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Espaço de reflexões, opiniões e demais sensações!

Espaço de reflexões, opiniões e demais sensações!

Um político sem meias... verdades.

Ontem vi e escutei a entrevista a António Marinho e Pinto apresentada num canal da cabo!

O ex Bastonário a Ordem dos Advogados, num passado ainda recente sempre muito polémico e quiçá demasiado frontal para a nossa restante classe política, mostrou-se realmente, na noite passada, muito assertivo no que disse!

Finalmente vi um político (pois a constituição do seu novo partido, dá entrada directa neste grupo), falar bem. E este bem nada tem a ver com o léxico. Mas com o seu conteúdo. Criticou o governo actual pela austeridade constatada nos últimos anos, os governos anteriores pelo esbanjar de recursos financeiros, a esquerda trauliteira e sempre do contra só porque sim, toda a classe política pelas atitudes pouco transparentes, enfim um ror de observações bem interessantes e curiosas.

E á pergunta de que com  aquele discurso estava a ser muito populista, Marinho e Pinto teve resposta na ponta da língua (não fosse ele um ilustre advogado!!!).

Após algumas passagens pouco ortodoxos pelas televisões portuguesas, com relevância para o caso com Manuela Moura Guedes, este António pareceu-me estar mais sereno e senhor do que diz (políticamente falando).

Não sei se irá longe nas próximas eleições mas que vai ser um bico de obra para os restantes candidatos lá isso vai. 

 

Redes sociais mórbidas?

Tenho uma conta no feicebuque. Uso-a essencialmente para dar os parabéns aos amigos ou para divulgar os meus pobres textos que aqui vou esgalhando.

Uso o "Gosto" quando algo me atrai naquela plataforma ou quando considero que o meu texto tem algum valor. Fora isso não uso aquela forma de expressâo para mais nada.

Curiosamente hoje foi partilhada uma triste notícia: alguém que eu conheci muito bem havia acabado de falecer.

Realisticamente foi uma esmola. A pessoa em causa estava há uns anos enferma e completamente dependente dos outros. Parece que já não conhecia ninguém... enfim vegetava.

Mas o que achei mais estranho é que esta notícia colocada na rede social tenha quase três centenas de "Gosto". Como se toda aquela gente gostasse realmente que a pessoa tivesse perecido.

Faz-me espécie este tipo de partilhas... Há algo aqui, neste mundo das redes sociais, que claramente não entendo. Da minha parte apenas coloquei uma frase a dizer quanto lamentava a sua partida.
Porque para ser sincero nem gostei de escrever aquilo!

Os meus autores - 3

Um dos meus autores preferidos escreveu pouco. Era extremamente reservado, tornando-se durante muitos anos quase um eremita.

Falo naturalmente de J.D. Salinger, que entre outras obras, escreveu um "best-seller" que dá pelo nome "The catcher in the rye". Título este quase intraduzível para português.

Deste autor li por diversas vezes aquela obra, traduzida para português por João Palma Ferreira com o título "Uma agulha no palheiro", e "Nine stories" - deste livro nunca vi qualquer tradução mas reconheço que também nunca procurei.

Salinger foi um escritor estranho, muito estranho. Mas era dono de uma escrita incrível.

 

agulha_palheiro.jpg9_stories.bmp

 

 

 

FIFA – Associação de malfeitores?

É por todos sabido que o futebol deixou de ser um desporto, para se tornar numa indústria que movimenta demasiados milhões. Também já escrevi que alguém que tenha a possibilidade de meter a mão nesta (enorme) massa jamais a retirará sem que “algum” venho colado.

Teve de ser o FBI, a vir do outro lado do Atlântico, para desfazer esta teia onde a FIFA se deixou, há muito tempo, enredar. Sete dirigentes foram detidos num hotel da Suíça e sabe-se lá quantos mais irão ser envolvidos nesta espécie de “polvo”. Curiosamente (ou provavelmente não) em vésperas de eleições. Joseph Blatter parece ter a eleição garantida mas dificilmente passará “pelos intervalos da chuva” que esta tempestade está a causar.

Portugal, digam o que disserem, foi outrossim um dos beneficiados com esta troca de favores. Ou será que já se esqueceram do Euro2004? Um país sem recursos financeiros consegue ganhar direito a organizar um evento daquele calibre? Como?

Hoje percebe-se como tudo foi conseguido. Os clubes desportivos, as câmaras municipais e os governos endividaram-se nos bancos alemães, belgas, holandeses e outros para poderem construir as infraestruturas necessárias ao evento desportivo. Claro está que com este manancial de empréstimos a Portugal, era certo que a organização cairia neste rectângulo. O que era (e é!) preciso era (e é!) vender dinheiro. Seja a quem for!

Não imagino o que irá acontecer no futuro próximo àquela organização desportiva. Mas os próximos dias dar-nos-ão mais dados.

Aguardemos serenamente!

Piercings ou tatuagens? Ou nem uma coisa nem outra?

Não me considero retrógado nem antisocial. Creio mesmo que, tendo em conta a minha idade e a minha educação, até sou um tanto "avant-garde".

Acabei de ver a final da Liga Europa e reparei que todos ou quase todos ou jogadores tinham tatuagens ou piercings. Realmente esta última moda, de embutir no corpo humano peças metálicas para além dos conhecidos chumbos nos dentes parece-me um pouco bizarra. Não me levem a mal quem os tem, por favor. Nada me move contra, a sério.

Só que eu era incapaz de usar qualquer um desses adereços. Furar orelhas, nariz ou sobrancelhas, já para não falar de outros locais mais... sórdidos, não se coaduna comigo. Seria impensável!

Da mesma forma que as tatuagens me parecem exercícios de masculinidade largamente eprimente. Reconheço que algumas são autênticas obras de arte mas daí a pespegá-las neste meu "encantador" e musculado corpo vai uma longuíssima distância. Aceito ainda assim que as senhoras gostem e admirem esta arte de desenhar no corpo mas sinceramente ando muito longe dessa "praia".

Há uns anos quando estive em Londres no bairro típico de Camden, deu para observar as mais estranhas tatuagens e uma quantidade enorme de casas da especialidade. Vi até o conhecido "Prince Albert" o homem com mais piercings em todo o Mundo. Hoje sinceramente já não sei se será assim ou se ainda se encontrará vivo. Mas meteu-me muita impressão. Ainda por cima pedia um libra para lhe tirarem uma fotografia. Meu rico dinheiro!

Seja como for, enquanto tiver algum tino muito dificilmente passarei para a fase mais primitiva do ser humano!

António Costa: Portugal não é (só) Lisboa

Nada me move contra o ex-presidente da CML, apenas detesto ser comido por parvo. Já o fui, é certo, mas agora creio perceber melhor as coisas.

Ao actual PM ouvi muitas vezes dizer, em campanha, que não cortaria pensões, salários e noutras regalias e... foi o que se viu... Culpa dele? Não sei, mas pelo menos do discurso à prática muita coisa se alterou. E para pior.

Do mesmo modo custa-me a entender o novo discurso do líder do PS. Será que ainda há alguém que acredite neste senhor? Eu não, de todo!

AC tal como PPC há quatro anos, fala do que não sabe pois, por muito que tente, não possui todos os dossiers na sua mão. Este tipo de conversa fiada, a modos que para enganar tolos... não vai levar estes políticos até muito longe.

Passos Coelho assim como Paulo Portas estão desejosos de largar o governo, isso é visível. Foram quatro anos muito maus, demasiado maus para serem verdade e aos quais aqueles ficarão indelevelmente ligados, tendo em conta as políticas de austeridade que derreteram a classe média e a economia em particular e o País em geral.

Costa parece estar a cair no mesmo erro que caiu PPC quando se candidatou. É óbvio que em política não se deve prometer o que se sabe de antemão que não vai poder cumprir... mas a tentação é demasiado grande. Pois só assim se ganham eleições.É, por isso, certo que nenhum político, em consciência, será capaz de dizer que os próximos quatro anos são para manter a austeridade. Ninguém ganha votos a cortar nos rendimentos, na saúde ou na educação!

Esta atitude de "prometo-uma-coisa-e-faço-precisamente-o-contrário" levará ao crescimento de um grande desinteresse da sociedade civil pela actividade política e respectvas decisões, cabendo deste modo, às máquinas partidárias a estratégia para as futuras vitórias eleitorais.

São estas poderosas máquinas, em última instância, que carregam os seus líderes e os colocam em lugares de destaque independentemente de saberem ou não, da capacidade que ele possa ter para gerir um país. No caso de AC é de referir que Portugal não é (só) Lisboa.

Acordem!

Nos anos oitenta sindicalizei-me a primeira vez. Era o presidente do sindicato um homem íntegro e que partiu infelizmente demasiado cedo. Tive o privilégio de o conhecer pessoalmente e lembro-me duma frase que ele disse entre dois "piratas" (passe a publicidade) ali nos Restauradores: "Ser sindicalista é ficar refém das causas dos outros. Nunca ganhamos nada, a não ser estima e amor próprio".

Há pouco tempo houve eleições para o meu actual sindicato, diferente daquele em que me inscrevi em 1980. E notei que cada vez são menos os sócios. Não por morte de alguns mas acima de tudo por que ninguém consegue rever-se naquelas associações. Então os mais novos fogem dos sindicatos como estes tivessem sarna.

Hoje, trinta anos volvidos de escutar aquela frase, percebo que o sindicalismo é tão só uma forma de vida sem qualquer sentido prático. Por isso há greves por tudo e por nada. E raramente, muito raramente há uma greve por melhores salários ou condições de trabalho. Estas são ideias esquecidas, enterradas vai para muitos, muitos anos.

O Metro deLisboa esteve hoje todo o dia em greve. Milhares de pessoas prejudicadas. O trânsico caótico, enfim mais um dia chato. E para quê? Rigorosamente para nada. Nada...

As greves e suas razões começam a ser temas recorrentes deste espaço. Mas alguém tem de dizer a esses sindicalistas da treta que estas greves não têm qualquer efeito prático, a não ser prejudicar os pobres utentes.

Acordem meus amigos, acordem!

Os meus autores - 2

Um dos meus escritores de eleição é sem dúvida Miguel Torga.

Um transmontano que carrega na sua escrita o peso de um povo.

Li "Os Contos da Montanha", "Novos contos da Montanha", "Bichos", "O senhor Ventura" e alguns volumes do seu "Diário". E alguns poemas dispersos.

De uma escrita simples e escorreita, Torga consegue transpor o limite da nossa imaginação e lança-nos em cada página, em cada livro uma série de questões que normalmente temos dificuldade em responder.

 

contos_montanha.pngdiario.jpgnovos_contos.jpg

 

A sua obra varia entre poemas, contos, romances, teatro e muitas outros escritos. Um dos Enormes escritores portugueses do século XX.

Fica aqui a referência.

Ao C. com um abraço!

Andei a tarde toda a magicar o que queria e deveria aqui escrever sobre uma festa surpresa a um amigo, de forma a comemorar condignamente os seus 60 anos.

Pensamento para cá, ideia para lá... mas nada me ocorria. Necessitava claramente de algo que fosse lúcido e competente, assertivo mas caloroso. Mas nada! Sentia que tudo o que vinha à cabeça era pobre e pouco realista.

Já desesperava quando de súbito me lembrei: e se contasse este meu verdadeiro dilema? Pois nada melhor que sermos nós mesmos para a autenticidade ser mais pungente.

Ora bem... O C. é amigo de longa data. Conhecemo-nos no contexto do trabalho mas cedo cimentámos amizade. Beirão, trás consigo a força das invernias, sacudidas por ventos e chuvas, e a tenacidade dos estios de calores bravios.

Hoje, por culpa de uma filha fantástica, reuniram-se amigos e familiares: Para comemorar a vida. A dele e não só! A neta sentia-se bem ao seu colo. Faltou obviamente o filho, que está longe e o seu novo descendente.

A vida é assim mesmo uma roda que nasce mui pequena e vai crescendo, crencendo, crescendo...

Os meus autores

Abro aqui uma nova experiência. Não de escrita pois já não tenho idade para isso mas de temas. E escolhi os meus autores de leitura preferidos.

Começo então por um autor contemporâneo, professor de filosofia e que escreve soberbamente. Chama-se Miguel Real. Dono de uma escrita densa tem nos romances históricos a sua "praia".

Dele já li o "Utimo Negreiro", "A voz da terra" e "O Último Minuto na Vida de S". A sua obra literária é já extensa mas há ainda quem não o conheça.

Vai então para Miguel Real o meu primeiro autor preferido.

                                             A Voz da Terra

 

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