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Espaço de reflexões, opiniões e demais sensações!

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A época de Natal

É oficial: abri a época de Natal este fim de semana.

Com direito a árvore e respectivas iluminações.

Mas é uma canseira. Quase dois dias e muita, muita paciência para colocar em pé ou será melhor dizer dar luz a um projecto...

Bom seja o que for já está! Duas árvores de Natal: uma com 1,80 de altura e uma outra bem mais pequena. Uma dezena de cortinas luminosas e obviamente os respectivos relógios temporizadores para que todos comecem e acabem, mais ou menos, ao mesmo tempo, Fitas e bolas por toda a casa. Uma festa anualmente repetida.

Durante muitos anos detestei o Natal.Já neste blog falei das razões. Todavia o tempo tudo cura ou se não cura absorve. E por isso aqui estpou eu uma vez mais feliz e contente por ver a casa toda iluminada.

Mulher bomba ou um robot de carne e osso?

Quando surgiu na minha frente não pude evitar um longa gargalhada.

O nosso espanto era tanto que ficámos ali os dois longos instantes, em silêncio ela e eu a rir da situação.

A estória tem pouco que contar: um exame para dar fé dos níveis de sono da minha mulher, num hospital privado. Só que... a imagem dela, repleta de fios de todas as cores colados à pele da cara, braços e pernas. Ao cabelo. Com um cinto onde se seguravam diversos aparelhos medidores de qualquer coisa era duma comicidade tremenda. A cara quase nem se percebia no meio daquela amálgama...

Uma verdadeira mulher-suicída ou um robot-humano?

Nem imagino como vai ser esta noite...

 

 

 

O jogo da vida!

Um dia perguntaram-me que faria se me saísse o Euromilhões?

Respondi que a mim jamais sairía tal prémio porque não jogo. Mas se um dia tivesse a infelicidade de me sair um valor estupidamente grande, assumo já aqui que não faria rigorosamente nada.

Ou melhor... manteria o meu dia a dia. Faria as mesmas compras, gastaria o mesmo dinheiro, não mudaria uma vírgula que fosse à minha vida.

Já não tenho idade para realizar grandes feitos. Se o dinheiro que saísse me desse a visão na vista esquerda e a audição no ouvido direito, aí sim gastaria-o de bom grado. Agora como tudo isso é irreversível...

Há trinta e cinco anos um amigo e colega de trabalho ganhou o 1º prémio da Lotaria Nacional. Fui com ele nesse mesmo dia ao Banco depositar o jogo com receio de ser assaltado. Passado pouco tempo desempregou-se e foi viver dos rendimentos. Só que...

... nem tudo foram rosas. Ou se foram tiveram outrosssim muitos espinhos. Este meu amigo comprou então um carro que era uma verdadeira bomba. Mas uma noite em viagem despistou-se e de todos os passageiros foi ele o que sofreu menos. Até houve mortes.

Penso sempre neste caso quando me falam em jogos de fortuna e azar. Eu já jogo um que é deveras perigoso... chama-se o jogo da vida. As regras estão quase sempre a mudar e jamais sabemos se ganhámos ou perdemos.

Nunca mais soube daquele meu amigo. Mas provavelmente, se pudesse voltar atrás, tenho a certeza que jamais jogaria qualquer espécie de jogo.

Esta tarde...

Quinze horas. Chove copiosamente em Lisboa. O trânsito começa a andar mais devagar enquanto nas ruas negras do alacatrão  o nível da água inicia a sua subida.

Duas dúzias de minutos depois a chuva continua e as estradas estão cada vez mais inundadas. Um túnel arrica-se a ser fechado ao trânsito devido à acumulação das águas.

Entretanto a chuva pára e o que poderia ter sido um problema, deixou de o ser.

Quando duas horas mais tarde saio do trabalho e atravesso a avenida reparo que as diversas sarjetas, que deveriam servia para escoar o caudal da água da chuva, estão entupidas com folhas amarelas dos plátanos que se espalham pela avenida.

E ninguém se preocupou em chamar alguém para limpar. Nem mesmo um polícia que por ali andava à chuva.

Sebastianismo moderno?

Costumo dizer aos meus filhos que vivi alguns momentos históricos que agora eles estudam na escola. O 25 de Abril foi um deles. Naquele tempo os políticos eram feitos de outra massa, vinham de anos de ditadura e queriam a democracia e a liberdade.

O país foi aceitando as regras da democracia indo a votos, manifestando a sua opinião. Como havia grande inexperiência governativa, os primeiros ministros sucediam-se. Quando nos anos 80 surge a primeira maioria absoluta, Portugal havia aprendido alguma coisa.

O "orgulhosamente sós" do tempo salazarista foi substituído por intervenções da e na sociedade lusa por todos quantos achavam que tinham direito a isso.

Com o passar do tempo houve uma geração que cresceu já depois de 1974 e que nunca percebeu o que foi a falta da liberdade. Cresceram e foram paulatinamente marcando um terreno político.

Muitos deles surgiram e surgem ainda com o rótulo de grandes salvadores da pátria sem que nada tenham feito por ela, a não ser uns discursos inflamados.

Deixei, vai para muito tempo, de acreditar na sociedade política. Tirando algumas raras e honrosas excepções não acredito, neste momento, em nenhum dos actuais políticos. Todos ou quase todos falam sem saberem o que dizem ou se sabem, não falam então o que deviam. No fim de contas todos se parecem com o Bandarra dos tempos modernos.

Que Pedr(a)o partiu o Bloco?

O Bloco de Esquerda, com o resultado da Convenção deste fim de semana, está a um passo de desaparecer ou ser simplesmente um mero partido sem qualquer representação na Assembeia da República.

A divisão ora evidenciada mostra um BE sem rumo nem estratégia. A um ano das próximas legislativas ter um partido perfeitamente dividido ao meio não é a melhor notícia para um Bloco que sempre se mostrou inovador.

Na próxima semana o lider irá ser escolhido no meio de uma enorme divisão interna. Até o antigo lider Francisco Louçâ, não perdeu tempo e criticou indirectamente Pedro Filipe Soares por tentar liderar o BE.

No fim de contas também na esquerda há grandes divisões, ainda por cima num momento em que tudo parece correr mal ao centro direita. Portugal necessita urgentemente de uma esquerda pujante e municiadora da sociedade de novas ideias e não partidos minados pelos mesmos virus que alastraram à restante sociedade lusa.

Veredicto da Opinião pública: culpado!

A pior coisa que pode acontecer a um cidadão é ser indevidamente julgado na praça pública.

No que diz respeito ao caso do antigo primeiro ministro, ora detido, sou insuspeito porque nunca nutri por tal figura uma admiração daquelas... Mas este menor apreço não me impede de achar uma pulhice a forma como jornais, televisões e internet tratam das notícias referentes àquele ex-PM.

Se há algo consagrado na Constituição da República Portuguesas é a presunção de inocência. O que equivale dizer que ninguém é culpado até a decisão do tribunal ter transitado em julgado.

Todavia o que tenho assistido nas últimas horas enoja-me e coloca este país ao nível do que pior se faz por esse Mundo menos democrático. Tenha JS cometido ou não os crimes de que é acusado, cabe à justiça no seu todo tratar do assunto, condená-lo se for caso disso e jamais, repito jamais, à opinião pública.

Sei que o povo anda sedento de encontrar culpados para a crise que vamos vivendo. Mas esta não é decerto a melhor forma de condenar os prevaricadores e inocentar quem não não deve... e não teme.

Há 37 anos... viciei-me

Há trinta e sete anos era terça-feira. Estamos em 1977 e eu andava a repetir o liceu.

Em conversa com um amigo descobri que ele tinha um familiar que era admnistrador de um jornal da região. Assim como não quer a coisa e pouco esperançado dei-lhe uns textos escritos por mim. A qualidade raiava o sofrível para não dizer medíocre, mas naquele tempo nem tinha noção disso. Pensava que tudo estava perfeito... Coisas de juventude!

Dias mais tarde esse mesmo amigo comunicava-me que os meus escritos haviam sido publicados. Assim que pude corri que nem um louco até à papelaria mais próxima, comprei o jornal e de forma frenética folheei-o até encontrar aquele texto...

O segundo por sinal, porque o primeiro já havia sido publicado dias antes, na tal terça-feira... Já nem sei se me quero lembrar do que senti na altura. Como aquele sentimento só o de ser pai pela primeira vez.

Quase quatro décadas a escrever... mal. Mas o que posso fazer? Fumar faz mal e muita gente fuma, beber idem e ninguém se inibe disso, portanto escrever é "apenas" o meu vicio. Que não quero deixar!

Interstaller - Um filme à moda antiga

A mistura de filosofia e ficção científica, ainda por cima no cinema, não parece ser a combinação ideal. Só que, de quando em vez, há uns iluminados ingleses que arriscam naquelas misturas e conseguem uma obra sublime. Como é esta!

Não vou contar a história pois isso tiraria a piada, mas recomendo vivamente a quem gosta de (bom) cinema! É lugar comum dizer-se que já nada mais há para inventar e que a sétima arte vive, ultimamente, de revivalismos de qualidade assaz duvidosa.

Só que Interstellar vai ficar no cinema como um dos grande filmes do Hollywwod, não pelo seu tempo de duração (perto de 3 horas) mas acima de tudo pela sua enormíssima qualidade.

Sei que estamos ainda muito longe dos Óscares... Mas esta película poderia ser sem qualquer problema um dos candidatos a melhor filme do ano.

A não perder!

 

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Pré-época de Natal!

Durante muitos anos olhei para a época do Natal no mínimo com… desdém. Um acontecimento na minha meninice tirara a esta quadra toda a magia e encanto. E assim os Natais foram passando sem grandes comemorações.

Acabei por mais tarde aceitar o Natal e até comemora-lo com pompa e circunstância. A principal razão para esta inflexão prendeu-se obviamente com o nascimento do meus dois filhos.

Há no entanto uma fase que continuo a não mostrar grande interesse e prende-se com esta pré-época Natalícia. Mesmo com a actual crise (ou provavelmente por causa disso!!!) a primeira referência ao Natal deste ano, que me foi dado observar, aconteceu em pleno Outubro. A dois meses de distância.

Compreendo que para a nossa já muito debilitada economia esta altura poderá ser uma espécie de balão de oxigénio. Mas daí ao que se pode constatar hoje vai uma relativa distância. Para além das lojas já profusamente enfeitadas também as televisões e a Internet divulgam o que têm de melhor para a época que se aproxima.

Regressando uma vez mais à minha meninice direi que naquele tempo não havia Pai Natal, nem a Coca-Cola patrocinava a viagem com origem na Lapónia de um ancião e das suas renas. Ou se o fazia, em Portugal isso não era conhecido. Naquele tempo o principal responsável pelas prendas era o “Menino Jesus”. O Tal que nunca entendi como podia estar em todo o lado ao mesmo tempo.

Um poeta disse uma vez que o Natal é quando o homem quiser. Mas a pré-época ao invés devia ser só em Dezembro profundo.

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