiro implacável. As consequências, essas, virão mais tarde, se vieram. Mas até lá é-se a "estrela" da companhia.
Não me cabe a mim dizer de quem é a culpa destes casos acontecerem. A sociedade, as televisões com as respectivas telenovelas a baixarem cada vez mais de nível (mas a aumentarem de interesse!), as redes sociais...têm obviamente a sua quota parte, mas não toda.
Muitas vezes começa em casa. Com os pais a trabalharem e facilitismo de acessos a tudo e mais alguma coisa, muito cedo as crianças começam a lidar com a ausência de referências familiares. Mesmos que os pais lhes ensinem a terem comportamentos sociais correctos é normal que tudo se diluia numa juventude ávida de serem os "reis da festa".
Dizia a mãe de uma das miúdas que não fora aquela a educação que lhe dera em casa. Eu até acredito na senhora... O problema é a educação fora de casa que esmaga por completo a dos pais. Aquela não existe. Porque é chata, aborrecida e não tem piada.
Duas jovens, pelo menos, ficam já marcadas por muitos anos, quiçá, para sempre. Porque o homem pode normalmente esquecer. A memória delas, não!
O último mês deste ano da (des)graça de 2015 tem sido horrível para a música. Há precisamente um mês e um dia morria Percy Sledge com 73 anos. Entre muitos sucessos conta-se o que abaixo apresento. Uma música mítica e da qual se fizeram tantas e tantas versões.
A 30 de Abril morreria mais uma voz fantástica: Ben E. King. A sua voz e as suas músicas ultrapassaram gerações. E sem mais comentários, porque eles não são mais necessários, deixo-vos talvez uma das mais fantásticas versões, da não menos fantástica canção, "Stand by me" que imortilizou Ben E. King.
E hoje soube da morte de BB King aos 89 anos. O rei dos Blues deixou-nos ainda agora e já deixa saudades. Em sua memória deixo aqui BB King no festival de Montreaux no já longínquo ano de 1993.
A música ficou muuuuuito mais pobre em apenas um mês.
Eu até concordaria com o AO, se este tivesse sido ratificado por todos os países envolvidos. Mas não foi! Assim sendo, a partir de hoje há palavras que são erro ortográfico em Portugal e estarão correctas em Angola. Um disparate autêntico!
Como de costume neste pobre país, a vontade política de uns supostos iluminados sobrepôs-se à lucidez e bom senso da maioria dos portugueses.
É obvio que daqui a vinte anos já ninguém se vai lembrar desta contenda. Mas eu enquanto puder, escreverei como sempre aprendi.
Com erros? Que seja! Nada tenho a perder...
A língua é o melhor (provavelmente o único) elo que une um povo. Elo que um estúpido acordo eventualmente poderá destruir.
Gostei do jogo de hoje entre o Bayern de Munique e o Barcelona. Não obstante o meu Sportinguismo e achar que o meu clube é o melhor do Mundo e arredores, tenho de reconhecer que o Barcelona é a melhor equipa do Universo a jogar futebol.
Sei por experiência que em futebol tudo é muito volátil. Passa-se de bestial a besta à distância de uma mão travessa. A mesma distância que o guardião condal conseguiu ter para tirar a bola antes que esta atravessasse toda a linha de golo.
E prepare-se o futuro finalista da CL, pois seja ele qual for, para a máquina de futebol do Barça que está a carburar em grande estilo. Amanhã decide-se quem acompanha a equipa catalã até Berlim. Mesmo que seja o Real de Ronaldo, Balle ou James, esta equipa não parece ter argumentos motivacionais e competência desportiva para bater a equipa do Barcelona.
Se o ano passado o derbi Madrileno realizado em Lisboa ainda criou alguma dúvida sobre quem ganharia a CL, este ano o Barcelona vai às compras a Berlim e no entretanto ganha mais uma Taça.
Não sou grande adepto dos "blaugrana" mas tenho de tirar o chapéu àqueles atletas.