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Espaço de reflexões, opiniões e demais sensações!

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Humor biológico!

Assumo desde já, aqui e agora, que detesto todas as lojas de "coisas" saudáveis! Como detesto ervanárias e correlactivos!

Só o cheiro pestilento que exala desses lugares põe-me doente. Mas um destes dias tive de ir a uma dessas lojas comprar uma espécie de medicamento, não para mim obviamente. Algo parecido com um laxante.

Para além de me irritar supinamente o local, odeio que os empregados venham ter comigo com um sorriso idiota estampado, rasgando a face de orelha a orelha, como se eu fosse um atrasado mentol... sim mentol porque ali só há coisas dessas!

Custa-me a crer que ainda haja gente que pense que vai morrer saudável. Respondam-me lá a esta: que piada é que isso tem?

No funeral do Jasmim perguntam à viúva: morreu de quê? Resposta: tinha saúde pelo corpo todo! Morreu só porque lhe apeteceu!

Outro exemplo são os produtos biológicos... Que eu saiba "bio" quer significar vida.  Ora se eu comer um produto biológico quer dizer que ele está vivo? E se está vivo como mato uma couve ou uma courgete? Uma batata ou uma cenoura?

Ena já reparei que fiz demasiadas perguntas e provavelmente ninguém responde a nenhuma. Vou então ali matar uma maçã para comer e já venho! E se encontrar uma lagarta o que lhe faço? Biocomo-a?

 

O dom da vida!

Há quem olhe para a sua própria vida repleta de coisas boas e só pense em... morrer.

Há quem olhe para os percalços que a vida foi colocando no caminho e só deseje... viver.

 

Entre uma e outra opção prefiro claramente a segunda. É que isto de estar vivo, mesmo dando muito trabalho, é muuuuuito bom.

Hoje tem sido um dia especial. Muito especial mesmo, porque comemoro o dom da vida que Deus me deu! Cinquenta e seis anos! Daqui a pouco estou sexagenário!

Têm sido tantas as mensagens por telemóvel, mails, telefonemas, via facebook que não posso desejar nada mais na vida. Tudo tem servido para perceber a quantidade de amigos que me rodeiam.

É uma alegria! Sincera e comovidamente! (Não consigo evitar uma singela lágrima!)

Mesmo sendo cego do olho esquerdo, surdo do ouvido direito, com uma gripe tremenda este tem sido um dia inesquecível.

Obrigado a todos. Do fundo do coração!

Regresso ao passado

Hoje (re)visitei um velho restaurante onde tantas e tantas vezes matei a fome. Naquele tempo a Baixa Pombalina tinha mais portugueses trabalhadores que turistas e era ver o restaurante quase sempre a abarrotar. Especialmente ao balcão.

E foi aqui que fui hoje... almoçar. O balcão é o mesmo mas a paisagem humana muito diferente. E não só. Os pipos de madeira donde jorrava o vinho espumoso foram substituídos por umas caixas de papelão com torneiras de plástico. A montra de vidro ainda lá se encontra mas as sandes não. E havia-as lá de tudo: de ovo, panado de fiambre, sandes de cabeçab de porco, de queijo fresco, de atum... eu sei lá que mais!

E depois podia-se misturar tudo. E havia misturas mirabolantes. Bastava que solicitássemos e na altura saia a sandes à nossa maneira. Outra curiosidade é que os empregados chamavam-se todos Manuel. Mas o que mais caractrizava aquele espaço de repasto era a sopa. A Cartaxense... como lhe chamavam. Um caldo à moda antiga onde a colher quase ficava na vertical.

Ao balcão atendeu-me uma senhora que me deu uma sopa a meu pedido. Estava boa mas a da velha e gorda Joana era bem melhor! Já não havia sandes de tudo e por isso pedi uma mera e vulgar bifana. O vinho saíu do tal pacote sem graça nem gosto.

Já não havia o barulho de dezenas de clientes. nem dos empregados a pedirem coisas para a cozinha,

Finalmente pedi a conta, paguei e pus-me a caminho. E pensei como ainda há quem diga que está tudo na mesma. Tenho a certeza que não.

Uma questão de princípio!

Quase oito da noite e o computador do meu carro dá o alerta: "Abasteça combustível"!

Cheguei a uma bomba minutos depois. Espero pacientemente e assim que chego com a minha viatura perto da mangueira, leio: "Bomba em pré-pagamento". Até aqui nada de anormal.

Vou ao balcão:

- Boa tarde, necessito que desbloquie a bomba pois quero atestar!

- As bombas estão todas em pré-pagamento!

- Mas eu não sei quanto vou colocar...

- Mas pode...

Nem fiquei para escutar que desculpa tinha para me dar, pois logo percebi que o empregado não abandonava aquele registo. Saí furibundo dizendo:

- Boa tarde, vou a outro lado abastecer.

Tenho consciência que nestes tempos de crise muita gentinha faz de tudo para poupar ou... não gastar. Mas eu não sou culpado disso. E não tenho nada que ficar refém dessses casos. Melhor dizendo: odeio olimpicamente que directa ou indirectamente mandem no meu dinheiro. Para isso já basta o que o governo todos os meses se locupleta à custa dos meus parcos rendimentos.

Se pretendo encher o depósito do meu carro, deve-me ser permitido, mesmo que para isso deixe uma garantia qualquer no balcão (anda por aí muito advogado a necessitar de trabalho e podia estudar uma forma legar de o fazer!!!).

Obviamente que ninguém me conhece e não sabe se sou mais ou menos sério que os outros. Também as matrículas das viaturas podem ser falsificadas... todavia, como tudo na vida, o comércio é outrossim um risco. E neste caso muuuuuito particular alguém minimizou os custos e claramente os ganhos, porque nunca mais voltarei àquela bomba.

Esta é para mim uma questão de princípio. Não gosto mesmo nada de que me meçam pela pior bitola que há na sociedade. Abomino!

Mas também não costumo usar a célebre frase: "Ninguém é mais sério do que eu". Por uma simples ordem de razão: a seriedade, seja no que for, ou se é ou não é!

Eu sou! Ponto

Detesto...

... estar doente.

Mas este fim de semana fui acometido de uma gripe que me deixou sem reação. Não escrevi, não li, somente sobrevivi a febres altas e dores em todas as articulações...

Nem imaginava que tinha tanta coisa no corpo para me doer.

Não sou especialmente piegas com as doenças ou com as dores. A não ser a febre. Com esta logo nos 37 graus passo a ser chato, aborrecido e, na maioria das vezes, intolerante.

Hoje fiquei mais um dia em casa doente sem poder ir trabalhar. Porque o estado febril não me abandona.

Aguardemos portanto por melhores horas!

 

Um homem feliz!

Habitualmente fico contente com pouca coisa. Ou melhor. Poucas coisas fizeram a minha felicidade, porque esta é claramente fugaz e passageira.

Os momentos mais fantásticos que guardo, da minha já longa vida, foram os nascimentos dos meus filhos, a publicação do meu primeiro texto num jornal e quiçá o primeiro destaque deste blogue na Sapo.

Tudo o resto foram momentos bons mas... normais. Estudar (pouco???), arranjar um bom trabalho, casar, tudo me aconteceu com alguma... naturalidade

Até hoje.

Tenho dois filhos já homens. O mais velho faz tempo que saiu de casa para ir viver a sua própria vida. O mais novo ainda por aqui vai... resistindo.

É quase "cliché" afirmar que queremos o melhor para os nossos filhos. Mas costumo dizer que eu apenas lavrei a terra... cabendo a eles fazer a sementeira, mondar o terreno das ervas daninhas e colher os frutos...

E hoje alguém colheu. Num gesto extraordinário, o meu infante mais jovem, convidou a família e amigos para assitir à discussão pública da sua tese da Mestrado. E foi obviamente evidenciado pelo Júri a anormal assistência presente (quase duas dezenas de pessoas).

No final da discussão, que demorou tempos infinitos e em que todas as perguntas pareciam ser unicamente para fazer mal ao arguido, lá veio a tão esperada nota: dezoito valores!

Foi a (muito) custo que evitei uma lágrima... É que isto de ser pai não é (nada) fácil.

Neste momento sinto-me um homem imensamente feliz! Por que a felicidade é, como referi acima, efémera, mas o amor de pai jamais!

 

 

Sobre o disfarce de Carnaval...

Há quem aproveite a época do Entrudo para se vestir (ou despir) conforme gostos e desejos. Eu não fugi à regra e mascarei-me de trabalhador rural. Só que fiz a transformação com tamanho afinco que ainda hoje (e durante muito tempo) apresento as marcas dessa opção carnalavesca. Os arranhões nos meus braços são disso um evidente exemplo.

Mais a sério direi que foram dois dias passados a apagar um passado. Ou a queimá-lo. Passo a explicar:

Bem perto da velhinha aldeia ribatejana, onde ainda vivem os meus antecessores há uma fazenda rural cujo nome é Penedos Gordos. Esse naco de terra vermelha está quase todo ele rodeado de frondosas árvores sem grande valor a não ser a lenha, que nesta época tanto falta faz.

Deste modo e com a ajuda de outrém, eu e a minha mulher fizemos tudo para desbravar a história, conforme se pode ver nas fotos que seguem.

Eis o antes...

 

 

penedos_gordos.jpg

 

Depois veio o durante com a natural intervenção humana...

 

penedos_gordos1.jpg

 

Finalmente reescreveu-se a história para memória futura...

 

penedos gordos_3.jpg

Só há um pequeno problema nesta brincadeira de Carnaval... As dores nas costas e nos braços perduram para além do dia de Entrudo.

 

 

Hoje à noite...

... não vou ter Internet.

Daqui a um par de horas parto uma vez mais para a aldeia. E para onde vou não há pontos de acesso e o meu telemóvel tampouco tem rede.

Deste modo, e se tudo correr como espero, só amanhã muito à noite vou conseguir ligar-me.

Provavelmente aproveito para escrever algumas ideias que há muito andam a bailar na cabeça.

Ou se calhar não... e vai ser uma noite de tagarelice à lareira com o meu pai e a minha mãe.

Com cães e gatos à mistura...

Tsipras à moda de ... Bruxelas?

Bom parece que a ideia de que a Grécia iria fazer finca-pé à UE não passou de um monte de (boas) intenções. No fim de contas a montanha pariu um rato e não obstante terem mudado de semântica, o que conta é que a Grécia vai ter que vergar-se à vontade da UE se quiser receber uns milhões que faltam, nas próximas semanas.

A Grécia necessita da última tranche de dinheiro como de pão para a boca. 

O governo helénico meteu-se por caminhos apertados e está agora numa encruzilhada. Sempre pensou que a Rússia estaria do seu lado apoiando nas suas opções contra a UE, com a contrapartida de acabarem as sansões contra Putin. Só que a guerra quase fraticida na Ucrânia e a crise interna do país deixaram a Rússia sem (grande) margem de manobra no que respeita às pretensões gregas.

Deste modo seja a Troika ou os colaboradores europeus ou outro nome qualquer que queram atribuir, o que vai acontecer na Grécia é a manutenção de grande parte das medidas de austeridade. Doa a quem doer, custe o que custar. Com uma simples ressalva: provavelmente terão outro nome...

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